Episode 93

Mudança para Portugal, Intercâmbio em Nova Iorque, e Episódio Extra, com Paula Santana #93

A Paula Santana vai nos contar sobre o seu intercâmbio em Nova Iorque, como isso a influenciou a mudar de país, e sobre a sua mudança para Portugal como Desenvolvedora Backend.

Paula Santana

Desenvolvedora Backend, trabalha com Tecnologia desde 2008, palestrante, lider de comunidade @devsjavagirl e organizadora no @soujava. Gosto de mentorar pessoas que estão começando na área e amo viajar. Mãe de um gatinho laranja lindo.

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  • Desenvolvedora em Portugal
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  • Intercâmbio em Nova Iorque
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  • Dev em Sintra, Portugal

Por Gabriel Rubens ❤️

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Transcript
Speaker:

Fala pessoal, bem vindo ao TPA Podcast. Aqui novamente o Gabriel Rubens e novamente também com a Paula Santana que já participou,

Speaker:

do podcast há muito tempo atrás, quando eu ainda estava com o Gabriel Lima ao início,

Speaker:

que era para falar sobre comunidades.

Speaker:

Mas hoje a Paula Santana que está morando em Portugal vai contar para a gente sobre

Speaker:

essa trajetória que foi essa mudança, a mudança recente.

Speaker:

Ainda tem um monte de... é o momento mais difícil da mudança na real.

Speaker:

Não só isso, no final a gente vai ter também uma novidade relacionada a podcasts e a Paula.

Speaker:

Tudo bem Paula? Tudo bem. Muito obrigada, segunda vez aqui né?

Speaker:

Vim bem no comecinho e agora depois de mudar de país.

Speaker:

Que é ingenier né? Três meses, mas a sensação que dá é que, sei lá, passou um ano nesses três meses.

Speaker:

Os três meses, os primeiros seis meses, eu vou dizer, ele chega atropelando a gente,

Speaker:

né, de quantidade de coisa que a gente tem pra fazer, emocional, mudança, tudo novo.

Speaker:

Então, por isso que eu achei que seria legal mesmo a gente conversar agora, porque esse

Speaker:

comecinho é um momento tenso e depois que passa um tempo, eu já não lembro totalmente

Speaker:

como foi, sabe? Não tá mais fresco, porque as coisas já viraram o comum pra mim, como,

Speaker:

ainda não é pra ti, né?

Speaker:

É, eu acho que... Eu acho que a sensação é de muita mudança, mas eu acho que é porque

Speaker:

teve uma fase pré também, né? Então, eu passei no processo, ele estive em maio do

Speaker:

ano passado, em abril na verdade, e comecei o processo todo de visto em maio, ou seja,

Speaker:

aquele momento a sua vida para porque você não pode gastar dinheiro, você tem que juntar

Speaker:

todo o dinheiro que é possível, vender as coisas, enfim, se desfazer de tudo que você

Speaker:

tinha no seu país de origem e a quantidade de coisas novas que você precisa absorver

Speaker:

e aprender sobre um novo destino.

Speaker:

É muita coisa nova. Então, de vida, de trabalho, de tudo.

Speaker:

Vamos voltar para falar quem é você, né? Você estava conversando antes de começar a gravar que você se orgulha muito de ser

Speaker:

uma desenvolvedora back-end, no mundo hoje dos front-ends.

Speaker:

Você gosta de onde você começou e o que você faz como back-end developer.

Speaker:

Então, Paula, o que você faz? Além disso, quem é você? Qual que são as comunidades que você participa?

Speaker:

Da outra vez a gente falou muito de comunidade, acho que vale relembrar para quem não ouviu,

Speaker:

aquele podcast lá atrás.

Speaker:

Eu realmente gosto de ser back-end. Eu acho que gosto bastante de arquitetura, mas gosto exatamente,

Speaker:

eu tenho interesse e flerto com outra área, seria mentira. Eu estou migrando de alma para Copland e eu

Speaker:

diria que não é uma grande migração de linguagem, mas acho que é mais o paradigma funcional, porque

Speaker:

o time que eu estou, onde eu estou atuando agora,

Speaker:

o pessoal usa bastante a parte de programação funcional e eu acho que quem já migrou ali de linguagem,

Speaker:

e veio da orientação objeto para funcional sabe o que eu estou falando.

Speaker:

É um pouco...

Speaker:

A gente programa, mas programa como se estivesse programando no Java de uma certa forma, então...

Speaker:

Tem muita MR, muita discussão nos MRs, nos PRs, nos pull requests para eu aprender.

Speaker:

Por mais que você estude uma nova linguagem, existisse processos, sabe?

Speaker:

Como se você estivesse aprendendo inglês e falando português no inglês.

Speaker:

Aquele processo ainda de mudança.

Speaker:

E... É uma boa comparação. É uma boa comparação, né?

Speaker:

Mas eu acho que é exatamente isso que eu estou fazendo ainda no Kotlin.

Speaker:

E as comunidades, eu ainda sigo com Deviljager Girls.

Speaker:

Claro que presencialmente fica muito mais difícil.

Speaker:

Claro que a nossa atuação é um pouco menor, né? Eu passei por uma mudança muito brusca, então ainda estou num processo de construir tudo do zero.

Speaker:

Então, minha atuação está sendo um pouco menor, mas estou ajustando a minha rotina,

Speaker:

exatamente, para voltar a fazer coisas para a comunidade.

Speaker:

De uma maneira, acho que com escala, onde eu consiga não só ajudar uma ou duas pessoas,

Speaker:

mas que aquela informação seja, que eu consiga produzir uma informação ao máximo para as

Speaker:

pessoas, que isso possa ser útil para quem está pesquisando ou quem está procurando a informação.

Speaker:

Continuo ainda fazendo posts nas redes sociais, resumos de livros e fazendo ali, eu gosto muito

Speaker:

essa curadoria sobre alguns conteúdos principalmente focados na galera mais senha.

Speaker:

Então, acaba sendo isso a minha atuação hoje. Quando o pessoal me procura eu acabo ajudando muito.

Speaker:

Se eu não sei, eu sei quem sabe, eu sei onde está a informação e como pode ajudar e,

Speaker:

isso pode ser muito útil para quem está começando, para quem está querendo fazer,

Speaker:

um pay grade na carreira.

Speaker:

Todos os teus links que tu quiser vão ficar aqui na descrição e no final a gente fala

Speaker:

também a eles, porque quem está só ouvindo não vai ler a descrição, fica sabendo.

Speaker:

E falando em curadoria também, tem a newsletter do podcast, do TPA Podcast, vai estar aqui

Speaker:

o link se a gente tiver alguma informação extra ou se você quiser falar da mudança,

Speaker:

tiver fotos de algum perrengue que passou por aqui, vai estar na newsletter, então pessoal,

Speaker:

não esquece de clicar aí.

Speaker:

Paula, agora eu queria passar para a tua mudança. Eu lembro que você participou do Codando TV para falar sobre o teu intercâmbio fora

Speaker:

do Brasil para estudar em inglês.

Speaker:

Eu queria saber, porque esse é o meu caso, depois do intercâmbio, que eu vou ter com

Speaker:

a ideia de que quero morar fora.

Speaker:

Foi o intercâmbio que abriu muito a minha cabeça. Esse é o teu caso ou não?

Speaker:

O intercâmbio foi mais para estudar inglês e morar fora já era uma coisa que tu pensava antes.

Speaker:

Eu acho que o intercâmbio foi a cereja do bolo final. Eu diria assim, eu diria agora eu vou mudar.

Speaker:

E sim, tem esse episódio lá do Codando TV que eu ainda estava em Nova York.

Speaker:

Acho que a primeira coisa é, nunca foi meu sonho mudar do Brasil.

Speaker:

Então, esses dias até minha mãe, minha mãe veio comigo para Portugal,

Speaker:

trouxe realmente a família toda.

Speaker:

E eu estava falando, mãe, nunca foi meu sonho. Porque alguma coisa ela falou assim, sempre sonhou.

Speaker:

Não, mãe, eu nunca sonhei sair do Brasil.

Speaker:

Mas não?

Speaker:

Eu achei que sempre foi seu sonho. Eu falei, não, nunca foi meu sonho.

Speaker:

Em 2019 eu fiz a primeira viagem internacional, fui para Nova York, sempre gostei de grandes,

Speaker:

centros, sempre gostei ali, aqueles prédios gigantes, assim, nada mais característico do que Nova York.

Speaker:

E acho que a primeira vez que eu fui, aquilo mexeu um pouco comigo, mas voltei assim com

Speaker:

aquela coisa do tipo, nossa, como é legal sair de um lugar e ir para outro totalmente

Speaker:

diferente, porque era muito diferente para mim, assim, desde a língua, eu não

Speaker:

eu não falava nada de inglês, então assim foi uma viagem que eu e meu marido a gente fez sem conseguir,

Speaker:

explicar quanto que a gente tinha de dinheiro, tipo passar na imigração, eu não consegui falar isso.

Speaker:

E eu voltei exatamente porque durante a pandemia, eu acho que foi ali a pandemia foi um marco.

Speaker:

Eu me... me... Como que eu posso dizer a palavra em português agora? Fugiu? Eu me decepcionei.

Speaker:

Eu me decepcionei.

Speaker:

Com o que eu achava. Eu me decepcionei com o meu país, isso é muito triste, sabe?

Speaker:

De novo, nenhum país do mundo é perfeito.

Speaker:

Mas eu estava decepcionada.

Speaker:

Imagine que a única coisa que eu ainda tinha ali que eu falava assim...

Speaker:

Não, esse é o melhor lugar... é um lugar que eu sempre quero estar...

Speaker:

Eu já não tinha mais esse rompeu o fio que me ligava a aquele lugar.

Speaker:

E eu comecei a fazer as entrevistas e não passava. Eu entrava nos vídeos e,

Speaker:

minha recrutora falava que não dava para continuar porque não conseguia entender nada.

Speaker:

Eu comecei a fazer aulas particulares, aulas, fiquei desde 2019 fazendo aula em inglês,

Speaker:

mas ainda faltava muito e aí eu aproveitei que ainda estava naquele cenário de estabilidade,

Speaker:

na pandemia, as aulas tinham voltado e o preço para ir para Nova York estava como se eu fosse

Speaker:

ir para Irlanda ou para lugares mais baratos, que o pessoal acaba indo ao Canadá. E era um lugar que eu já

Speaker:

conhecia, então para eu ir sozinho eu ia me sentir mais segura, porque era um lugar que eu já

Speaker:

que eu já sabia andar de metrô, que eu já sabia como que funcionava.

Speaker:

E aí eu decidi ir pra lá. Eu acabei tendo que fazer na época ficar um tempo também, acabei conhecendo o Colômbia,

Speaker:

porque era o único país também aberto pro Brasil, então eu tinha que ficar numa zona neutra,

Speaker:

pra poder entrar nos Estados Unidos. E fiquei três meses lá.

Speaker:

Esses três meses eu diria que, se eu pudesse falar assim, façam, é a melhor experiência na sua vida você estar sozinho num lugar que você...

Speaker:

Em outro lugar, em outro país, porque é muita coisa nova, não é só a língua, né?

Speaker:

Eu lembro de que eu fiquei feliz no dia que o cara do Starbucks lembrou o meu nome, assim,

Speaker:

ah, você é a Paula, né?

Speaker:

Poxa, você sempre tá vendo aí.

Speaker:

Aquilo me deixa muito feliz, assim, nossa, eles me conhecem, eu sempre venho no mesmo

Speaker:

café e eles agora me conhecem.

Speaker:

A sensação de pertencimento que às vezes você começa a ter, como você se abre para

Speaker:

as amizades, conhecer gente de diversos países. Mas o meu inglês, vai, eu saí ali do básico

Speaker:

para ir para o intermediário e confesso que agora eu estou sofrendo muito para sair assim

Speaker:

do meio ali do intermediário para o intermediário final. Eu acho que é um passo difícil de

Speaker:

fazer. Mas isso me abriu portas, porque eu já conseguia ficar na entrevista, eu já

Speaker:

conseguia falar, me perdi algumas vezes, mas o suficiente para me manter num processo

Speaker:

eu fui para o Brasil, vim para o Brasil, voltei para o Brasil e consegui dar entrada no processo

Speaker:

de nacionalidade do meu pai, que é minha vora portuguesa e até então aquilo parecia ser muito

Speaker:

difícil para mim, mas durante o processo do intercâmbio eu acabei descobrindo como dar entrada.

Speaker:

No processo. E aí aquilo de uma certa forma me acalmou porque eu sabia de alguma maneira eu ia,

Speaker:

ter a minha nacionalidade em algum momento e eu ia conseguir migrar. E aí eu,

Speaker:

literalmente desliguei dos processos, porque assim, eu nem no momento me preparei tecnicamente para os processos, que isso eu fiquei muito bem clara, sempre

Speaker:

fui aquela aluna que nunca gosta, que não gosta de estudar para prova. Isso é ruim, né?

Speaker:

Isso é bom porque se você passa, você fala, não, eu sou boa mesmo, mas também é ruim porque você

Speaker:

Você tem que se preparar, algumas empresas, principalmente algumas, quando você vai para

Speaker:

grandes empresas, eles te exigem num processo seletivo.

Speaker:

E eu comecei a consumir muito podcast, muito material para entender.

Speaker:

As possibilidades, as empresas, os cenários. Então, eu já entendia muito, por exemplo, a diferença do que que eles requerem em determinados países,

Speaker:

qual é o estilo de entrevista, se você vai para os Estados Unidos, o estilo de entrevista é um,

Speaker:

se você vem para a Europa, o estilo de entrevista é outro, se é Canadá é outro estilo, se é Austrália é outro estilo.

Speaker:

Então, eu já fui consumindo muito isso para entender, por exemplo, o salário,

Speaker:

A Saura que também oferece a BOM, os benefícios, quais eram as empresas que mais levam funcionários,

Speaker:

com pacotes de reallocation positivo.

Speaker:

E aí nisso surgiu um dia num grupo de espatriados do Brasil de tecnologia, o Nino colocou uma

Speaker:

vaga na Farfetch e a vaga era de Java.

Speaker:

Eu li assim, não, essa empresa não trabalha com Java, porque senão eu já teria tentado,

Speaker:

porque pra Portugal me parece ser uma das melhores. E aí foi muito despretensiosamente

Speaker:

assim que eu só falava assim, eu posso mandar o currículo? Lá vai, tá, lá vai de Java

Speaker:

pra lá. E assim foi muito... na época eu já tava, eu tava num processo seletivo que,

Speaker:

também tava indo de novo, nunca estudei pra prova, somente fazendo os processos seletivos.

Speaker:

E eu já tava pra fechar com uma segunda empresa, com essa outra empresa.

Speaker:

E eu lembro que eu fiz processo muito rápido. Também em Portugal?

Speaker:

Também era uma empresa que estava localizada em Portugal, mas era de um outro país.

Speaker:

Agora não lembro se era da Holanda, o que que era, não lembro agora.

Speaker:

E eu lembro que o que me chamou muito a atenção é que eu teria a oportunidade de divusão em voz.

Speaker:

Mas tinha algumas coisas ali que eu não estava gostando muito, presencial e aquelas coisas que você falava assim...

Speaker:

Eu vou sair da minha zona de conforto mesmo, né?

Speaker:

E aí surgiu a Farfetch, o processo foi muito rápido e eu sabia que eles tinham um pacote

Speaker:

de allocation muito bom. Então, pra mim, foi um cenário, era uma empresa que eu já tinha escutado

Speaker:

muito, muito brasileiro. Acho que é a segunda, o grupo que mais tem lá, assim, ser português e,

Speaker:

acho que da Inglaterra é de brasileiros. Então, assim, eles têm muitos brasileiros. Então, eu já

Speaker:

eu tinha muito história em podcast, então me parecia ser uma ótima empresa para ir.

Speaker:

E aí eu acabei aceitando o processo, mas foi muito assim, não foi planejado,

Speaker:

mirei na empresa, até porque eu nem esperava mesmo que eu trabalhasse com Java,

Speaker:

com o conhecimento em Java. E acabou que eu fiz o processo de desistir da outra

Speaker:

e acabei fazendo o processo com eles. Acaba que eu não uso tanto inglês no dia a dia,

Speaker:

porque o meu time todo é de Portugal, mas acabo usando vez ou outra em alguma reunião

Speaker:

que envolve outro time de fora ou na documentação, toda a parte escrita em inglês, então eu,

Speaker:

ainda, por incrível, parecendo pouco eu já tô sofrendo um pouco nesses quesitos, assim,

Speaker:

Eu estou dizendo, obrigada, talvez eu diria que essa foi uma mudança menos sofrida, porque,

Speaker:

se eu caísse num time totalmente que eu tivesse que falar inglês e ainda aprender um contexto

Speaker:

novo de negócio e um contexto novo de país, eu acho que seria muita coisa nova para mim.

Speaker:

Talvez isso ia me fazer mal de uma certa forma psicologicamente.

Speaker:

Então estar fazendo essa mudança aos poucos, eu acho que em fases, né, tá me ajudando,

Speaker:

tá sendo mais controlado, assim, o processo de mudança.

Speaker:

Mas apesar de controlado, tem bastante coisa nova. Então eu queria saber nesses três meses que tu tá aqui, quais têm sido os maiores desafios,

Speaker:

né?

Speaker:

Pensar assim, alguém vai perguntar para ti, e eu vou dividir isso em categorias diferentes,

Speaker:

mas alguém vai perguntar para ti, eu vou mudar de país, estou pensando em mudar de

Speaker:

país, então o que eu preciso me preparar, o que eu preciso ver quando eu chegar no país,

Speaker:

quais são as coisas que eu tenho que fazer, o que deu mais trabalho para ti, o que eu,

Speaker:

preciso trazer, não sei.

Speaker:

Acho que talvez o que eu tenho que ver primeiro, acho que seria a pergunta mais importante

Speaker:

e aqui depois vou para as outras.

Speaker:

Eu acho que o primeiro, primeiro de tudo, acho que é a comunicação.

Speaker:

O jeito que a gente se comunica no Brasil é muito diferente.

Speaker:

O português de Portugal e o jeito que... eu não sei explicar.

Speaker:

É como se essas pessoas... não é sobre a língua, sabe? É sobre como as pessoas enxergam o mundo, como elas interpretam as coisas.

Speaker:

Então, às vezes, por mais que você... Eu vou dar um exemplo, às vezes, a documentação

Speaker:

tem inglês, eu não entendi, mas eu traduz, eu também não entendo o que tá lá, entende?

Speaker:

Tipo, não adianta eu traduzir. O significado daquilo muitas vezes... Entende? Até eu perceber

Speaker:

o que que eles quiseram me dizer com aquilo, qual o significado daquilo, é muito difícil,

Speaker:

Então, assim, os primeiros... pensei assim, ah, vai ser o português, então vai ser fácil.

Speaker:

E as reuniões, eu literalmente desligava das reuniões sem entender nada do que estava sendo dito.

Speaker:

E eu, ok, uma hora... depois de 13 meses, eu acho que o meu ouvido, de uma certa forma,

Speaker:

está mais treinado, eu acho.

Speaker:

Eu consigo entender, mas assim, Fláquia, eu passei acho que o primeiro mês sem entender quase nada,

Speaker:

E o pessoal percebia que você não estava entendendo?

Speaker:

Eu acho que eu escolhi os momentos pra dizer que eu não tava entendendo.

Speaker:

Eu sempre tento pensar assim...

Speaker:

Quando que vai ser produtivo eu dizer que eu entendi e quando eu não entendi?

Speaker:

Então tinha alguns momentos...

Speaker:

E tinha alguns momentos que eu achava que tinha entendido e aí quando eu ia falar...

Speaker:

E a pessoa falou que não, foi exatamente o que a gente acabou de falar.

Speaker:

Eu não entendi, eu achei que tinha entendido, eu não entendi.

Speaker:

Então tinha essas questões.

Speaker:

Eu acho que no geral, o time tenta, eu acho que a minha liderança tenta ser muito acolhedora,

Speaker:

assim, tenta... é um pouco fora da curva, mas no geral o time ele é composto por pessoas

Speaker:

de diversas regiões do país, então assim, culturalmente falando eles são, não é,

Speaker:

que eles são diretos, eu sempre fui muito direta, às vezes até acho que eles são

Speaker:

mais carinhosos do que eu nesse quesito. Eu prefiro, eu não gosto de ter aquela coisa,

Speaker:

ter aquela... Que o Brasil tem, né? Oi, bom dia, tata, tata, né? Chega e seja direto.

Speaker:

Mas em alguns momentos eles podem parecer meio bravos, sabe? E a pessoa não tá brava

Speaker:

com você, é só o jeito dela. Então... E você vai pegando o jeito de cada um. Então,

Speaker:

eu acho que eu ainda tô nessa fase de entender o jeito de cada um. E eu diria que, positivamente

Speaker:

falando, eles não levam nada pro lado pessoal, pelo menos até agora, assim, é bem... E,

Speaker:

eu acho que tem algumas coisas particulares, mas eu acho que não é mudança de país.

Speaker:

Você tem pessoas que trabalham muito tempo na mesma empresa, então estão acostumados a trabalhar de uma certa forma,

Speaker:

e aí você chegou novo, você tem que entender ali mais ou menos como que eles trabalham.

Speaker:

E eu diria que a segunda coisa é financeira, financeiramente falando... tá...

Speaker:

Eu não fui aquela pessoa que fui juntando dinheiro, assim como eu não me preparei para a prova,

Speaker:

também não foi... meu marido juntava, mas eu juntei o dinheiro na pandemia toda e gastei ele no meu intercâmbio.

Speaker:

Então eu voltei do intercâmbio negativa, bem dizer assim. E aí eu tive um período muito curto de meses para ir juntando dinheiro e vendendo tudo que a gente tinha,

Speaker:

então a gente veio com dinheiro exatamente de tudo que a gente vendeu,

Speaker:

Não vendemos a casa, a casa a gente deixou lá.

Speaker:

E isso trouxe a gente para uma outra situação, porque pensando financeiramente, no Brasil estava muito mais confortável do que para Portugal. Portugal,

Speaker:

não é um país para se ficar rico, considerando isso, pelo menos na área de software,

Speaker:

dado que eu já estava como especialista no Brasil.

Speaker:

Eu vim para Portugal, eles não tinham, depois no final do processo eles falaram para mim que eles não tinham vaga de sênior,

Speaker:

e eu aceitei vir como mid. Então assim, para mim não tem problema porque eles aceitaram o salário que eu falei

Speaker:

olha, eu não consigo aceitar a proposta se não for ganhando pelo menos isso e usei a proposta que eu já tinha na mão

Speaker:

para mostrar para eles que eu tinha uma outra proposta financeiramente mais viável. E aí eu falei, ah, isso não conta.

Speaker:

Mas é um pouco difícil. Eu estava no Brasil, eu não pagava aluguel aqui, eu pago aluguel, aluguel aqui é muito caro.

Speaker:

Que eles chamam de arrendamento aqui. Então isso pesa muito. Então financeiramente falando, eu sou muito mais controlada aqui

Speaker:

do que eu era no Brasil, porque eu podia esbanjar um pouco mais do que aqui.

Speaker:

Aqui. No Brasil era meio assim, salário, investir, guardar, paguei conta para minha

Speaker:

família, tipo, eram essas caixinhas e a caixinha que eu tinha para eu me divertir eu nunca

Speaker:

precisei olhar para ela, porque assim era mais que suficiente. Eu não vou dizer que

Speaker:

eu fazia muita coisa, eu nunca esbanjei, mas era tranquilo, vamos no restaurante, vamos,

Speaker:

Acabou.

Speaker:

Agora mudou as coisas. Já é, espera aí, né?

Speaker:

Então tem essa adaptação e no começo é muito mais difícil, sabe?

Speaker:

Porque teve que comprar algumas coisinhas para casas, né?

Speaker:

Ah, teve, mas a gente usou algumas coisinhas, foi muito dinheiro. Foi muito dinheiro.

Speaker:

Eu chuto por alto que foi de tudo que a gente gastou, de passagem, de tudo, lá desde o

Speaker:

Brasil até aqui foi fácil mais de 15 mil euros foi fácil. Sobrou dinheiro mas é porque veio eu,

Speaker:

meu marido e minha mãe e eu ainda trouxe um gato. A gente pagou muitas rendas de adiantamento,

Speaker:

foram seis rendas adiantadas.

Speaker:

O meu aluguel eu me sinto uma sorteada na Mega Sena, porque consegui uma renda de 800 euros na margem sul, né, que é basicamente do outro lado de Lisboa.

Speaker:

Então assim, 20 minutos eu tô em Lisboa, mas ao mesmo tempo vivo com os valores de Setúbal, que é uma região muito boa pra morar.

Speaker:

E eu moro num T3. Eu não conseguiria esse valor, acho que nem no norte ali, dependendo de onde eu fosse, seria muito difícil.

Speaker:

Então assim, você não consegue, a gente não consegue ter um por menos de mil euros assim.

Speaker:

E tive uma outra vantagem, que aí é também, é uma vantagem e desvantagem.

Speaker:

Meu marido trabalha, consegue um emprego muito rápido.

Speaker:

Geralmente quem vem com família acaba que o cônjuge não consegue trabalho.

Speaker:

Meu marido, ele vem de uma área que precisa de muita gente aqui, que é a área de construção

Speaker:

civil, ele é eletricista, então assim, ele sempre trabalhou com a parte industrial, então,

Speaker:

ele conseguiu, na primeira semana, três dias procurando emprego, ele conseguiu, e ele não

Speaker:

tinha nem nisso, pra você ter noção, que é pra segurança social aqui, né?

Speaker:

E contrataram ele porque precisavam de muita gente, assim, e ele é chamado toda hora,

Speaker:

entrevista. Só que ao mesmo tempo o emprego dele é presencial e isso impede a gente de ir para lugares

Speaker:

mais afastados. Mas eu não sou uma pessoa que gosta de morar em um lugar afastado. Eu gosto de

Speaker:

grandes centros, eu gosto de... Então assim, eu estou num lugar que é muito bom porque é calmo,

Speaker:

só que ao mesmo tempo eu tô muito próxima de... Tem gente que mora ali em outras regiões em Lisboa

Speaker:

talvez demore até mais tempo para chegar em alguns lugares do que eu.

Speaker:

Então, eu tenho essa vantagem, um lado bom, né, de estar muito próximo de Deus Boa.

Speaker:

Então, é... e tem essa vantagem do meu marido trabalhar. Acho que se ele não estivesse trabalhando seria bem pesado financeiramente, assim, pra mim.

Speaker:

Eu acho que ia ter uma certa neurose, assim, mas com ele trabalhando, acaba ajudando bastante financeiramente.

Speaker:

Pra gente ter os nossos gastos, sim, comer bem, a gente sempre sai.

Speaker:

Mas, por exemplo, não dá pra falar assim, vamos num restaurante.

Speaker:

Um restaurante mais chique toda semana, entendeu?

Speaker:

Por exemplo, sempre que a gente vai passear, a gente escolhe, olha,

Speaker:

a gente come na rua, a gente passeia, então vamos comer em casa.

Speaker:

E na rua a gente tem um café, a gente come alguma coisa mais,

Speaker:

não para ir num restaurante, ficar gastando 50, 60 euros, assim,

Speaker:

em restaurante até porque os restaurantes aqui são mais caros nessa região.

Speaker:

Então a gente acaba meio que optando para passear bem, mas gastando pouco.

Speaker:

E somos três, né? Então assim, vou pagar academia, eu pago, são três academias.

Speaker:

Mais luz, mais água, mais comida, então tem essas questões.

Speaker:

Mas então, resumindo, até a ter chegado, né? acho que isso deixa muito claro as situações que a gente pode pegar.

Speaker:

Está no T3 que é um apartamento, ou caso, provavelmente apartamento.

Speaker:

Apartamento com três quartos. Com três quartos e aí teve que pagar seis aluguéis de calção, mais o aluguel do mês.

Speaker:

Então normalmente são isso das sete. Exato.

Speaker:

É o tipo de situação que eu acho que é bom falar porque...

Speaker:

Não vou dizer que é o mais comum pagar 6, mas pelo menos 3, normalmente a gente tem que pagar no começo.

Speaker:

Então isso já é uma coisa que a gente tem que ficar pensando antes de mudar.

Speaker:

Eu diria que 3 seria anos atrás.

Speaker:

Agora o normal está de 6 para cima. De todo mundo que eu conversei que veio nessa época.

Speaker:

E eu ainda paguei uma empresa de relocation.

Speaker:

E esse apartamento eu só consegui porque foi aqueles apartamentos que nem vai para anúncio.

Speaker:

O próprio dono fecha com a empresa de realloquência porque já conhece ali, já tem contato privado.

Speaker:

Porque todos os que a gente conseguiu entrar em contato, em contato, a gente falava assim,

Speaker:

com cerca de 100 apartamentos, a gente conseguia três retornos para marcar visita.

Speaker:

E mesmo assim quando você ia marcar visita tinha, sei lá, 30 pessoas naquele dia visitando.

Speaker:

Nessas 30 você já tinha pelo menos 5 que tinham fartado 12 rendas, pessoas que vinham

Speaker:

de lugares aqui da própria Europa e não tinha como você competir.

Speaker:

Porque realmente as pessoas dão mais preferências mesmo. Então assim, eu acho que nesse momento, nesse momento atual, está muito difícil.

Speaker:

Se você já tem IRS, se você já está no país, se já tem residência,

Speaker:

você já tem um histórico aqui, mas para quem está vindo, não sei,

Speaker:

sim, realmente todos que a gente viu estava pedindo muito mais do que seis.

Speaker:

E a gente achou muito bom que achamos um com seis, então, assim, teve muito gasto financeiramente falando.

Speaker:

Eu não estava preparada, porque ele estava me recuperando do que eu tinha gasto em Nova York.

Speaker:

Então foi um pouco.

Speaker:

Mas mesmo se tiver eu estava eu vi o João guardando dinheiro mas cedeu assim aí bateu um pouco de.

Speaker:

De medo assim porque eu tinha dinheiro guardado mas eu pensei pô vou gastar tal arredondando tudo para cima mas no começo foi pior,

Speaker:

mesmo caso amobiliada tem algumas coisas que você precisa comprar.

Speaker:

E aí eu tive que fazer uma lista, tá, o que eu preciso, o que é mais importante, todo mês tinha que ir lá na IKEA, né?

Speaker:

Ikea. Toda hora indo lá e trazendo uma coisinha nova. E isso, pô, chegava uma hora que... Eu já falei em vários episódios, mas eu detestava.

Speaker:

Agora o que? Eu gosto, porque é barato. Mas eu detestava ir lá, porque significava que chegou o mês, paguei as contas e tô indo pra lá.

Speaker:

Lá, de novo, comprar alguma coisinha pra casa. Por mais que eu comprei muito poucas coisas, comparado a todo mundo que chegou comigo,

Speaker:

sabe?

Speaker:

Como a gente era novo, como a gente estava acostumado no Brasil, eu não estou falando que eu passei fome muito longe disso,

Speaker:

porque eu até viajei e tudo, mas era muito diferente do que eu imaginava.

Speaker:

Foi melhorando uns pouquinho, mas novamente é bom sempre setar a expectativa para baixo,

Speaker:

porque aí a evita surpresa que ou comeciam foi mais complicado.

Speaker:

Eu acho que eu não me frustrei. É assim, o que eu posso dizer é que é cansativo esse controle financeiro mês a mês,

Speaker:

mas eu não me frustrei exatamente, Porque eu via muito o podcast, tentava me informar muito Legal,

Speaker:

Sobre o pior que podia acontecer, isso é muito a minha mania Eu sempre tento saber o que pior pode acontecer,

Speaker:

Por exemplo, desde que eu fechei com a empresa eu fui acompanhando todos os layoffs,

Speaker:

O pessoal está desesperado com os layoffs esse ano, mas.

Speaker:

Pra mim os layoffs estão acontecendo já há mais de um ano E layoffs grandes,

Speaker:

E eu ia acompanhando, e toda vez que eu ia acompanhando aqueles layoffs e eu já tava vendendo minhas coisas, batia um desespero, sabe?

Speaker:

Eu ligava pra moça da empresa, fazia a qual com ela.

Speaker:

Realmente, vocês vão continuar comigo?

Speaker:

Porque eu tô vendendo tudo aqui. E a sua vida para, né?

Speaker:

Porque se tenta juntar o máximo de dinheiro possível.

Speaker:

E então, assim, teve essa essa questão de que eu sempre pensei no pior.

Speaker:

Então, quando eu cheguei aqui, eu não me frustrei.

Speaker:

Ok, é o que eu falei, a gente gastou um grande dinheiro a gente vendeu o carro, vendeu tudo que a gente tinha, móveis, meu marido tinha

Speaker:

dinheiro guardado, eu conseguia guardar muito dinheiro do meu salário, porque a

Speaker:

gente não tinha, não tinha parcelas de carro, tinha tudo quitado, então assim, era,

Speaker:

só economizar e assim, eu também tava quase dois anos na empresa, não tinha

Speaker:

tirado férias, então eu peguei todo esse dinheiro também, foram vários

Speaker:

dinheiro. Tinha dado um problema no voo da Latam, tinha processado a Latam, caiu

Speaker:

dinheiro exatamente no mesmo período, porque tive que gastar um dinheiro para voltar de

Speaker:

de Nova York porque mudaram meu voo e eu não fui avisada.

Speaker:

Então assim, juntou várias coisas, então assim, é incrível como algumas coisas acontecem no período certo que tem que acontecer, então assim...

Speaker:

Apesar de eu não ter planejado, parece que tudo estava encaminhando para dar certo, entende?

Speaker:

E eu acho que é só cansativo esse controle, porque aquilo que você falou, você vem, você quer passear, você quer curtir, você quer...

Speaker:

Nossa, eu falo pro meu marido, agora eu não posso ver um restaurante que eu quero entrar num restaurante, gente.

Speaker:

Não posso ver um café que eu preparar no café e só curtia a beleza do ambiente.

Speaker:

Então, assim, eu tenho prazer em fazer coisas fora, sabe, da minha casa.

Speaker:

Só que ao mesmo tempo eu sabia que a gente ia ter que deixar esse ambiente confortável.

Speaker:

Minha casa é super simples, não tem muitos móveis, mas a gente comprou exatamente o que a gente precisava, assim.

Speaker:

E a empresa dá esse package Hello Kitchen, então eles também,

Speaker:

essa ajuda financeira também ajudou bastante.

Speaker:

Então, um mês depois que eu cheguei, foi tipo assim, eu comprei, sei lá, as camas, geladeira,

Speaker:

máquina de lavar, não tinha nada.

Speaker:

A única coisa que tinha na casa era os armários da cozinha, a placa de indução e o forno elétrico só.

Speaker:

O resto eu tive que comprar.

Speaker:

Então, assim, a gente comprou, a gente sabia que geladeira, máquina de lavar, não tinha como ficar sem.

Speaker:

As camas, o colchão, a gente comprou e alguns itens básicos e aí depois eu deixei para

Speaker:

comprar quando vi essa dinheiro da empresa.

Speaker:

A gente comprou sofá, comprou uma TV, comprou mesa. Agora eu estou esperando a segunda parcela que a empresa vai pagar para comprar outras,

Speaker:

coisas. Não tem indicador, não tem...

Speaker:

Vai vir pra… Eu falo, mãe, calma, calma, calma. Olha, não tem cortina, não tem…,

Speaker:

Calma que vai vir essa segunda onda aí, né, financeira.

Speaker:

Aí eu compro o que falta.

Speaker:

Então a gente vai fazendo isso aos poucos, sabe. Mas também não é uma coisa assim, uau, não conseguimos viver sem…,

Speaker:

Exatamente porque eu vivia de uma maneira bem… Nunca fui muito apegada a essa coisa de ter muita coisa em casa e tal.

Speaker:

Eu acho que a única coisa que eu sinto muito é essa necessidade de sair aqui,

Speaker:

que era exatamente o que eu não vou fazer no Brasil.

Speaker:

Perguntava que eu tinha vontade de sair de casa no Brasil, eu não tinha.

Speaker:

Então era muito fácil para mim guardar dinheiro lá. Aqui já é mais difícil porque eu quero sair, eu quero fazer um monte de coisa

Speaker:

e aí tem que ter um controle financeiro maior.

Speaker:

Falando em sair, você comentou lá atrás que você estava dois anos sem tirar férias no Brasil.

Speaker:

Já chego algumas férias aqui.

Speaker:

Tirei um dia. Tirou um dia, então dois anos lá sem férias, aqui três meses, não sei quanto de trabalho.

Speaker:

Não, eu cheguei aqui e já tinha quatro dias para tirar, cheguei aqui quatro dias, eu

Speaker:

virei o ano e guardei, mas eu já estou com várias datas agendadas, eu já agendei, emendei

Speaker:

com dois feriados que vai ter em maio, então ali eu já vou tirar duas semanas de férias.

Speaker:

Noite de fevereiro, tipo tem aí. junho, junho também, porque começou o ano, já estou com uma minha, já acumulou os três dias,

Speaker:

mas quatro dias, acho que dois dias de que você pode tirar de pra si, mais os dias de férias.

Speaker:

Então assim, eu sei que eu já marquei umas quatro semanas e ainda sobrou 16 dias para eu tirar.

Speaker:

Music.

Speaker:

E agora eu queria saber o que está sendo legal nesses três meses.

Speaker:

E novamente, eu acho que isso é muito individual, depende muito do gosto, do estilo que as pessoas gostam de fazer.

Speaker:

No teu caso você fala que você mudou um pouco, porque agora você gosta de sair muito mais,

Speaker:

tem essa vontade de sair muito mais do que quando estava no Brasil.

Speaker:

E eu acho que isso é uma das coisas positivas, são as coisas legais de estar morando agora,

Speaker:

aqui, mas o que mais nesses três meses está te surpreendendo positivamente?

Speaker:

Eu acho que a sensação de segurança, soma dentro, eu mudei para um país que eu não conhecia.

Speaker:

Então eu nunca tinha pisado aqui, apesar da minha vó ser de Coimbra, eu não conhecia o país.

Speaker:

Então eu nunca tinha vindo aqui, eu literalmente vim para um país que eu não sabia se eu iria gostar ou não.

Speaker:

E eu diria, eu até brinco com todo mundo e perguntam, você está gostando daqui?

Speaker:

Daqui eu falo eu nasci para esse lugar mas eu acho que é uma mistura de coisas né porque se você,

Speaker:

conversasse comigo né há quatro anos cinco anos atrás eu iria te falar assim que eu nasci no

Speaker:

samambaia vou crescer no samambaia e vou morrer no samambaia que era o bairro que eu cresci minha

Speaker:

minha vida toda na Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Speaker:

Houve uma mudança de várias coisas do que eu valorizava, que era importante, por exemplo.

Speaker:

Hoje eu valorizo muito mais e para poder fazer coisas outdoor, na rua.

Speaker:

Eu valorizo muito mais poder fazer o que eu quiser a hora que eu quiser, do que por exemplo necessariamente

Speaker:

tipo ir para uma festa que tem muita gente, música e tudo mais. Entende? Um lado é muito mais

Speaker:

importante do que o outro, o outro eu não sinto falta. Eu já não tinha esses hábitos no Brasil.

Speaker:

Então, aqui por exemplo, eu dou muito mais valor de poder ir pra praia e ficar lá de boa, deitada, sem me preocupar se alguém vai me roubar.

Speaker:

Era uma coisa que eu não fazia, eu nunca ia na praia e eu morava na praia, porque eu tinha medo de ser assaltada.

Speaker:

E eu adoro praia, até a minha cunhada falou assim, mas você não gosta de praia, eu amo praia, meu marido é surfista, eu conheci meu marido na praia.

Speaker:

Na praia. Como que eu... Eu vivia na praia na minha adolescência, só que quando você,

Speaker:

é adolescente você faz as coisas, você não se preocupa muito, sabe? Você não tem noção.

Speaker:

Hoje eu tenho uma noção do perigo muito diferente do que eu tinha antes. Então sim,

Speaker:

essa sensação de segurança que se tem aqui, a comida. Nos Estados Unidos eu sofri muito

Speaker:

com comida, eu sou aquela pessoa muito com o paladar fechado. Então se eu falasse para

Speaker:

pra mim que por mais que se fale que paga se melhora em outros países e eu tenho a

Speaker:

intenção de trabalhar pra fora, tenho a intenção de evoluir meu inglês, eu sei

Speaker:

que isso é bom pra carreira que eu quero ter, eu não me vejo morando em muitos países

Speaker:

exatamente por causa da comida. A minha relação com a comida é muito séria e Portugal tem

Speaker:

uma comida maravilhosa, gente. O que é isso? Assim, não perde em nada pro Brasil. Vou,

Speaker:

Eu vou te falar que é a única coisa que eu sinto... tem algumas coisas que eu sinto falta do Brasil.

Speaker:

Catupiry, que eu amo catupiry. Eu sou uma pessoa que... qualquer coisa que você fizer, eu quero que coloque catupiry dentro.

Speaker:

E não adianta que... você até pode ir a algum lugar aqui pra você falar assim que tem catupiry, não é.

Speaker:

É um creme de queijo que não é o mesmo gosto do...

Speaker:

E o churrasco. Churrasco do Brasil, churrasco do Brasil, a carne do Brasil, a carne do Brasil não tem jeito.

Speaker:

Apesar de que como picanha aqui, gosto, eu sou uma pessoa...

Speaker:

Eu operei, eu fiz bariátrica antes de me mudar, então sou uma pessoa que eu tenho,

Speaker:

controle muito certinho com a alimentação agora, então eu tenho que comer muita proteína,

Speaker:

então carne vermelha é uma coisa que eu como muito.

Speaker:

Sim, carne vermelha aqui em Portugal é muito caro, é muito caro.

Speaker:

Eu acho que é uma das coisas que mais pesa no orçamento aqui das minhas compras.

Speaker:

É... E mais assim, pensando em comida, assim... Por exemplo, nos Estados Unidos eu comprava

Speaker:

cebola e alho pra fazer as coisas em casa, eu mesma cozinhava. Mas por mais que eu tentasse,

Speaker:

o alho não tinha o gosto do alho. A cebola não tinha o gosto da cebola, a banana não

Speaker:

tinha o gosto da banana. Aqui as coisas têm o gosto. Eu falo assim, ai eu sinto falta

Speaker:

da banana do Brasil? Não, a banana aqui é gostosa, eu faço todo dia minha panqueca.

Speaker:

De banana, eu super fico feliz com ela. O alho, isso é... E são coisas, assim, pra mim, que não sou uma

Speaker:

pessoa que eu tenho que falar de ar muito brasileiro, da comida brasileira. Feijão,

Speaker:

primeiro, é uma coisa que a gente adquiriu aqui, foi uma panadipressão. Não tem uma coisa que você

Speaker:

fala assim, ah, não consigo. Eu consigo comprar feijão carioca, eu consigo comprar feijão preto,

Speaker:

eu consigo... As carnes, você consegue fazer o paralelo das carnes. Então, assim, eu diria que é uma

Speaker:

das coisas também que eu valorizo. Pra mim que é muito importante, sabe?

Speaker:

Se é uma pessoa que ela não liga. E até é engraçado porque quando eu cheguei,

Speaker:

tava tendo um evento de TI, eu encontrei vários amigos aqui em Lisboa, tava tendo

Speaker:

web summit, e muitos deles falam assim, olha, a gente adora quando vem pra Lisboa.

Speaker:

É como se tivesse... a gente chegou em Portugal, a gente se sente no Brasil.

Speaker:

Oba, vamos comer tal coisa que tem aqui, vamos comer tal coisa que tem aqui.

Speaker:

Porque onde a gente mora, não tem esse amigo que falou isso, ele é da Irlanda, por exemplo.

Speaker:

Então, se a pessoa, uma pessoa que tem um paladar mais fechado, eu sofreria, eu não comeria.

Speaker:

Uma das grandes coisas que eu sofro quando eu viajo, eu adoro viajar, é com a comida.

Speaker:

Geralmente eu atelo para o quê? Para a batata, que batata tem em qualquer lugar.

Speaker:

E geralmente é uma coisa que não dá para errar, mas em alguns lugares eles ainda conseguem errar na batata, na batata frita.

Speaker:

Dá, dá para errar. Infelizmente, não dá para errar.

Speaker:

Infelizmente. Mas eu sou aquela pessoa que acabou vivendo de batata quando vou viajar para fora. Ainda é batata, né?

Speaker:

Apesar de mesmo quando está ruim ou oleosa, ainda é batata.

Speaker:

Exato.

Speaker:

Ou carne, né? Se tiver carne... Mesmo assim, a carne é muito...

Speaker:

É sofrido. Porque geralmente eu não tive muita sorte.

Speaker:

E... Então assim... Para mim...

Speaker:

Se eu falasse assim, eu estou aqui há três meses, mas eu vivo a minha vida aqui, a minha

Speaker:

A rotina que eu vivo aqui já é uma rotina, não é uma coisa assim, ah, eu sinto falta disso.

Speaker:

Ah, eu sinto... Os pães aqui são muito gostosos, a manteiga aqui é muito gostosa, o leite é gostoso...

Speaker:

Sabe assim? Ah, eu sinto falta... Eu diria que às vezes você sente falta assim, por exemplo, no Natal,

Speaker:

eu tava aqui, aí eu senti muita falta da minha cunhada, porque sempre a gente faz alguma coisa

Speaker:

junta no Natal... Eu senti falta assim, sabe? Mas no ano novo, há quanto tempo que eu não vejo fogos?

Speaker:

Quantos anos? Eu nem sei dizer, acho que mais de 10 anos. E esse ano a gente foi simplesmente andando e a gente acabou pegando os folgos muito por acaso mesmo,

Speaker:

porque a gente resolveu sair na noite de ano novo e andar.

Speaker:

Porque você pode sair, você pode sair. O conceito das coisas aqui é muito tipo...

Speaker:

A rua tá vazia, mas eu não sinto medo. Eu não sei, e assim, isso pra mim...

Speaker:

Todo dia no horário do almoço eu vou no parque e faço 6km E assim, eu gosto de me exercitar,

Speaker:

Eu adoro me exercitar e tipo, aqui eu consigo me exercitar, eu consigo me manter ativa,

Speaker:

E era uma coisa que eu não podia falar assim, ah eu vou botar um podcast aqui, vou dar uma corrida ali, vou fazer uma caminhada,

Speaker:

Eu não podia, eu não tinha... E as vezes eu...

Speaker:

Era duas ruas o mercado eu não ia com o celular com medo então pra mim isso tá sendo eu poderia

Speaker:

listar várias outras coisas tá tipo eu com certeza nem cheguei no ano no verão e dizem que o verão

Speaker:

aqui é incrível então estou em uma expectativa eu sou uma pessoa que eu gosto do frio mas eu

Speaker:

senti mais frio aqui do que em Nova York pasme eu peguei a menos de 0 a e não sofre tanto frio

Speaker:

sofrendo aqui. Eu acho que as casas são mais geladas e a gente quase não usa a

Speaker:

aquecedor, então assim eu senti mais. Teve alguns dias de assim, olha que eu amo

Speaker:

frio. Eu não quero sair, eu quero só ficar na minha cama no edredom, assim sabe?

Speaker:

E infelizmente tem esse lado, mas assim, de coisas boas eu queria aqui. E era um país que eu

Speaker:

Eu não cogitava conhecer, não cogitava, por exemplo, a beleza do lugar.

Speaker:

Eu sou uma pessoa que gosto muito de centros urbanos e para você ter noção, São Paulo

Speaker:

e Nova York são sinônimos de beleza para mim.

Speaker:

Aquela lixa, aquela poluição, eu adoro aquilo. Mas assim, a beleza de Lisboa, do contraste das coisas antigas, da arquitetura, como aquilo,

Speaker:

Eu vejo, é uma beleza muito...

Speaker:

A todo momento eu só quero sentar e contemplar a beleza, assim.

Speaker:

É um negócio muito...

Speaker:

E como me faz bem as coisas serem mais devagar aqui. Tem gente que não gosta, né?

Speaker:

Tem muito brasileiro que chega aqui.

Speaker:

Eu acho que isso está me fazendo bem para minha saúde, para tipo, saúde mental, física, sabe?

Speaker:

Eu sinto que eu estou podendo manter um estilo de vida que eu não consegui...

Speaker:

Sabe, assim, não tem aquela coisa da competição, da... Isso é mágico para mim, isso é tipo...

Speaker:

É divino, sabe? Essa coisa da... Tipo, nos primeiros dias eu e a minha mãe andando super rápido,

Speaker:

eu falei, filha a gente tá correndo, tipo ninguém ao nosso redor, todo mundo andando devagar.

Speaker:

E a gente correndo, por isso que a gente tava atrasada pra alguma coisa, sabe? E de repente

Speaker:

eu falo assim, nossa, porque que eu tô andando aqui? Que feio, eu tô correndo, as pessoas

Speaker:

estão andando devagar. Se começa, é muito do, mano, a gente querer seguir aquele mesmo

Speaker:

ritmo da pausa, tipo você poder olhar o pôr do sol, pra mim isso é mágico, são coisas que eu

Speaker:

desejei e que eu tô tendo aqui, e que não tem preço, não tem como comprar essas coisas,

Speaker:

então acho que faz tudo valer a pena, ainda tem horas que eu ando na rua e eu falo assim,

Speaker:

Eu acho que a sensação é legal de não ser acostumado, porque acho que faz a gente valorizar

Speaker:

experiências em geral.

Speaker:

Eu tenho isso muito em viagem ainda.

Speaker:

Eu ainda não acredito que eu estou fazendo essas coisas na minha vida.

Speaker:

Pensar, Santos, zona noroeste, quem conhece o Santos, sabe? Sim.

Speaker:

O dia inteiro e depois falar, poxa, estou viajando agora. Então volta e meia.

Speaker:

E eu queria muito não perder isso, sabe? Mas volta e meia eu penso assim, eu queria não perder essa sensação de caramba, eu,

Speaker:

aqui, estou fazendo essas coisas.

Speaker:

Sim, sim, sim, eu entendo. Ainda toda vez que eu vou pro escritório,

Speaker:

uma vez ou outra eu coloco aquelas músicas do tipo venci na vida e eu vou só seguindo tipo,

Speaker:

eu só vou essa pessoa coloca o trilha sonora pra eu entrar no clima todo da atmosfera de tipo,

Speaker:

yes, I can, yes, I can.

Speaker:

E aí tipo, estar na empresa que eu estou, sabe, assim, cada eu tô aprendendo muito, muita gente falou

Speaker:

a pessoa na Europa é obsoleta.

Speaker:

Bom, talvez eu dei muita sorte porque o time que eu tô, eu tô vendo quanto eu tô aprendendo lá.

Speaker:

Então assim, não acho que foi um downgrade, sabe?

Speaker:

Na carreira, ter virado pleno de novo, sabe? Tudo depende muito, no geral.

Speaker:

Eu tô ganhando muito conhecimento.

Speaker:

Então assim, tá valendo super a pena, porque conhecimento é uma coisa, sempre que eu valorizei,

Speaker:

é ir pra oportunidades que me dão conhecimento.

Speaker:

E eu acho que eu acertei quando eu aceitei essa proposta, sabe?

Speaker:

De que, cara, eu tô ganhando conhecimento disso pra minha carreira.

Speaker:

Também tá sendo uma coisa positiva, sabe?

Speaker:

Uhum. Tá bom. Que bom. Então, ficou claro pra gente aqui quais estão sendo as suas dificuldades e também as vantagens.

Speaker:

E eu sempre falo isso, né? Principalmente quando eu sei que a pessoa quer ficar no país é que as vantagens ainda

Speaker:

estão superando as dificuldades.

Speaker:

Music.

Speaker:

E antes da gente fechar seria legal falar dos próximos episódios.

Speaker:

A gente estava conversando, tu falou que iria fazer alguns episódios extras,

Speaker:

que tinha algumas coisas na cabeça, que depois talvez até fazer um podcast, eu também.

Speaker:

A gente chegou numa ideia de fazer dois episódios extras.

Speaker:

Tu quer explicar mais dessa tua ideia, o porquê dela, o que tu quer experimentar, o que tu quer aprender,

Speaker:

e o que isso se encaixa com a ideia do TPA Podcast?

Speaker:

Eu gostei muito quando tu transformou o podcast em... Foco em falar de viagens e experiências das pessoas,

Speaker:

porque eu amo viajar e descobrir essa paixão.

Speaker:

E aí escutando o podcast eu, caramba, vou falar com Rubens e vou pedir pra ele aí se ele não quer ajuda no podcast.

Speaker:

E a gente chegou muito nessa conclusão de que, tipo, pô, é uma pessoa que tem conhecimento de como produzir conteúdo, de como produzir o podcast.

Speaker:

E muito que toda vez que eu escuto podcast sobre a vida no exterior, a maioria, né, das histórias,

Speaker:

são de homens e a maioria são de homens que trazem a família, né? Eu nunca... é muito difícil,

Speaker:

na maioria das vezes, assim, ah, vai ter uma história ou outra de mulher, mas na maioria das vezes você vê

Speaker:

se são histórias de mulheres solteiras ou não muito daquela... ou daquela pessoa que acabou virando por causa de um ter...

Speaker:

Não para aquela pessoa que realmente veio com o visto, é ela que trouxe a família, a mulher como a protagonista.

Speaker:

E aí a gente pensou nesses episódios de trazer histórias de mulheres que realmente foram... elas trouxeram,

Speaker:

seus cônjuges e talvez... como que elas lidaram com essa mudança, assim, porque...

Speaker:

A gente acaba vendo... eu consumi muito podcast e...

Speaker:

E, poxa, eu só queria saber se... Como que foi pra alguém ter um filho?

Speaker:

Eu quero ter filho. Será que é muito difícil ter filho no aquele país?

Speaker:

Qual é o processo, né? Poxa, então vou ficar no Brasil porque, poxa, eu queria ter filho.

Speaker:

Como que foi pra aquela pessoa se tornar mãe, né?

Speaker:

Como que ela foi? Ela levou filho. O quanto foi difícil pra ela continuar a carreira num novo país e com filho?

Speaker:

E o marido conseguiu emprego? Não conseguiu? Como que foi?

Speaker:

Como isso afetou, né? O marido virou a dona da casa? Como que isso afeta o relacionamento?

Speaker:

Então assim, realmente são casos que a gente não consegue escutar, se tiver um outro...

Speaker:

Contado assim porque já é difícil ter mulheres no geral né e quando você tem é muito mais fácil você encontrar,

Speaker:

as mulheres solteiras e tudo mais ali pessoas que de novo não desmerecendo a história mas o que eu falo é,

Speaker:

de trazer a mulher como essa protagonista Não desmerecendo, adicionando a essa história,

Speaker:

Exato, trazendo mais ainda isso, isso é exato Nós estamos constituindo,

Speaker:

Isso, exato, isso,

Speaker:

E aí pensando, acho que talvez futuramente a gente transformar em de fato uma linha de,

Speaker:

podcast que seja a parceira do TPA.

Speaker:

Vamos ver os próximos capítulos. Mas é isso, então vão ter dois episódios extras, quinzenalmente, né?

Speaker:

Vai ter um, a gente ainda vai ver a data, depois vai ter mais outro e aí a Paula vai.

Speaker:

Estar aqui, a gente parceria, né?

Speaker:

Esses dois episódios e depois quem sabe isso vai virar um podcast.

Speaker:

Eu espero muito que virem, então espero que essa ideia vá pra frente, que seria bem legal

Speaker:

ter mais alguém fazendo algo na mesma linha, porque como eu estava te falando, eu acho

Speaker:

que traz uma riqueza, eu acho que as coisas só acrescentam e eu ficarei feliz aí se

Speaker:

a gente conseguir te ajudar nesse processo.

Speaker:

Eu acho sempre muito legal, a gente falou sobre comunidades lá atrás, eu falei como,

Speaker:

comunidade também me ajudou e tu contou como te ajudou e como você queria, então acho,

Speaker:

que vai ser um modo legal de fazer um podcast pareado no começo para fazer essa transição.

Speaker:

Então, galera, essa é a Paula Santana pela segunda vez aqui no podcast, hoje falando

Speaker:

um pouco da migração dela e como essa migração trouxe essa vontade de começar a falar um

Speaker:

pouco mais desse contexto que é de mulheres que vieram ao trabalho, tiveram o filho,

Speaker:

trouxeram os maridos, entender como isso influenciou na vida.

Speaker:

Então não esqueça de assinar aqui o podcast, não esqueça de compartilhar, mandem mensagem,

Speaker:

para a Paula se você tiver pessoas e dicas que você pode indicar.

Speaker:

Então Paula, qual seria o perfil das pessoas que você gostaria de começar a conversar,

Speaker:

e entender sobre as mudanças.

Speaker:

Bom, a maioria das histórias que a gente vê são de homens e o que a gente quer exatamente

Speaker:

é mostrar todas as histórias que não são de homens.

Speaker:

Então se a gente tá falando ali de qualquer história que você conhece de pessoas cis,

Speaker:

trans, binárias, enfim, toda pessoa que não se identifique ali com um gênero masculino,

Speaker:

A gente realmente quer trazer essas histórias, histórias que talvez não são ditas muitas

Speaker:

vezes, ou que a gente não encontra tanto que a gente quer escutar e se identificar.

Speaker:

Então aceitamos indicações. Pessoal, mais uma vez, não se esqueça de seguir aqui o TPA, onde você estiver ouvindo,

Speaker:

no Spotify, Deezer, Apple ou até mesmo no YouTube.

Speaker:

Não se esquece de compartilhar esse episódio, eu peço mais do que nunca, compartilha com

Speaker:

mais pessoas que vão querer ouvir os próximos que a gente vai fazer junto e pessoas que,

Speaker:

vão querer ouvir os próximos que eu espero que a Paula faça também no futuro, porque,

Speaker:

assim a gente espalha essa palavra e quando o podcast da Paula sair, a definir o nome,

Speaker:

já tem mais pessoas sabendo sobre esse assunto.

Speaker:

Paula, antes de fechar, onde que as pessoas podem te achar se elas quiserem mandar mensagens,

Speaker:

para dar indicação de pessoas e te incentivar até a tirar essa ideia do papel?

Speaker:

Eu tenho perfil no Instagram, Paula Santana Devi. Eu coloco bastante post lá, então podem me chamar.

Speaker:

Podem me chamar nas redes sociais, a maioria tá como Pessam Rosa 13, então Twitter, GitHub,

Speaker:

e tem o LinkedIn também.

Speaker:

Então, assim, no geral, se você procurar no Google Paula Santana Java, provavelmente

Speaker:

vai aparecer os meus perfis.

Speaker:

Então, assim, estou aguardando aí, por favor, compartilhem esse episódio para a gente poder,

Speaker:

acho que atingir mais pessoas que possam ter essas histórias, que possam se identificar

Speaker:

também com essas histórias.

Speaker:

Eu acho que o intuito é esse, a gente fazer a informação chegar em quem precisa, né?

Speaker:

Exato.

Speaker:

Como você falou que eu ouvi vários podcasts, e eu também ouvi podcasts, eu tinha muito

Speaker:

vídeo no YouTube, então existem muitas pessoas que querem sim e vai ser legal.

Speaker:

Então, Paula, até a próxima gravação e obrigadão pelo teu tempo e pelo compartilhamento,

Speaker:

do conteúdo hoje aqui, mas ansioso pelo próximo.

Speaker:

Até mais.

Speaker:

Então a gente se vê no próximo, tchau, tchau!

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