Episode 95
Desenvolvedora Full Stack em Bruxelas, Bélgica, com Milena Delfini #95
Nesse episódio, a Milena Delfini nos conta sobre a sua experiência de 4 anos trabalhando em Bruxelas, e também fala sobre o seu intercâmbio em Portugal.
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Milena Delfini
Comecei a trabalhar como desenvolvedora frontend no final de 2016 e me mudei para Bruxelas em maio de 2019. Trabalhei em consultoria, mudei de emprego durante a pandemia e atualmente trabalho como desenvolvedora fullstack na Borealis.
Créditos
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Palavras-chave:
- Dev no Exterior
- Dev em Bruxelas
- Dev na Bélgica
- Mulheres em Tech
- Morando na Bálgica
- Morando em Bruxelas
Por Gabriel Rubens ❤️
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Transcript
Fala pessoal, bem-vindos ao TPA Podcast. Aqui novamente o Gabriel Rubens e hoje mais uma vez indo para Bruxelas, na Bélgica, mas
Speaker:agora para contar a história da Milena Delphini que está morando e trabalhando lá como full tech developer.
Speaker:Tudo bem, Milena? Tudo bem, Gabriel. Obrigada pelo convite.
Speaker:De nada. pelo tempo e para começar, Melena, acho que até de começar a perguntar sobre a
Speaker:Bélgica é legal saber um pouco mais quem é você. Eu falei só sobre full stack developer,
Speaker:mas tem muito mais aí, qual que é a tua carreira, aí a gente entende depois como
Speaker:você chegou aí em Bruxelas.
Speaker:Beleza, bom, eu tenho 29 anos, eu comecei como desenvolvedora front-end no finalzinho
Speaker:de 2016. Depois disso, depois de três anos praticamente, eu tive essa oportunidade para,
Speaker:me mudar para Bruxelas e desde então eu vim para cá. Comecei aqui também como desenvolvedora
Speaker:front-end, aí durante a pandemia acabei trocando de emprego e sou agora full-stack,
Speaker:numa empresa que chama Borealis, que é uma empresa química aqui.
Speaker:Legal, então quanto tempo de Bélgica? 2009? É, vai fazer quatro anos agora.
Speaker:Quatro anos. Quase ao mesmo tempo que eu mudei para Portugal, sim.
Speaker:Então já tem bastante tempo, né?
Speaker:Sim. E é interessante que quando eu vim, eu tinha que ficar um ano e meio, dois anos no máximo,
Speaker:e já estou indo para o meu quarto ano aqui.
Speaker:E pensa em continuar?
Speaker:Pensa em continuar, sim. Legal, então vamos para a primeira coisa que é por que mudar de país e por que a Bélgica.
Speaker:Quando eu estava na faculdade, eu fiz intercâmbio para Portugal e foram seis meses, eu fiquei
Speaker:em Leiria e lá eu estudei em Instituto Politécnico de lá e assim, tive uma experiência muito
Speaker:boa e desde então, depois que eu voltei para o Brasil, eu falei, ah, eu quero ter uma experiência
Speaker:internacional. Onde? Não sei. Mas essa vez eu queria algum lugar que eu pudesse falar
Speaker:para inglês, porque eu não falava inglês quando eu fui para Portugal, e isso foi 2013.
Speaker:E aí eu falei assim, tá, eu terminando de formar na faculdade, vou focar mais no inglês,
Speaker:e vamos ver as oportunidades, né?
Speaker:E aí no caso o que aconteceu foi que no LinkedIn, acho que nós como desenvolvedores somos
Speaker:muito privilegiados porque o mundo inteiro precisa da gente.
Speaker:E aí surgiu essa oportunidade pelo LinkedIn, falaram sobre a Bélgica, eu não sabia muito
Speaker:sobre a Bélgica na verdade, mas eu gostei da empresa, gostei dos valores, tudo.
Speaker:E aí eu falei, tudo bem, mas não falo francês, não falo holandês.
Speaker:Mas a salário não, você pode vir e vai ser totalmente inglês.
Speaker:E aí foi quando eu aceitei, eu falei tudo bem, então vamos ver como ser a Bruxelas.
Speaker:Legal. E como que foram as entrevistas? Tu já tinha trabalhado por um tempo, então tu já consegue comparar como que era no Brasil.
Speaker:Além de ter que falar inglês nas entrevistas, que eu também queria saber como que foi isso se você não falava ainda,
Speaker:como que foi o processo seletivo?
Speaker:Em caso, o recrutador falava português. Então, pelo menos com o recrutador eu falei português.
Speaker:Depois desse processo com o recrutador teve a segunda etapa que era fazer o desafio técnico.
Speaker:Aí pra defender, né, a minha tomada de decisão no desafio técnico, explicar o porque que eu fiz, do jeito que eu fiz, aí foi em inglês.
Speaker:É... foi, foi naquelas. Vou falar que foi perfeito. Mas deu pra entender.
Speaker:Só que assim, várias vezes, durante a entrevista, às vezes eu ainda falava assim,
Speaker:pode repetir, desculpa, não entendi.
Speaker:E depois dos desafios técnicos que foram com dois desenvolvedores.
Speaker:Eu tinha que conversar com o diretor da empresa.
Speaker:E aí quando eu conversei com o diretor, aí ele é francês, ele tinha um sotaque muito fecunhado,
Speaker:que na verdade os franceses falando inglês tem um sotaque que até então eu não conhecia.
Speaker:E aí foi um pouquinho difícil de entender, porque eu estava acostumada com o inglês americano,
Speaker:de ouvir músicas, de assistir filme, série.
Speaker:Então, nessa minha última entrevista, teve uma hora que eu perguntei, tipo, para eles se repetirem quatro vezes.
Speaker:Aí foi quando eu pensei que talvez não vai rolar. Mas depois deu tudo certo.
Speaker:Ah, então estava ok para eles, né?
Speaker:O termínio em inglês, sim.
Speaker:É. E tu acha que eles te entendiam bem ou eles tinham que também te perguntar para repetir as coisas?
Speaker:Não, eu acho que eles não entenderam bem, porque eu senti...
Speaker:Bom, mas eu também não sei se era o meu nervosismo que provavelmente atrapalha, né, na hora da entrevista também.
Speaker:Eu senti que eu pedi pra eles repetirem mais do que eles pediram pra eu repetir.
Speaker:Então, pelo menos.
Speaker:É, acho que eles já estão mais calmos, né, parte do processo deles e pra gente que é algo novo.
Speaker:Mas nesse tempo que tu ficou no intercâmbio em Leiria, Portugal, para essa entrevista,
Speaker:você começou a fazer aula de inglês ou não?
Speaker:Ah, não, o que aconteceu foi, eu comecei a fazer inglês depois que eu finalizei, porque eu fiz o intercâmbio, foi de 2000, foram seis meses, então foi setembro de 2013 até janeiro, fevereiro de 2014.
Speaker:E a faculdade que eu fazia era integral, então eu não tinha tempo para fazer mais nada além de estudar.
Speaker:E depois que eu me formei, que foi início de 2016, aí que eu fui para São Paulo, porque
Speaker:eu fiz a faculdade de Ribeirão Preto, não, eu subidi Ribeirão Preto.
Speaker:E quando eu voltei para São Paulo para trabalhar, foi quando eu comecei a focar mais no inglês. Ah, tá bom.
Speaker:Então, tu estudou por um tempinho. Sim. Sim, estudei desde 2016.
Speaker:16. Mas também tem que eu sempre gostei de músicas, bandas internacionais, então até
Speaker:antes mesmo de focar totalmente no inglês, eu escutava muita música junto com a minha,
Speaker:irmã e ainda na época que tinha, eu nem sei se existe mais o bagalumi, a gente impremia
Speaker:as letras da música que a gente queria cantar e a gente ficava ali treinando, a gente lia,
Speaker:A gente pegava a tradução também para tentar entender o que a gente estava cantando.
Speaker:Então tudo isso também me ajudou muito.
Speaker:Então teve um tempo para se preparar até lá.
Speaker:E das pessoas técnicas que entrevistaram, de onde que eles eram?
Speaker:Porque isso influencia no sotaque.
Speaker:Acho que principalmente quando a gente só faz aula, é muito mais fácil entender os professores e os outros alunos têm o mesmo sotaque
Speaker:que a gente do que quando vai ter uma variação.
Speaker:Sim, e a gente também acostuma, né? Eu acho que quando a gente está falando um outro idioma,
Speaker:a gente acostuma com a maneira que o outro conversa com você.
Speaker:Então, sim, na sala de aula é totalmente diferente. A maioria das pessoas que me entrevistaram, eles são franceses,
Speaker:mas que estão trabalhando aqui na Bélgica.
Speaker:Mais até aí como era eu vim para uma consultoria e nessa consultoria era um encontrava gente de
Speaker:todos os lugares então por exemplo tinha tinha encontrei outros dois brasileiros eu encontrei
Speaker:gente do Taichi, mas Taichi ainda assim, eles falam francês, tinha gente da Índia, tinha gente da...
Speaker:Ai meu Deus, esqueci. Taiwan. Então assim, eu falei, nossa, assim, bem internacional.
Speaker:Bem diversa. E cada um com, assim, eu com o meu sotaque em inglês,
Speaker:as pessoas com sotaque deles, então, então no começo, quando eu vim aqui pra Bruxelas, foi difícil acostumar,
Speaker:porque até então o inglês que eu tava acostumado a escutar era o inglês americano,
Speaker:um pouco do inglês britânico também.
Speaker:Daqui a pouco a gente fala mais sobre os idiomas, quando a gente entrar no trabalho
Speaker:do dia a dia, mas ainda tem alguns passos até você começar a trabalhar, né?
Speaker:Então, porque como é a consultoria, no mesmo caso, eu acho que do Flávio, tu tem uma segunda
Speaker:entrevista, que tu tinha comentado comigo antes que tu teve mais uma entrevista com,
Speaker:as pessoas da consultoria, certo?
Speaker:Isso com o cliente. E foi engraçado porque o dia que eu tive essa segunda entrevista técnica com
Speaker:o cliente que eu ia trabalhar, foi um dia que eu tinha conseguido um agendamento para tentar pegar.
Speaker:O meu, como se fosse o CPF daqui que é o National Number. E foi assim, foi uma loucura porque eu não
Speaker:eu não tinha nenhuma conta internacional, então não tinha como receber o meu salário.
Speaker:E para conseguir abrir uma conta bancária aqui eu precisava desse national number.
Speaker:E eu estava... Bruxelas é dividida em várias comunas, que até então eu também desconhecia,
Speaker:e eu estava morando na comuna de Bruxelas, que eles falam que é o CEP, é o MIL,
Speaker:E é a maior que tem, então é mais difícil de conseguir agendamento para essas questões administrativas.
Speaker:E assim, Bruxelas é uma cidade abécho, em geral, é um país muito burocrático.
Speaker:E quando eu cheguei, eles falaram, não, você precisa fazer um agendamento no site da comuna.
Speaker:Aí eu fui ver, era maio de 2019, só tinha agendamento para julho.
Speaker:Eu falei... eu não posso esperar até a Gina para conseguir um número, porque eu não vou até a Gina para ficar aqui.
Speaker:Aí falaram assim... Então você pode tentar chegar muito cedo na comuna, tipo, 6h da manhã, esteja na fila,
Speaker:que eles liberam para algumas pessoas, eles distribuem algumas senhas.
Speaker:Aí eu fui para lá, que foi no mesmo dia da entrevista que eu tinha com o cliente, aí...
Speaker:Foi complicado, mas assim... Deu tudo certo, no final eu falei assim, não tem como remarcar a entrevista com cliente, não tem, Milena, só vai.
Speaker:Aí eu saí correndo da comuna, fui para a entrevista.
Speaker:Aí fiz a entrevista, conversei e tal, aí o cliente falou assim, não, tudo bem, agora eu vou conversar com o pessoal da consultoria,
Speaker:aí depois te deu uma resposta.
Speaker:Aí no mesmo dia eu voltei para a consultoria, já estava totalmente cansada, a cabeça explodindo.
Speaker:Até porque o pessoal na parte administrativa, eles não falam muito inglês,
Speaker:aí foi tipo Google Tradutor de francês com português, aquela coisa,
Speaker:E aí no final do dia eles chamaram, tinha eu e mais um outro menino que tinha aplicado pro mesmo cliente.
Speaker:Aí eles chamaram a gente numa sala e eles começaram a falar.
Speaker:Só que eu tava já tão cansada que eu não tava entendendo mais nada.
Speaker:Então eles estavam falando, eu só falei assim, espero que não tenha uma pergunta aqui, porque eu não tô entendendo nada.
Speaker:Aí daqui a pouco eles bateram palma.
Speaker:Aí quando eles bateram palma eu falei, ah, eu acho que a gente conseguiu um cliente.
Speaker:Ah, tem que ser positivo.
Speaker:E aí me viraram pra mim e falaram assim, Milena, que foi?
Speaker:Você não gostou?
Speaker:Aí eu, não, eu gostei, eu gostei, eu tô cansada. Caramba.
Speaker:E aí foi assim que eu consegui entrar no cliente. Sobre muita pressão.
Speaker:Caramba, o dia inteiro na correria no país novo, em outra língua, várias sotaques,
Speaker:alguns não falam inglês.
Speaker:Porque já é cansativo só a rotina, mudar pro inglês, né?
Speaker:E imagina ainda passar por tudo isso.
Speaker:Sim, e tem a questão também, a cabeça fica, porque assim, a gente não pode relaxar no começo, né?
Speaker:A cabeça não tá no automático, assim, é ativa o tempo todo.
Speaker:O que cada um tá falando? Precisa entender pra poder responder.
Speaker:Até que o enumimento vira automático, só que tem esse tempo de adaptação.
Speaker:Mas pra cada soprotoque novo, tu volta pra isso, né?
Speaker:De ter que ter que prestar muita atenção. É, isso é verdade. Isso é verdade.
Speaker:Mas como a gente acaba acostumando de ouvir aqui e dali,
Speaker:assim como o Bruxelas é internacional, a gente escuta um pouco do mesmo em todo momento,
Speaker:então a gente já vai... a cabeça vai acostumando, né?
Speaker:Sim, sim, já vai sendo mais fácil. É...
Speaker:E eu lembro o momento em que eu percebi que eu já não precisava estar tão ativa no...
Speaker:No inglês que foi quando eu estava escutando música.
Speaker:Eu estava ali cantando a música. Aí daqui a pouco eu falei, sabe, cantando entendendo a letra
Speaker:como se estivesse em português. Aí eu falei, gente, agora tá.
Speaker:Não precisa estar tão focada que agora agora está indo. Então assim é mais esse período de adaptação.
Speaker:Aí depois vai vai mais tranquilo.
Speaker:E quanto tempo demorou mais ou menos até esse ponto da música?
Speaker:Ah, eu acho que foram uns dois meses. Dois meses? Ah, foi rápido.
Speaker:Dois meses. É, mas muitas dores de cabeça. Necessitava uns meses, mas faz parte do processo.
Speaker:É, o curso de inglês no Brasil se pagou, né?
Speaker:Como você comentou, começar a aprender mais tarde é difícil.
Speaker:É o mesmo caso que eu.
Speaker:Eu aprendi muito tarde, então eu acho que eu tinha umas dificuldades.
Speaker:Que as pessoas que aprendem como criança ou mais cedo ou adolescente não vão ter.
Speaker:E eu acho que a pior parte é sempre falar, né. Porque a gente pode escutar, a gente pode descrever,
Speaker:porque na hora de escrever, ainda que seja ativo, a gente pode corrigir se a gente comete um erro.
Speaker:E a gente lê, ah, isso aqui tá errado.
Speaker:Mas o falar é tipo, vai, falou tá falado.
Speaker:Então eu acho que é isso que às vezes dá esse bloqueio. E por isso também que eu queria ter essa experiência internacional,
Speaker:pra desbloquear de vez, sabe?
Speaker:Eu acho que nada como você estar imerso e assim, aqui era ou era o inglês ou era o inglês, porque o francês ainda também estou aprendendo.
Speaker:Então quando a gente só tem essa ferramenta na Amorou, a gente vai.
Speaker:Eu ainda tenho um caso que é meio diferente, até os professores quando eu fui lá no Canadá contaram que eu escrevo pior do que eu falo, sabe?
Speaker:Para mim, eu travo mais a escrita, sim.
Speaker:Eu tenho reuniões com frequência na minha empresa.
Speaker:O time está na Espanha e no UK, em Londres. Quase todos eles. Então, para mim, escrever é mais difícil.
Speaker:Eu tenho que ficar com Grammarly e com o Translator aberto. Eu sempre escrevo lá. Eu coloco no Nukedinho e escrevo lá.
Speaker:E falar é mais natural.
Speaker:Porque eu foquei muito na fala. Aliás, do começo, quando eu fazia as primeiras aulas,
Speaker:eu ia pro Italk e fazia aula de conversação.
Speaker:Então, ficava assistindo vídeos, sabe, lendo a legenda, e nunca quis escrever, nunca tive essa preguiça de gramática escrever.
Speaker:E aí eu acho que eu comecei a aprender no contrário do que normalmente é.
Speaker:Que é tipo, eu travo menos pra falar, mesmo sabendo que tá errado, mas eu consigo...
Speaker:Eu sei que as pessoas me entendem na maioria das vezes, sabe?
Speaker:Agora na escrita, eu me enrolo um pouco, Então eu não escrevo direto no Slack, por exemplo, sabe?
Speaker:Eu sempre escrevo no transtornotor primeiro, porque ele dá uma ajuda com o gramalete também
Speaker:e aí depois eu vou copiar no Slack.
Speaker:Ah, não, mas você sabe que acho que o natural deveria ser as escolas ensinarem a gente
Speaker:primeiro a falar para depois escrever?
Speaker:Porque a gente, quando a gente nasce, a gente aprende a falar primeiro.
Speaker:Depois a gente vai aprender a escrever. Então, a parte tipo...
Speaker:Mas eu acho que a parte principal é se comunicar.
Speaker:Então, se a gente consegue se comunicar, que você falou, se você conversa e está tranquilo,
Speaker:é o que a gente precisa no dia a dia.
Speaker:Sim, sim.
Speaker:Agora, sabe quando eu travo? Lembrando agora. Quando eu estou compartilhando tela, sabe? Eu tenho que...
Speaker:Liderar várias reuniões. Aí quando a gente abre o miro, agora que é remoto,
Speaker:e aí eu tenho que estar escrevendo, Aí é quando eu fico muito desconfortável.
Speaker:Ah, entendi. Porque eu vou falar agora, eu tenho que escrever aqui ao vivo. E aí eu fico... sei.
Speaker:Agora, tipo, falar? Não, novamente. Se eu tiver que ir na reunião e falar, tá tranquilo agora.
Speaker:Compartilha a minha tela, tem que começar a escrever ou anotar coisas da coisa que a gente tá falando, ou tem tipo, sei lá.
Speaker:Retrospectivas e aí todo mundo tem que colocar, então eu tenho que escrever lá compartilhando
Speaker:a tela para explicar para as pessoas.
Speaker:Esse é o momento para mim que todo mundo fala, quando eu tenho que falar eu travo,
Speaker:para mim é aí. Então eu fico concentrado, pensando como escrever.
Speaker:Até porque no dia a dia, e isso é até um erro, eu deixo muito o grama ali, sabe, ajudar
Speaker:e não prestar atenção no que está corrigindo.
Speaker:Ah, é.
Speaker:Se eu estiver errando. É. Sim. Ah, mas quando for assim, tenta ir tirando o grama ali. É.
Speaker:De pouquinho a pouquinho e tenta ver, às vezes tem palavras que você sempre tem que escrever,
Speaker:só que às vezes como o corretor já corrige pra gente, a gente deixa pra lá, então pensa nessa,
Speaker:palavra e aí cada dia tipo é uma palavra nova, ah tá, isso daqui escreve desse jeito, então tá,
Speaker:é assim. É um processo. A gente tem que colocar a gente nessas situações desconfortáveis pra,
Speaker:para desenvolver e para tirar esse medo, esse bloqueio.
Speaker:Sim, total, total. Agora, uma coisa também, dando alguns passos atrás novamente, porque,
Speaker:tu teve ideia de morar fora quando estava em Portugal e passou um tempo até isso se,
Speaker:concretizar. Qual que foi a sensação de mudar? E até antes dessa pergunta, tu já,
Speaker:tinha aplicado para outras vagas ou a Bélgica apareceu pelo LinkedIn, sabe, alguém na Bélgica,
Speaker:te chamou e você foi.
Speaker:Não, eu já tinha aplicado para uma outra vaga. Na verdade, eu não estava numa procura ativa em 2019.
Speaker:Então, eu não sabia o que iria acontecer em 2019.
Speaker:Mas, uma vez, tinha conversado com uma empresa na Holanda e aí eu participei do processo seletivo deles também.
Speaker:Eles vieram com a proposta, só que aí eu fiz as minhas pesquisas sobre custo de vida e tal.
Speaker:E tal. E aí eu vi que o salário que eles estavam me pagando não ia ser o suficiente.
Speaker:Aí eu pensei, sair do Brasil para ir para um outro país sem ninguém, porque eu vim
Speaker:sozinha, né, para depois ficar passando o aporo. Aí eu falei, não, né, então vou,
Speaker:esperar mais um pouco. Aí quando surgiu essa da Bélgica, aí a proposta já foi melhor.
Speaker:E aí eu falei assim, ah, eu vou tentar também. Se fiquei com medo das pessoas serem mais secas e tal.
Speaker:E às vezes assim, meio que distratar por ser de fora. Só que assim, foi totalmente contrário.
Speaker:Eu estava com esse medo. Eu falei assim, se eu me sentir muito intrusa no país, eu volto.
Speaker:Assim, não tem problema, né?
Speaker:E aí não, aí foi bom que tipo me surpreendeu demais a cidade.
Speaker:As pessoas, então como é muito internacional não tem aquela coisa de, ah, essa pessoa que é de fora,
Speaker:ah, não, tem a panelinha aqui dos belgas ou a panelinha, sabe, não tem. Até porque é difícil,
Speaker:como o Flávio tinha comentado no episódio dele, que é difícil encontrar belgas em bruxelas.
Speaker:Então isso é muito bom, eu gosto muito dessa sensação, dessa questão de estar vivendo numa cidade internacional.
Speaker:Tá bom. Então até para tu falou um ponto interessante agora que foi desses dúvidas e medos né.
Speaker:Eu acho que tu falou outra coisa interessante que é se não gostar a volta se está preparado para isso
Speaker:é sempre importante quando fazer uma mudança tão grande.
Speaker:Mas você lembra de quais medos voltando para a Milena Milena lá do começo de 2019.
Speaker:Tipo está no processo seletivo agora passou.
Speaker:Quais eram os seus medos. Você consegue lembrar além desse de ter as panelinhas o que tu achava quando chegar lá,
Speaker:O que vai ser assustador? Porque mudança grande sempre assusta um pouco, né?
Speaker:Mas tu ainda consegue lembrar o que?
Speaker:Eu lembro que eu tinha um pouco de medo de não conseguir acompanhar o trabalho.
Speaker:Então eu estava com medo de ai eles vão conversar comigo o tempo todo.
Speaker:Se eu não entender os requisitos, ou se eu não conseguir acompanhar o time,
Speaker:eu tive medo da integração, né?
Speaker:De como não conhecia ninguém, como que eu ia fazer amizades.
Speaker:E eram basicamente essas duas.
Speaker:Tá bom. E aí como que foi na realidade? Ah, foi ótimo, foi melhor do que esperado.
Speaker:Mas também porque eu me coloquei em situações onde eu conhecia pessoas.
Speaker:Então, por exemplo, quando eu me mudei, eu falei assim, eu não vou morar sozinha.
Speaker:Eu quero morar numa casa compartilhada com pessoas, porque eu não sei quem serão meus colegas de trabalho,
Speaker:e pelo menos quando você vive com alguém, por mais que você não crie uma amizade, você tem uma troca,
Speaker:E era isso que eu queria. Então eu procurei uma casa para morar compartilhada, encontrei no...
Speaker:Para todos os seus usuários.
Speaker:E aí eu morei numa casa com mais três meninas, então nós éramos quatro.
Speaker:E aí era engraçado porque era uma italiana, duas francesas, e uma dessas francesas, por exemplo, ela era da Ilha de Reunião.
Speaker:Eu falei, gente, mas eu nem sabia onde ficava no mapa.
Speaker:Então foi assim, perto de Madagascar, na África. Ah, eu sei onde é.
Speaker:E aí ela me contou das histórias dela, eu falei, cara, que incrível, sabe?
Speaker:Tipo, isso é uma coisa que não aprendi na escola, a gente não ouve muito falar e aí foi muito gostosa,
Speaker:tipo essa troca de experiência, de... e até assim, como todas da casa falavam francês, mas comigo
Speaker:elas falavam inglês, mas de pouquinho a pouquinho às vezes eu trocava umas palavrinhas em francês e
Speaker:que nem essas questões burocráticas, elas me ajudaram a resolver, ah Milena, o sistema funciona,
Speaker:Então eu acho que isso é muito importante.
Speaker:E também me colocava em grupos, eu adoro dançar, então assim, me coloquei em grupos de forró.
Speaker:E aí, sabe, sempre me colocava em posições pra conhecer pessoas.
Speaker:E até porque também todo mundo que falava, ah, a Milena quer sair pra tal lugar.
Speaker:Eu falava assim, mesmo se eu tava cansada, eu falava, vou porque eu preciso conhecer a gente.
Speaker:Caramba, que legal. É exatamente a mesma coisa que eu. Quando alguém me pergunta, eu falo que eu era o Yes Man, sabe, aquele filme?
Speaker:Ah, fute.
Speaker:É, eu nunca fui de sair tanto, mas aqui eu ainda moro no mesmo lugar, no centro do porto.
Speaker:E alguns dias eu ia para dois, três lugares diferentes, várias, só encontrar a pessoa.
Speaker:Eu não gosto de cerveja, mas eu ia, passava um tempo, pegava uma cidra, sabe, de maçã.
Speaker:A pessoa até pensava de me zoar por isso. Mas enfim, eu ia, pegava, depois eu ia no outro lugar,
Speaker:depois eu ia no outro e acho que foi bem legal.
Speaker:E foi a mesma coisa, porque o pessoal fala às vezes, tipo, tu não se sentia sozinho, nada, foi não,
Speaker:porque eu me colocava em situações dessas, eu ia em alguns meetups, organizei meetups aqui também.
Speaker:No começo. Que legal. Isso ajudou bastante, assim. Hoje, novamente, eu não consigo imaginar fazendo tanta coisa,
Speaker:eu gosto de planejar.
Speaker:Acho que eu fiquei mais velho depois da pandemia.
Speaker:Mas acho que quando você se muda, claro que depende da personalidade de cada um, né?
Speaker:Mas acho que pra mim era importante, se eu tá no lugar, conhecer pessoas e...
Speaker:Conhecer pessoas que estão na mesma situação também acho que ajuda bastante, né?
Speaker:Porque uma situação que acho que...
Speaker:Pode simbolizar isso, é um amigo, um dos que entrou na mesma empresa que eu comigo,
Speaker:ele ficou doente, né, e aí ele falou que ele ficava meio com medo em casa,
Speaker:ele falou, cara, se acontecer alguma coisa comigo aqui, ninguém vai nem perceber. Ah, né.
Speaker:E aí eu até falei que, cara, quando ficar doente, se avisa, né, tipo,
Speaker:tinha uma galera aqui que chegou em Portugal junto, a gente tinha um grupo no WhatsApp,
Speaker:porque é, se você chega totalmente isolado, é o tipo de situação que é assustadora mesmo, né,
Speaker:No Brasil tem milhões de pessoas, você conhece o sistema, você está no país novo,
Speaker:você tem que ter mais alguém para confiar, né? Alguém que vai checar se você já está melhor ou não.
Speaker:Sim, concordo. Concordo plenamente. E até porque logo depois disso veio a pandemia, né?
Speaker:Então 2020 explodiu aqui e aí eu pensei, cara, que bom que estou morando com pessoas,
Speaker:porque se eu estivesse sozinha, morando sozinha, ficar isolada,
Speaker:assim, ai, eu teria ficado muito triste, porque pra mim foi difícil esse período da pandemia.
Speaker:Foi a mesma coisa para mim também. Minha esposa, na época namorada, se mudou, sei lá, uma, duas semanas antes de fechar tudo.
Speaker:E foi muita sorte, porque depois não dava para viajar,
Speaker:não dava para ir de outro país, não dava para viajar, não dava para fazer nada.
Speaker:E aí seria bem complicado. Então, acho que a pandemia facilitou muito, porque eu estava evitando ver pessoas em geral, né?
Speaker:Eu tinha muito medo de contaminar alguém, pra falar a verdade, muito mais do que ser contaminado.
Speaker:Então, pelo menos aqui deu pra gente fazer nossas coisas, desenvolver outros hobbies, estudar coisas diferentes, sabe?
Speaker:Porque isso é muito importante. Os episódios com a psicóloga Isabela, ela fala muito isso, que quando você tá fora, é muito importante essa rede de apoio.
Speaker:Então achar pessoas, até se você conseguir achar grupos antes de se mudar ainda,
Speaker:tipo Facebook, grupos de Telegram, ou tem muitos no Slack.
Speaker:Acaba ajudando muito na adaptação, né?
Speaker:Porque algumas pessoas ficam bem só, ótimo, mas algumas pessoas precisam de outras,
Speaker:em volta, e no Brasil normalmente a gente tem isso, né?
Speaker:Então essa é uma mudança grande ao mudar de país.
Speaker:Assim, com certeza, é muito importante mesmo ter sempre alguém pra gente poder se apoiar.
Speaker:Que bom, que bom que dá tudo certo com você e com a sua esposa.
Speaker:Vocês chegaram a ser infectados ou não? Eu não lembro qual época, mas sim.
Speaker:Ela foi tranquila, meu foi um pouco pior, mas chegamos. Pior que foi viajando, foi quando abriu tudo.
Speaker:A minha pelo menos foi viajando.
Speaker:Viagéri, quando eu voltei pra casa, passou uns dois dias, aí eu fiquei.
Speaker:Você chegou a ser também?
Speaker:Sim. O meu foi porque eu mudei três vezes desde que eu cheguei aqui.
Speaker:Então depois dessa casa com as quatro meninas eu mudei pra outra casa, porque uma amiga
Speaker:minha de infância, ela morava na Itália, e aí ela conseguia emprego aqui na Bélgica,
Speaker:veio pra Bruxelas, aí eu mudei com ela e mais uma outra menina.
Speaker:E essa menina trabalhava no parlamento europeu e ela tinha que, pelo menos uma vez, por semana no escritório lá.
Speaker:E descobriram que uma pessoa estava infectada e aí fizeram teste em todo mundo e mandaram ela para casa.
Speaker:E aí depois quando saiu o teste dela, ela falou, meninas, estou infectada.
Speaker:Ai meu Deus, o vírus, tipo, com todo cuidado do mundo, o vírus entrou na minha casa.
Speaker:Aí deu dois dias depois, eu estava infectada.
Speaker:Aí foi difícil. Mas a gente está numa situação um pouco melhor, né?
Speaker:Já virou quase que rotina, vamos dizer. Não assusta tanto, desde que a gente tomou as preocupações.
Speaker:Não assusta tanto, é verdade.
Speaker:Ainda bem, né? Não, e foi engraçado porque... Não engraçado, mas foi estranho porque a minha motivação de morar fora sempre foi viajar.
Speaker:Então foi foi os momentos que eu ficava assim caramba tinha uma meta de conhecer,
Speaker:quatro países novos por ano dois a quatro e dois anos e estou preso.
Speaker:Claro que muito privilegiado porque em TI a gente não teve demissões naquela época foi tudo tranquilo.
Speaker:Então eu eu ficava com isso na cabeça que eu tenho muita sorte porque tem muita gente perdendo emprego.
Speaker:Mas mudou um pouco o que era o meu objetivo e morar fora. já era o momento que eu pensava assim, minha maior motivação não dá pra fazer o que
Speaker:eu faço agora.
Speaker:Mas mais uma vez, por isso que é importante ter essa rede de apoio, porque provavelmente se...
Speaker:E aí.
Speaker:Eu fico pensando assim, as pessoas que mudaram durante a pandemia, talvez em algum momento voltaram,
Speaker:porque se você não tem essa troca, essas questões vão vir.
Speaker:Tipo, o que eu tô fazendo aqui? Eu não consigo ter essa troca, não consigo ver gente, não consigo viajar.
Speaker:Então é melhor voltar, né? Porque é difícil ficar extremamente sozinha.
Speaker:Tem um episódio aqui para quem estiver ouvindo que é com a Diana Neves e aí é só sobre a
Speaker:mudança dela durante a pandemia. Era minha colega de trabalho, eu mudei de empresa e ela conta,
Speaker:como que foi, como ela conseguiu lidar, como ela conseguiu fazer outras amizades e vem um pouco
Speaker:disso de contactar pessoas antes de ter se mudado, de conhecer as pessoas da empresa que ela entrar
Speaker:eu e outros amigos aqui, e ela fala que isso ajudou a lidar um pouco com as coisas, mas
Speaker:que a experiência que eu tive quando me mudei, que era, saía muito, conhecia muita gente,
Speaker:completamente diferente pra ela, que tava isolada, e só foi, conhecia a cidade, tipo,
Speaker:sei lá, nove meses depois de ter se mudado, então, se mudou pra Portugal, mas conhecia
Speaker:só a própria casa, basicamente.
Speaker:Sim, sim é verdade. Tenho um caso parecido com um colega meu de trabalho também porque eu
Speaker:mudei de emprego também durante a pandemia, então eu fiquei nessa consultoria de 2019 a
Speaker:maio de 2021, abril de 2021, em maio de 2020 eu comecei na minha atual empresa.
Speaker:E o engraçado foi que eu comecei junto com mais duas pessoas que são do meu time, mais um desenvolvedor e uma Product Owner.
Speaker:Então assim, foram três pessoas novas chegando junto. Esse meu colega, ele é de Bristol, então Inglaterra, e ele veio também tipo, por.
Speaker:Tudo por conta do Brexit também que aconteceu, e ele se mudou também assim, ele falou assim,
Speaker:Eu não conheço nada de Bruxelas e ele ficou tipo o ano de 2021 inteiro também praticamente em casa.
Speaker:Só conheci um pouco do trabalho porque em alguns momentos a gente ia pro escritório porque eles
Speaker:falaram que a gente tinha que ter um dia em comum pros times, ainda mais que nós três éramos novos.
Speaker:Então a empresa falou assim, vão vocês, a gente está controlando o número de pessoas que estão,
Speaker:escritório e praticamente era isso que eu não conhecia que era da casa dele para o escritório,
Speaker:escritório para casa.
Speaker:Você comentou que você mudou de trabalho, né?
Speaker:Você começou falando aí desses seus colegas novos, que mudaram na pandemia.
Speaker:Então, como foi esse processo de mudar também durante a pandemia e como foi entrar numa,
Speaker:empresa nova, né? a sua segunda experiência a enbruxá-las.
Speaker:Teve alguns medos também relacionados à nova empresa por conta de estar na pandemia, eu
Speaker:sabia que eu não ia ter tanto contato com as pessoas, mas também foi melhor do que na minha
Speaker:cabeça, né, que às vezes a gente tende a pensar na pior situação possível, mas como eu comentei,
Speaker:eu gostei muito de... eu dei sorte de cair nesse time novo, então assim, todo mundo tava no mesmo.
Speaker:E o que é engraçado é que assim, o time é eu, brasileira, o inglês e uma grega.
Speaker:Então assim, gente de cada canto do mundo, foi legal que a gente também trocou muita experiência,
Speaker:aqui as pessoas são muito curiosas para saber como as coisas acontecem no seu país,
Speaker:porque eles também escutam muito sobre o que acontece no Brasil, então teve essa troca bem legal.
Speaker:E o que eu fiquei... a gente tinha muitas ligações, né, tipo, videochamadas em geral,
Speaker:mais do que normal, porque era um time novo, a gente precisava alinhar em várias questões.
Speaker:E aí também foi... eu achei muito bom que a empresa colocou esses dias específicos,
Speaker:para que a gente pudesse ir para o escritório, ter essa... mudar um pouco o ambiente também,
Speaker:Acho que cansa ficar só em casa.
Speaker:E esse número controlado de pessoas ajudou a gente se alinhar melhor,
Speaker:se conhecer melhor e também ver outras pessoas de outros times que acabavam indo no mesmo dia.
Speaker:Então, sim, foi melhor do que eu imaginei, mas também foi bom porque eu peguei, foi 2021,
Speaker:foi quando as coisas ainda estavam acontecendo, mas já estavam baixando.
Speaker:Então, foi bom.
Speaker:Não, legal. E agora é o processo gradual, que nem, por exemplo, atualmente eu tenho que ir três
Speaker:vezes por semana para o escritório.
Speaker:Então, essa começou com uma vez na semana, aí aumentou para duas vezes e aí agora
Speaker:são três. Eu espero que continue em três. Acho que eu não consigo mais trabalhar cinco dias no prescritório. Muita coisa mudou.
Speaker:Mas tu não consegue por causa de ter que levantar mais cedo ou estar no escritório a semana inteira levantar mais cedo.
Speaker:Ah eu acho que eu levantar mais cedo. É agora que está frio.
Speaker:Ah, pegar o ônibus trem nesse frio é tão desgastante. Sim.
Speaker:Assim também as coisas em Bruxelas, por exemplo, os lugares eles fecham muito cedo.
Speaker:Então, por exemplo, isso foi um choque para mim.
Speaker:Por exemplo, o supermercado não abre de domingo.
Speaker:Então, se eu tenho que fazer qualquer compra, ou eu vou depois do meu horário do trabalho, ou eu vou no sábado.
Speaker:E processos burocráticos quando eu preciso fazer também, eles têm um horário muito limitado.
Speaker:Então, trabalhar de casa possibilita que eu consiga gerenciar tanto o trabalho quanto essa parte mais da vida pessoal.
Speaker:Então, por isso que acho que esse sistema híbrido é o melhor.
Speaker:Sim, e no inverno, pelo amor de Deus, eu também queria ir, a empresa nova queria ir, no inverno não é tão ruim como o teu, né?
Speaker:É questão de frio, pelo menos.
Speaker:Eu falei que iria uma vez por semana, não é obrigatório, contrato é remoto, mas eles têm escritório.
Speaker:Eu fui nas duas primeiras semanas, depois fui mais...
Speaker:Só quando tinha reuniões que eram lá, sabe? Porque... E também eu não fui logo de manhãzinha.
Speaker:Eu fui em reunião, era de tarde, então aluguei e fui para o escritório, porque é difícil.
Speaker:E não só isso, eu acho que tá todos os dias... Eu gosto muito de estar com pessoas.
Speaker:Agora, estar todos os dias no escritório, pra mim, agora cansa um pouco.
Speaker:Até porque eu acho mais difícil trabalhar. Eu fico muito em reuniões.
Speaker:E aí toda vez que eu não tô na reunião, alguém vem falar comigo, sabe?
Speaker:Eu fico, cara, não consigo fazer nada, porque tem quatro, cinco reuniões no dia.
Speaker:E no tempo que eu não tô em reunião, tu tem um... No escritório, né, é diferente.
Speaker:Tu tem as pessoas indo pegar café, as pessoas vão almoçar juntos.
Speaker:Então, pra mim, hoje é muito mais difícil trabalhar no escritório.
Speaker:É legal, mas todos os dias eu espero não ter mais que...
Speaker:Espero também que continue assim. Querendo ou não a nossa área, a gente consegue entregar mesmo,
Speaker:não estando no escritório.
Speaker:Estranhamente, mais até. Para mim, hoje, depois de ir para o escritório,
Speaker:algumas vezes eu vejo que consigo fazer mais coisas de casa por isso, porque no escritório não consigo ter momento de foco.
Speaker:O único foco é se eu estiver em uma reunião sabe, que aí sim eu tô parado caso contrário.
Speaker:Mas é, acho que tem que se adaptar novamente. Sim.
Speaker:É, adaptar, adaptar sempre. Acho que essa é a palavra para quando a gente muda de país.
Speaker:É a palavra chave.
Speaker:Adaptação, é isso que a gente precisa ter. A Isabela, novamente, é psicóloga, ela falava muito em flexibilidade.
Speaker:Eu falava que muda de país e adaptação a flexibilidade, elas estão totalmente ligadas.
Speaker:Essa flexibilidade de vários lados de como são as pessoas, como é o país.
Speaker:A burocracia, que às vezes castiga a gente. Eu até lembro, toda vez que eu tenho que voltar para renovar o título de residência,
Speaker:ou quando tem essa parte burocrática, quando eu me lembro, é um dos momentos que eu me lembro que eu sou imigrante,
Speaker:ficar claro como as coisas são um pouquinho mais complicadas do que são para as outras pessoas.
Speaker:Sim. E a gente não aprende isso antes, então é uma coisa que a gente ainda vai quebrar a cara,
Speaker:vai aprender e aceitar o processo nesse caso.
Speaker:Sim. Agora, mudando um pouco de assunto, não totalmente, mas eu queria saber como que é trabalhar,
Speaker:com as pessoas aí na Bélgica. A gente já ficou claro que é um ambiente internacional, tanto na
Speaker:quanto nessa segunda empresa.
Speaker:E agora eu queria saber quais são as diferenças do abril de trabalho, da forma, de como ele se organiza.
Speaker:Então, o que você sentiu de diferença da sua experiência para o Brasil e você deixaria,
Speaker:de aviso para as pessoas que querem mudar para a Bélgica? Acho que a maior diferença é a questão da carga horária.
Speaker:E porque o Flávio até comentou também no episódio dele que aqui é muito bem dividido
Speaker:a questão de você tem o seu horário de trabalho, você tem o seu horário para vida pessoal.
Speaker:Então, por exemplo, no Brasil eu trabalhava muito, tipo, horas e horas e horas.
Speaker:E agora aqui não, aqui são 8 horas de trabalho por dia e assim, deu 5 horas e o pessoal está,
Speaker:indo embora, às vezes até antes, porque tem um pessoal que chega umas 8 da manhã, 7,
Speaker:e pouco, dá umas 4 horas, 4 e meia e eles também já estão saindo.
Speaker:Então, eu gosto muito disso. e...
Speaker:Isso está refletido até, tipo, na cidade em geral, que nem o comentei, supermercado,
Speaker:ele não abre de domingo, nem lojas, por exemplo, você vai andar no centro, no centro você
Speaker:vai encontrar restaurantes abertos, mas você não vai encontrar lojas.
Speaker:Então, por exemplo, quer fazer compras de domingo, shopping?
Speaker:Não, não tem.
Speaker:Farmácia também não, isso foi um choque também bem grande pra mim, uma vez eu precisava
Speaker:de um anti-alérgico, domingo à noite, não tinha farmácia aberta.
Speaker:Aí o que eles têm aqui é uma farmácia que tem algumas farmácias que elas ficam de plantão,
Speaker:mas você tem que ir até lá, você tem que tocar a campainha, aí o cara aparece assim.
Speaker:Tem aquela caixinha, não é? Aquela caixinha. Colocou remédio de um lado e aí ele roda, pega do outro.
Speaker:Exato. Tem em Portugal isso? É?
Speaker:Tem. Eu nunca fui, mas eu já vi isso e eu vi na Espanha também.
Speaker:Eu tive dor na perna, sei lá, de de mal jeito. Eu fui comprar e foi nisso, numa caixinha.
Speaker:Parece aqueles bancos no Brasil, né, que tu tem toda roleta, passar.
Speaker:Sim, eu me senti assim, meu Deus, eu estou realmente comprando drogas aqui,
Speaker:porque não tenho contato, não tenho nada. Estou incomodando a pessoa.
Speaker:Ponho dinheiro, é.
Speaker:Mas enfim, essa questão de ter tempo para a sua vida pessoal, eu acho.
Speaker:Eu admiro muito, então isso eu acho incrível aqui da Bélgica.
Speaker:E mais uma vez, como as pessoas são internacionais, você não vai se sentir de fora, então se
Speaker:tem alguém que pretende vir pra Bélgica, tá com medo dessa questão de às vezes ser,
Speaker:um pouco maltratado por ser de fora, isso não acontece aqui, por ser um ambiente extremamente
Speaker:internacional, então todo mundo se recebe bem.
Speaker:A maioria das pessoas que estão em Bruxelas não são daqui.
Speaker:E só vem, eu acho que assim, quem tiver interesse tem a questão do clima que na minha opinião não é
Speaker:o dos melhores, mas eu falo isso para todo mundo que eu conheço que as pessoas daqui compensam,
Speaker:clima, porque embora a gente não tenha tanto sol, as pessoas são muito receptivas, então você sai,
Speaker:um aniversário, você vai sentar numa mesa com cinco pessoas, cinco pessoas, cinco nacionalidades
Speaker:diferentes e eu acho, eu me encanto com tudo isso, eu acho uma troca incrível.
Speaker:Em questão de trabalho, então você tem mais tempo, pelo menos comparado com as experiências
Speaker:que eu tive anterior, você tem mais tempo pra entregar, tem uma flexibilidade aqui também,
Speaker:não tem tanto aquela correria de às vezes só entrega, entrega, entrega.
Speaker:Então, acho que, sim, tô tendo uma experiência muito boa aqui.
Speaker:Mas no dia a dia do trabalho mesmo, assim, tu teve mais alguma diferença de como você
Speaker:e trabalhava no Brasil e como que é aí?
Speaker:Assim, eu também percebi que aqui as pessoas fazem, tem muito mais team building, então
Speaker:nas duas empresas que eu trabalhei, chega próximo final de ano ou próximo de uma entrega,
Speaker:eles reúnem a empresa toda e celebram.
Speaker:E são atividades diversas, bem engraçadas inclusive.
Speaker:Uma delas que eu fiz era atirar machado no alvo. Tinha coisas que eu nunca vi e isso fazia parte da integração com a empresa toda.
Speaker:Então, o time que pontuasse mais ganhava uma cesta de cerveja.
Speaker:Foi bem interessante.
Speaker:E cada vez eles fazem uma coisa diferente. Já teve jogos em realidade virtual.
Speaker:Os times vão para jogar juntos. Teve também esgrima, teve um passeio de patinete todo mundo
Speaker:junto em outra cidade daqui. Então isso é bem gostoso. Coisa que eu pelo menos no Brasil
Speaker:não tive muito. Sim, eu também na minha empresa interior um pouquinho menos tinha mais local com a,
Speaker:uma equipe, tinha bastante em buildings a dinâmica de equipe.
Speaker:Com eles, mas menos com a empresa toda, mas me falam que os dias que eu tenho entrado
Speaker:eu tinha muito com a empresa toda, só que aí ficou gigante e aí não dava mais.
Speaker:E na que eu estou também, eu estava, tenho um planejamento do trimestre, então a gente
Speaker:foi todo mundo para Londres, tanto se algum amigo tiver ouvido, eu não falei para ninguém,
Speaker:porque tinha programação do dia e a noite com a empresa e era isso, era o dinâmico.
Speaker:Então, trabalho, a gente ia para um pub, um bar, restaurante e depois às vezes tinha alguma coisa.
Speaker:Todos os dias eu fiquei impressionado. Era cansativo, mas era bem legal porque além de a gente estar fazendo o planejamento do
Speaker:trimestre com todo mundo, o planejamento também tinha uma competição, sabe, nele,
Speaker:que valeria alguns casacos com o nome do time.
Speaker:Então, quem chegasse nos horários sempre valeria ponto, né? terra, quem sei lá, interagisse mais tinha ponto, quem teve caralquê, teve boliche,
Speaker:então a gente contou quem foi o melhor cantando, sabe?
Speaker:Eu achei isso muito legal porque é um planejamento meio pesado do trimestre, mas ao mesmo tempo
Speaker:tinha essa brincadeira e tinha várias dinâmicas, sabe?
Speaker:Durante o dia inteiro, então entre umas reuniões e outra, meio dia ia para o almoço todo mundo
Speaker:junto e voltava e tinha alguma coisa assim, sabe?
Speaker:E eu achei bem diferente, a minha segunda empresa aqui morando na Europa, a primeira,
Speaker:também tinha, mas local essa é um pouco maior e colocando todo mundo de outros países
Speaker:num lugar só para passar um tempo.
Speaker:Então eu achei isso bem interessante. Eu não sei se é uma tendência de todas aqui, mas as minhas duas experiências estão,
Speaker:sendo como as tuas também.
Speaker:Que bom. Acho que isso traz mais motivação para a equipe. Conversar com pessoas de outras áreas também é muito interessante.
Speaker:Porque esse é um momento que às vezes a gente tem, porque quando está todo mundo imerso no trabalho,
Speaker:às vezes não tem tanta dessa troca.
Speaker:E no remoto fica mais difícil. Uma coisa que eu sinto falta é isso.
Speaker:Eu conhecia muita gente na empresa que eu comecei que não era do meu departamento, não era até de TI em geral.
Speaker:Por causa do café, o almoço que lá tinha ao lugar.
Speaker:E aí nas novas já não. Os últimos meses eu conheci as pessoas de TI, mais o meu time, e nessa nova também.
Speaker:Então esses momentos acabam ajudando. Você vai jogar boliche e você vê quem está livre ali.
Speaker:E aí você está com pessoas diferentes. Até isso não equivalia a um ponto.
Speaker:Quem interagisse mais fora da sua bolha, tinha um cara que estava tentando observar.
Speaker:Ah, mas isso é muito legal. Sim.
Speaker:Então tem também sentir isso. Agora questão da forma de trabalho.
Speaker:Porque eu não sei se você mencionou isso eu não lembro se você mencionar mas muitas pessoas tem
Speaker:medo de como que vai ser o uso da tecnologia.
Speaker:Se eles vão estar muito avançados vão ficar para trás. E como que foi para te tecnicamente chegar aí na Bélgica.
Speaker:Ah, em questão de tecnologia, dependendo da área que você vai trabalhar, você vai encontrar,
Speaker:empresas usando tecnologias já antigas, muitos legados, mas de novo, vai depender do setor.
Speaker:E... E aí.
Speaker:Depende do setor, só que você pode encontrar um pouco de tudo.
Speaker:No geral, eu ainda acho que o Brasil é mais avançado com algumas tecnologias.
Speaker:Mas não teve nenhum choque de, poxa, eu tô muito pra trás do que eles,
Speaker:eu não sei tecnologia que eles sabem.
Speaker:Não teve nada do tipo. Não. Nesse quesito, acho que o Brasil preparou muito bem.
Speaker:E prepara a gente muito bem, a gente vai levando várias porradas lá.
Speaker:Então a gente chega aqui, ah, beleza, é isso, vamos. Então isso não teve nenhum problema. Ah, legal, legal.
Speaker:O que foi bom, porque no meu caso, como teve a questão do idioma para se adaptar,
Speaker:eu, se eu tivesse acho que o problema da tecnologia mais o idioma,
Speaker:acho que seria muito para a cabeça.
Speaker:Então assim, como com a tecnologia eu estava ok e era mais o processo do idioma para se acostumar, então acho que foi um bom balanço para mim.
Speaker:Que bom, boa. Então, agora, sobre se acostumar. E mais uma coisa, os europeus gostam muito de desenvolvedores brasileiros,
Speaker:então nós somos muito bem vistos aqui, para que a gente faz um bom trabalho.
Speaker:Às vezes, se precisar, a gente fica depois do horário, por essa cultura que a gente tem no Brasil,
Speaker:trabalhar, trabalhar, trabalhar. Então não que eles vão pedir para você ficar fora do horário, mas,
Speaker:essa boa visibilidade dos brasileiros. Então fiquem tranquilos com relação a isso.
Speaker:Que legal, tu ouviu isso por aí ou tu sentiu?
Speaker:Não, eu já ouvi. Eu ouvi até de gerentes falando, ah a gente tá querendo contratar
Speaker:mais brasileiro, ah não, a gente gosta muito de vocês. Eu tenho até alguns amigos que são
Speaker:que já falaram que a gente está com foco no Brasil.
Speaker:Fica a dica. Então a hora é sobre o país. Vamos sair agora do ambiente de trabalho e pensar em como que tá sendo morar aí em
Speaker:Bruxelas ou na Bélgica em geral, se você já tiver visitado vários lugares.
Speaker:O que que tu tá achando?
Speaker:E principalmente, acho que daria pra começar, quais são as coisas mais legais de morar aí no teu opinião?
Speaker:Pra mim, uma das coisas mais legais é que são as pessoas, de novo, eu admiro muito
Speaker:essa troca cultural que a gente tem aqui, né?
Speaker:Então assim, acho que eu aprendi muito conversando com pessoas de diversas nacionalidades, eu,
Speaker:gosto muito dessa questão de sair e numa saída conhecer sempre gente de alguma nacionalidade
Speaker:diferente. Eu gosto muito das cervejas daqui, dos chocolates, claro, waffle, bruxé, a Bélgica
Speaker:no geral é um país com muitos festivais e isso é incrível. Pra mim, assim, como.
Speaker:Eu sempre gostei de bandas internacionais e eu sei que no Brasil quando vem alguém
Speaker:de fora é um evento pra gente e aqui é só mais um dia. Isso é muito engraçado que nem ano passado
Speaker:eu fui num show eu adoro Green Day então fui num show que era Green Day, Felt Boy e Weezer e eu
Speaker:tava assim alucinada, eu falei nossa gente não acredito vou ver Green Day de novo depois de tanto tempo,
Speaker:e quando eu fui, eu fui em Antwerp, uma outra cidade daqui e quando eu fui pra lá eu vi que era só mais
Speaker:mais um dia normal na cidade. Então, ao mesmo tempo que Bruxelas tem essa questão de fechar
Speaker:cedo, alguns bares também até fecham cedo, mas ainda assim é uma cidade muito ativa.
Speaker:Então, tem muitos festivais, tem muitos shows acontecendo. Agora é período do verão,
Speaker:junho, julho, agosto, acontecem muitos festivais. E tem pra tudo quanto é gosto, tem festival
Speaker:de rock, tem festival de música, de Tomorrowland, que é músicas eletrônicas. Tem um pouco,
Speaker:de tudo, tem de rap, tem... Então assim, tem pra tudo quanto é gosto.
Speaker:Falando em gosto, você comentou sobre cervejas e talvez a gente pode entrar na comida.
Speaker:Não entendo nada, mas muita gente que ouve quando pensa na Bélgica vai querer entender,
Speaker:o que na tua opinião vale a pena experimentar para um brasileiro, até mesmo só visitando.
Speaker:Tem uma questão do waffle. Tem dois tipos de waffles aqui.
Speaker:Tem o waffle de bruxelas e o waffle de liange.
Speaker:E como você sabe a diferença deles é que o waffle de bruxelas ele é retângulo e ele é mais crocantezinho,
Speaker:E o waffle de liege ele não é retangular ele é mais quebradinho assim e ele é mais fofinho,
Speaker:Então assim, minha opinião se vocês verem pra cá o de liege é o melhor Só que você não vai encontrar o waffle de liege só na cidade de liege,
Speaker:você encontra aqui em Bruxelas normal.
Speaker:Mas saiba que tem essas duas diferenças e que vale muito a pena.
Speaker:Se você é fã de doce e de comida...
Speaker:Ah? Você? Eu sou, eu sou, sim.
Speaker:Você experimentou os dois aqui? Eu experimentei nenhum dos dois.
Speaker:Não, tem que estranhar, tá? Próxima. Acho que eu vou estar aí no fim desse mês,
Speaker:provavelmente, eu já vou com as dicas. Ah, pronto.
Speaker:Sim, sim, de liagem primeiro, aí depois de bruxelas. E também, bom, é bom, cerveja tem também para
Speaker:todos os gostos, mas de comida culinária, culinária mesmo, eu recomendaria carbonade, que é um prato
Speaker:que eles fazem com carne de panela e eles colocam cerveja no molho, então é muito gostoso e come.
Speaker:É mais isso, porque tem outros pratos que não me apetecem tanto.
Speaker:Então, é engraçado porque aqui eles também, eles comem no almoço geralmente eles comem salada ou pão.
Speaker:E pra gente, pra gente é tipo, não, eu preciso de um arroz e feijão aqui.
Speaker:E então, e aí eles acham pra comer as comidas que seriam mais pesadas pra jantar.
Speaker:Então, tem essa diferença.
Speaker:E você se adaptou a isso?
Speaker:Não, não como salada no almoço. Eu prefiro, às vezes eu faço até marmita e eu gosto de comer alguma coisa mais.
Speaker:Não consigo começar um sanduíche para o almoço.
Speaker:Até porque eu prefiro comer mais no almoço do que no jantar.
Speaker:Eu também, mesma coisa. Jantar para mim é mais light do que ir em muitos países na Europa.
Speaker:O que está sendo a coisa mais difícil de morar fora e o que é mais difícil de se adaptar?
Speaker:Bom, eu acho que assim, vou falar do clima de novo. Eu acho que isso é uma questão
Speaker:ainda que me pega, porque dias muito nublados impactam o meu humor. Eu sou uma pessoa que
Speaker:prefiro verão. Sim, tem alguém aqui que está escutando esse episódio, gosta de inverno,
Speaker:não se importa em não ver o sol, ok? Desconsidere isso. Mas eu sou impactada pelo tempo, sim.
Speaker:Então isso ainda é uma coisa que me pega de vez em quando. E por exemplo, o inverno aqui,
Speaker:ele é muito... os dias, o dia é muito curto, né? Então você acorda, tá escuro, aí dá quatro horas,
Speaker:cinco horas da tarde, já tá tudo escuro de novo. Então às vezes quando você precisa ir para o,
Speaker:você não vê o sol quando você entra e você não vê o sol quando está voltando para casa.
Speaker:Então, isso é uma coisa ruim.
Speaker:Difícil pra mim, mas em compensação, no verão os dias são mais longos e aí eu gosto. No começo eu
Speaker:tive um pouco de dificuldade, tinha um pouco de problemas pra dormir porque meu corpo não tava
Speaker:entendendo que o sol tava ali, mas eram 9 horas da noite e aí eu só que tava parecendo 4 horas da
Speaker:tarde, não, ainda dá pra fazer mais coisas, então no começo assim eu tive esse problema pra dormir.
Speaker:Mas como já vai fazer quatro anos já me acostumei, mais do que os dias curtos e tem essa questão
Speaker:da burocracia da Bélgica bem chato mesmo. Então tem uma coisa muito importante que se você vier
Speaker:pra Bélgica, às vezes em grupos de Facebook para ver moradias, às vezes eles colocam alguma casa,
Speaker:apartamento, mas eles falam que você não pode se registrar. Isso é muito importante porque ninguém
Speaker:me contou quando eu vi, mas ainda bem que a casa que eu estava podia me registrar na comuna. Então,
Speaker:por exemplo, tem gente que aluga porque como aqui fica Comissão Europeia, Parlamento Europeu,
Speaker:então tem muita gente que vem por um período só de seis meses e essas pessoas que vêm às vezes
Speaker:precisam se registrar, assim, teoricamente elas deveriam se registrar na comuna para falar que elas
Speaker:estão trabalhando aqui e elas estão, têm uma residência mesmo que seja por um período de seis,
Speaker:meses em um determinado endereço da Bélgica. Só que tem gente que não faz isso e tem pessoas que
Speaker:alugam casas e fala que não pode se registrar porque está totalmente atrelado com o seu endereço.
Speaker:Então vejam isso para não dar problema depois, porque por exemplo, se eu não pudesse me registrar
Speaker:na Comum na época quando eu vim, eu não poderia abrir conta bancária porque eu não ia poder ter,
Speaker:número belga então isso é uma coisa muito importante.
Speaker:Eeeem...
Speaker:Que mais para se adaptar? Isso se aplicar em Portugal também.
Speaker:Desculpa, mas só pegando esse ponto. Mas aqui a minha não é registrada, mas aí você consegue ir na junta da cidade e pegar,
Speaker:um papel dizendo que você mora, só não está no seu número fiscal.
Speaker:É pior por questão de imposto de renda, né? Não tem descontos que você tem, mas às vezes o alugar é mais barato quando é assim.
Speaker:Então não aconselho, mas se você pegar esses casos dá para você abrir a conta ainda.
Speaker:Quem tiver em Portugal. Então foi isso que eu fiz por exemplo.
Speaker:E aí desculpa que eu te tenho de ver. Ah entendi. Não imagina mas legal compartilhar sobre isso.
Speaker:Às vezes os preços que eu estava vendo de aluguéis são praticamente os mesmos.
Speaker:Eles nem colocam um pouco mais abaixo não.
Speaker:Acho que eles querem pegar essas pessoas que vêm por um período bem curto mesmo.
Speaker:Entendi entendi.
Speaker:Conteixo diferente.
Speaker:Mas o que eu ia falar? Ah, outra questão um pouquinho mais chata de se adaptar, mas tem esse lado humano,
Speaker:é porque assim, eu sou de São Paulo, e em São Paulo você consegue encontrar o que
Speaker:você precisa 24 horas por dia.
Speaker:E é mais essa questão de mercado não estar aberto num domingo, então você tem que realmente,
Speaker:se planejar muito bem para o final de semana.
Speaker:Então, é. Mas essa é a questão da adaptação, sim.
Speaker:Não vou falar que assim é muito difícil porque a gente tem outros benefícios.
Speaker:Claro, tipo, eu me sinto muito mais segura como mulher aqui.
Speaker:Se eu precisar andar de noite com o celular na mão, eu ando sem medo.
Speaker:Coisa que eu jamais faria em São Paulo, por exemplo. Então é sempre assim.
Speaker:Tem vantagens e desvantagens. Acho que como quase todo mundo que eu converso, as vantagens são maiores do que as desvantagens.
Speaker:Por isso que você continua com a
Speaker:É por isso que o tempo está maior, era dois anos agora são quatro, talvez mais, veremos.
Speaker:Você já tinha falo que não pensa em sair daí, nem morar em outro país?
Speaker:Não, na verdade eu já pensei sim, já pensei em talvez Alemanha, Holanda também, todos
Speaker:os países vizinhos daqui.
Speaker:Mas por enquanto estou bem no meu atual emprego, gosto das amizades que eu fiz aqui, então,
Speaker:ainda estou tranquila, não tenho essa urgência, até porque mudar de país significa reconstruir tudo novamente.
Speaker:Exato, mudar de casa já é complicado.
Speaker:Já é. Eu não sei como você se sentiu, Gabriel, mas essa questão das amizades também, acho,
Speaker:quanto mais velho a gente vai ficando, mais difícil é, às vezes, criar vínculos com pessoas.
Speaker:Porque às vezes as pessoas não têm tempo.
Speaker:Excelente pergunta. Porque eu faço trabalho voluntário e nesse trabalho voluntário tem um grupo do Slack,
Speaker:que tem uma menina que faz uma pergunta aleatória toda sexta-feira e ela perguntou isso e ela
Speaker:falou a mesma coisa que você.
Speaker:A mensagem. Então a gente tava conversando sobre isso, ao mesmo tempo tava conversando com meu time anterior,
Speaker:antes de ter saído, a gente teve tipo, essas dinâmicas de equipe que eram essas várias perguntas,
Speaker:a gente perguntou sobre amizade e terminamos essa conversa também, então é uma coisa que tá muito na minha cabeça. cabeça.
Speaker:Tá, se organizar.
Speaker:E aí também ouvi um podcast que eu vou deixar na descrição, da newsletter principalmente, que fala um pouco sobre isso, porque...
Speaker:Preciso explicar primeiro que, já conto com minha esposa, eu tenho muitos,
Speaker:vamos dizer, colegas, sabe? Tenho muitos.
Speaker:Porque eu estava conversando sobre ter amizade, etc., e falei,
Speaker:acho que é melhor eu ter um, e é o mesmo desde que eu tenho uns 15 anos, então.
Speaker:Eu tenho muitas pessoas que eu gosto.
Speaker:Mas, fazer amizade... e criar um vínculo forte, acho que vai ficando mais difícil.
Speaker:Como você falou, as pessoas são mais ocupadas e isso reflete em mim que eu não gosto de alguém só falar, vamos sair hoje.
Speaker:Infelizmente, eu já tenho minha semana muito organizada por causa do podcast, trabalho voluntário, trabalho, estudar,
Speaker:ficar com a minha esposa, que é a prioridade, sobre muitas outras coisas.
Speaker:Então, vai tornando mais difícil, mas a coisa é o contrário.
Speaker:Quando eu quero organizar alguma coisa com as pessoas, Tem um grupo que eu cheguei em Portugal com as oito pessoas e alguns casais.
Speaker:A gente vai sair, a gente sempre marca três, quatro semanas antes, sabe?
Speaker:Porque é difícil organizar. Então isso vai se tornando mais difícil de criar amizade mesmo e de criar vínculo.
Speaker:O que eu tento fazer é manter as que eu vou criando. Todas as pessoas que eu falo assim, elas são legais.
Speaker:Eu tento proativamente criar lembrates que eu preciso falar com as pessoas,
Speaker:porque eu caio muito nudo em ficar ocupado.
Speaker:Eu gosto das pessoas, mas eu não entro em contato porque o dia a dia entra na rotina,
Speaker:acaba consumindo o que eu vejo, é muita coisa para fazer num dia só, e aí você acaba ficando para trás.
Speaker:Eu acho isso muito interessante porque eu tinha refletido muito sobre isso no ano passado.
Speaker:E aí eu estava pensando, por exemplo, a gente cai na rotina, a gente acaba esquecendo de
Speaker:comer bem, a gente acaba esquecendo de ir para a academia, de beber água.
Speaker:E aí eu comecei a tratar, manter as amizades como essas coisas importantes, sabe?
Speaker:Então, do mesmo jeito que eu tenho lembrete que eu tenho que comer melhor,
Speaker:tenho que ir para a academia, eu tenho lembretes de que eu preciso entrar em contato com essas pessoas.
Speaker:Aí isso tem me ajudado, mas claro que, sim, fica mais difícil.
Speaker:Eu dei muita volta para te responder, é porque tenho conversado com várias pessoas.
Speaker:Mas muito interessante, então você coloca lembretes para tentar sempre se comunicar.
Speaker:Eu tenho uma página no Notion, como é o Tudo Lace, e aí do lado eu tenho o LibreOffice sempre assim de...
Speaker:Sei lá, rever as pessoas que eu preciso contactar, sabe? E... Nessa semana.
Speaker:Mas o problema é que às vezes as pessoas não estarão disponíveis quando você vai estar disponível, não é?
Speaker:Não tem também esses problemas.
Speaker:Tem, tem. O que eu tento fazer é... Eu acho que para manter um laço e para criar disponibilidade,
Speaker:você precisa ter o contato.
Speaker:Se não me engano, no podcast eles falam um pouco sobre isso.
Speaker:E o problema da... O nome do podcast é Am I Normal?
Speaker:É um podcast do Ted Talks, e a host traz problemas desse da vida.
Speaker:Então, ela fala com o especialista sobre amizade, e por isso que ela fala que sente o mesmo, que cada vez mais é mais difícil.
Speaker:Ela fala, minha mãe, por exemplo, não tem amigos.
Speaker:Eu sou o melhor amigo da minha mãe. Ela começa a contar e tenta entender com o especialista por quê.
Speaker:E ele comenta sobre isso, que a prioridade na vida muda, e as amizades vão ficando um pouco para trás.
Speaker:Mas aí foi aí quando eu falei não para mim isso é importante então como que eu consigo.
Speaker:Colocar esqueci da pergunta que eu dou muita volta para responder isso.
Speaker:Não mas era exatamente isso tipo porque por exemplo se eu se eu mudasse novamente
Speaker:de país né quer dizer que eu preciso criar novos vínculos novamente e às vezes as pessoas
Speaker:elas não estarão disponíveis e vai depender de uma série de fatores né se a pessoa
Speaker:é causada essa pessoa tem filho.
Speaker:Muda, complica novamente. A gente precisa de toda essa energia pra mudar e recomeçar.
Speaker:Eu acho que é isso.
Speaker:E com a questão da pandemia também, pra mim eu fiquei muito triste durante a pandemia.
Speaker:Eu fui bem impactada.
Speaker:Então assim, são quatro anos, quase quatro anos vivendo aqui.
Speaker:Mas que eu não sinto que foram quatro anos,
Speaker:porque dois deles foram muito restritos, né? E aí eu penso, ah, e se eu vou para outro país, quer dizer que...
Speaker:Começar novas amizades e se de repente vem outra pandemia que eu espero que não venha, mas sabe
Speaker:a gente nunca sabe o que pode acontecer. Por enquanto eu estou bem confortável aqui, eu também,
Speaker:meu namorado é daqui, então... É, fica mais difícil mudar. Sim, fica mais difícil, então...
Speaker:A não ser que eu esteja extremamente incomodada e aí eu vou querer algo a mais para mim, isso é o que
Speaker:a gente varia agora talvez de mudar, mas no momento eu já acho que foi uma grande mudança
Speaker:Brasil-Belgica, então dá um pouco mais de tempo aqui.
Speaker:É, a gente tem essa flexibilidade, então isso que é bom, não tem que ficar apegado,
Speaker:né? Acho que isso que é o legal de estar por aqui, de tá, se a gente quer mudar agora,
Speaker:tá bom, agora é procurar um emprego novo, né?
Speaker:E aí se planejar. Queria dizer que até sobre essa questão de amizades, eu acho que o que acontece é que
Speaker:tá todo mundo ocupado sempre. Então precisa de ter alguém que vai ser a pessoa proativa de marcar as coisas, sabe?
Speaker:É verdade. Eu tento sempre ser essa pessoa. Nem sempre, mas volta e meia.
Speaker:E eu falo, eu vejo as pessoas falam, né? Volta e meia nos diferentes grupos que eu conheço.
Speaker:Eu tento falar, vamos tentar fazer alguma coisa? Eu gosto muito de brunch.
Speaker:Eu nunca tinha ido no Brasil e aqui eu virei um fanático.
Speaker:Eu acho legal porque pra mim é um lugar que dá pra ir uma galera, a gente vai ficar lá comendo,
Speaker:das 10h ao meio dia e conversando por um tempo, sabe? Isso ajuda.
Speaker:Me ajuda a criar esses laços, manter, tipo...
Speaker:Tem a Diana, que é amiga minha, por exemplo, e ela, que foi essa que chegou na pandemia, veio aqui.
Speaker:A gente sempre tentou ter nossas reuniões em algum café, quando a gente vai ter reunião one on one, assim, no café.
Speaker:Depois a gente tenta juntar as outras galerias pra ir num brunch, por exemplo.
Speaker:E acho que isso ajuda. Mas sim, é mais difícil quando você vai ficando mais velho.
Speaker:Eu sou muito diferente antes da pandemia.
Speaker:Eu acho que hoje eu gosto de me planejar mais e eu não quero estar saindo todos os dias
Speaker:como eu poderia fazer um tempo atrás.
Speaker:Então tudo isso é a mesma coisa para mim. Se for mudar agora, acho que estação seria...
Speaker:Bem diferente. Solo. Legal que você comentou brunch, porque eu também sou super fã de brunches.
Speaker:E, por exemplo, como aqui não tem muitas coisas acontecendo no domingo,
Speaker:mas os restaurantes estão abertos,
Speaker:e acho que brunch é um bom negócio para chamar os amigos, porque geralmente, domingo de manhã, tá todo mundo descansando,
Speaker:ninguém tem planos, pelo menos que eu conheço,
Speaker:Ativamente para domingos de manhã, então é um bom momento para se conectar com as pessoas.
Speaker:Sim, costumo sábado, domingo de manhã, a mesma coisa, para as 10h.
Speaker:Então é uma coisa que eu faço que ajuda de volta e meia a tentar proativamente,
Speaker:tendo em mente que todo mundo está ocupado.
Speaker:Então eu vou tentar ser a pessoa que vai puxar isso.
Speaker:Boa! Acho que a gente conseguiu... Falamos de várias coisas sobre as diferenças de morar fora,
Speaker:desde trabalho, vida e amizade.
Speaker:Acho que fica de lição meus pensamentos meio soltos até sobre amizade fora do país, para quem estiver ouvindo.
Speaker:E a tua experiência também aqui na Europa e aí em Bruxelas.
Speaker:Bom, obrigado mesmo pela conversa. Foi excelente, muito boa.
Speaker:Fui anotando várias coisas aqui e refleti até sobre a minha vinda para cá.
Speaker:E eu queria deixar os passos para ti se quiser deixar algum link específico,
Speaker:ou deixar alguma mensagem final até para as pessoas que pensam em mudar de país como você.
Speaker:Fica à vontade.
Speaker:Eu que agradeço o convite Gabriel foi muito muito bom estar aqui conversando com você.
Speaker:Gostei muito dessa troca também.
Speaker:Eu queria deixar uma mensagem que talvez eu não falei durante a nossa conversa aqui,
Speaker:mas se tem alguém que tem esse sonho de ir para fora, de tentar alguma coisa nova,
Speaker:o que eu aconselharia é tipo, vai, só vai, porque eu com todas as minhas dúvidas,
Speaker:o momento que eu me vir sozinha num país onde eu não falava a língua,
Speaker:eu descobri uma força muito grande dentro de mim que eu desconhecia, porque quando a gente
Speaker:está com a nossa família, acaba que o pai, a mãe, irmão, tio, sobrinho, avó, vai fazer alguma coisa,
Speaker:por nós, né? Então, assim, a gente às vezes desconhece certos processos que acontecem no Brasil
Speaker:a gente sempre teve alguém cuidando disso pra gente, mas quando a gente tá sozinho...
Speaker:Ou a gente faz por nós, ou ninguém vai fazer. Então, todo esse medo, toda essa dúvida,
Speaker:ela vai te impulsionar a fazer.
Speaker:E aí você vai olhar para trás e vai falar, cara, foi difícil, mas eu consegui.
Speaker:Então, assim, que bom que eu consegui.
Speaker:Isso mostra que eu posso ir ainda além disso.
Speaker:Então, não deixe os seus medos bloquear os seus sonhos. Essa é a mensagem que eu queria deixar para as pessoas.
Speaker:Muito bom. Eu acho que com essa mensagem, a melhor coisa é fechar, porque não dá pra,
Speaker:deixar uma mensagem melhor que essa. Então novamente, obrigado mesmo.
Speaker:Estarei aí final de fevereiro se eu conseguir encontrar com você e com Flávia.
Speaker:Então vamos comer o Waffle.
Speaker:Waffle, beleza. Não, Waffle. Não, não sei. Você prefere? Vai os dois.
Speaker:A gente vai num brunch que tem Waffle.
Speaker:Tá bom, então é isso. Problema resolvido.
Speaker:Esse episódio vai no começo 1º de março, então até lá provavelmente já vai ter encontrado.
Speaker:E aí pessoal, se vocês quiserem saber como que foi, vai estar na newsletter, não esquece de seguir,
Speaker:vai estar o link, então quando sair o episódio vai estar o link também.
Speaker:E aí a gente continua essa conversa de lá.
Speaker:Vou agradecer pela terceira vez porque foi uma conversa excelente mesmo.
Speaker:Acho que conversa como essa me faz ser orgulhoso de criar um podcast,
Speaker:porque dá para trocar experiências com mais pessoas que provavelmente não irão conhecer
Speaker:se não fosse pelo podcast.
Speaker:Então, brigadão mesmo e até o final de fevereiro.
Speaker:Eu que agradeço, Gabriel. Muito obrigada.
Speaker:E se alguém quiser falar comigo, também deixei o meu link adim.
Speaker:Pode me fazer qualquer pergunta, pode entrar em contato, o que eu puder ajudar, eu ajudo.
Speaker:Sim, vai estar aqui na descrição do episódio.
Speaker:E aproveitando, não esqueça de seguir a Spotify, Apple, Google, YouTube, qualquer
Speaker:plataforma que você estiver ouvindo. e até a próxima!