Episode 95

Desenvolvedora Full Stack em Bruxelas, Bélgica, com Milena Delfini #95

Nesse episódio, a Milena Delfini nos conta sobre a sua experiência de 4 anos trabalhando em Bruxelas, e também fala sobre o seu intercâmbio em Portugal.

Milena Delfini

Comecei a trabalhar como desenvolvedora frontend no final de 2016 e me mudei para Bruxelas em maio de 2019. Trabalhei em consultoria, mudei de emprego durante a pandemia e atualmente trabalho como desenvolvedora fullstack na Borealis.

Créditos

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Palavras-chave:

  • Dev no Exterior
  • Dev em Bruxelas
  • Dev na Bélgica
  • Mulheres em Tech
  • Morando na Bálgica
  • Morando em Bruxelas

Por Gabriel Rubens ❤️

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Transcript
Speaker:

Fala pessoal, bem-vindos ao TPA Podcast. Aqui novamente o Gabriel Rubens e hoje mais uma vez indo para Bruxelas, na Bélgica, mas

Speaker:

agora para contar a história da Milena Delphini que está morando e trabalhando lá como full tech developer.

Speaker:

Tudo bem, Milena? Tudo bem, Gabriel. Obrigada pelo convite.

Speaker:

De nada. pelo tempo e para começar, Melena, acho que até de começar a perguntar sobre a

Speaker:

Bélgica é legal saber um pouco mais quem é você. Eu falei só sobre full stack developer,

Speaker:

mas tem muito mais aí, qual que é a tua carreira, aí a gente entende depois como

Speaker:

você chegou aí em Bruxelas.

Speaker:

Beleza, bom, eu tenho 29 anos, eu comecei como desenvolvedora front-end no finalzinho

Speaker:

de 2016. Depois disso, depois de três anos praticamente, eu tive essa oportunidade para,

Speaker:

me mudar para Bruxelas e desde então eu vim para cá. Comecei aqui também como desenvolvedora

Speaker:

front-end, aí durante a pandemia acabei trocando de emprego e sou agora full-stack,

Speaker:

numa empresa que chama Borealis, que é uma empresa química aqui.

Speaker:

Legal, então quanto tempo de Bélgica? 2009? É, vai fazer quatro anos agora.

Speaker:

Quatro anos. Quase ao mesmo tempo que eu mudei para Portugal, sim.

Speaker:

Então já tem bastante tempo, né?

Speaker:

Sim. E é interessante que quando eu vim, eu tinha que ficar um ano e meio, dois anos no máximo,

Speaker:

e já estou indo para o meu quarto ano aqui.

Speaker:

E pensa em continuar?

Speaker:

Pensa em continuar, sim. Legal, então vamos para a primeira coisa que é por que mudar de país e por que a Bélgica.

Speaker:

Quando eu estava na faculdade, eu fiz intercâmbio para Portugal e foram seis meses, eu fiquei

Speaker:

em Leiria e lá eu estudei em Instituto Politécnico de lá e assim, tive uma experiência muito

Speaker:

boa e desde então, depois que eu voltei para o Brasil, eu falei, ah, eu quero ter uma experiência

Speaker:

internacional. Onde? Não sei. Mas essa vez eu queria algum lugar que eu pudesse falar

Speaker:

para inglês, porque eu não falava inglês quando eu fui para Portugal, e isso foi 2013.

Speaker:

E aí eu falei assim, tá, eu terminando de formar na faculdade, vou focar mais no inglês,

Speaker:

e vamos ver as oportunidades, né?

Speaker:

E aí no caso o que aconteceu foi que no LinkedIn, acho que nós como desenvolvedores somos

Speaker:

muito privilegiados porque o mundo inteiro precisa da gente.

Speaker:

E aí surgiu essa oportunidade pelo LinkedIn, falaram sobre a Bélgica, eu não sabia muito

Speaker:

sobre a Bélgica na verdade, mas eu gostei da empresa, gostei dos valores, tudo.

Speaker:

E aí eu falei, tudo bem, mas não falo francês, não falo holandês.

Speaker:

Mas a salário não, você pode vir e vai ser totalmente inglês.

Speaker:

E aí foi quando eu aceitei, eu falei tudo bem, então vamos ver como ser a Bruxelas.

Speaker:

Legal. E como que foram as entrevistas? Tu já tinha trabalhado por um tempo, então tu já consegue comparar como que era no Brasil.

Speaker:

Além de ter que falar inglês nas entrevistas, que eu também queria saber como que foi isso se você não falava ainda,

Speaker:

como que foi o processo seletivo?

Speaker:

Em caso, o recrutador falava português. Então, pelo menos com o recrutador eu falei português.

Speaker:

Depois desse processo com o recrutador teve a segunda etapa que era fazer o desafio técnico.

Speaker:

Aí pra defender, né, a minha tomada de decisão no desafio técnico, explicar o porque que eu fiz, do jeito que eu fiz, aí foi em inglês.

Speaker:

É... foi, foi naquelas. Vou falar que foi perfeito. Mas deu pra entender.

Speaker:

Só que assim, várias vezes, durante a entrevista, às vezes eu ainda falava assim,

Speaker:

pode repetir, desculpa, não entendi.

Speaker:

E depois dos desafios técnicos que foram com dois desenvolvedores.

Speaker:

Eu tinha que conversar com o diretor da empresa.

Speaker:

E aí quando eu conversei com o diretor, aí ele é francês, ele tinha um sotaque muito fecunhado,

Speaker:

que na verdade os franceses falando inglês tem um sotaque que até então eu não conhecia.

Speaker:

E aí foi um pouquinho difícil de entender, porque eu estava acostumada com o inglês americano,

Speaker:

de ouvir músicas, de assistir filme, série.

Speaker:

Então, nessa minha última entrevista, teve uma hora que eu perguntei, tipo, para eles se repetirem quatro vezes.

Speaker:

Aí foi quando eu pensei que talvez não vai rolar. Mas depois deu tudo certo.

Speaker:

Ah, então estava ok para eles, né?

Speaker:

O termínio em inglês, sim.

Speaker:

É. E tu acha que eles te entendiam bem ou eles tinham que também te perguntar para repetir as coisas?

Speaker:

Não, eu acho que eles não entenderam bem, porque eu senti...

Speaker:

Bom, mas eu também não sei se era o meu nervosismo que provavelmente atrapalha, né, na hora da entrevista também.

Speaker:

Eu senti que eu pedi pra eles repetirem mais do que eles pediram pra eu repetir.

Speaker:

Então, pelo menos.

Speaker:

É, acho que eles já estão mais calmos, né, parte do processo deles e pra gente que é algo novo.

Speaker:

Mas nesse tempo que tu ficou no intercâmbio em Leiria, Portugal, para essa entrevista,

Speaker:

você começou a fazer aula de inglês ou não?

Speaker:

Ah, não, o que aconteceu foi, eu comecei a fazer inglês depois que eu finalizei, porque eu fiz o intercâmbio, foi de 2000, foram seis meses, então foi setembro de 2013 até janeiro, fevereiro de 2014.

Speaker:

E a faculdade que eu fazia era integral, então eu não tinha tempo para fazer mais nada além de estudar.

Speaker:

E depois que eu me formei, que foi início de 2016, aí que eu fui para São Paulo, porque

Speaker:

eu fiz a faculdade de Ribeirão Preto, não, eu subidi Ribeirão Preto.

Speaker:

E quando eu voltei para São Paulo para trabalhar, foi quando eu comecei a focar mais no inglês. Ah, tá bom.

Speaker:

Então, tu estudou por um tempinho. Sim. Sim, estudei desde 2016.

Speaker:

16. Mas também tem que eu sempre gostei de músicas, bandas internacionais, então até

Speaker:

antes mesmo de focar totalmente no inglês, eu escutava muita música junto com a minha,

Speaker:

irmã e ainda na época que tinha, eu nem sei se existe mais o bagalumi, a gente impremia

Speaker:

as letras da música que a gente queria cantar e a gente ficava ali treinando, a gente lia,

Speaker:

A gente pegava a tradução também para tentar entender o que a gente estava cantando.

Speaker:

Então tudo isso também me ajudou muito.

Speaker:

Então teve um tempo para se preparar até lá.

Speaker:

E das pessoas técnicas que entrevistaram, de onde que eles eram?

Speaker:

Porque isso influencia no sotaque.

Speaker:

Acho que principalmente quando a gente só faz aula, é muito mais fácil entender os professores e os outros alunos têm o mesmo sotaque

Speaker:

que a gente do que quando vai ter uma variação.

Speaker:

Sim, e a gente também acostuma, né? Eu acho que quando a gente está falando um outro idioma,

Speaker:

a gente acostuma com a maneira que o outro conversa com você.

Speaker:

Então, sim, na sala de aula é totalmente diferente. A maioria das pessoas que me entrevistaram, eles são franceses,

Speaker:

mas que estão trabalhando aqui na Bélgica.

Speaker:

Mais até aí como era eu vim para uma consultoria e nessa consultoria era um encontrava gente de

Speaker:

todos os lugares então por exemplo tinha tinha encontrei outros dois brasileiros eu encontrei

Speaker:

gente do Taichi, mas Taichi ainda assim, eles falam francês, tinha gente da Índia, tinha gente da...

Speaker:

Ai meu Deus, esqueci. Taiwan. Então assim, eu falei, nossa, assim, bem internacional.

Speaker:

Bem diversa. E cada um com, assim, eu com o meu sotaque em inglês,

Speaker:

as pessoas com sotaque deles, então, então no começo, quando eu vim aqui pra Bruxelas, foi difícil acostumar,

Speaker:

porque até então o inglês que eu tava acostumado a escutar era o inglês americano,

Speaker:

um pouco do inglês britânico também.

Speaker:

Daqui a pouco a gente fala mais sobre os idiomas, quando a gente entrar no trabalho

Speaker:

do dia a dia, mas ainda tem alguns passos até você começar a trabalhar, né?

Speaker:

Então, porque como é a consultoria, no mesmo caso, eu acho que do Flávio, tu tem uma segunda

Speaker:

entrevista, que tu tinha comentado comigo antes que tu teve mais uma entrevista com,

Speaker:

as pessoas da consultoria, certo?

Speaker:

Isso com o cliente. E foi engraçado porque o dia que eu tive essa segunda entrevista técnica com

Speaker:

o cliente que eu ia trabalhar, foi um dia que eu tinha conseguido um agendamento para tentar pegar.

Speaker:

O meu, como se fosse o CPF daqui que é o National Number. E foi assim, foi uma loucura porque eu não

Speaker:

eu não tinha nenhuma conta internacional, então não tinha como receber o meu salário.

Speaker:

E para conseguir abrir uma conta bancária aqui eu precisava desse national number.

Speaker:

E eu estava... Bruxelas é dividida em várias comunas, que até então eu também desconhecia,

Speaker:

e eu estava morando na comuna de Bruxelas, que eles falam que é o CEP, é o MIL,

Speaker:

E é a maior que tem, então é mais difícil de conseguir agendamento para essas questões administrativas.

Speaker:

E assim, Bruxelas é uma cidade abécho, em geral, é um país muito burocrático.

Speaker:

E quando eu cheguei, eles falaram, não, você precisa fazer um agendamento no site da comuna.

Speaker:

Aí eu fui ver, era maio de 2019, só tinha agendamento para julho.

Speaker:

Eu falei... eu não posso esperar até a Gina para conseguir um número, porque eu não vou até a Gina para ficar aqui.

Speaker:

Aí falaram assim... Então você pode tentar chegar muito cedo na comuna, tipo, 6h da manhã, esteja na fila,

Speaker:

que eles liberam para algumas pessoas, eles distribuem algumas senhas.

Speaker:

Aí eu fui para lá, que foi no mesmo dia da entrevista que eu tinha com o cliente, aí...

Speaker:

Foi complicado, mas assim... Deu tudo certo, no final eu falei assim, não tem como remarcar a entrevista com cliente, não tem, Milena, só vai.

Speaker:

Aí eu saí correndo da comuna, fui para a entrevista.

Speaker:

Aí fiz a entrevista, conversei e tal, aí o cliente falou assim, não, tudo bem, agora eu vou conversar com o pessoal da consultoria,

Speaker:

aí depois te deu uma resposta.

Speaker:

Aí no mesmo dia eu voltei para a consultoria, já estava totalmente cansada, a cabeça explodindo.

Speaker:

Até porque o pessoal na parte administrativa, eles não falam muito inglês,

Speaker:

aí foi tipo Google Tradutor de francês com português, aquela coisa,

Speaker:

E aí no final do dia eles chamaram, tinha eu e mais um outro menino que tinha aplicado pro mesmo cliente.

Speaker:

Aí eles chamaram a gente numa sala e eles começaram a falar.

Speaker:

Só que eu tava já tão cansada que eu não tava entendendo mais nada.

Speaker:

Então eles estavam falando, eu só falei assim, espero que não tenha uma pergunta aqui, porque eu não tô entendendo nada.

Speaker:

Aí daqui a pouco eles bateram palma.

Speaker:

Aí quando eles bateram palma eu falei, ah, eu acho que a gente conseguiu um cliente.

Speaker:

Ah, tem que ser positivo.

Speaker:

E aí me viraram pra mim e falaram assim, Milena, que foi?

Speaker:

Você não gostou?

Speaker:

Aí eu, não, eu gostei, eu gostei, eu tô cansada. Caramba.

Speaker:

E aí foi assim que eu consegui entrar no cliente. Sobre muita pressão.

Speaker:

Caramba, o dia inteiro na correria no país novo, em outra língua, várias sotaques,

Speaker:

alguns não falam inglês.

Speaker:

Porque já é cansativo só a rotina, mudar pro inglês, né?

Speaker:

E imagina ainda passar por tudo isso.

Speaker:

Sim, e tem a questão também, a cabeça fica, porque assim, a gente não pode relaxar no começo, né?

Speaker:

A cabeça não tá no automático, assim, é ativa o tempo todo.

Speaker:

O que cada um tá falando? Precisa entender pra poder responder.

Speaker:

Até que o enumimento vira automático, só que tem esse tempo de adaptação.

Speaker:

Mas pra cada soprotoque novo, tu volta pra isso, né?

Speaker:

De ter que ter que prestar muita atenção. É, isso é verdade. Isso é verdade.

Speaker:

Mas como a gente acaba acostumando de ouvir aqui e dali,

Speaker:

assim como o Bruxelas é internacional, a gente escuta um pouco do mesmo em todo momento,

Speaker:

então a gente já vai... a cabeça vai acostumando, né?

Speaker:

Sim, sim, já vai sendo mais fácil. É...

Speaker:

E eu lembro o momento em que eu percebi que eu já não precisava estar tão ativa no...

Speaker:

No inglês que foi quando eu estava escutando música.

Speaker:

Eu estava ali cantando a música. Aí daqui a pouco eu falei, sabe, cantando entendendo a letra

Speaker:

como se estivesse em português. Aí eu falei, gente, agora tá.

Speaker:

Não precisa estar tão focada que agora agora está indo. Então assim é mais esse período de adaptação.

Speaker:

Aí depois vai vai mais tranquilo.

Speaker:

E quanto tempo demorou mais ou menos até esse ponto da música?

Speaker:

Ah, eu acho que foram uns dois meses. Dois meses? Ah, foi rápido.

Speaker:

Dois meses. É, mas muitas dores de cabeça. Necessitava uns meses, mas faz parte do processo.

Speaker:

É, o curso de inglês no Brasil se pagou, né?

Speaker:

Como você comentou, começar a aprender mais tarde é difícil.

Speaker:

É o mesmo caso que eu.

Speaker:

Eu aprendi muito tarde, então eu acho que eu tinha umas dificuldades.

Speaker:

Que as pessoas que aprendem como criança ou mais cedo ou adolescente não vão ter.

Speaker:

E eu acho que a pior parte é sempre falar, né. Porque a gente pode escutar, a gente pode descrever,

Speaker:

porque na hora de escrever, ainda que seja ativo, a gente pode corrigir se a gente comete um erro.

Speaker:

E a gente lê, ah, isso aqui tá errado.

Speaker:

Mas o falar é tipo, vai, falou tá falado.

Speaker:

Então eu acho que é isso que às vezes dá esse bloqueio. E por isso também que eu queria ter essa experiência internacional,

Speaker:

pra desbloquear de vez, sabe?

Speaker:

Eu acho que nada como você estar imerso e assim, aqui era ou era o inglês ou era o inglês, porque o francês ainda também estou aprendendo.

Speaker:

Então quando a gente só tem essa ferramenta na Amorou, a gente vai.

Speaker:

Eu ainda tenho um caso que é meio diferente, até os professores quando eu fui lá no Canadá contaram que eu escrevo pior do que eu falo, sabe?

Speaker:

Para mim, eu travo mais a escrita, sim.

Speaker:

Eu tenho reuniões com frequência na minha empresa.

Speaker:

O time está na Espanha e no UK, em Londres. Quase todos eles. Então, para mim, escrever é mais difícil.

Speaker:

Eu tenho que ficar com Grammarly e com o Translator aberto. Eu sempre escrevo lá. Eu coloco no Nukedinho e escrevo lá.

Speaker:

E falar é mais natural.

Speaker:

Porque eu foquei muito na fala. Aliás, do começo, quando eu fazia as primeiras aulas,

Speaker:

eu ia pro Italk e fazia aula de conversação.

Speaker:

Então, ficava assistindo vídeos, sabe, lendo a legenda, e nunca quis escrever, nunca tive essa preguiça de gramática escrever.

Speaker:

E aí eu acho que eu comecei a aprender no contrário do que normalmente é.

Speaker:

Que é tipo, eu travo menos pra falar, mesmo sabendo que tá errado, mas eu consigo...

Speaker:

Eu sei que as pessoas me entendem na maioria das vezes, sabe?

Speaker:

Agora na escrita, eu me enrolo um pouco, Então eu não escrevo direto no Slack, por exemplo, sabe?

Speaker:

Eu sempre escrevo no transtornotor primeiro, porque ele dá uma ajuda com o gramalete também

Speaker:

e aí depois eu vou copiar no Slack.

Speaker:

Ah, não, mas você sabe que acho que o natural deveria ser as escolas ensinarem a gente

Speaker:

primeiro a falar para depois escrever?

Speaker:

Porque a gente, quando a gente nasce, a gente aprende a falar primeiro.

Speaker:

Depois a gente vai aprender a escrever. Então, a parte tipo...

Speaker:

Mas eu acho que a parte principal é se comunicar.

Speaker:

Então, se a gente consegue se comunicar, que você falou, se você conversa e está tranquilo,

Speaker:

é o que a gente precisa no dia a dia.

Speaker:

Sim, sim.

Speaker:

Agora, sabe quando eu travo? Lembrando agora. Quando eu estou compartilhando tela, sabe? Eu tenho que...

Speaker:

Liderar várias reuniões. Aí quando a gente abre o miro, agora que é remoto,

Speaker:

e aí eu tenho que estar escrevendo, Aí é quando eu fico muito desconfortável.

Speaker:

Ah, entendi. Porque eu vou falar agora, eu tenho que escrever aqui ao vivo. E aí eu fico... sei.

Speaker:

Agora, tipo, falar? Não, novamente. Se eu tiver que ir na reunião e falar, tá tranquilo agora.

Speaker:

Compartilha a minha tela, tem que começar a escrever ou anotar coisas da coisa que a gente tá falando, ou tem tipo, sei lá.

Speaker:

Retrospectivas e aí todo mundo tem que colocar, então eu tenho que escrever lá compartilhando

Speaker:

a tela para explicar para as pessoas.

Speaker:

Esse é o momento para mim que todo mundo fala, quando eu tenho que falar eu travo,

Speaker:

para mim é aí. Então eu fico concentrado, pensando como escrever.

Speaker:

Até porque no dia a dia, e isso é até um erro, eu deixo muito o grama ali, sabe, ajudar

Speaker:

e não prestar atenção no que está corrigindo.

Speaker:

Ah, é.

Speaker:

Se eu estiver errando. É. Sim. Ah, mas quando for assim, tenta ir tirando o grama ali. É.

Speaker:

De pouquinho a pouquinho e tenta ver, às vezes tem palavras que você sempre tem que escrever,

Speaker:

só que às vezes como o corretor já corrige pra gente, a gente deixa pra lá, então pensa nessa,

Speaker:

palavra e aí cada dia tipo é uma palavra nova, ah tá, isso daqui escreve desse jeito, então tá,

Speaker:

é assim. É um processo. A gente tem que colocar a gente nessas situações desconfortáveis pra,

Speaker:

para desenvolver e para tirar esse medo, esse bloqueio.

Speaker:

Sim, total, total. Agora, uma coisa também, dando alguns passos atrás novamente, porque,

Speaker:

tu teve ideia de morar fora quando estava em Portugal e passou um tempo até isso se,

Speaker:

concretizar. Qual que foi a sensação de mudar? E até antes dessa pergunta, tu já,

Speaker:

tinha aplicado para outras vagas ou a Bélgica apareceu pelo LinkedIn, sabe, alguém na Bélgica,

Speaker:

te chamou e você foi.

Speaker:

Não, eu já tinha aplicado para uma outra vaga. Na verdade, eu não estava numa procura ativa em 2019.

Speaker:

Então, eu não sabia o que iria acontecer em 2019.

Speaker:

Mas, uma vez, tinha conversado com uma empresa na Holanda e aí eu participei do processo seletivo deles também.

Speaker:

Eles vieram com a proposta, só que aí eu fiz as minhas pesquisas sobre custo de vida e tal.

Speaker:

E tal. E aí eu vi que o salário que eles estavam me pagando não ia ser o suficiente.

Speaker:

Aí eu pensei, sair do Brasil para ir para um outro país sem ninguém, porque eu vim

Speaker:

sozinha, né, para depois ficar passando o aporo. Aí eu falei, não, né, então vou,

Speaker:

esperar mais um pouco. Aí quando surgiu essa da Bélgica, aí a proposta já foi melhor.

Speaker:

E aí eu falei assim, ah, eu vou tentar também. Se fiquei com medo das pessoas serem mais secas e tal.

Speaker:

E às vezes assim, meio que distratar por ser de fora. Só que assim, foi totalmente contrário.

Speaker:

Eu estava com esse medo. Eu falei assim, se eu me sentir muito intrusa no país, eu volto.

Speaker:

Assim, não tem problema, né?

Speaker:

E aí não, aí foi bom que tipo me surpreendeu demais a cidade.

Speaker:

As pessoas, então como é muito internacional não tem aquela coisa de, ah, essa pessoa que é de fora,

Speaker:

ah, não, tem a panelinha aqui dos belgas ou a panelinha, sabe, não tem. Até porque é difícil,

Speaker:

como o Flávio tinha comentado no episódio dele, que é difícil encontrar belgas em bruxelas.

Speaker:

Então isso é muito bom, eu gosto muito dessa sensação, dessa questão de estar vivendo numa cidade internacional.

Speaker:

Tá bom. Então até para tu falou um ponto interessante agora que foi desses dúvidas e medos né.

Speaker:

Eu acho que tu falou outra coisa interessante que é se não gostar a volta se está preparado para isso

Speaker:

é sempre importante quando fazer uma mudança tão grande.

Speaker:

Mas você lembra de quais medos voltando para a Milena Milena lá do começo de 2019.

Speaker:

Tipo está no processo seletivo agora passou.

Speaker:

Quais eram os seus medos. Você consegue lembrar além desse de ter as panelinhas o que tu achava quando chegar lá,

Speaker:

O que vai ser assustador? Porque mudança grande sempre assusta um pouco, né?

Speaker:

Mas tu ainda consegue lembrar o que?

Speaker:

Eu lembro que eu tinha um pouco de medo de não conseguir acompanhar o trabalho.

Speaker:

Então eu estava com medo de ai eles vão conversar comigo o tempo todo.

Speaker:

Se eu não entender os requisitos, ou se eu não conseguir acompanhar o time,

Speaker:

eu tive medo da integração, né?

Speaker:

De como não conhecia ninguém, como que eu ia fazer amizades.

Speaker:

E eram basicamente essas duas.

Speaker:

Tá bom. E aí como que foi na realidade? Ah, foi ótimo, foi melhor do que esperado.

Speaker:

Mas também porque eu me coloquei em situações onde eu conhecia pessoas.

Speaker:

Então, por exemplo, quando eu me mudei, eu falei assim, eu não vou morar sozinha.

Speaker:

Eu quero morar numa casa compartilhada com pessoas, porque eu não sei quem serão meus colegas de trabalho,

Speaker:

e pelo menos quando você vive com alguém, por mais que você não crie uma amizade, você tem uma troca,

Speaker:

E era isso que eu queria. Então eu procurei uma casa para morar compartilhada, encontrei no...

Speaker:

Para todos os seus usuários.

Speaker:

E aí eu morei numa casa com mais três meninas, então nós éramos quatro.

Speaker:

E aí era engraçado porque era uma italiana, duas francesas, e uma dessas francesas, por exemplo, ela era da Ilha de Reunião.

Speaker:

Eu falei, gente, mas eu nem sabia onde ficava no mapa.

Speaker:

Então foi assim, perto de Madagascar, na África. Ah, eu sei onde é.

Speaker:

E aí ela me contou das histórias dela, eu falei, cara, que incrível, sabe?

Speaker:

Tipo, isso é uma coisa que não aprendi na escola, a gente não ouve muito falar e aí foi muito gostosa,

Speaker:

tipo essa troca de experiência, de... e até assim, como todas da casa falavam francês, mas comigo

Speaker:

elas falavam inglês, mas de pouquinho a pouquinho às vezes eu trocava umas palavrinhas em francês e

Speaker:

que nem essas questões burocráticas, elas me ajudaram a resolver, ah Milena, o sistema funciona,

Speaker:

Então eu acho que isso é muito importante.

Speaker:

E também me colocava em grupos, eu adoro dançar, então assim, me coloquei em grupos de forró.

Speaker:

E aí, sabe, sempre me colocava em posições pra conhecer pessoas.

Speaker:

E até porque também todo mundo que falava, ah, a Milena quer sair pra tal lugar.

Speaker:

Eu falava assim, mesmo se eu tava cansada, eu falava, vou porque eu preciso conhecer a gente.

Speaker:

Caramba, que legal. É exatamente a mesma coisa que eu. Quando alguém me pergunta, eu falo que eu era o Yes Man, sabe, aquele filme?

Speaker:

Ah, fute.

Speaker:

É, eu nunca fui de sair tanto, mas aqui eu ainda moro no mesmo lugar, no centro do porto.

Speaker:

E alguns dias eu ia para dois, três lugares diferentes, várias, só encontrar a pessoa.

Speaker:

Eu não gosto de cerveja, mas eu ia, passava um tempo, pegava uma cidra, sabe, de maçã.

Speaker:

A pessoa até pensava de me zoar por isso. Mas enfim, eu ia, pegava, depois eu ia no outro lugar,

Speaker:

depois eu ia no outro e acho que foi bem legal.

Speaker:

E foi a mesma coisa, porque o pessoal fala às vezes, tipo, tu não se sentia sozinho, nada, foi não,

Speaker:

porque eu me colocava em situações dessas, eu ia em alguns meetups, organizei meetups aqui também.

Speaker:

No começo. Que legal. Isso ajudou bastante, assim. Hoje, novamente, eu não consigo imaginar fazendo tanta coisa,

Speaker:

eu gosto de planejar.

Speaker:

Acho que eu fiquei mais velho depois da pandemia.

Speaker:

Mas acho que quando você se muda, claro que depende da personalidade de cada um, né?

Speaker:

Mas acho que pra mim era importante, se eu tá no lugar, conhecer pessoas e...

Speaker:

Conhecer pessoas que estão na mesma situação também acho que ajuda bastante, né?

Speaker:

Porque uma situação que acho que...

Speaker:

Pode simbolizar isso, é um amigo, um dos que entrou na mesma empresa que eu comigo,

Speaker:

ele ficou doente, né, e aí ele falou que ele ficava meio com medo em casa,

Speaker:

ele falou, cara, se acontecer alguma coisa comigo aqui, ninguém vai nem perceber. Ah, né.

Speaker:

E aí eu até falei que, cara, quando ficar doente, se avisa, né, tipo,

Speaker:

tinha uma galera aqui que chegou em Portugal junto, a gente tinha um grupo no WhatsApp,

Speaker:

porque é, se você chega totalmente isolado, é o tipo de situação que é assustadora mesmo, né,

Speaker:

No Brasil tem milhões de pessoas, você conhece o sistema, você está no país novo,

Speaker:

você tem que ter mais alguém para confiar, né? Alguém que vai checar se você já está melhor ou não.

Speaker:

Sim, concordo. Concordo plenamente. E até porque logo depois disso veio a pandemia, né?

Speaker:

Então 2020 explodiu aqui e aí eu pensei, cara, que bom que estou morando com pessoas,

Speaker:

porque se eu estivesse sozinha, morando sozinha, ficar isolada,

Speaker:

assim, ai, eu teria ficado muito triste, porque pra mim foi difícil esse período da pandemia.

Speaker:

Foi a mesma coisa para mim também. Minha esposa, na época namorada, se mudou, sei lá, uma, duas semanas antes de fechar tudo.

Speaker:

E foi muita sorte, porque depois não dava para viajar,

Speaker:

não dava para ir de outro país, não dava para viajar, não dava para fazer nada.

Speaker:

E aí seria bem complicado. Então, acho que a pandemia facilitou muito, porque eu estava evitando ver pessoas em geral, né?

Speaker:

Eu tinha muito medo de contaminar alguém, pra falar a verdade, muito mais do que ser contaminado.

Speaker:

Então, pelo menos aqui deu pra gente fazer nossas coisas, desenvolver outros hobbies, estudar coisas diferentes, sabe?

Speaker:

Porque isso é muito importante. Os episódios com a psicóloga Isabela, ela fala muito isso, que quando você tá fora, é muito importante essa rede de apoio.

Speaker:

Então achar pessoas, até se você conseguir achar grupos antes de se mudar ainda,

Speaker:

tipo Facebook, grupos de Telegram, ou tem muitos no Slack.

Speaker:

Acaba ajudando muito na adaptação, né?

Speaker:

Porque algumas pessoas ficam bem só, ótimo, mas algumas pessoas precisam de outras,

Speaker:

em volta, e no Brasil normalmente a gente tem isso, né?

Speaker:

Então essa é uma mudança grande ao mudar de país.

Speaker:

Assim, com certeza, é muito importante mesmo ter sempre alguém pra gente poder se apoiar.

Speaker:

Que bom, que bom que dá tudo certo com você e com a sua esposa.

Speaker:

Vocês chegaram a ser infectados ou não? Eu não lembro qual época, mas sim.

Speaker:

Ela foi tranquila, meu foi um pouco pior, mas chegamos. Pior que foi viajando, foi quando abriu tudo.

Speaker:

A minha pelo menos foi viajando.

Speaker:

Viagéri, quando eu voltei pra casa, passou uns dois dias, aí eu fiquei.

Speaker:

Você chegou a ser também?

Speaker:

Sim. O meu foi porque eu mudei três vezes desde que eu cheguei aqui.

Speaker:

Então depois dessa casa com as quatro meninas eu mudei pra outra casa, porque uma amiga

Speaker:

minha de infância, ela morava na Itália, e aí ela conseguia emprego aqui na Bélgica,

Speaker:

veio pra Bruxelas, aí eu mudei com ela e mais uma outra menina.

Speaker:

E essa menina trabalhava no parlamento europeu e ela tinha que, pelo menos uma vez, por semana no escritório lá.

Speaker:

E descobriram que uma pessoa estava infectada e aí fizeram teste em todo mundo e mandaram ela para casa.

Speaker:

E aí depois quando saiu o teste dela, ela falou, meninas, estou infectada.

Speaker:

Ai meu Deus, o vírus, tipo, com todo cuidado do mundo, o vírus entrou na minha casa.

Speaker:

Aí deu dois dias depois, eu estava infectada.

Speaker:

Aí foi difícil. Mas a gente está numa situação um pouco melhor, né?

Speaker:

Já virou quase que rotina, vamos dizer. Não assusta tanto, desde que a gente tomou as preocupações.

Speaker:

Não assusta tanto, é verdade.

Speaker:

Ainda bem, né? Não, e foi engraçado porque... Não engraçado, mas foi estranho porque a minha motivação de morar fora sempre foi viajar.

Speaker:

Então foi foi os momentos que eu ficava assim caramba tinha uma meta de conhecer,

Speaker:

quatro países novos por ano dois a quatro e dois anos e estou preso.

Speaker:

Claro que muito privilegiado porque em TI a gente não teve demissões naquela época foi tudo tranquilo.

Speaker:

Então eu eu ficava com isso na cabeça que eu tenho muita sorte porque tem muita gente perdendo emprego.

Speaker:

Mas mudou um pouco o que era o meu objetivo e morar fora. já era o momento que eu pensava assim, minha maior motivação não dá pra fazer o que

Speaker:

eu faço agora.

Speaker:

Mas mais uma vez, por isso que é importante ter essa rede de apoio, porque provavelmente se...

Speaker:

E aí.

Speaker:

Eu fico pensando assim, as pessoas que mudaram durante a pandemia, talvez em algum momento voltaram,

Speaker:

porque se você não tem essa troca, essas questões vão vir.

Speaker:

Tipo, o que eu tô fazendo aqui? Eu não consigo ter essa troca, não consigo ver gente, não consigo viajar.

Speaker:

Então é melhor voltar, né? Porque é difícil ficar extremamente sozinha.

Speaker:

Tem um episódio aqui para quem estiver ouvindo que é com a Diana Neves e aí é só sobre a

Speaker:

mudança dela durante a pandemia. Era minha colega de trabalho, eu mudei de empresa e ela conta,

Speaker:

como que foi, como ela conseguiu lidar, como ela conseguiu fazer outras amizades e vem um pouco

Speaker:

disso de contactar pessoas antes de ter se mudado, de conhecer as pessoas da empresa que ela entrar

Speaker:

eu e outros amigos aqui, e ela fala que isso ajudou a lidar um pouco com as coisas, mas

Speaker:

que a experiência que eu tive quando me mudei, que era, saía muito, conhecia muita gente,

Speaker:

completamente diferente pra ela, que tava isolada, e só foi, conhecia a cidade, tipo,

Speaker:

sei lá, nove meses depois de ter se mudado, então, se mudou pra Portugal, mas conhecia

Speaker:

só a própria casa, basicamente.

Speaker:

Sim, sim é verdade. Tenho um caso parecido com um colega meu de trabalho também porque eu

Speaker:

mudei de emprego também durante a pandemia, então eu fiquei nessa consultoria de 2019 a

Speaker:

maio de 2021, abril de 2021, em maio de 2020 eu comecei na minha atual empresa.

Speaker:

E o engraçado foi que eu comecei junto com mais duas pessoas que são do meu time, mais um desenvolvedor e uma Product Owner.

Speaker:

Então assim, foram três pessoas novas chegando junto. Esse meu colega, ele é de Bristol, então Inglaterra, e ele veio também tipo, por.

Speaker:

Tudo por conta do Brexit também que aconteceu, e ele se mudou também assim, ele falou assim,

Speaker:

Eu não conheço nada de Bruxelas e ele ficou tipo o ano de 2021 inteiro também praticamente em casa.

Speaker:

Só conheci um pouco do trabalho porque em alguns momentos a gente ia pro escritório porque eles

Speaker:

falaram que a gente tinha que ter um dia em comum pros times, ainda mais que nós três éramos novos.

Speaker:

Então a empresa falou assim, vão vocês, a gente está controlando o número de pessoas que estão,

Speaker:

escritório e praticamente era isso que eu não conhecia que era da casa dele para o escritório,

Speaker:

escritório para casa.

Speaker:

Você comentou que você mudou de trabalho, né?

Speaker:

Você começou falando aí desses seus colegas novos, que mudaram na pandemia.

Speaker:

Então, como foi esse processo de mudar também durante a pandemia e como foi entrar numa,

Speaker:

empresa nova, né? a sua segunda experiência a enbruxá-las.

Speaker:

Teve alguns medos também relacionados à nova empresa por conta de estar na pandemia, eu

Speaker:

sabia que eu não ia ter tanto contato com as pessoas, mas também foi melhor do que na minha

Speaker:

cabeça, né, que às vezes a gente tende a pensar na pior situação possível, mas como eu comentei,

Speaker:

eu gostei muito de... eu dei sorte de cair nesse time novo, então assim, todo mundo tava no mesmo.

Speaker:

E o que é engraçado é que assim, o time é eu, brasileira, o inglês e uma grega.

Speaker:

Então assim, gente de cada canto do mundo, foi legal que a gente também trocou muita experiência,

Speaker:

aqui as pessoas são muito curiosas para saber como as coisas acontecem no seu país,

Speaker:

porque eles também escutam muito sobre o que acontece no Brasil, então teve essa troca bem legal.

Speaker:

E o que eu fiquei... a gente tinha muitas ligações, né, tipo, videochamadas em geral,

Speaker:

mais do que normal, porque era um time novo, a gente precisava alinhar em várias questões.

Speaker:

E aí também foi... eu achei muito bom que a empresa colocou esses dias específicos,

Speaker:

para que a gente pudesse ir para o escritório, ter essa... mudar um pouco o ambiente também,

Speaker:

Acho que cansa ficar só em casa.

Speaker:

E esse número controlado de pessoas ajudou a gente se alinhar melhor,

Speaker:

se conhecer melhor e também ver outras pessoas de outros times que acabavam indo no mesmo dia.

Speaker:

Então, sim, foi melhor do que eu imaginei, mas também foi bom porque eu peguei, foi 2021,

Speaker:

foi quando as coisas ainda estavam acontecendo, mas já estavam baixando.

Speaker:

Então, foi bom.

Speaker:

Não, legal. E agora é o processo gradual, que nem, por exemplo, atualmente eu tenho que ir três

Speaker:

vezes por semana para o escritório.

Speaker:

Então, essa começou com uma vez na semana, aí aumentou para duas vezes e aí agora

Speaker:

são três. Eu espero que continue em três. Acho que eu não consigo mais trabalhar cinco dias no prescritório. Muita coisa mudou.

Speaker:

Mas tu não consegue por causa de ter que levantar mais cedo ou estar no escritório a semana inteira levantar mais cedo.

Speaker:

Ah eu acho que eu levantar mais cedo. É agora que está frio.

Speaker:

Ah, pegar o ônibus trem nesse frio é tão desgastante. Sim.

Speaker:

Assim também as coisas em Bruxelas, por exemplo, os lugares eles fecham muito cedo.

Speaker:

Então, por exemplo, isso foi um choque para mim.

Speaker:

Por exemplo, o supermercado não abre de domingo.

Speaker:

Então, se eu tenho que fazer qualquer compra, ou eu vou depois do meu horário do trabalho, ou eu vou no sábado.

Speaker:

E processos burocráticos quando eu preciso fazer também, eles têm um horário muito limitado.

Speaker:

Então, trabalhar de casa possibilita que eu consiga gerenciar tanto o trabalho quanto essa parte mais da vida pessoal.

Speaker:

Então, por isso que acho que esse sistema híbrido é o melhor.

Speaker:

Sim, e no inverno, pelo amor de Deus, eu também queria ir, a empresa nova queria ir, no inverno não é tão ruim como o teu, né?

Speaker:

É questão de frio, pelo menos.

Speaker:

Eu falei que iria uma vez por semana, não é obrigatório, contrato é remoto, mas eles têm escritório.

Speaker:

Eu fui nas duas primeiras semanas, depois fui mais...

Speaker:

Só quando tinha reuniões que eram lá, sabe? Porque... E também eu não fui logo de manhãzinha.

Speaker:

Eu fui em reunião, era de tarde, então aluguei e fui para o escritório, porque é difícil.

Speaker:

E não só isso, eu acho que tá todos os dias... Eu gosto muito de estar com pessoas.

Speaker:

Agora, estar todos os dias no escritório, pra mim, agora cansa um pouco.

Speaker:

Até porque eu acho mais difícil trabalhar. Eu fico muito em reuniões.

Speaker:

E aí toda vez que eu não tô na reunião, alguém vem falar comigo, sabe?

Speaker:

Eu fico, cara, não consigo fazer nada, porque tem quatro, cinco reuniões no dia.

Speaker:

E no tempo que eu não tô em reunião, tu tem um... No escritório, né, é diferente.

Speaker:

Tu tem as pessoas indo pegar café, as pessoas vão almoçar juntos.

Speaker:

Então, pra mim, hoje é muito mais difícil trabalhar no escritório.

Speaker:

É legal, mas todos os dias eu espero não ter mais que...

Speaker:

Espero também que continue assim. Querendo ou não a nossa área, a gente consegue entregar mesmo,

Speaker:

não estando no escritório.

Speaker:

Estranhamente, mais até. Para mim, hoje, depois de ir para o escritório,

Speaker:

algumas vezes eu vejo que consigo fazer mais coisas de casa por isso, porque no escritório não consigo ter momento de foco.

Speaker:

O único foco é se eu estiver em uma reunião sabe, que aí sim eu tô parado caso contrário.

Speaker:

Mas é, acho que tem que se adaptar novamente. Sim.

Speaker:

É, adaptar, adaptar sempre. Acho que essa é a palavra para quando a gente muda de país.

Speaker:

É a palavra chave.

Speaker:

Adaptação, é isso que a gente precisa ter. A Isabela, novamente, é psicóloga, ela falava muito em flexibilidade.

Speaker:

Eu falava que muda de país e adaptação a flexibilidade, elas estão totalmente ligadas.

Speaker:

Essa flexibilidade de vários lados de como são as pessoas, como é o país.

Speaker:

A burocracia, que às vezes castiga a gente. Eu até lembro, toda vez que eu tenho que voltar para renovar o título de residência,

Speaker:

ou quando tem essa parte burocrática, quando eu me lembro, é um dos momentos que eu me lembro que eu sou imigrante,

Speaker:

ficar claro como as coisas são um pouquinho mais complicadas do que são para as outras pessoas.

Speaker:

Sim. E a gente não aprende isso antes, então é uma coisa que a gente ainda vai quebrar a cara,

Speaker:

vai aprender e aceitar o processo nesse caso.

Speaker:

Sim. Agora, mudando um pouco de assunto, não totalmente, mas eu queria saber como que é trabalhar,

Speaker:

com as pessoas aí na Bélgica. A gente já ficou claro que é um ambiente internacional, tanto na

Speaker:

quanto nessa segunda empresa.

Speaker:

E agora eu queria saber quais são as diferenças do abril de trabalho, da forma, de como ele se organiza.

Speaker:

Então, o que você sentiu de diferença da sua experiência para o Brasil e você deixaria,

Speaker:

de aviso para as pessoas que querem mudar para a Bélgica? Acho que a maior diferença é a questão da carga horária.

Speaker:

E porque o Flávio até comentou também no episódio dele que aqui é muito bem dividido

Speaker:

a questão de você tem o seu horário de trabalho, você tem o seu horário para vida pessoal.

Speaker:

Então, por exemplo, no Brasil eu trabalhava muito, tipo, horas e horas e horas.

Speaker:

E agora aqui não, aqui são 8 horas de trabalho por dia e assim, deu 5 horas e o pessoal está,

Speaker:

indo embora, às vezes até antes, porque tem um pessoal que chega umas 8 da manhã, 7,

Speaker:

e pouco, dá umas 4 horas, 4 e meia e eles também já estão saindo.

Speaker:

Então, eu gosto muito disso. e...

Speaker:

Isso está refletido até, tipo, na cidade em geral, que nem o comentei, supermercado,

Speaker:

ele não abre de domingo, nem lojas, por exemplo, você vai andar no centro, no centro você

Speaker:

vai encontrar restaurantes abertos, mas você não vai encontrar lojas.

Speaker:

Então, por exemplo, quer fazer compras de domingo, shopping?

Speaker:

Não, não tem.

Speaker:

Farmácia também não, isso foi um choque também bem grande pra mim, uma vez eu precisava

Speaker:

de um anti-alérgico, domingo à noite, não tinha farmácia aberta.

Speaker:

Aí o que eles têm aqui é uma farmácia que tem algumas farmácias que elas ficam de plantão,

Speaker:

mas você tem que ir até lá, você tem que tocar a campainha, aí o cara aparece assim.

Speaker:

Tem aquela caixinha, não é? Aquela caixinha. Colocou remédio de um lado e aí ele roda, pega do outro.

Speaker:

Exato. Tem em Portugal isso? É?

Speaker:

Tem. Eu nunca fui, mas eu já vi isso e eu vi na Espanha também.

Speaker:

Eu tive dor na perna, sei lá, de de mal jeito. Eu fui comprar e foi nisso, numa caixinha.

Speaker:

Parece aqueles bancos no Brasil, né, que tu tem toda roleta, passar.

Speaker:

Sim, eu me senti assim, meu Deus, eu estou realmente comprando drogas aqui,

Speaker:

porque não tenho contato, não tenho nada. Estou incomodando a pessoa.

Speaker:

Ponho dinheiro, é.

Speaker:

Mas enfim, essa questão de ter tempo para a sua vida pessoal, eu acho.

Speaker:

Eu admiro muito, então isso eu acho incrível aqui da Bélgica.

Speaker:

E mais uma vez, como as pessoas são internacionais, você não vai se sentir de fora, então se

Speaker:

tem alguém que pretende vir pra Bélgica, tá com medo dessa questão de às vezes ser,

Speaker:

um pouco maltratado por ser de fora, isso não acontece aqui, por ser um ambiente extremamente

Speaker:

internacional, então todo mundo se recebe bem.

Speaker:

A maioria das pessoas que estão em Bruxelas não são daqui.

Speaker:

E só vem, eu acho que assim, quem tiver interesse tem a questão do clima que na minha opinião não é

Speaker:

o dos melhores, mas eu falo isso para todo mundo que eu conheço que as pessoas daqui compensam,

Speaker:

clima, porque embora a gente não tenha tanto sol, as pessoas são muito receptivas, então você sai,

Speaker:

um aniversário, você vai sentar numa mesa com cinco pessoas, cinco pessoas, cinco nacionalidades

Speaker:

diferentes e eu acho, eu me encanto com tudo isso, eu acho uma troca incrível.

Speaker:

Em questão de trabalho, então você tem mais tempo, pelo menos comparado com as experiências

Speaker:

que eu tive anterior, você tem mais tempo pra entregar, tem uma flexibilidade aqui também,

Speaker:

não tem tanto aquela correria de às vezes só entrega, entrega, entrega.

Speaker:

Então, acho que, sim, tô tendo uma experiência muito boa aqui.

Speaker:

Mas no dia a dia do trabalho mesmo, assim, tu teve mais alguma diferença de como você

Speaker:

e trabalhava no Brasil e como que é aí?

Speaker:

Assim, eu também percebi que aqui as pessoas fazem, tem muito mais team building, então

Speaker:

nas duas empresas que eu trabalhei, chega próximo final de ano ou próximo de uma entrega,

Speaker:

eles reúnem a empresa toda e celebram.

Speaker:

E são atividades diversas, bem engraçadas inclusive.

Speaker:

Uma delas que eu fiz era atirar machado no alvo. Tinha coisas que eu nunca vi e isso fazia parte da integração com a empresa toda.

Speaker:

Então, o time que pontuasse mais ganhava uma cesta de cerveja.

Speaker:

Foi bem interessante.

Speaker:

E cada vez eles fazem uma coisa diferente. Já teve jogos em realidade virtual.

Speaker:

Os times vão para jogar juntos. Teve também esgrima, teve um passeio de patinete todo mundo

Speaker:

junto em outra cidade daqui. Então isso é bem gostoso. Coisa que eu pelo menos no Brasil

Speaker:

não tive muito. Sim, eu também na minha empresa interior um pouquinho menos tinha mais local com a,

Speaker:

uma equipe, tinha bastante em buildings a dinâmica de equipe.

Speaker:

Com eles, mas menos com a empresa toda, mas me falam que os dias que eu tenho entrado

Speaker:

eu tinha muito com a empresa toda, só que aí ficou gigante e aí não dava mais.

Speaker:

E na que eu estou também, eu estava, tenho um planejamento do trimestre, então a gente

Speaker:

foi todo mundo para Londres, tanto se algum amigo tiver ouvido, eu não falei para ninguém,

Speaker:

porque tinha programação do dia e a noite com a empresa e era isso, era o dinâmico.

Speaker:

Então, trabalho, a gente ia para um pub, um bar, restaurante e depois às vezes tinha alguma coisa.

Speaker:

Todos os dias eu fiquei impressionado. Era cansativo, mas era bem legal porque além de a gente estar fazendo o planejamento do

Speaker:

trimestre com todo mundo, o planejamento também tinha uma competição, sabe, nele,

Speaker:

que valeria alguns casacos com o nome do time.

Speaker:

Então, quem chegasse nos horários sempre valeria ponto, né? terra, quem sei lá, interagisse mais tinha ponto, quem teve caralquê, teve boliche,

Speaker:

então a gente contou quem foi o melhor cantando, sabe?

Speaker:

Eu achei isso muito legal porque é um planejamento meio pesado do trimestre, mas ao mesmo tempo

Speaker:

tinha essa brincadeira e tinha várias dinâmicas, sabe?

Speaker:

Durante o dia inteiro, então entre umas reuniões e outra, meio dia ia para o almoço todo mundo

Speaker:

junto e voltava e tinha alguma coisa assim, sabe?

Speaker:

E eu achei bem diferente, a minha segunda empresa aqui morando na Europa, a primeira,

Speaker:

também tinha, mas local essa é um pouco maior e colocando todo mundo de outros países

Speaker:

num lugar só para passar um tempo.

Speaker:

Então eu achei isso bem interessante. Eu não sei se é uma tendência de todas aqui, mas as minhas duas experiências estão,

Speaker:

sendo como as tuas também.

Speaker:

Que bom. Acho que isso traz mais motivação para a equipe. Conversar com pessoas de outras áreas também é muito interessante.

Speaker:

Porque esse é um momento que às vezes a gente tem, porque quando está todo mundo imerso no trabalho,

Speaker:

às vezes não tem tanta dessa troca.

Speaker:

E no remoto fica mais difícil. Uma coisa que eu sinto falta é isso.

Speaker:

Eu conhecia muita gente na empresa que eu comecei que não era do meu departamento, não era até de TI em geral.

Speaker:

Por causa do café, o almoço que lá tinha ao lugar.

Speaker:

E aí nas novas já não. Os últimos meses eu conheci as pessoas de TI, mais o meu time, e nessa nova também.

Speaker:

Então esses momentos acabam ajudando. Você vai jogar boliche e você vê quem está livre ali.

Speaker:

E aí você está com pessoas diferentes. Até isso não equivalia a um ponto.

Speaker:

Quem interagisse mais fora da sua bolha, tinha um cara que estava tentando observar.

Speaker:

Ah, mas isso é muito legal. Sim.

Speaker:

Então tem também sentir isso. Agora questão da forma de trabalho.

Speaker:

Porque eu não sei se você mencionou isso eu não lembro se você mencionar mas muitas pessoas tem

Speaker:

medo de como que vai ser o uso da tecnologia.

Speaker:

Se eles vão estar muito avançados vão ficar para trás. E como que foi para te tecnicamente chegar aí na Bélgica.

Speaker:

Ah, em questão de tecnologia, dependendo da área que você vai trabalhar, você vai encontrar,

Speaker:

empresas usando tecnologias já antigas, muitos legados, mas de novo, vai depender do setor.

Speaker:

E... E aí.

Speaker:

Depende do setor, só que você pode encontrar um pouco de tudo.

Speaker:

No geral, eu ainda acho que o Brasil é mais avançado com algumas tecnologias.

Speaker:

Mas não teve nenhum choque de, poxa, eu tô muito pra trás do que eles,

Speaker:

eu não sei tecnologia que eles sabem.

Speaker:

Não teve nada do tipo. Não. Nesse quesito, acho que o Brasil preparou muito bem.

Speaker:

E prepara a gente muito bem, a gente vai levando várias porradas lá.

Speaker:

Então a gente chega aqui, ah, beleza, é isso, vamos. Então isso não teve nenhum problema. Ah, legal, legal.

Speaker:

O que foi bom, porque no meu caso, como teve a questão do idioma para se adaptar,

Speaker:

eu, se eu tivesse acho que o problema da tecnologia mais o idioma,

Speaker:

acho que seria muito para a cabeça.

Speaker:

Então assim, como com a tecnologia eu estava ok e era mais o processo do idioma para se acostumar, então acho que foi um bom balanço para mim.

Speaker:

Que bom, boa. Então, agora, sobre se acostumar. E mais uma coisa, os europeus gostam muito de desenvolvedores brasileiros,

Speaker:

então nós somos muito bem vistos aqui, para que a gente faz um bom trabalho.

Speaker:

Às vezes, se precisar, a gente fica depois do horário, por essa cultura que a gente tem no Brasil,

Speaker:

trabalhar, trabalhar, trabalhar. Então não que eles vão pedir para você ficar fora do horário, mas,

Speaker:

essa boa visibilidade dos brasileiros. Então fiquem tranquilos com relação a isso.

Speaker:

Que legal, tu ouviu isso por aí ou tu sentiu?

Speaker:

Não, eu já ouvi. Eu ouvi até de gerentes falando, ah a gente tá querendo contratar

Speaker:

mais brasileiro, ah não, a gente gosta muito de vocês. Eu tenho até alguns amigos que são

Speaker:

que já falaram que a gente está com foco no Brasil.

Speaker:

Fica a dica. Então a hora é sobre o país. Vamos sair agora do ambiente de trabalho e pensar em como que tá sendo morar aí em

Speaker:

Bruxelas ou na Bélgica em geral, se você já tiver visitado vários lugares.

Speaker:

O que que tu tá achando?

Speaker:

E principalmente, acho que daria pra começar, quais são as coisas mais legais de morar aí no teu opinião?

Speaker:

Pra mim, uma das coisas mais legais é que são as pessoas, de novo, eu admiro muito

Speaker:

essa troca cultural que a gente tem aqui, né?

Speaker:

Então assim, acho que eu aprendi muito conversando com pessoas de diversas nacionalidades, eu,

Speaker:

gosto muito dessa questão de sair e numa saída conhecer sempre gente de alguma nacionalidade

Speaker:

diferente. Eu gosto muito das cervejas daqui, dos chocolates, claro, waffle, bruxé, a Bélgica

Speaker:

no geral é um país com muitos festivais e isso é incrível. Pra mim, assim, como.

Speaker:

Eu sempre gostei de bandas internacionais e eu sei que no Brasil quando vem alguém

Speaker:

de fora é um evento pra gente e aqui é só mais um dia. Isso é muito engraçado que nem ano passado

Speaker:

eu fui num show eu adoro Green Day então fui num show que era Green Day, Felt Boy e Weezer e eu

Speaker:

tava assim alucinada, eu falei nossa gente não acredito vou ver Green Day de novo depois de tanto tempo,

Speaker:

e quando eu fui, eu fui em Antwerp, uma outra cidade daqui e quando eu fui pra lá eu vi que era só mais

Speaker:

mais um dia normal na cidade. Então, ao mesmo tempo que Bruxelas tem essa questão de fechar

Speaker:

cedo, alguns bares também até fecham cedo, mas ainda assim é uma cidade muito ativa.

Speaker:

Então, tem muitos festivais, tem muitos shows acontecendo. Agora é período do verão,

Speaker:

junho, julho, agosto, acontecem muitos festivais. E tem pra tudo quanto é gosto, tem festival

Speaker:

de rock, tem festival de música, de Tomorrowland, que é músicas eletrônicas. Tem um pouco,

Speaker:

de tudo, tem de rap, tem... Então assim, tem pra tudo quanto é gosto.

Speaker:

Falando em gosto, você comentou sobre cervejas e talvez a gente pode entrar na comida.

Speaker:

Não entendo nada, mas muita gente que ouve quando pensa na Bélgica vai querer entender,

Speaker:

o que na tua opinião vale a pena experimentar para um brasileiro, até mesmo só visitando.

Speaker:

Tem uma questão do waffle. Tem dois tipos de waffles aqui.

Speaker:

Tem o waffle de bruxelas e o waffle de liange.

Speaker:

E como você sabe a diferença deles é que o waffle de bruxelas ele é retângulo e ele é mais crocantezinho,

Speaker:

E o waffle de liege ele não é retangular ele é mais quebradinho assim e ele é mais fofinho,

Speaker:

Então assim, minha opinião se vocês verem pra cá o de liege é o melhor Só que você não vai encontrar o waffle de liege só na cidade de liege,

Speaker:

você encontra aqui em Bruxelas normal.

Speaker:

Mas saiba que tem essas duas diferenças e que vale muito a pena.

Speaker:

Se você é fã de doce e de comida...

Speaker:

Ah? Você? Eu sou, eu sou, sim.

Speaker:

Você experimentou os dois aqui? Eu experimentei nenhum dos dois.

Speaker:

Não, tem que estranhar, tá? Próxima. Acho que eu vou estar aí no fim desse mês,

Speaker:

provavelmente, eu já vou com as dicas. Ah, pronto.

Speaker:

Sim, sim, de liagem primeiro, aí depois de bruxelas. E também, bom, é bom, cerveja tem também para

Speaker:

todos os gostos, mas de comida culinária, culinária mesmo, eu recomendaria carbonade, que é um prato

Speaker:

que eles fazem com carne de panela e eles colocam cerveja no molho, então é muito gostoso e come.

Speaker:

É mais isso, porque tem outros pratos que não me apetecem tanto.

Speaker:

Então, é engraçado porque aqui eles também, eles comem no almoço geralmente eles comem salada ou pão.

Speaker:

E pra gente, pra gente é tipo, não, eu preciso de um arroz e feijão aqui.

Speaker:

E então, e aí eles acham pra comer as comidas que seriam mais pesadas pra jantar.

Speaker:

Então, tem essa diferença.

Speaker:

E você se adaptou a isso?

Speaker:

Não, não como salada no almoço. Eu prefiro, às vezes eu faço até marmita e eu gosto de comer alguma coisa mais.

Speaker:

Não consigo começar um sanduíche para o almoço.

Speaker:

Até porque eu prefiro comer mais no almoço do que no jantar.

Speaker:

Eu também, mesma coisa. Jantar para mim é mais light do que ir em muitos países na Europa.

Speaker:

O que está sendo a coisa mais difícil de morar fora e o que é mais difícil de se adaptar?

Speaker:

Bom, eu acho que assim, vou falar do clima de novo. Eu acho que isso é uma questão

Speaker:

ainda que me pega, porque dias muito nublados impactam o meu humor. Eu sou uma pessoa que

Speaker:

prefiro verão. Sim, tem alguém aqui que está escutando esse episódio, gosta de inverno,

Speaker:

não se importa em não ver o sol, ok? Desconsidere isso. Mas eu sou impactada pelo tempo, sim.

Speaker:

Então isso ainda é uma coisa que me pega de vez em quando. E por exemplo, o inverno aqui,

Speaker:

ele é muito... os dias, o dia é muito curto, né? Então você acorda, tá escuro, aí dá quatro horas,

Speaker:

cinco horas da tarde, já tá tudo escuro de novo. Então às vezes quando você precisa ir para o,

Speaker:

você não vê o sol quando você entra e você não vê o sol quando está voltando para casa.

Speaker:

Então, isso é uma coisa ruim.

Speaker:

Difícil pra mim, mas em compensação, no verão os dias são mais longos e aí eu gosto. No começo eu

Speaker:

tive um pouco de dificuldade, tinha um pouco de problemas pra dormir porque meu corpo não tava

Speaker:

entendendo que o sol tava ali, mas eram 9 horas da noite e aí eu só que tava parecendo 4 horas da

Speaker:

tarde, não, ainda dá pra fazer mais coisas, então no começo assim eu tive esse problema pra dormir.

Speaker:

Mas como já vai fazer quatro anos já me acostumei, mais do que os dias curtos e tem essa questão

Speaker:

da burocracia da Bélgica bem chato mesmo. Então tem uma coisa muito importante que se você vier

Speaker:

pra Bélgica, às vezes em grupos de Facebook para ver moradias, às vezes eles colocam alguma casa,

Speaker:

apartamento, mas eles falam que você não pode se registrar. Isso é muito importante porque ninguém

Speaker:

me contou quando eu vi, mas ainda bem que a casa que eu estava podia me registrar na comuna. Então,

Speaker:

por exemplo, tem gente que aluga porque como aqui fica Comissão Europeia, Parlamento Europeu,

Speaker:

então tem muita gente que vem por um período só de seis meses e essas pessoas que vêm às vezes

Speaker:

precisam se registrar, assim, teoricamente elas deveriam se registrar na comuna para falar que elas

Speaker:

estão trabalhando aqui e elas estão, têm uma residência mesmo que seja por um período de seis,

Speaker:

meses em um determinado endereço da Bélgica. Só que tem gente que não faz isso e tem pessoas que

Speaker:

alugam casas e fala que não pode se registrar porque está totalmente atrelado com o seu endereço.

Speaker:

Então vejam isso para não dar problema depois, porque por exemplo, se eu não pudesse me registrar

Speaker:

na Comum na época quando eu vim, eu não poderia abrir conta bancária porque eu não ia poder ter,

Speaker:

número belga então isso é uma coisa muito importante.

Speaker:

Eeeem...

Speaker:

Que mais para se adaptar? Isso se aplicar em Portugal também.

Speaker:

Desculpa, mas só pegando esse ponto. Mas aqui a minha não é registrada, mas aí você consegue ir na junta da cidade e pegar,

Speaker:

um papel dizendo que você mora, só não está no seu número fiscal.

Speaker:

É pior por questão de imposto de renda, né? Não tem descontos que você tem, mas às vezes o alugar é mais barato quando é assim.

Speaker:

Então não aconselho, mas se você pegar esses casos dá para você abrir a conta ainda.

Speaker:

Quem tiver em Portugal. Então foi isso que eu fiz por exemplo.

Speaker:

E aí desculpa que eu te tenho de ver. Ah entendi. Não imagina mas legal compartilhar sobre isso.

Speaker:

Às vezes os preços que eu estava vendo de aluguéis são praticamente os mesmos.

Speaker:

Eles nem colocam um pouco mais abaixo não.

Speaker:

Acho que eles querem pegar essas pessoas que vêm por um período bem curto mesmo.

Speaker:

Entendi entendi.

Speaker:

Conteixo diferente.

Speaker:

Mas o que eu ia falar? Ah, outra questão um pouquinho mais chata de se adaptar, mas tem esse lado humano,

Speaker:

é porque assim, eu sou de São Paulo, e em São Paulo você consegue encontrar o que

Speaker:

você precisa 24 horas por dia.

Speaker:

E é mais essa questão de mercado não estar aberto num domingo, então você tem que realmente,

Speaker:

se planejar muito bem para o final de semana.

Speaker:

Então, é. Mas essa é a questão da adaptação, sim.

Speaker:

Não vou falar que assim é muito difícil porque a gente tem outros benefícios.

Speaker:

Claro, tipo, eu me sinto muito mais segura como mulher aqui.

Speaker:

Se eu precisar andar de noite com o celular na mão, eu ando sem medo.

Speaker:

Coisa que eu jamais faria em São Paulo, por exemplo. Então é sempre assim.

Speaker:

Tem vantagens e desvantagens. Acho que como quase todo mundo que eu converso, as vantagens são maiores do que as desvantagens.

Speaker:

Por isso que você continua com a

Speaker:

É por isso que o tempo está maior, era dois anos agora são quatro, talvez mais, veremos.

Speaker:

Você já tinha falo que não pensa em sair daí, nem morar em outro país?

Speaker:

Não, na verdade eu já pensei sim, já pensei em talvez Alemanha, Holanda também, todos

Speaker:

os países vizinhos daqui.

Speaker:

Mas por enquanto estou bem no meu atual emprego, gosto das amizades que eu fiz aqui, então,

Speaker:

ainda estou tranquila, não tenho essa urgência, até porque mudar de país significa reconstruir tudo novamente.

Speaker:

Exato, mudar de casa já é complicado.

Speaker:

Já é. Eu não sei como você se sentiu, Gabriel, mas essa questão das amizades também, acho,

Speaker:

quanto mais velho a gente vai ficando, mais difícil é, às vezes, criar vínculos com pessoas.

Speaker:

Porque às vezes as pessoas não têm tempo.

Speaker:

Excelente pergunta. Porque eu faço trabalho voluntário e nesse trabalho voluntário tem um grupo do Slack,

Speaker:

que tem uma menina que faz uma pergunta aleatória toda sexta-feira e ela perguntou isso e ela

Speaker:

falou a mesma coisa que você.

Speaker:

A mensagem. Então a gente tava conversando sobre isso, ao mesmo tempo tava conversando com meu time anterior,

Speaker:

antes de ter saído, a gente teve tipo, essas dinâmicas de equipe que eram essas várias perguntas,

Speaker:

a gente perguntou sobre amizade e terminamos essa conversa também, então é uma coisa que tá muito na minha cabeça. cabeça.

Speaker:

Tá, se organizar.

Speaker:

E aí também ouvi um podcast que eu vou deixar na descrição, da newsletter principalmente, que fala um pouco sobre isso, porque...

Speaker:

Preciso explicar primeiro que, já conto com minha esposa, eu tenho muitos,

Speaker:

vamos dizer, colegas, sabe? Tenho muitos.

Speaker:

Porque eu estava conversando sobre ter amizade, etc., e falei,

Speaker:

acho que é melhor eu ter um, e é o mesmo desde que eu tenho uns 15 anos, então.

Speaker:

Eu tenho muitas pessoas que eu gosto.

Speaker:

Mas, fazer amizade... e criar um vínculo forte, acho que vai ficando mais difícil.

Speaker:

Como você falou, as pessoas são mais ocupadas e isso reflete em mim que eu não gosto de alguém só falar, vamos sair hoje.

Speaker:

Infelizmente, eu já tenho minha semana muito organizada por causa do podcast, trabalho voluntário, trabalho, estudar,

Speaker:

ficar com a minha esposa, que é a prioridade, sobre muitas outras coisas.

Speaker:

Então, vai tornando mais difícil, mas a coisa é o contrário.

Speaker:

Quando eu quero organizar alguma coisa com as pessoas, Tem um grupo que eu cheguei em Portugal com as oito pessoas e alguns casais.

Speaker:

A gente vai sair, a gente sempre marca três, quatro semanas antes, sabe?

Speaker:

Porque é difícil organizar. Então isso vai se tornando mais difícil de criar amizade mesmo e de criar vínculo.

Speaker:

O que eu tento fazer é manter as que eu vou criando. Todas as pessoas que eu falo assim, elas são legais.

Speaker:

Eu tento proativamente criar lembrates que eu preciso falar com as pessoas,

Speaker:

porque eu caio muito nudo em ficar ocupado.

Speaker:

Eu gosto das pessoas, mas eu não entro em contato porque o dia a dia entra na rotina,

Speaker:

acaba consumindo o que eu vejo, é muita coisa para fazer num dia só, e aí você acaba ficando para trás.

Speaker:

Eu acho isso muito interessante porque eu tinha refletido muito sobre isso no ano passado.

Speaker:

E aí eu estava pensando, por exemplo, a gente cai na rotina, a gente acaba esquecendo de

Speaker:

comer bem, a gente acaba esquecendo de ir para a academia, de beber água.

Speaker:

E aí eu comecei a tratar, manter as amizades como essas coisas importantes, sabe?

Speaker:

Então, do mesmo jeito que eu tenho lembrete que eu tenho que comer melhor,

Speaker:

tenho que ir para a academia, eu tenho lembretes de que eu preciso entrar em contato com essas pessoas.

Speaker:

Aí isso tem me ajudado, mas claro que, sim, fica mais difícil.

Speaker:

Eu dei muita volta para te responder, é porque tenho conversado com várias pessoas.

Speaker:

Mas muito interessante, então você coloca lembretes para tentar sempre se comunicar.

Speaker:

Eu tenho uma página no Notion, como é o Tudo Lace, e aí do lado eu tenho o LibreOffice sempre assim de...

Speaker:

Sei lá, rever as pessoas que eu preciso contactar, sabe? E... Nessa semana.

Speaker:

Mas o problema é que às vezes as pessoas não estarão disponíveis quando você vai estar disponível, não é?

Speaker:

Não tem também esses problemas.

Speaker:

Tem, tem. O que eu tento fazer é... Eu acho que para manter um laço e para criar disponibilidade,

Speaker:

você precisa ter o contato.

Speaker:

Se não me engano, no podcast eles falam um pouco sobre isso.

Speaker:

E o problema da... O nome do podcast é Am I Normal?

Speaker:

É um podcast do Ted Talks, e a host traz problemas desse da vida.

Speaker:

Então, ela fala com o especialista sobre amizade, e por isso que ela fala que sente o mesmo, que cada vez mais é mais difícil.

Speaker:

Ela fala, minha mãe, por exemplo, não tem amigos.

Speaker:

Eu sou o melhor amigo da minha mãe. Ela começa a contar e tenta entender com o especialista por quê.

Speaker:

E ele comenta sobre isso, que a prioridade na vida muda, e as amizades vão ficando um pouco para trás.

Speaker:

Mas aí foi aí quando eu falei não para mim isso é importante então como que eu consigo.

Speaker:

Colocar esqueci da pergunta que eu dou muita volta para responder isso.

Speaker:

Não mas era exatamente isso tipo porque por exemplo se eu se eu mudasse novamente

Speaker:

de país né quer dizer que eu preciso criar novos vínculos novamente e às vezes as pessoas

Speaker:

elas não estarão disponíveis e vai depender de uma série de fatores né se a pessoa

Speaker:

é causada essa pessoa tem filho.

Speaker:

Muda, complica novamente. A gente precisa de toda essa energia pra mudar e recomeçar.

Speaker:

Eu acho que é isso.

Speaker:

E com a questão da pandemia também, pra mim eu fiquei muito triste durante a pandemia.

Speaker:

Eu fui bem impactada.

Speaker:

Então assim, são quatro anos, quase quatro anos vivendo aqui.

Speaker:

Mas que eu não sinto que foram quatro anos,

Speaker:

porque dois deles foram muito restritos, né? E aí eu penso, ah, e se eu vou para outro país, quer dizer que...

Speaker:

Começar novas amizades e se de repente vem outra pandemia que eu espero que não venha, mas sabe

Speaker:

a gente nunca sabe o que pode acontecer. Por enquanto eu estou bem confortável aqui, eu também,

Speaker:

meu namorado é daqui, então... É, fica mais difícil mudar. Sim, fica mais difícil, então...

Speaker:

A não ser que eu esteja extremamente incomodada e aí eu vou querer algo a mais para mim, isso é o que

Speaker:

a gente varia agora talvez de mudar, mas no momento eu já acho que foi uma grande mudança

Speaker:

Brasil-Belgica, então dá um pouco mais de tempo aqui.

Speaker:

É, a gente tem essa flexibilidade, então isso que é bom, não tem que ficar apegado,

Speaker:

né? Acho que isso que é o legal de estar por aqui, de tá, se a gente quer mudar agora,

Speaker:

tá bom, agora é procurar um emprego novo, né?

Speaker:

E aí se planejar. Queria dizer que até sobre essa questão de amizades, eu acho que o que acontece é que

Speaker:

tá todo mundo ocupado sempre. Então precisa de ter alguém que vai ser a pessoa proativa de marcar as coisas, sabe?

Speaker:

É verdade. Eu tento sempre ser essa pessoa. Nem sempre, mas volta e meia.

Speaker:

E eu falo, eu vejo as pessoas falam, né? Volta e meia nos diferentes grupos que eu conheço.

Speaker:

Eu tento falar, vamos tentar fazer alguma coisa? Eu gosto muito de brunch.

Speaker:

Eu nunca tinha ido no Brasil e aqui eu virei um fanático.

Speaker:

Eu acho legal porque pra mim é um lugar que dá pra ir uma galera, a gente vai ficar lá comendo,

Speaker:

das 10h ao meio dia e conversando por um tempo, sabe? Isso ajuda.

Speaker:

Me ajuda a criar esses laços, manter, tipo...

Speaker:

Tem a Diana, que é amiga minha, por exemplo, e ela, que foi essa que chegou na pandemia, veio aqui.

Speaker:

A gente sempre tentou ter nossas reuniões em algum café, quando a gente vai ter reunião one on one, assim, no café.

Speaker:

Depois a gente tenta juntar as outras galerias pra ir num brunch, por exemplo.

Speaker:

E acho que isso ajuda. Mas sim, é mais difícil quando você vai ficando mais velho.

Speaker:

Eu sou muito diferente antes da pandemia.

Speaker:

Eu acho que hoje eu gosto de me planejar mais e eu não quero estar saindo todos os dias

Speaker:

como eu poderia fazer um tempo atrás.

Speaker:

Então tudo isso é a mesma coisa para mim. Se for mudar agora, acho que estação seria...

Speaker:

Bem diferente. Solo. Legal que você comentou brunch, porque eu também sou super fã de brunches.

Speaker:

E, por exemplo, como aqui não tem muitas coisas acontecendo no domingo,

Speaker:

mas os restaurantes estão abertos,

Speaker:

e acho que brunch é um bom negócio para chamar os amigos, porque geralmente, domingo de manhã, tá todo mundo descansando,

Speaker:

ninguém tem planos, pelo menos que eu conheço,

Speaker:

Ativamente para domingos de manhã, então é um bom momento para se conectar com as pessoas.

Speaker:

Sim, costumo sábado, domingo de manhã, a mesma coisa, para as 10h.

Speaker:

Então é uma coisa que eu faço que ajuda de volta e meia a tentar proativamente,

Speaker:

tendo em mente que todo mundo está ocupado.

Speaker:

Então eu vou tentar ser a pessoa que vai puxar isso.

Speaker:

Boa! Acho que a gente conseguiu... Falamos de várias coisas sobre as diferenças de morar fora,

Speaker:

desde trabalho, vida e amizade.

Speaker:

Acho que fica de lição meus pensamentos meio soltos até sobre amizade fora do país, para quem estiver ouvindo.

Speaker:

E a tua experiência também aqui na Europa e aí em Bruxelas.

Speaker:

Bom, obrigado mesmo pela conversa. Foi excelente, muito boa.

Speaker:

Fui anotando várias coisas aqui e refleti até sobre a minha vinda para cá.

Speaker:

E eu queria deixar os passos para ti se quiser deixar algum link específico,

Speaker:

ou deixar alguma mensagem final até para as pessoas que pensam em mudar de país como você.

Speaker:

Fica à vontade.

Speaker:

Eu que agradeço o convite Gabriel foi muito muito bom estar aqui conversando com você.

Speaker:

Gostei muito dessa troca também.

Speaker:

Eu queria deixar uma mensagem que talvez eu não falei durante a nossa conversa aqui,

Speaker:

mas se tem alguém que tem esse sonho de ir para fora, de tentar alguma coisa nova,

Speaker:

o que eu aconselharia é tipo, vai, só vai, porque eu com todas as minhas dúvidas,

Speaker:

o momento que eu me vir sozinha num país onde eu não falava a língua,

Speaker:

eu descobri uma força muito grande dentro de mim que eu desconhecia, porque quando a gente

Speaker:

está com a nossa família, acaba que o pai, a mãe, irmão, tio, sobrinho, avó, vai fazer alguma coisa,

Speaker:

por nós, né? Então, assim, a gente às vezes desconhece certos processos que acontecem no Brasil

Speaker:

a gente sempre teve alguém cuidando disso pra gente, mas quando a gente tá sozinho...

Speaker:

Ou a gente faz por nós, ou ninguém vai fazer. Então, todo esse medo, toda essa dúvida,

Speaker:

ela vai te impulsionar a fazer.

Speaker:

E aí você vai olhar para trás e vai falar, cara, foi difícil, mas eu consegui.

Speaker:

Então, assim, que bom que eu consegui.

Speaker:

Isso mostra que eu posso ir ainda além disso.

Speaker:

Então, não deixe os seus medos bloquear os seus sonhos. Essa é a mensagem que eu queria deixar para as pessoas.

Speaker:

Muito bom. Eu acho que com essa mensagem, a melhor coisa é fechar, porque não dá pra,

Speaker:

deixar uma mensagem melhor que essa. Então novamente, obrigado mesmo.

Speaker:

Estarei aí final de fevereiro se eu conseguir encontrar com você e com Flávia.

Speaker:

Então vamos comer o Waffle.

Speaker:

Waffle, beleza. Não, Waffle. Não, não sei. Você prefere? Vai os dois.

Speaker:

A gente vai num brunch que tem Waffle.

Speaker:

Tá bom, então é isso. Problema resolvido.

Speaker:

Esse episódio vai no começo 1º de março, então até lá provavelmente já vai ter encontrado.

Speaker:

E aí pessoal, se vocês quiserem saber como que foi, vai estar na newsletter, não esquece de seguir,

Speaker:

vai estar o link, então quando sair o episódio vai estar o link também.

Speaker:

E aí a gente continua essa conversa de lá.

Speaker:

Vou agradecer pela terceira vez porque foi uma conversa excelente mesmo.

Speaker:

Acho que conversa como essa me faz ser orgulhoso de criar um podcast,

Speaker:

porque dá para trocar experiências com mais pessoas que provavelmente não irão conhecer

Speaker:

se não fosse pelo podcast.

Speaker:

Então, brigadão mesmo e até o final de fevereiro.

Speaker:

Eu que agradeço, Gabriel. Muito obrigada.

Speaker:

E se alguém quiser falar comigo, também deixei o meu link adim.

Speaker:

Pode me fazer qualquer pergunta, pode entrar em contato, o que eu puder ajudar, eu ajudo.

Speaker:

Sim, vai estar aqui na descrição do episódio.

Speaker:

E aproveitando, não esqueça de seguir a Spotify, Apple, Google, YouTube, qualquer

Speaker:

plataforma que você estiver ouvindo. e até a próxima!

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