Episode 103
Dicas para Entrevistas Internacionais, com Alana Pacheco - Coisas para Considerar #103
Nesse episódio a Alana Pacheco vai nos falar sobre as coisas que devemos considerar antes de mudar de país. Então se prepare para entender como a suas prioridades podem influenciar o país que você vai e se a empresa é a mais adequada para você.
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Alana Pacheco
Vivendo em Amsterdã a cerca de 8 meses. Hoje sou Tech Talent Partner (com foco em recrutamento) em uma das maiores fintechs da Holanda. Comecei a trabalhar com recrutamento em 2018, em 2021 depois de terminar meu mestrado em RH decidi tentar o mercado europeu.
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Palavras-chave:
- Dev no Exterior
- Mudar de país
- Entrevistas Internacionais
- Morando fora do Brasil
- Dicas de entrevistas internacionais
Por Gabriel Rubens ❤️
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Transcript
Music.
Speaker:Olá, bem-vindos ao TPA Podcast. Aqui novamente o Gabriel Rubens e de volta com a Alana Pacheco
Speaker:para continuar aquele papo onde a gente primeiro falou sobre como é morar e trabalhar em Amsterdã
Speaker:e agora a gente vai dar um passo atrás e falar com mais detalhes sobre dicas de como conseguir
Speaker:o emprego fora do Brasil, quais perguntas você tem que fazer e o que seria uma boa empresa.
Speaker:Vamos descobrir mais aqui com quem sabe que é a Alana, que não só conversa e entrevista muitas pessoas,
Speaker:mas também passou por esse processo e vai compartilhar hoje a sua experiência.
Speaker:Bem-vinda de volta, Alana. Olá, feliz de estar de volta e de poder compartilhar um pouquinho mais sobre esse assunto que eu sei que é...
Speaker:Eu recebo muitas perguntas sobre isso no LinkedIn, e deixa eu falar pra todo mundo, gente,
Speaker:fica ligado, eu vou compartilhar lá no TPA, tá? Depois eu mando o link pra vocês.
Speaker:Excelente. Eu também recebo demais essa pergunta, só que eu não tenho essa visão, né?
Speaker:Eu sei o que eu faço e eu não sei se é coisa certa também. Então eu vou descobrir, vou fazendo umas perguntinhas e você vai me falar,
Speaker:não, não é isso, é essa linha mesmo.
Speaker:Porque aqui eu também aprendo, né? Não quero mudar de emprego agora, mas fica aqui pro futuro. Tá, então vamos lá.
Speaker:Pouco de contexto, é da outra vez que você falou que queria morar fora do Brasil.
Speaker:Teve a experiência de ficar um tempo nos Estados Unidos e descobriu que não queria morar lá, o que é interessante porque teve um episódio com a Julia,
Speaker:que também tem Amsterdã e ela falou a mesma coisa, depois de ficar um tempo nos Estados Unidos eu descobri que eu não gostava daquela vida
Speaker:e acabei achando Amsterdã um lugar mais legal, né?
Speaker:Aí você estudou também fora e aí morou na Finlândia ou Suécia? Na Suécia.
Speaker:Isso, eu sempre confundo os dois. o Cristão morou na Suécia, passou um tempo também em Bruxelas.
Speaker:Mas gostou mais e não se arrepende de estar em Amsterdã. Com certeza, é verdade. Eu até comentei com os meus amigos assim,
Speaker:que eu gosto muito, a localização é muito boa, então dá pra viajar muito, né, estando em Amsterdã.
Speaker:E eu passei o final de semana em Paris, semana passada, e eu adoro viajar, mas assim,
Speaker:eu consigo ver claramente que eu não seria feliz em Paris, sabe, que Amsterdã é realmente o lugar onde eu quero estar,
Speaker:Porque a questão de Amsterdã que me encanta é aquela sensação, aquela cidade grande com uma sensação de cidade pequena.
Speaker:E a mobilidade é muito boa, você consegue chegar nos lugares muito rápido, né?
Speaker:Dentro de Amsterdão, é difícil algum lugar que eu não consiga chegar dentro de 30 a máximo 40 minutos, mesmo que eu atravesse a cidade. Interessante.
Speaker:E é uma coisa que não acontece em Paris, por exemplo. Você faz uma hora de...
Speaker:Movendo dentro de Paris, é nada, né? Sim, sim.
Speaker:A gente acostuma, né, até porque depois a gente acostuma nessa cidade pequena, mais fácil, com boa mobilidade, é muito difícil, né.
Speaker:Eu fui para Madrid mais de uma vez, eu gosto muito de ir lá.
Speaker:Mas eu tava com isso na cabeça, pô, do Airbnb que eu tava pra todo lugar que eu ia era uma hora de metrô, o que é muito legal, o metrô é...
Speaker:Tem bastante linhas, é bom, mas eu fiquei, caramba, tipo, aqui eu não preciso...
Speaker:Eu não preciso nem pegar transporte público normalmente, só quando eu vou pro meu escritório,
Speaker:porque é outra cidade, é 40 minutos, e já é uma tortura.
Speaker:Eu fui a semana inteira e foi muito, muito ruim pra mim, então...
Speaker:Eu imagino você tá falando, né? Com a vantagem que dá pra ir de bicicleta, né?
Speaker:Exato.
Speaker:Tirando hoje, que tá chovendo, como você falou. É, hoje tá chovendo.
Speaker:Tá. Vamos lá. Então, como se preparar?
Speaker:Tu pensou, né? Tu já tinha tua experiência, né, trabalhando com pessoas, entrevistando, buscando candidatos,
Speaker:então tu já tinha essa experiência e já sabia mais ou menos o que procurar, né?
Speaker:Então, como que você se preparou pra morar fora e quais coisas você tinha...
Speaker:Você pensou, né? E que a gente deveria sempre pensar também.
Speaker:Isso, então. Eu acho que a primeira coisa que... Quando as pessoas me pedem o que me levou
Speaker:ou quando elas dizem que elas têm interesse em migrar, Eu sempre pergunto por quê.
Speaker:Eu tinha até uma pessoa próxima da minha família que também estava considerando relocação
Speaker:e eu também fiz exatamente essa mesma pergunta pra ele.
Speaker:Por quê? Você precisa ter o seu porquê, né? Porque na hora do choque cultural, não vai ter ninguém pra segurar a sua mão.
Speaker:E mesmo que tenha alguém pra segurar a sua mão, se você migrar com um parceiro, por exemplo,
Speaker:vocês dois vão estar passando pelo mesmo momento.
Speaker:Então, vai ser a coisa... Vocês podem até segurar a mão do outro, mas assim, na realidade,
Speaker:vocês vão passar pela dificuldade igual.
Speaker:Então, eu acho que ter na cabeça o porquê dessa mudança, o porquê você vai se colocar nesse lugar,
Speaker:eu acho que é muito importante, e ter mais de uma motivação nessa estrutura,
Speaker:porque hoje, principalmente se você trabalha em tech, você pode ganhar em euro ou em dólares,
Speaker:eu abordo muita gente que está no Brasil hoje e ganha em dólares ou ganha em euros e não quer realocar.
Speaker:Então, se você quiser ficar no Brasil, você pode procurar um emprego no Brasil,
Speaker:um emprego fora que te permita trabalhar 100% remoto, e você trabalha no Brasil e ganha em moeda estrangeira.
Speaker:Tem essa opção também.
Speaker:Então, só dinheiro eu acho que não vai conseguir te impulsionar da maneira mais forte, digamos assim,
Speaker:porque se tem a opção de estar em casa,
Speaker:com todos os seus confortos, que só quem migra sabe,
Speaker:que você não tem quando você migra.
Speaker:Eu acho que só o dinheiro...
Speaker:Eu sempre digo, na minha opinião e na minha experiência própria,
Speaker:só o dinheiro não vai fazer você conseguir lidar com as dificuldades e desafios que é migrar.
Speaker:Então, ter essa estrutura, primeiro. Porque tem muita gente, as pessoas não comentam,
Speaker:mas tem muita gente que vem e volta, né?
Speaker:Tem muita gente que a gente tá direto aqui com...
Speaker:Ah, o fulano tá vendendo tudo que ele tem na casa.
Speaker:Mobilou um apartamento e tá vendendo tudo, porque o fulano não conseguiu se adaptar e vai voltar.
Speaker:Acontece. Sim, sim.
Speaker:Interessante o que você falou, porque no meu caso, e não só o meu, mas de muitas pessoas,
Speaker:o salário até diminuiu quando eu vim para Portugal.
Speaker:Não só o salário, mas o quanto por cento do meu salário eu precisava para sobreviver.
Speaker:Eu sempre penso em salário com custo de vida, com os gastos básicos, sabe?
Speaker:E no Brasil, o salário ITI era relativamente mais alto, eu não sei como tá hoje, né, pro custo de vida comparado a Portugal.
Speaker:Sim. Aí pra empresa que eu vim, então, quando as pessoas me perguntavam, até falavam,
Speaker:não tenta fazer esse cálculo direto, porque o cálculo direto,
Speaker:converter o salário era parecido, mas o quanto eu gasto para sobreviver,
Speaker:é bem maior do que era no Brasil.
Speaker:Então, se fosse só o dinheiro, talvez trabalho remoto para alguma empresa de fora até valeria mais do que o que eu estou fazendo.
Speaker:Exato, exato. Na verdade, eu conheço algumas pessoas que também receberam proposta de Portugal
Speaker:e não foram porque era praticamente o que eles ganhavam no Brasil ou a diferença era muito pouca para valer a pena essa mudança toda.
Speaker:E daí, de novo, né? Mesmo que você vá, por exemplo, pra uma...
Speaker:Ah, você vai pra Suécia.
Speaker:Você vai ganhar mais, porque o custo de vida é maior. Mas a realidade é que todo o trabalho que você vai ter que passar como imigrante num país como a Suécia
Speaker:vai demandar muito mais de você do que aquela porcentagem a mais do salário que você tá recebendo, digamos assim.
Speaker:Então, eu acho que é uma experiência muito válida, eu encorajo.
Speaker:Mas a realidade é que precisa ter uma disposição e uma motivação que vai além da motivação financeira.
Speaker:Sim, no meu caso viajar. Eu acho que era mais fácil, eu queria viajar mais.
Speaker:E parecia mesmo com salário, aí eu pesquisei sobre companhias aéreas, B&B, sabe?
Speaker:Então o meu lado era pra esses. Aí eu fiquei pensando, será que valeu a pena ou não?
Speaker:Achei que valeria e não me arrependo, sim. Quatro anos e pouco e realmente não me arrependo.
Speaker:Que bom.
Speaker:Sim. E qual que era o teu caso, por curiosidade? O meu caso era segurança.
Speaker:Segurança. Eu amo viajar, eu amo... mas eu geralmente... Eu gosto de viajar, às vezes eu viajo com amigos, mas às vezes eu viajo sozinha.
Speaker:E uma coisa que eu sentia muito no Brasil... Eu não sou de São Paulo, né, mas eu morei em São Paulo,
Speaker:por um tempo, por causa de trabalho, né.
Speaker:Nessa coisa de híbrido, algumas vezes no escritório. Eu não conseguia ficar em casa no sul.
Speaker:E daí, eu morei em São Paulo um tempo e eu nunca me sentia segura.
Speaker:Eu sempre me sentia ansiosa.
Speaker:E essa coisa de ir pro escritório com um MacBook nas suas costas.
Speaker:Eu me sentia assim, ó...
Speaker:O estresse que eu passava pra fazer aquela trajetória da minha casa até o escritório nesse modelo híbrido, que eu tenho que carregar meu próprio computador.
Speaker:Era sem noção, assim, os níveis de ansiedade.
Speaker:E nunca me aconteceu nada.
Speaker:Mas aquela insegurança era muito grande, muito forte. E pra mim, assim, essa é uma das coisas que eu tenho o maior...
Speaker:A preço de Amsterdã, é exatamente isso, essa segurança. Que eu posso, se eu quero, eu posso voltar pra casa
Speaker:uma hora da manhã, sozinha, no transporte público.
Speaker:E eu não me sinto insegura, ou que eu vou ser assaltada ou que alguma coisa vai acontecer comigo.
Speaker:E é um contexto muito diferente, né. Em São Paulo, eu sempre tinha… ficava com receio
Speaker:tinha que ficar compartilhando a localização com os amigos mandar mensagem quando chego em casa, aquela coisa assim, né.
Speaker:Tentando reduzir os riscos, mas na realidade ainda sofrendo...
Speaker:Toda essa esse stress que é da segurança. Paz de espírito era o menor.
Speaker:Tá bom, interessante e acho que esse é o maior, é o top do podcast,
Speaker:quando eu pergunto para as pessoas, é a primeira segurança e acho que a segunda vem para viagens também.
Speaker:Claro que a segurança aumentou muito para mim, mas eu acho que eu tinha menos
Speaker:preocupação assim do que no teu caso, né?
Speaker:Eu também, eu não andava com o computador, quer dizer, eu andava quando eu tinha que ir pro escritório, mas eu tentava evitar, né? Então já é, apesar de não ser uma coisa que eu coloquei na frente, já era uma coisa que mudava um pouco como eu vivia no Brasil, né?
Speaker:Tá bom, interessante. E qual que seria a segunda coisa?
Speaker:A segunda coisa é viajar, com certeza. A localização é muito boa e você tira um final de semana, você tem uma experiência totalmente diferente, né?
Speaker:Eu fui pra França, fazia muito tempo que eu não praticava meu francês, já coloquei, comecei a falar francês com o pessoal, ver como é que tá, tá terrível, mente enferrujado,
Speaker:mas é muito legal essa experiência de que eu com duas horas eu tô na Bélgica e eu posso praticar francês como uma pessoa nativa da Bélgica, experiências que eu não viveria no Brasil com essa facilidade, né?
Speaker:Então a primeira coisa é saber a motivação, certo? E também uma coisa parecida que a psicóloga Isabela falou também, que era entender a motivação.
Speaker:E ela acrescentou de era quais seriam as coisas importantes pra você no Brasil, pra pensar também, pra pesar, né?
Speaker:Tipo, será que vai valer a pena mesmo, né? com certeza.
Speaker:Faz toda a diferença. E daí, eu acho que essa seria a minha dica maior pra se preparar.
Speaker:Antes de começar os processos, né.
Speaker:E daí, claro, quando você entender sua motivação aí você consegue entender pra onde você quer aplicar.
Speaker:Ah, eu quero aplicar...
Speaker:Tem gente que ama os Estados Unidos e quer Estados Unidos, quer Estados Unidos.
Speaker:Eu respeito, eu acho que é mais difícil o processo mas existem pessoas que migram a trabalho também pros Estados Unidos.
Speaker:Então, eu acho que entender o porquê você está fazendo isso e onde que você vai conseguir encontrar aquilo que você está buscando,
Speaker:faz todo sentido, e daí você consegue estruturar.
Speaker:Por exemplo, se você consegue lidar com o frio, aí beleza, você pode aplicar para a Europa toda, sem medo.
Speaker:Agora, se você não quer ter esse impacto tão grande com o frio,
Speaker:aí você precisa entender que talvez Portugal e Espanha seja o seu lugar, né?
Speaker:Você não vai aplicar pra Suécia, por exemplo.
Speaker:9 meses do ano, eles estão num inverno que a gente não imagina no Brasil.
Speaker:Então, eu acho que entender suas motivações e fazer uma lista das coisas que são importantes pra você.
Speaker:Pra mim, era segurança e localização.
Speaker:Então, eu não queria nada que fosse muito fora, eu queria alguma coisa que fosse rápido de ir pra casa.
Speaker:Por exemplo, Amsterdã tem linhas diretas pra São Paulo.
Speaker:Então, quando eu comecei a aplicar, eu também tava considerando isso.
Speaker:Eu apliquei pra algumas vagas na Suécia, na Estônia, em Amsterdã.
Speaker:Eu acho que teve uma vaga que eu apliquei em Paris, só. E daí... foi bem relatavel. Diferente.
Speaker:E daí... mas eu também tava pensando, quando eu comecei a avançar nos processos,
Speaker:eu comecei a fazer uma lista de lugares onde eu teria preferência a ir.
Speaker:Por exemplo, Amsterdã, porque tem voos diretos a São Paulo, é mais fácil de ir pra casa, se eu preciso ir pra casa.
Speaker:Paris tem voos diretos pra São Paulo também, mas, por exemplo, a Estônia não tem.
Speaker:Aí, se eu fosse pra Estônia, eu teria que fazer sempre um voo de conexão na Europa,
Speaker:pra daí fazer um voo direto pro Brasil, pra daí fazer um voo de conexão pro Sul.
Speaker:Então, pra mim ia ficar uma trajetória muito maior, né?
Speaker:E daí foram coisas que eu levei em consideração na hora de priorizar os meus processos, digamos assim.
Speaker:Ah, interessante. Bom, eu considerei o clima no meu, acho que a segunda foi.
Speaker:É porque quando eu pensei era sempre...
Speaker:Primeiro era mais Espanha, Alemanha e Holanda. Então pra mim era mais, tá, qual era o melhor clima.
Speaker:Eu não pensava muito em Portugal no começo, mas quando eu fui priorizar eu pensei no clima.
Speaker:Que não fosse muito frio, né? Tipo, eu nunca pensei no Suécia ao final da vida, então eu achei ok.
Speaker:Todos eles, talvez a Espanha vai ser o mais fácil, mas...
Speaker:Mas pelo curso de vida parecia que a Holanda era a melhor opção.
Speaker:Ah, eu amo a Holanda. Amsterdã especificamente. Eu percebi que todo mundo podcast sobre Amsterdã é sempre...
Speaker:Sempre fala, não, eu gosto muito do lugar. É difícil, eu não consigo... às vezes eu fico pensando, o que que eu não gosto de Amsterdã?
Speaker:Não tem nada que eu não goste. A chuva às vezes fica chata? Fica chata, tá? Bem sincero, o vento às vezes...
Speaker:Gente, o vento, às vezes, em Amsterdã, o vento é tão forte.
Speaker:Esses dias, eu até ri.
Speaker:Tava o vento tão forte que eu tava voltando da academia de manhã cedo e tinha uma moça correndo.
Speaker:Só que a moça correndo tava indo na mesma velocidade que eu de bicicleta.
Speaker:Porque eu tava com a bicicleta tentando contra o vento e ela contra o vento.
Speaker:E a gente tava na mesma velocidade de um lado a outro e eu pensei, ai, a gente devia estar andando, a ser ponto, né?
Speaker:Nem adianta mais pedalar.
Speaker:A continuação da academia, né? É isso.
Speaker:Mas eu gosto muito, assim, eu acho que a Mr. Dunn é muito acolhedora.
Speaker:É uma vibe, assim… para quem migra é diferente
Speaker:É, tem muito, tem muito. E também uma coisa que eu percebo muito deles é que.
Speaker:Eu tenho colegas que trabalham em vários lugares, né, e já trabalhei e sempre tem...
Speaker:Primeiro que a gente conversa sobre imigração, eu acho que o pessoal do Amsterdã nunca reclamaram.
Speaker:A gente tava numa conversa de custo de vida, né, todo mundo da minha empresa atual tava aqui no Porto.
Speaker:E sempre tem alguns, vai falar assim, ah, porque tem muito imigrante, aí muda, ou não sei o quê.
Speaker:E o pessoal de Amsterdã foi o único que não colocou isso como um dos pontos que eles vêem que o custo de vida tá muito alto, sabe?
Speaker:Coisa, talvez... é muito pequeno, não dá pra tirar conclusão disso, que era um grupo de 20 pessoas,
Speaker:mas eu achei interessante. Não sei se propostalmente, mas eles foram os únicos que não citaram a imigração como um problema pra ter aumentado o custo de vida.
Speaker:Exato, é que assim, eu sinto que Amsterdã sempre foi uma cidade a par da Holanda, sabe?
Speaker:E meio que os próprios holandeses já esperam que Amsterdã seja assim, internacional e tudo mais.
Speaker:Então não tem essa expectativa de que, ah, tenha mais, né?
Speaker:Como, sei lá, Lisboa tem mais portugueses.
Speaker:E quando tem pessoas de fora, eles, né? Ah, nossa, tá aumentando...
Speaker:Eu acho que já sempre teve essa expectativa de que Amsterdã é uma capital internacional,
Speaker:e vai ter pessoas internacionais e não tem essa expectativa de que seja uma cidade bem holandesa e coisas assim.
Speaker:Mas sim, o custo de vida é alto, isso é uma realidade. O aluguel é pela hora da morte.
Speaker:E difícil de achar um lugar, mas eu vejo também que o governo holandês é muito presente.
Speaker:Então, tem muita coisa... por exemplo, tem lugares que são específicos para pessoas que estão começando na carreira
Speaker:ou para estudantes, e daí esses lugares são mais baratos. Então, tem uma estrutura...
Speaker:O governo tenta dar uma estrutura para que as pessoas tenham um lugar para viver.
Speaker:Mas hoje existe uma crise, a gente já...
Speaker:Quando você vai procurar uma casa para morar em Amsterdã, você já percebe que existe uma crise e tudo mais.
Speaker:Tá bom, então qual que seria a segunda coisa para considerar?
Speaker:Primeira é o que é mais importante para você, acho que daria para colocar assim, listar,
Speaker:e aí considerar os países conforme o que você prioriza.
Speaker:Exato.
Speaker:E daí eu acho que de dicas para preparar é isso. É isso, tá bom, faz sentido. Simples.
Speaker:É, e pesquisar também o custo de vida, né, que tu acabou comentando,
Speaker:o que seria ver, pesquisar o custo de vida, o tempo, mas tudo isso entra no que é importante, né, também.
Speaker:Exato, eu acho que assim, é um tópico bem abrangente, o que é importante pra você e o que o lugar oferece, né, como cidade.
Speaker:Então, a pesquisa... Eu acho que uma das coisas muito importantes é,
Speaker:se você quer migrar, você tem que ter iniciativa.
Speaker:Não tem como você querer que alguém... A não ser que você pague uma pessoa pra te mentorar,
Speaker:mas mentorias são caras, você precisa ter iniciativa de ir atrás e ler...
Speaker:Eu li blogs e blogs e blogs sobre a vida em Amsterdã, sobre o custo de vida em Amsterdã,
Speaker:sobre todos os dados antes de tomar minha decisão, antes de aceitar a minha oferta e antes de mudar pra cá.
Speaker:Então, eu acho que duas dicas...
Speaker:Se eu posso acrescentar uma dica é ter iniciativa. Ou você paga uma mentoria ou você vai atrás do que você quer.
Speaker:Sim, isso também, porque eu também pensei em vários lugares,
Speaker:eu assisti tantos vídeos, tantos vídeos que eu fui eliminando algumas coisas.
Speaker:Por mais que eu pensava, se eu queria muito visitar um dia a Irlanda,
Speaker:Mas depois de assistir tanto vídeo e até mandar mensagem pro Amigos Morano, eu falei ok.
Speaker:Eu acho que não é pra mim.
Speaker:Pela temperatura e pelo vento também, né. Mas legal.
Speaker:Tá, e aí passando dessa, as próximas provavelmente vão ser sobre entrevistas.
Speaker:Isso, vamos lá. Eu acho que primeiro... Bom, eu gostei muito do episódio que você fez sobre Star, eu acho fantástico.
Speaker:E se eu fosse mencionar alguma coisa sobre entrevistas, se preparar com Star e como dica geral,
Speaker:relacionar suas experiências com os desafios da vaga, que geralmente estão listados na job description.
Speaker:Então, antes de entrar numa entrevista, você precisa fazer isso.
Speaker:É uma maneira básica de se preparar, de ter certeza de que você vai conseguir se comunicar da maneira certa
Speaker:e não se perder no meio do caminho.
Speaker:Mas fora isso, coisas que eles vão sempre pedir.
Speaker:Eu acho que eu nunca fiz uma entrevista que não me pediram Por que eu queria me relocar.
Speaker:Porque eu sempre fui muito transparente de dizer... Porque eu também não queria perder... Eu sempre digo,
Speaker:não esconda o que você precisa visto, porque você vai perder seu tempo e eles vão perder o tempo deles.
Speaker:Você precisa trazer isso pra mesa o quanto antes possível, porque você não quer investir tempo numa coisa que não vai dar certo.
Speaker:E às vezes a empresa pode oferecer visto, e às vezes a empresa não pode oferecer visto
Speaker:pra aquela vaga ou naquela situação e tudo mais.
Speaker:Então, eu digo, sempre compartilhei muito cedo, mais cedo possível, que eu precisava de patrocínio de visto.
Speaker:E eu sempre recebi essa pergunta. Por que você quer relocar?
Speaker:Então, vai dar... vai se conectar lá com as dicas de como se preparar para o processo.
Speaker:Se você já sabe o que você quer, você já vai saber o que dizer.
Speaker:Porque, claro, só dizer, ah, eu quero morar na Europa,
Speaker:não convence, né? Porque na Europa existem, sei lá, 20, 30 anos, não sei quantos países, com experiências totalmente diferentes.
Speaker:E é um risco pra empresa relocar alguém, porque é um investimento da empresa muito grande,
Speaker:e às vezes a pessoa pode se adaptar, às vezes a pessoa pode não se adaptar.
Speaker:Então, mostrar que você tem estrutura, que você sabe o que você tá fazendo, onde você tá se colocando,
Speaker:faz toda a diferença.
Speaker:Eu já vi muitos... muitos dos meus gerentes já comentaram isso também.
Speaker:Eu tenho muitos candidatos que estão buscando realocação e tudo mais,
Speaker:mas aí chega na entrevista com o gerente, eles não sabem explicar com estrutura
Speaker:e com objetividade o porquê.
Speaker:E daí os meus gerentes, no feedback eu leio, né? Feedback dos gerentes, é assim...
Speaker:Quer mudar para a Europa, mas não sabe por quê. E daí eu fico, poxa gente, não dá.
Speaker:Você chega aqui, você fala com o gerente e você não tem estrutura do que você quer,
Speaker:você não consegue dizer o porquê e você não consegue mostrar confiança.
Speaker:Porque uma coisa é...
Speaker:Se há um risco, a empresa precisa sentir que você tem confiança do que você tá fazendo, sabe?
Speaker:De que você pode... Não, eu tenho certeza do que eu tô fazendo e eu não vou desistir na primeira dificuldade, no primeiro choque cultural.
Speaker:Então, eu acho que ter essa segurança, e essa pergunta vai vir,
Speaker:se você disser que precisa de visto e que quer realocar, essa pergunta vai vir, e você precisa saber a resposta.
Speaker:Sim. Na empresa que eu passei, eu não estava preparado também,
Speaker:foi muito ruim. Eu consegui ir bem, mas é porque eu não pensava em Portugal.
Speaker:Então, me mandaram, eu fui indo, para todos os outros eu tinha pesquisado, pensado e eu tinha, quando eu fiz o ranking
Speaker:para eliminar alguns eu sabia porque eu queria morar em cada lugar e aí no post eu não
Speaker:sabia mas eu dei uma enrolada que eu acho que funcionou bem mas não é o ideal, eu
Speaker:poderia ter perdido a vaga por isso.
Speaker:Bem lembrado porque eu nunca falei isso para ninguém assim, eu nem lembrava dessa pergunta,
Speaker:mas realmente eu poderia ter perdido a vaga ali, eu acho que por sorte já tinha passado
Speaker:em tudo foi só uma conversa com o Red da área, já tinha mandado a proposta e ele
Speaker:queria só falar comigo e aí ele perguntou isso e aí eu dei uma.
Speaker:Enrolada assim, que eu acho que ele aceitou, não sei, talvez...
Speaker:Talvez que eles precisavam muito, já tinham fechado, ele falou que tava difícil fechar a vaga, porque...
Speaker:Porque eu não tava preparado, e eu acho... é uma coisa que hoje eu já faço, porque eu fiquei com pouco, né,
Speaker:tipo, eu saí da entrevista, falei, pô, desjoguei tudo, perdi tudo, porque...
Speaker:Eu não sabia responder isso, mas... mas deu certo.
Speaker:E daí, eu acho que outra coisa também que é importante, né, e que eu recebi algumas vezes essa pergunta, é...
Speaker:As pessoas tentando entender o quão internacional eu era, ou no sentido de o quão habituada eu tava de lidar com equipes internacionais.
Speaker:Porque querendo ou não, quando você traz uma pessoa que nunca trabalhou com pessoas de culturas diferentes,
Speaker:de idiomas diferentes, você tem um desafio um pouco maior.
Speaker:Então, às vezes a pergunta não é explícita, mas há uma daquela sondada para entender o quão aberta essa pessoa é.
Speaker:Porque querendo ou não, você vai trabalhar com pessoas que têm religião diferente,
Speaker:um background diferente, que pensam muito diferente e que entendem as coisas muito diferentes de você.
Speaker:Então, se você não conseguir e não tiver uma certa flexibilidade de se adaptar nesses ambientes mais ambíguos do que você estava habituado,
Speaker:eu acho que não há um match.
Speaker:Então, acontece, às vezes não é uma pergunta direta, mas é uma pergunta assim,
Speaker:me conta um pouco sobre seus times, você já trabalha com pessoas de outros idiomas,
Speaker:que não falavam o mesmo idioma que você, ou algo assim,
Speaker:meio que para entender como que você lida trabalha com pessoas de diferentes nacionalidades, mas também culturas e tudo mais.
Speaker:É isso também caiu bastante para mim, eu acho que ajudou, coisas pequenas como eu
Speaker:fazia aula de inglês com estrangeiros, eu tinha feito intercâmbio, então também ajudou,
Speaker:que o pessoal contava e...
Speaker:Assim, nem todo mundo faz intercâmbio, mas eu lembro que isso contou bastante ponto, assim,
Speaker:em algumas entrevistas, porque ele já não… Às vezes pulavam já, começavam a perguntar,
Speaker:tá, já trabalhou com pessoas de fora?
Speaker:Eu falei, nunca trabalhei, mas eu já morei com pessoas de fora,
Speaker:no Airbnb, e era de tal país.
Speaker:Dava pra ver pela, vamos dizer, pela expressão de que era algo positivo também, né.
Speaker:Então, pra quem não morou fora, tem que achar alguma forma de mostrar, né,
Speaker:o como você já entende que tem culturas diferentes, Diferenças de… E são coisas pequenas, né.
Speaker:Tava conversando com alguns amigos esses dias de… No episódio que eu fiz, que foi ao ar depois
Speaker:que foi sobre esses quatro anos e meio de Portugal, que eu tô aqui.
Speaker:Depois da gravação, tava até falando de coisas muito pequenas que mudam.
Speaker:De como as pessoas comem, o que é normal pra gente, o que é normal pra elas.
Speaker:Ou quando a gente sai, qual que é a expectativa, quando a gente vai pra um bar.
Speaker:O pessoal quer ficar até tarde. Tipo o time da Espanha, quando a gente tá viajando junto, ou em Londres ou aqui,
Speaker:eles querem jantar às 10h30, por exemplo, e aí ficam essas obrigações.
Speaker:São coisas pequenas, não muda nada, mas é importante você saber que você vai encontrar e você não pode ser.
Speaker:Não, isso é um absurdo, eu não vou jantar 10h da noite, não faz sentido não.
Speaker:Como que a gente acha o meio termo com as pessoas sem criar confusão?
Speaker:Então, acho que é por isso que as pessoas perguntam antes.
Speaker:É, eu acho que é também pra evitar conflitos dentro da equipe, né?
Speaker:Porque por mais que você seja super técnico que você não vai trabalhar tanto com pessoas
Speaker:precisa haver uma certa equilíbrio, uma convivência.
Speaker:Você não quer que haja conflitos dentro do time. Se você trouxer pessoas que não são flexíveis
Speaker:que não estão abertas a essa diversidade acaba trazendo conflitos sem querer trazer conflitos, né?
Speaker:Sim. E tu já chegou a ver algum caso? Ou vocês estão com filtro bom pra quando contratam alguém?
Speaker:Então, no meu time eu não vi, nos meus times sinceramente eu não vi, porque realmente...
Speaker:A maioria das pessoas que a gente contrata ou já trabalhou em empresas internacionais,
Speaker:ou já fez intercâmbio e já teve nesses ambientes muito internacionais.
Speaker:Então, essa é a maioria, digamos assim, das pessoas com quem a gente...
Speaker:Que a gente contrata.
Speaker:Eu vejo isso muito forte, assim, não só na minha empresa atual, mas na minha empresa anterior também.
Speaker:De ter uma...
Speaker:De quando a pessoa tem experiências em vários diferentes contextos,
Speaker:há um interesse maior pela pessoa no perfil de pessoa mesmo.
Speaker:Daí, claro, vai ter toda a questão da consideração profissional,
Speaker:que é muito importante, mas na questão cultural, se a empresa é realmente uma empresa diversa,
Speaker:ela se importa em trazer pessoas que estejam abertas e estejam diversas.
Speaker:Então, vai de você trabalhar com a sua experiência aí para ganhar experiência nesses contextos e saber expressar.
Speaker:Olha, que nem você falou, você não trabalha em empresa internacional, beleza, mas você fez intercâmbio.
Speaker:Então, quando você tiver, você receber essas perguntas que tentam entender o quão aberto e flexível você é,
Speaker:você joga o de cintura e daí já fala da sua experiência que se relaciona com o que eles estão querendo saber.
Speaker:E é isso, é um ambiente muito ambíguo, né? Eu falo assim, a minha empresa atual, a gente tem uma população muito grande de falantes de russo, né?
Speaker:E falantes de russo não significa os russos em si, mas as pessoas da região.
Speaker:E nós temos muitos ucranianos também.
Speaker:Então, você meio que anda em ovos, né? Quando você tem essas duas nacionalidades numa mesa só, você já sabe o que você vai evitar.
Speaker:E você já sabe, porque você tem que saber andar nesses ambientes.
Speaker:Acho que esse é um dos desafios de trabalhar numa empresa internacional.
Speaker:É, você precisa saber geografia, tá?
Speaker:Você precisa saber geografia. Se você não souber geografia política, você vai cair em umas enrascadas.
Speaker:Porque essa questão, né, do Leste Europeu mas também a questão do Oriente Médio,
Speaker:você vai ter nacionalidades que têm um certo conflito, que você precisa evitar certos comentários e tudo mais.
Speaker:Então, você precisa ter uma noção de geografia política para não cair em momentos difíceis, digamos assim.
Speaker:E daí, claro, você vai evitar certos assuntos que você sabe que, em muitos contextos,
Speaker:podem trazer problema, principalmente no momento que você está na empresa e tudo mais.
Speaker:Sim, bom você ter falado isso também, porque aconteceu dois dias atrás,
Speaker:tem duas ucranianas parte da equipe.
Speaker:E um dos caras do time, ele é um relativamente novo, ele perguntou se a Ana era da Rússia. Eu falei não.
Speaker:Eu falei, cara, fala. Falei não, não.
Speaker:Falei não. Acho que ele confundiu, é porque ela também fala russo.
Speaker:É, exato. E ela não viu. É uma coisa que você falou, tu falou não, não fala isso pra ela, porque ela é da cidade X, sabe?
Speaker:Então ela ficaria... E ela veio logo depois da guerra, eu falei, acho que ela ficaria bem chateada.
Speaker:Entenderia, né? Mas acho que por dentro, você evita alguns micos.
Speaker:Bom, pelo menos ele perguntou pra alguém, não perguntou direto pra ela. Exato.
Speaker:Sim, mas é interessante. Até algumas pessoas sabem, né, já por brincadeira
Speaker:mas às vezes eles falam, né, a gente tá fazendo churrasco também.
Speaker:Porque o Kip estava aqui, aí um deles da Espanha falou eu ouvi falar que a picanha argentina é melhor, tipo. Aham.
Speaker:É legal a brincadeira porque ele sabe do contexto, né.
Speaker:Tipo, ele entende desse contexto.
Speaker:Claro que é uma brincadeira perigosa às vezes, dependendo do que for mas ele entende do contexto, ele sabe que ele tá falando em termos de...
Speaker:Tá fazendo essa piada porque ele entende o contexto social Brasil-Argentina,
Speaker:que a gente pensa em futebol às vezes, né?
Speaker:É, mas eu acho que é uma coisa mais leve, né? Quando você tá falando de uma comida
Speaker:e de dois países que nunca entraram em guerra.
Speaker:Que sim, existe uma rivalidade no futebol, mas fora disso, a gente… A fronteira tá ali, não tem…
Speaker:Não tem briga, não tem um histórico de dor.
Speaker:Então, eu acho que quando a gente fala de coisas assim, de conflitos reais, de guerras...
Speaker:Que estão acontecendo agora ainda, né?
Speaker:Sim, é muito mais complicado.
Speaker:Mas interessante, eu acho que aí já... Acabei entrando um pouco já nas perguntas, né?
Speaker:Também que a gente precisa fazer. Que era o teu próximo tópico importante. Uhum.
Speaker:Então, a pergunta, claro, vai depender do seu contexto, né? Por exemplo, eu gosto de empresas internacionais,
Speaker:então se eu for em entrevista com uma empresa holandesa que me fala não, a gente é internacional, mas nosso time é composto
Speaker:por majoritariamente holandeses, então você tem a oportunidade de praticar o idioma.
Speaker:Pra mim, é uma red flag, porque eu não falo holandês, e daí eu vou cair num time que é majoritariamente holandês,
Speaker:que vai me dar a oportunidade de praticar holandês, ou vai me excluir porque eu não falo holandês.
Speaker:Então, eu acho que no meu contexto, é uma red flag. Mas se você quer se mudar para um país específico,
Speaker:você quer realmente ser desafiado a esse ponto de precisar trabalhar 8 horas por dia, 40 horas por semana,
Speaker:ou 32 horas por semana num contexto de um idioma que é o seu segundo, terceiro, quarto idioma,
Speaker:Vai de você. Eu pergunto como é o time sempre, como o time é composto,
Speaker:como é a dinâmica do time, quantas pessoas você tem no time hoje.
Speaker:E daí, geralmente, principalmente aqui, nas startups da Holanda, já há uma...
Speaker:A gente tem uma pessoa de Portugal, a gente tem uma pessoa da Estônia,
Speaker:eles já falam das pessoas mencionando a diversidade delas.
Speaker:Geralmente, aqui, no contexto startups Amsterdã, geralmente é assim.
Speaker:Mas se não mencionarem diversidade, você pergunta, ah, e quão diverso é o seu time?
Speaker:Vai direto ao ponto. Se eles não mencionarem, você pergunta,
Speaker:quão diverso é o seu time?
Speaker:Porque é uma coisa importante. Se você está vindo, se não tem nenhum brasileiro no time,
Speaker:ou, né, e você não sabe nem se tem brasileiro na empresa.
Speaker:Você precisa ter certeza de que o ambiente é flexível e acolhedor o suficiente para receber uma pessoa
Speaker:de uma cultura totalmente diferente.
Speaker:Vale até pesquisar no LinkedIn, né? Eu também faço isso de olhar, nem sempre todo mundo atualiza,
Speaker:mas eu pesquiso e quando tem brasileiros, eu também mando uma mensagem para perguntar como que é a empresa.
Speaker:Não só para ter uma confirmação de duas pessoas diferentes, né, brasileiro.
Speaker:Acho que consegue dar para a gente uma visão melhor de como foi para essa pessoa chegar lá.
Speaker:Verdade. Sim.
Speaker:E daí, fora isso, eu acho que eu também gosto de entender, não só o meu time, mas com quem eu vou trabalhar.
Speaker:E daí, as mesmas perguntas relacionadas ao time é entender com quem você vai trabalhar.
Speaker:Quem são os principais stakeholders dessa vaga, e daí entender de novo a diversidade deles,
Speaker:qual é o contexto cultural deles,
Speaker:e você já pode pesquisar um pouco e entender as expectativas.
Speaker:Se você tem um stakeholder britânico, você sabe que ele vai esperar que você chegue nas reuniões
Speaker:no horário certo, não é duas e um, é duas, se é duas, é duas.
Speaker:Pode ser 1h59 ou 2h00, mas 2h01 já é atrasada para ele.
Speaker:Então, eu acho que te ajuda a conhecer, fazer essas perguntas,
Speaker:entender com quem você vai trabalhar, te ajuda a entender e navegar esse ambiente de culturas diferentes e expectativas diferentes.
Speaker:Você sabe que algumas pessoas vão esperar mais assim, outras pessoas vão ser mais flexíveis,
Speaker:E isso é bacana de entender antes de entrar para o time e de se comprometer.
Speaker:Music.
Speaker:Eu gosto de fazer uma pergunta bem abrangente, que é como você define a cultura da empresa?
Speaker:E daí, deixar a pessoa te dizer o que ela...
Speaker:Porque é uma pergunta que não direciona pra lugar nenhum, né?
Speaker:Se eu te pergunto, como você define a cultura da sua empresa hoje?
Speaker:Você vai... Você vem na cabeça, né? Tu não se prepara com o script pra falar isso. Exato.
Speaker:Nesse momento, você consegue ter uma ideia do que é da empresa,
Speaker:porque geralmente as pessoas não se preparam para responder essa pergunta,
Speaker:e daí quando elas são confrontadas com ela, você vai ver várias diferentes respostas
Speaker:e abrir as coisas que eles mencionaram como mais importantes da cultura da empresa,
Speaker:também é uma coisa legal de se considerar, sabe?
Speaker:Então, eu acho que é uma pergunta bem abrangente e bacana de se perguntar.
Speaker:Muito interessante, muito interessante. Porque uma coisa é o que tá no site, outra coisa é na prática, o que as pessoas vão responder.
Speaker:E o que tu vê, assim, de... Eu gosto sempre de perguntar nessa linha, que é de pessoas que você entrevista e que elas...
Speaker:Não perguntam, e você fala assim, puts, ela deveria ter perguntado mais, assim...
Speaker:Talvez deixa eu refazer essa pergunta pra ficar melhor, né.
Speaker:Quais são as mais práticas que você vê quando tá entrevistando pessoas de fora pra ir pra Holanda,
Speaker:E pra ti já uma tipo, red flag, essa pessoa talvez não esteja preparada pra mudar.
Speaker:Quando eu pergunto, por exemplo, quando a gente começa a falar da vaga em si,
Speaker:existem muitas pessoas que aplicam pra muitas vagas, muitas vagas.
Speaker:E daí acaba passando uma ideia de que ela não tem um foco, ela não sabe onde que ela quer ir ou qual que é o foco dela profissional.
Speaker:E daí quando você entra numa entrevista com essa pessoa, ela não consegue falar da experiência dela com foco, por exemplo.
Speaker:Você vai ver que ela vai navegar entre muitas especialidades,
Speaker:mas não tem um objetivo.
Speaker:E eu sempre pergunto para os meus candidatos, em geral, como você se vê, qual é o seu próximo passo profissionalmente, na sua carreira?
Speaker:Eu não pergunto, ah, cinco anos, porque eu acho ridículo essa coisa de tempo.
Speaker:Mas, em geral, qual seria o seu próximo passo?
Speaker:Que também é uma pergunta super aberta. E daí, eu queria saber o que você tá esperando no seu próximo movimento de carreira,
Speaker:o que você quer ver na sua próxima vaga ou no seu próximo role.
Speaker:E daí, eu espero pra ver o que a pessoa tem de expectativa pra próxima etapa, pra ver se aquilo vai alinhar com a vaga e com o que a gente pode oferecer.
Speaker:Porque a realidade é que assim, você também quer ser honesto durante o processo.
Speaker:Essa é a questão. Você não quer vender uma coisa que você não é,
Speaker:porque se você vender uma coisa que você não é, quando você chegar lá,
Speaker:você não vai conseguir atender as expectativas, e eles não vão conseguir atender as suas expectativas.
Speaker:Você precisa ser sincero. Mas claro, você precisa saber o que você quer primeiro,
Speaker:pra conseguir chegar nessas conversas e ser sincero. Olha, é isso aqui que eu quero.
Speaker:Há um tempo atrás, quando eu estava transicionando de uma empresa para outra,
Speaker:fiz algumas entrevistas e daí eu sempre...
Speaker:Digamos que a vaga não era exatamente onde eu queria crescer.
Speaker:Então, uma pergunta que eu sempre fazia é,
Speaker:quais são as expectativas para essa vaga e o quão aberta você está a acrescentar
Speaker:outras responsabilidades nessa vaga, né?
Speaker:Porque, por exemplo, se a vaga não é o que eu quero, eu quero entender se a empresa tem flexibilidade
Speaker:para que eu cresça aonde eu quero crescer.
Speaker:Então, por isso que eu gosto de perguntar, isso é uma coisa que eu gosto de perguntar muito,
Speaker:é para entender se a pessoa tem expectativas que a gente consegue atender
Speaker:para que nenhum dos lados fique frustrado lá na frente.
Speaker:Já vi isso acontecer, já vi o processo de RH de uma empresa mudar
Speaker:por constantes feedbacks de pessoas
Speaker:de que a empresa falou que tinha isso e não é verdade.
Speaker:Não, mas a gente não falou que assim... E eles falam, não, mas a política da empresa não é isso.
Speaker:Não, mas na entrevista falaram. Aí outra pessoa de novo.
Speaker:Ninguém saiu por isso, mas pessoas ficaram incomodadas e eu era um inclusive, que também fiquei.
Speaker:Eu fiquei incomodado porque falaram, aí eu confirmei, como eu falo, sempre eu confirmo
Speaker:quando as pessoas trabalham na empresa, então mandava mensagem, sabe.
Speaker:E aí eu já sabia que não era, então não entrei com expectativa,
Speaker:mas eu tinha dado esse feedback. Falei, ó, tipo, essa informação foi essa, mas não é o que acontece.
Speaker:E o processo mudou. e se mudar de país, né, pode ser algo perigoso, se é algo que a pessoa valoriza e você promete.
Speaker:Então, acho que por isso que é importante o candidato também sempre perguntar, né.
Speaker:Com certeza. E se eles não perguntarem, você fala. Sabe, olha, eu queria, tô esperando, tô procurando realmente um lugar assim, assim, assim, assado.
Speaker:Porque eu sempre digo pra todos os meus candidatos, O processo é um processo seletivo, é um processo seletivo.
Speaker:Você quer trazer a sua melhor versão pra empresa e tudo mais, você quer.
Speaker:Mas você não quer vender uma coisa que você não é.
Speaker:Porque são 40 horas da semana que você vai estar lá. Você não vai conseguir manter uma pessoa que você não é,
Speaker:entregar uma coisa que não é você, 40 horas da semana.
Speaker:Então, vamos ser honestos aqui, você quer isso, isso e isso.
Speaker:Tá, a gente consegue oferecer só duas dessas coisas.
Speaker:E daí, aqui, a gente já tá alinhado.
Speaker:Se faz sentido pra você, a gente move, se não faz, a gente não prossegue agora,
Speaker:ficamos em contato e lá na frente...
Speaker:Porque eu gosto muito de dizer pros candidatos, às vezes as pessoas ficam frustradas.
Speaker:Ah, porque eu não consegui avançar, porque não sou bom o suficiente.
Speaker:E eu sempre digo, gente, tem...
Speaker:As experiências... a maioria das pessoas que eu vejo, né, nessas coisas de frustração e tudo mais,
Speaker:não é que você não tem experiência relevante, não é que você não seja bom o suficiente,
Speaker:é que nesse momento a vaga e a necessidade do time é pra uma pessoa que tem uma personalidade
Speaker:e uma experiência diferente da sua.
Speaker:É simplesmente que ela não é a sua vaga, não é que você não é bom o suficiente.
Speaker:A sua vaga... Quando for a sua vaga, você é bom o suficiente para a sua vaga, entendeu?
Speaker:Então, precisa ter essa flexibilidade.
Speaker:As pessoas acham que só porque...
Speaker:E títulos te...
Speaker:Títulos te...
Speaker:Te enganam muito, às vezes. Por isso que é importante você ler a job description,
Speaker:entender o negócio da empresa, e daí ter essa conversa bem transparente com o recrutador,
Speaker:para ter certeza de que aquilo lá faz sentido para você profissionalmente também.
Speaker:É, a descrição da vaga muitas vezes não refletem, porque às vezes eles copiam e colam.
Speaker:E o que eu fui aprendendo é isso, porque eu já fui passando em algumas,
Speaker:depois na parte técnica eu vi que não era bem, porque o time, às vezes tem entressa com o time, né?
Speaker:E eu acho que a culpa é do time normalmente, porque eles que fazem a descrição,
Speaker:mas normalmente eles não querem fazer a bem feita, por experiência da minha própria empresa,
Speaker:do outro que eu já trabalhei, mas enfim.
Speaker:Que eu perguntava, tá, o que vocês esperam de mim? E o que que...
Speaker:Eu gosto também de perguntar o que vocês esperam nos meus primeiros três meses, sabe?
Speaker:O que vocês querem que eu faça?
Speaker:Quais são as coisas que vocês querem que eu conquiste, que eu consiga fazer, ou seja...
Speaker:Sei lá, que eu aprenda, que eu me foque. E isso acabava me dando um pouco de ideia
Speaker:de o que que tava escrito, com o que eles realmente querem, se tava alinhado ou não.
Speaker:E sim, porque eu já peguei algumas que não eram. E tudo bem, acho que eu fiquei feliz porque...
Speaker:Já elimina na primeira, porque é um processo. Exato, exato.
Speaker:Pensativo, ainda mais quando você está ainda trabalhando, né?
Speaker:Ou você tem que ficar arrumando horas. Eu sempre digo que procurar emprego é um segundo emprego, né?
Speaker:É, totalmente.
Speaker:Então, é por isso que eu acho importante ser bem transparente.
Speaker:Você traz a sua melhor versão, você se prepara, mas você é transparente com suas expectativas também.
Speaker:E pergunta, ótima, ótimo ponto. Pergunta as expectativas deles também,
Speaker:para entender se você consegue atender, para ver se vale a pena investir seu tempo e esforço nisso.
Speaker:Sim. Mas eu achei bem interessante que muitas das coisas que tu falou estão baseadas em perguntas.
Speaker:De primeiro entender o que você quer, porque aí depois você precisa entender o que você quer,
Speaker:porque a pergunta vai fazer mais sentido e depois perguntar.
Speaker:E a empresa que eu passei, a primeira que eu vim para Portugal,
Speaker:quando eu entrei, foram várias entrevistas, Tive duas entrevistas mais técnicas com o time, né?
Speaker:E uma delas, quando eu comecei a trabalhar, tinha uma pessoa que estava saindo e ela queria conversar comigo, né?
Speaker:Ela falou que uma das coisas que ela me aprovou foi a quantidade de perguntas que eu fiz.
Speaker:Isso na parte técnica. E ela falou, tipo, foi uma mulher, uma mulher que,
Speaker:toda vez que eles perguntavam alguma coisa ambígua,
Speaker:eu estava perguntando de volta, dependendo do contexto.
Speaker:E eu falei, eu não entendi a pergunta, sabe? E ela falou, aquilo eu achei bem legal.
Speaker:Tipo, na época ela falou assim, foi pra mim um sinônimo de maturidade.
Speaker:Então eu tava apavorado pra responder, não ficou com medo de falar.
Speaker:Eu não entendi a pergunta, não sei o que que é.
Speaker:E também, eu só fiz isso porque eu já tinha entrado em vagas que eu não tinha gostado no passado, sabe?
Speaker:Então eu tinha medo, porque eu saí de uma empresa que eu gostava fui pra outra e foi uma situação bem ruim.
Speaker:Que eu fiquei, caramba, tô agora numa empresa Vou ter que sair de novo porque eu não tô adequado, não vou pedir pra voltar pra anterior.
Speaker:Eu poderia, mas eu não queria, só no final.
Speaker:Boa, essa é a questão, eu acho que quando você tem maturidade no que você faz,
Speaker:você não tem medo de perguntar e você precisa de clareza, quando você tem maturidade você entende que você precisa de clareza
Speaker:para conseguir tomar uma decisão, e para ter clareza você precisa entender o que as pessoas querem,
Speaker:quais são as expectativas, qual é a estrutura do time, quais são os projetos que eles estão trabalhando,
Speaker:e você precisa perguntar.
Speaker:Então, ter essa estrutura de perguntar, de tentar entender melhor,
Speaker:mostra que a pessoa está mais preparada.
Speaker:Eu acho que essa é a questão sobre perguntas.
Speaker:Quando você sabe, você tem um objetivo e você faz perguntas,
Speaker:mostra que você está estruturado, que você sabe o que está fazendo e que você tem maturidade para tomar esse passo.
Speaker:Sim. E ao mesmo tempo, vou acrescentar mais uma, eu vou falando, eu vou lembrando de muita coisa,
Speaker:é que tem empresa que não vai deixar você perguntar.
Speaker:Então eu já passei por uma que as pessoas não gostaram das perguntas, sabe?
Speaker:Eu vi que estava incomodado. Sim, eu quero fazer um episódio sobre isso dia, mas como é pouco recente.
Speaker:Sim, eles ficaram... A resposta estava sendo até às vezes meio agressiva, assim.
Speaker:Tipo, não, você não consegue responder, sabe?
Speaker:E aí foi estranho, mas para mim eu acho que foi legal. Por mais que eu fiquei... Nossa, foi uma hora horrível para mim.
Speaker:Eu fiquei caramba, o que eu estou fazendo aqui? Foi uma hora de entrevista, sim.
Speaker:A certo ponto eu só queria que acabasse, mas pra mim eu entendi, eu falei, não são essas pessoas que eu quero trabalhar com.
Speaker:Eu quero fazer um episódio inteiro só sobre isso, sobre como funcionou.
Speaker:Eu só não fiz ainda porque tem um amigo meu que trabalha lá e eu fico com...
Speaker:Mas enfim, foi uma forma também de eliminar uma empresa que eu falei,
Speaker:Então não é esse o tipo de contexto ou de cultura que eu quero...
Speaker:Tá oito horas por dia trabalhando, né? Exato.
Speaker:É, eu acho que a última coisa que eu mencionaria é que vai ter case,
Speaker:independentemente de qual posição você vai aplicar.
Speaker:Principalmente na Holanda, eu vi muito disso, que não é uma surpresa para quem trabalha em tech,
Speaker:eu diria, porque em tech é um hábito muito grande,
Speaker:mas para as pessoas que trabalham em outras áreas, que conseguirem entrar num processo internacional,
Speaker:se preparem porque provavelmente vai ter um case.
Speaker:Porque é muito comum deles terem esse assignment, esse case para você trabalhar, trazer uma solução
Speaker:e mostrar suas habilidades antes deles te contratarem.
Speaker:Case seria de eu me preparar para saber explicar coisas que eu fiz ou eles vão me dar um desafio?
Speaker:Geralmente é tipo um assignment, é um contexto, umas questões,
Speaker:você vai trazer soluções ou uma estrutura, porque o time está buscando de respostas, digamos assim.
Speaker:É muito comum, foi um choque. Para mim é normal, na área tech é muito normal, no Brasil também tem, né?
Speaker:Que é aquela parte que eles te mandam um desafio, um teste para fazer em casa,
Speaker:depois você vem, você fala da sua resolução com o time e tudo mais.
Speaker:Mas para algumas outras áreas não é tão comum. Por exemplo, a minha amiga fez um processo de logística e ela também teve isso,
Speaker:ela ficou super surpresa, porque não é uma coisa comum.
Speaker:Você imagina que no Brasil, numa outra área de administrativo,
Speaker:não é uma coisa tão comum que aconteça, mas acontece.
Speaker:Daí, geralmente, um contexto com perguntas relacionadas ao contexto para entender como você resolveria ou como você agiria naquele contexto
Speaker:com aqueles dados e com aquela situação.
Speaker:Sim, verdade. Para mim, é o normal. Acho que sempre tem.
Speaker:Até agora não como desenvolvedor, mas como trabalho na parte de gestão.
Speaker:Mesmo assim, a maioria das vezes tem alguma coisa, às vezes por escrito,
Speaker:às vezes preparar uma apresentação pra falar como resolveria aquele problema.
Speaker:Então, na verdade, eu achei que era só comum pra todo mundo.
Speaker:Às vezes eu fico muito na minha bolha de TI, né. E eu esqueço que pra outras áreas, né, funciona um pouquinho diferente.
Speaker:Tchau.
Speaker:Pensar no que a gente gosta, no que é importante pra gente.
Speaker:Eliminar por essas perguntas quais países a gente não iria, fazer perguntas pra entender o contexto,
Speaker:e pensar nos cases, se preparar.
Speaker:Eu acho que entra muito uma coisa que já foi falado em outros episódios,
Speaker:que é tentar anotar coisas que você fez, tanto positiva, negativa,
Speaker:porque no futuro a gente sempre precisa, nessas horas, de conseguir dar um pouco mais de contexto,
Speaker:mostrar um pouco de experiência quando for responder esses assessments ou cases, né?
Speaker:Sim, com certeza. É isso aí. Alana, muito obrigado novamente.
Speaker:Acho que é um episódio que ajuda muito as pessoas.
Speaker:A maioria dos episódios é muito das experiências das pessoas lá fora ou como que foi passar o processo.
Speaker:E agora a gente tem alguém que está entrevistando, buscando candidato,
Speaker:tem muita experiência sobre isso, falando quais são as coisas que a gente tem que considerar.
Speaker:Então, muito obrigado. Me ajuda muito, eu aprendo novamente aqui como vou fazer nas próximas.
Speaker:E antes de fechar, palavra final, tiver vagas que tu queira anunciar e todos os links vão ficar aqui na descrição.
Speaker:Isso! Então, meu LinkedIn é a Alana Pacheco, eu trabalho no Banc, que é um banco online,
Speaker:e a gente tá com várias vagas do time de produto, e muitas delas patrocinam o Visto.
Speaker:E então assim, se você tá procurando uma vaga, se você tem interesse em se colocar pra Amsterdã,
Speaker:me adiciona lá, dá uma olhadinha nas nossas vagas e vamos conversar.
Speaker:Perfeito. Vou deixar também no link na descrição o outro episódio que a Alana fala muito mais de Amsterdã,
Speaker:então você ouve o contexto, ouve esse pra saber como se preparar para as entrevistas e,
Speaker:espero que tu consiga preencher logo essas vagas porque pessoas de produto são bem difíceis, né?
Speaker:São bem difíceis de achar mesmo.
Speaker:Então, boa sorte, Alana. Aproveita o dia, aproveita o museu e até a próxima!