Episode 114

Como mudamos após morar fora do Brasil por mais de 4 anos - Vida em Portugal #114

Já faz mais de 4 anos que estamos morando em Portugal, e nesse episódio refletiremos sobre como está sendo essa experiência.

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Giuliane Ramos

Uma leitora musicista apaixonada por desenvolvimento de software que atualmente ajuda a equipe a lidar os desafios da vida, dos projetos e dos deploys.

André Nascentes

Desenvolvedor de software especialista em back-end desde 2010. Passou por empresas de diferentes portes e diversas áreas, como mercado financeiro, hotelaria e e-commerce. Gosta de bicicletas, carros, motos, trilhas, acampar, viajar, café e queijo. É mineiro, uai.

George Focas

Sou o George Focas (ou Focas), brasileiro natural do RJ (não o cartão postal!), programador .net há cerca de 15 anos e não me vejo fazendo outra coisa. Além do trabalho meus hobbies são fazer vários nada com games, música e etc...

Evandro Jesus

Sempre trabalhei com TI e atuo como desenvolvedor de software desde 2011.

Do interior de São Paulo para a Europa, hoje estou buscando construir meu caminho para me estabelecer a fim de encontrar um equilíbrio entre minhas duas paixões: natureza e tecnologia.

Gabriel Rubens

Apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior. Trabalhando em tech, morando fora e tentando fazer um podcast sobre isso.

Thiago Cavalheiro

Líder de uma equipe de engenharia de software, futuro escritor(será?) e morador de um mundo que não vive sem música e cinema.



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Palavras-chave:

  • Dev no Exterior
  • Morar fora
  • Trabalho em Portugal
  • Vida de Imigrante

Por Gabriel Rubens ❤️

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Transcript
Speaker:

Fala pessoal, bem-vindos ao TPA Podcast, aqui é o Gabriel Rubens e mais uma vez vou fazer

Speaker:

um episódio com essa galera que chegou comigo aqui em Portugal e já tá comigo aqui há

Speaker:

uns quatro anos e meios né, pra gente conversar sobre como tá sendo essa experiência morando aqui.

Speaker:

Então, pra começar a gente vai falar sobre como a gente mudou nesses quatro anos e meios

Speaker:

né, e depois a gente vai ver pra onde essa conversa sobre a nossa experiência vai.

Speaker:

E pra bater esse papo, hoje temos aqui, eu vou começar com o Tiago Cavalheiro, porque na outra ele faltou, né?

Speaker:

Foi fazer deploy na sexta-feira, à noite, e aí ficou preso na call.

Speaker:

Não, ele mandou print da call, então acho que tava mesmo.

Speaker:

Tudo bem, Tiago? Pois é, tinha um pequeno problema, tudo. Bom, eu já participei aqui do podcast, pra quem acompanha o Gabriel,

Speaker:

para falar sobre o papel de lead na Farfetch em Portugal, que é onde eu trabalho.

Speaker:

Então, para me apresentar, eu sou o Thiago Cavalheiro, tenho 32 anos,

Speaker:

atualmente trabalho na role de engenheiro de software na Farfetch,

Speaker:

vim para Portugal por esse motivo e conheci essa malta toda aqui durante o voo

Speaker:

e durante o dia que a gente se apresentou para assinar o contrato,

Speaker:

já que eu perdi o transfer graças ao Jorge.

Speaker:

Pessoal sabe, sabe, sabe, sabe, pessoal sabe, eu botei isso no outro podcast.

Speaker:

Exato, o Tiago não ouveu, o pai do Tiago ouve, né?

Speaker:

O Tiago não faz, tá, então.

Speaker:

Não, mas eu voltei a atualizar, Roberto, eu voltei a me atualizar e assisti o último até sobre o Rapaz da Alemanha.

Speaker:

Tá bom, não precisa, não precisa falar alguma coisa aleatória aí.

Speaker:

E falando em lead, como o Tchau Cavaleiro, aqui a gente também tem mais uma lead, a Juliane Ramos, que já participou de outros.

Speaker:

Tudo bem, Jul?

Speaker:

Sim, tudo bem. E aí, malta? E o pessoal, né?

Speaker:

Sim, eu vim também pra Portugal junto com essa galera. Não vim no mesmo voo como eles, mas a gente se conheceu quando fomos assinar o contrato na Farfetch.

Speaker:

Eu trabalhei na Fairfax quatro anos e pouquinho, eu acho, e há algum tempo atrás eu não estou mais na Fairfax,

Speaker:

trabalhei em outra empresa, continuo atual como lead e sempre que o Gabriel me chama eu apareço por aqui.

Speaker:

É isso.

Speaker:

Evandro Jesus também. Evandro, segunda né? Teve a outra já sobre os quatro anos aqui e agora seis meses depois a continuação.

Speaker:

É isso, é isso.

Speaker:

Tudo certinho? Tudo certo. Agora tudo certo, tô me recuperando aqui de covid, nem tinha falado nada.

Speaker:

Mas tava covid aí segunda-feira.

Speaker:

Agora já tô melhor, já tô me recuperando.

Speaker:

Falou essa palavra, o vídeo já não é monetizado. Falando de fake news.

Speaker:

Tô zoando. Desculpa, cara. Eu, Jorge Focas, de volta. E aí, jovens. Como é que vocês estão?

Speaker:

Tô bem. Tô com um novo chão aqui na minha casa.

Speaker:

Não dá pra mostrar, mas tô com um novo chão. Tá certo.

Speaker:

E é isso. Tamo aí, né, cara. Passando por obras, inundações,

Speaker:

tamo vivo. O importante é isso. de inundação em casa.

Speaker:

E aqui o cara que pela segunda vez falou que quase comprou uma luz só para o podcast,

Speaker:

tá? O André Nascentes.

Speaker:

Tudo bem, André? Tudo certo. Olá, pessoal.

Speaker:

Pois é, quase comprei a hand light de novo, mas de novo não comprei.

Speaker:

Tirando isso, tudo certo, sem piso novo, nem nada, continuo com o trabalho de dev, backend, tudo certo.

Speaker:

Cara, detalhe, o André falou no último episódio, que o Thiago não viu, que ele ia fazer podcast

Speaker:

pão de queijo pra todo mundo e já se passaram seis meses né e não saiu esse pão de queijo.

Speaker:

Eu não falo o quanto né.

Speaker:

Por outro lado eu fiz duas vezes a receita para testar a primeira não ficou muito boa

Speaker:

a segunda ficou excepcional então agora tô pronto para o compromisso né a responsabilidade

Speaker:

fazer pão de queijo para os amigos né então agora tá fiado tá tá pronto pra fazer um bom pão de queijo.

Speaker:

Sim, com o André em falta, eu espero que... Não sei se tu já era assim no Brasil, André,

Speaker:

ou se isso é uma coisa que tu mudou, né, quando chegou aqui.

Speaker:

E, cara, a pergunta muito aberta pra começar o papo é o que vocês mudaram nesses quatro anos e meio morando fora?

Speaker:

O mais evidente foi amadurecimento pessoal, né, por vários motivos.

Speaker:

Um dos primeiros é...

Speaker:

Eu acho que todo mundo aqui concorda, mas ser imigrante é um amadurecimento forçado, querendo ou não.

Speaker:

Então, eu acho que teve essa questão de, pela primeira vez, eu ser um imigrante, de eu estar longe da família, longe dos amigos,

Speaker:

emprego novo, pela primeira vez morando sozinho.

Speaker:

Então, eu acho que foram a soma de várias coisas que destacam isso, sabe?

Speaker:

Amadurecimento como pessoa, a autonomia, pra mim, acho que é a principal coisa.

Speaker:

Não sei se os outros concordam. Sim, concordo plenamente, cara.

Speaker:

Eu acho que, sei lá, acho que eu adquiri uma, digamos assim, uma visão mais humana sobre certas coisas que,

Speaker:

no Brasil, especialmente em São Paulo e Rio, as pessoas são muito, quer dizer, Rio nem tanto, né?

Speaker:

As pessoas são muito aceleradas e você quer tudo pra ontem e tal.

Speaker:

E às vezes você esquece que do outro lado das coisas que você pede, enfim,

Speaker:

digamos assim, nos seus movimentos na sociedade, o que você faz,

Speaker:

tem sempre uma pessoa também do outro lado com suas dificuldades, entendeu?

Speaker:

Então acho que parou um pouco assim para meter o pé no freio e,

Speaker:

vamos tentar olhar isso de uma outra forma.

Speaker:

Acho que essa coisa de tentar olhar de uma outra forma foi que eu adquiri mais, entendeu?

Speaker:

Do que essa coisa de tentar olhar tudo pelo lado da eficiência, digamos assim.

Speaker:

De, não, espera aí, vamos devagar, vamos ver que do outro lado tem uma pessoa ali.

Speaker:

Acho que isso foi uma coisa que eu adquiri bastante. Jorge, essa questão de qualidade de vida, você diz, e querendo ou não,

Speaker:

quando a gente desacelera um pouco, a gente prioriza um pouco mais a qualidade de vida.

Speaker:

Sim, acho que realmente.

Speaker:

A gente acaba priorizando certas coisas que antes a gente não priorizava.

Speaker:

Então, acho que, por exemplo, sei lá, andar pela rua,

Speaker:

Principalmente no Porto, que tem várias opções boas, assim,

Speaker:

tem o Jardim do Morro, tem o Parque da Cidade do Porto.

Speaker:

Soma-se aí a vários outros exemplos de lugares que você pode simplesmente sentar, levar a sua bebida, seja ela qual for, e só admirar o ambiente.

Speaker:

Obviamente se não tiver frio, né? Mas, cara, acho que até se tiver frio tá tudo certo.

Speaker:

Acho que é isso, cara. Uma das coisas, né? Vamos ver. Acho que quando começa a forrolar, a gente vai descobrindo mais.

Speaker:

E alguém também se alinha nessa de desacelerar, como o Jorge contou?

Speaker:

Eu também me sinto diferente nesse sentido, porque especialmente aqui, na cultura daqui,

Speaker:

momento de trabalho, momento de trabalho, terminou, tempo do trabalho, terminou.

Speaker:

E férias é um negócio sagrado, tipo, a padaria da rua aqui de casa tá de férias, tá fechado,

Speaker:

foram todo mundo pra praia e fechou o negócio.

Speaker:

E eu acho que eu sentia, às vezes, um pouco de culpa de sair de férias,

Speaker:

de tipo, nossa, tá perto de uma entrega importante, alguma coisa assim,

Speaker:

Eu estou indo de férias, é meu tempo, meu direito, e acho que todo mundo precisa disso.

Speaker:

Ninguém é máquina para trabalhar direto, sem parar. E hoje eu acho que eu tenho muito mais facilidade de separar isso e tirar esse tempo sem culpa,

Speaker:

sem ficar preocupado de que a empresa vai falir. Não, não vai.

Speaker:

Não, não vai. Tem outras pessoas pra cuidar de tudo lá No meu caso, eu acho que eu mudei bastante, assim, eu mudei...

Speaker:

Sei lá...

Speaker:

Meu cabelo, minha alimentação, minhas crenças, acho que mudou muitas coisas, assim

Speaker:

Várias coisas eu percebia que eu não fazia por mim, eu fazia pelos outros

Speaker:

Pelas pessoas que me cercavam, pela expectativa que as pessoas tinham de mim,

Speaker:

E a partir do momento que eu pude me afastar daquela realidade eu pude refletir sobre ela e criticar, que eram coisas que eu não fazia antes.

Speaker:

Eu estava inserida há tanto tempo naquele meio que eu não criticava,

Speaker:

eu aceitava várias coisas que até eram nocivas não só para mim,

Speaker:

mas para as pessoas que me cercavam, e a partir do momento que eu me distanciei,

Speaker:

eu pude refletir mais.

Speaker:

Então, até meus pais estavam cá mês passado, e eles falaram assim, tipo, quase uma outra pessoa.

Speaker:

E foi bem bacana, foi bem bacana perceber. Então veio um amadurecimento e com isso veio uma vontade maior de ser quem eu sou,

Speaker:

de fazer as coisas que eu gosto, de se preocupar um pouco menos com a opinião dos outros.

Speaker:

Então eu acho que esses últimos quatro anos e meios foram muito, muito marcantes, pelo menos na minha vida.

Speaker:

Eu concordo muito com isso que a Jill disse, inclusive, recentemente, eu vi uma...

Speaker:

Não lembro agora de cabeça o artigo que falava sobre isso, mas que se você quer se conhecer de verdade, você tem que se distanciar do meio,

Speaker:

no qual você foi criado e acostumado a viver, porque além de ser uma zona de conforto, você

Speaker:

de forma intencional, sem que você queira, você acaba,

Speaker:

espelhando a imagem que os outros acham de você e não aquilo que você realmente quer ser ou o que você realmente é, né.

Speaker:

E quando você tem essa ruptura, né, vai morar sozinho, vai morar longe,

Speaker:

você acaba se conhecendo mais e tentando ser quem você realmente quer ser, né.

Speaker:

Acho que faz total sentido.

Speaker:

Sim, acho que uma das coisas que eu falei outras vezes aqui no episódio,

Speaker:

tava conversando com alguém ontem sobre isso também, é que acho que,

Speaker:

mudar pra cá me deu a oportunidade de tentar coisas novas, nunca fui muito de ir em bar, pub, mas tava ali do lado da Galeria Paris, então falei,

Speaker:

vamos lá, não que eu comecei a beber e virei o Kot, porque eu realmente não sou muito fã de beber, mas,

Speaker:

eu tava sempre pela baixa ali na Galeria Paris, pegando uma samsby e outra, depois ia em outro rolê,

Speaker:

Então, acho que isso foi legal. E essa parada de que num ambiente novo...

Speaker:

Isso acontecia até em São Paulo mesmo, né? Tipo, trabalhando em Santos, depois que eu fui trabalhar em São Paulo, né?

Speaker:

Você tá num ambiente totalmente novo.

Speaker:

Mas aqui, mais ainda. Então, tu é...

Speaker:

Tu consegue se descobrir, você é quem você é, né? Você quer, consegue fazer coisas diferentes, porque você tá num lugar diferente.

Speaker:

Então, não tem toda aquela carga das pessoas que já te conhecem.

Speaker:

Então eu acho que o fato de você ser imigrante meio que automaticamente te joga nessa posição, sabe?

Speaker:

Você fica mais reflexivo mesmo, quando você volta para o Brasil você tem que fazer uma lista de prioridades

Speaker:

quem que você vai ver, quem que você não vai ver. Então você automaticamente fica nesse modo aí de rever essas coisas

Speaker:

porque se eu não tivesse essa sacada que a Ju teve, sacada acho que não é bem a palavra, mas essa reflexão aí de ver as coisas que realmente importam e tudo mais,

Speaker:

cara, você vai simplesmente explodir, entendeu? Fora do seu país, vivendo como imigrante, você simplesmente vai explodir, cara, porque,

Speaker:

Ah, beleza, a gente está em Portugal, tem um idioma que é próximo, muitas coisas são muito próximas,

Speaker:

mas mesmo assim você tem um oceano de distância, sabe?

Speaker:

Então acho que se você não tiver essa reflexão, pelo menos na minha opinião, você explode, cara. Não adianta.

Speaker:

Boa. Eu concordo com o que você disse também, acho que esse tipo de mudança que a gente faz não é uma mudança pequena e, consequentemente, a gente falar o que mudou da nossa vinda para cá.

Speaker:

Tem muitas coisas que envolvem isso mesmo, mas além do que já falaram, uma coisa que eu sigo refletir rápido e estar um pouco envolvido com isso é essa questão mesmo de abrir a mente.

Speaker:

Eu, no meu caso, posso falar bastante que eu sempre morei com a minha mãe E a minha mudança foi toda de uma vez

Speaker:

Então, saí de casa pela primeira vez, nunca tinha morado sozinho Já vim pra outro, mudar de emprego, mudar pra outro país,

Speaker:

Tipo, tudo de uma vez Isso, saí do Brasil, que eu nunca tinha saído do Brasil, já falei no outro episódio,

Speaker:

Então, foi tudo de uma vez,

Speaker:

E eu quis mesmo ter essa mudança drástica pra dar uma chacoalhada em mim mesmo,

Speaker:

sei lá, para buscar novas oportunidades e conhecer gente nova,

Speaker:

porque eu também tenho um perfil mais reservado, acho que não é tão fácil de eu estar numa roda e conhecer gente nova.

Speaker:

Eu tentei me forçar e exercitar um pouco dessa vivência diferente.

Speaker:

E o fato de ter vindo para cá, saído mesmo do Brasil, porque eu poderia ter mudado para um outro estado, por exemplo,

Speaker:

e já é uma grande mudança, dependendo de quando você vai. você vai considerando o Brasil como o tamanho que é.

Speaker:

Mas vindo vindo para cá para mim abriu a mente de uma forma muito da hora mesmo sim muito bacana em termos de reflexão

Speaker:

porque você está aqui tem muitos países próximos,

Speaker:

da oportunidade de você viajar e conhecer os lugares de uma forma que seria uma viagem para um outro estado lá no Brasil,

Speaker:

e você vai vivenciar muitas culturas e conhecer pessoas e entender realmente que as pessoas são diferentes,

Speaker:

e ter um pouco mais de empatia até, porque é como a gente fala,

Speaker:

a gente não vai saber exatamente como é ser um imigrante,

Speaker:

ou outras pessoas que vieram para o Brasil, por exemplo, morar,

Speaker:

imigraram para o Brasil, a gente nunca teve essa noção

Speaker:

de o que a pessoa estava passando ali no nosso país, e agora a gente tem essa vivência porque a gente é essa pessoa,

Speaker:

imigrante. Então muitas coisas nesse sentido de parar e,

Speaker:

nossa mas olha como as coisas são diferentes como,

Speaker:

tem uma cultura mesmo uma experiência de vida totalmente diferente só porque nasceu em outro país digamos assim,

Speaker:

e eu nunca tive essa noção então acho que foi bem da hora para para enxergar as coisas de uma forma diferente.

Speaker:

Eu...

Speaker:

Eu fui mudando aos poucos, assim, né. Primeiro eu saí da casa da minha mãe,

Speaker:

já saí com a Andrea, a gente foi morar junto e tal, na próxima casa da minha mãe,

Speaker:

era tipo, sei lá, nem 10 minutos de carro. Aí moramos lá por dois anos, aí depois eu me

Speaker:

mudei para São Paulo, aí já teve mais esse afastamento, e aí,

Speaker:

E é realmente, por mais que Rio e São Paulo sejam próximos, né?

Speaker:

Sei lá, 7 horinhas aí de viagem de autocarro, ou ônibus, né?

Speaker:

Autocarro aí que eu sei que tem a malta de Portugal que assiste.

Speaker:

E tem uma diferença, cara. Tipo, você vai pegar um Uber, eu falava, sei lá, 2 segundos,

Speaker:

a pessoa do Uber já falava, pô, tu não é daqui, né?

Speaker:

Aí eu sempre ouvia isso, sempre. Quando eu pegava, tu não é daqui, tu não é daqui, tu não é daqui.

Speaker:

Aí aquele negócio fica meio na tua cabeça, né. Toda hora alguém te martelando isso.

Speaker:

Eu pegava bastante Uber lá, né.

Speaker:

E...

Speaker:

E é isso, cara. Tem... E aí você tem que lidar com isso também.

Speaker:

Por mais que seja no Brasil e tal, tem suas diferenças, né.

Speaker:

No Rio de São Paulo, obviamente, tem suas diferenças. Então, acho que quando eu vim pra cá, senti um impacto, mas eu já tava meio que acostumado não,

Speaker:

Porque mudar de país é muito diferente, mas eu já meio que esperava algumas coisas, sabe?

Speaker:

Falando em Brasil, Jorge, é que eu queria… Uma coisa que mudou em mim também, não sei se mudou em vocês também.

Speaker:

É que eu passei a valorizar e gostar mais do Brasil depois que eu virei imigrante.

Speaker:

Porque não só por nostalgia, óbvio, né.

Speaker:

Saudade dos amigos, família e pela própria nostalgia.

Speaker:

Mas também por, né, não só a comida, que é a melhor do mundo, facilmente.

Speaker:

Mas pelo fato de você ter como comparar agora, né.

Speaker:

A gente agora, sem querer, a gente compara as culturas, os países e a forma como as coisas funcionam.

Speaker:

E eu comecei a sentir falta do calor humano que só existe no brasileiro pra mim até hoje.

Speaker:

Só o brasileiro tem isso.

Speaker:

Nessa... Ospita... Caraca, como é que fala? Aquela... Hospitalidade.

Speaker:

Isso, isso, obrigado.

Speaker:

Hospitalidade que só o latino, no geral, tem, né? Não só o brasileiro.

Speaker:

A questão da facilidade de fazer amizades, a questão da facilidade de conhecer pessoas no geral, seja o objetivo.

Speaker:

As belezas naturais do Brasil. Enfim, várias coisas que quando você tá ali no país, você acaba não dando valor, né?

Speaker:

Porque você já tá lá, né? Você já tá acostumado com aquilo.

Speaker:

Eu acho que eu passei a gostar mais valorizar o Brasil depois que eu me tornei imigrante também.

Speaker:

Desde a parte política até a parte turística, né?

Speaker:

Então, pra mim foi bastante impactante. Eu acho que uma coisa que muda muito é que a gente começa a perceber essas diferenças, né?

Speaker:

E aí vem um pouco da nostalgia também, pra mim. Acho que mudar foi uma das melhores decisões que eu tive.

Speaker:

Tanto de experiências novas, é até difícil começar a refletir,

Speaker:

de lembrar de tudo, de quantas pessoas você conhece, tantas culturas, mas ao mesmo tempo

Speaker:

tem umas coisinhas pequenas como, isso muito São Paulo, do garçom te reconhecer, sabe,

Speaker:

e ter aquela parada mais personalizada, aconteceu isso aqui duas vezes e eu fico até emocionado,

Speaker:

parece meio carente, mas eu acho muito legal quando tu vai num lugar, a pessoa te conhece,

Speaker:

aí pergunta eu mesmo, dessa vez, tu gostou desse prato, desse prato, poderia experimentar

Speaker:

você mora no Marquês agora, né? Ah, tu é vegana, esqueci.

Speaker:

Eu não sou vegana. Ah, não, sua esposa que é vegana. Tem um restaurante aí na rua da Constituição, Bugatti,

Speaker:

tem uma francesinha lá. Se você for lá todo dia, ou sempre, com certeza ele vai te reconhecer.

Speaker:

Então fica aí a dica. Eu já tenho um brasão, o brasão foi o primeiro que eu ganhei, nesse respeito.

Speaker:

Mais uma frentezinha todo dia? Não, uma por mês. Não, todo dia não.

Speaker:

Mas... Com frequência. É.

Speaker:

Aham.

Speaker:

Sim, então tem isso e acho que tem pequenos detalhes de como lidar no dia-a-dia, né, pra mim, é coisa que eu sinto falta.

Speaker:

Às vezes quando alguém pergunta é difícil explicar, mas acho que o Tiago falou essa questão de fazer amizades, etc.

Speaker:

Não sei, acho que eu sinto falta dessa parada de... Até eu mudei também, né, depois a gente entrou muito nessa, então eu sou muito menos espontâneo.

Speaker:

Não sou eu, né? É difícil marcar qualquer coisa com vocês. Então acho que a gente é menos espontâneo em geral e eu tô apontando o dedo mesmo aqui.

Speaker:

Porque é difícil, mas enfim. E minha defesa, esse é um problema que eu tenho desde sempre.

Speaker:

Ah, ok. Mas eu sinto falta de certa forma disso, de, pô, juntar a galera e aí

Speaker:

mandando mensagem, pô, fazer um churrasco, bora, jogar bola, bora, juntar uns trocados,

Speaker:

comprar uma carne, né, às vezes a carne de segunda qualidade, pede churrasqueira pra alguém, né,

Speaker:

e acabou, tá feito o fim de semana, né, e acho que isso é difícil quando você tá em algum outro lugar, né.

Speaker:

Acho que ainda tem outra questão, que aqui, pelo menos em onde nós, tem uma casa, e a gente mora um pouco espalhado também, né?

Speaker:

Não mora tão próximo. Então, eu moro fora do porto, aí mesmo vocês que estão aí no porto, já moram um pouquinho espalhado.

Speaker:

E às vezes... Gil matosinhos. Ah, Gil matosinhos, né?

Speaker:

Então, por mais que tenha o transporte público que atende bem, que alguns de nós temos

Speaker:

carro e tal, sei lá, às vezes é...

Speaker:

Eu acho que também tem, além disso, tem a questão de, sei, de estar mais velho, de

Speaker:

o tempo passa e parece que a gente tem mais responsabilidades, mais coisas,

Speaker:

parece que o trabalho às vezes cansa um pouco mais, e aí, não sei, eu sinto isso, sabe?

Speaker:

Não sei se é só porque eu fiquei meio velho ranzinza, mas eu acho que é uma coisa que influencia também nessa questão.

Speaker:

Mas sim, estar fora dificulta um pouco, até porque, pelo menos eu, conheço menos pessoas,

Speaker:

um pouco mais difícil de formar esses círculos de amizade, né?

Speaker:

Sobre a idade eu acho que eu concordo um pouco, agora sobre morar longe, acho que a gente tá com mania de português,

Speaker:

que acha que 20 minutos de carro é longe.

Speaker:

E tem isso também, porque a gente acostuma com as distâncias curtinhas.

Speaker:

Ninguém tá 20 minutos de um do outro.

Speaker:

A gente tá longe para os padrões locais, vamos dizer, mas realmente 20 minutos não é nada.

Speaker:

É a parada de que meu trabalho de metrô é 45 minutos, e eu tive que ir semana passada porque tem planejamento do quarto, né?

Speaker:

Então tá todo mundo dos países aqui no porto.

Speaker:

Pô, foi um sacrifício gigante, eu peguei vários Ubers.

Speaker:

Chegou no último dia, eu falei, não posso pegar Uber de novo porque tá caro, porque cara, 45 minutos pra mim, eu tô maluco no metrô.

Speaker:

Minha empresa em Matosinhos, lá numa das últimas estações, cara...

Speaker:

Eu tenho que descer, né, porque é Guaraná Marquesa, então tenho que descer pra Trindade, voltar...

Speaker:

E pô, né, eu fazia Santos-São Paulo, duas horas e meia, todo dia, não era nada.

Speaker:

Qualidade de vida, cara, quando você acostuma, é difícil de...

Speaker:

Desvontar. Desacostumar.

Speaker:

A mesma coisa é eu, eu trabalhava em Alphaville, trabalhei três anos em Alphaville.

Speaker:

Sexta-feira levava três horas para chegar em casa E agora, quando tem que ir para o ofice, é um sacrifício

Speaker:

E a bitch me nota.

Speaker:

Isso aí, falando nas coisas que eu acho que eu mudei também, isso aí com certeza, não só o fato de morar fora,

Speaker:

mas acho que as mudanças que teve no trabalho com a questão da pandemia, mas eu não tô a fim mais de passar hora inteira no trânsito, não, sabe?

Speaker:

Hoje eu olho pra isso e parece que tô desperdiçando a vida, sabe?

Speaker:

Então, se for possível morar perto, ok, mas se não, remoto, porque...

Speaker:

Nossa, a hora que eu penso, em Floripa, eu voltava por uma hora e dez de carro.

Speaker:

Era muito tempo ali à toa dentro de um carro, que hoje eu fico agoniado se eu precisar ficar.

Speaker:

Eu já tô assim com o trabalho, eu também não quero mais, já tô brincando.

Speaker:

Olha aí, tá brincando né, tá bom, vamos fingir que é verdade.

Speaker:

Mas total, e tu falou um ponto interessante que é a pandemia mesmo,

Speaker:

acho que a pandemia traz um peso de frente pra nossa experiência, né,

Speaker:

acho que qualquer pessoa no mundo mudou um pouco isso,

Speaker:

E de fato também, pra mim, eu acho que essa questão de escritório, tempo em trânsito mudou, mesmo pela pandemia, que aí eu acostumei a ficar um pouco mais em casa e hoje é difícil de reacostumar, de não virar uma planta.

Speaker:

Mas assim, mesmo antes da pandemia, acho que a gente ficou um ano e três meses aqui trabalhando antes da pandemia

Speaker:

Eu ia e voltava de transporte público para a Farfetch, eu levava, sei lá, 40 minutos para ir e voltar,

Speaker:

E como eu não estava dirigindo, como estava no transporte público, já era menos ruim,

Speaker:

Porque era um tempo que eu ia lendo, que eu ia ouvindo um podcast mais tranquilo.

Speaker:

Eu não consigo concentrar direito, se eu estiver dirigindo, eu tenho que ficar voltando ao podcast.

Speaker:

Então já era um tempo um pouco mais bem aproveitado. Eu estava ali no transporte, mas eu poderia fazer alguma coisa.

Speaker:

Agora, trânsito, trânsito, de pegar a carra e ir dirigindo, nossa, isso aí eu não quero mais.

Speaker:

Tu não pegava o ônibus com a gente?

Speaker:

Pegava.

Speaker:

Então, não é transporte público? É transporte, porque eu pegava o metrô em Gaia,

Speaker:

depois ainda pegava o outro.

Speaker:

Ah, tu ia de Gaia. Eu ia de Gaia, eu pegava o metrô até Trindade,

Speaker:

e em Trindade eu pegava o ônibus.

Speaker:

Porque o ônibus da empresa era de boinha, porque a gente ia zoando, né?

Speaker:

Tipo, de manhã, a gente ia... Zoando?

Speaker:

Só se for no suíte, né? Zoando. Não, não, não. Pô. Não, eu dormia mesmo, não.

Speaker:

Eu dormia mesmo. Na ida, na ida, na ida, na volta, na volta era uma boa conversa.

Speaker:

Você vai meter essa mesmo, cara?

Speaker:

Porra! Você foi o primeiro a falar, que falou, não, eu falei lá no meu time que se a gente estiver

Speaker:

de fone é porque a gente não quer conversa, é pra deixar a gente quieto.

Speaker:

Não, aí é regras da civilização, você tá com fone, não é isso mesmo.

Speaker:

Você veio falar e foi de zoando?

Speaker:

Não, calma, calma, olha aí, diflamação, aí mentirosa, né? O Gabriel nem falava com a gente, que ele era... Mentira!

Speaker:

Olha que mentira, eu sempre que puxei... O Cláudio sentava lá no final do ônibus, cara.

Speaker:

Esse grupo, porque eu puxei... Ele sentava lá no final, lá no final,

Speaker:

no último banco. Na ida? Na volta, cara.

Speaker:

Não, não é isso. Como assim? Vocês estão malucos. Ele só andava com o pessoal ajeitante, eu lembro disso.

Speaker:

Isso, cara. Cada dia você estava no lugar, Na ida eu ia calado ouvindo podcast e depois eu lia ali no Kindle, isso era.

Speaker:

E eu falava, tinha essa regra ó, tô de fone, eu não tô aqui.

Speaker:

Vai que vai na volta não, como assim?

Speaker:

Don't touch me! Você não inventou essa regra, né? Eu ia sempre no primeiro banquinho junto com o motorista, então...

Speaker:

É meio... Isso é verdade!

Speaker:

Eu achava mais... Sei lá, achava o ônibus meio claustrofóbico, e lá tinha a vista, né?

Speaker:

Tinha umas situações engraçadas naquele outro carro, às vezes...

Speaker:

Tinha uma pessoa que ninguém sabia de quem ele era amigo, todo mundo achava que ele era amigo dele.

Speaker:

Ah, é teu amigo, né? Mas não era amigo de ninguém.

Speaker:

E era chato pra caramba. Eu sei. Ele se sentava do seu lado e ficava...

Speaker:

Todo mundo sabe quem é, cara. Eu acho que eu sei quem é.

Speaker:

Pô, eu não sei quem é. É um que uma vez eu falei, pô, não gosto como essa pessoa fala.

Speaker:

Cuidado com as discussões, cara.

Speaker:

Ele chamava os outros de macho. E aí, macho, tudo bem? E eu ficava irritado com isso.

Speaker:

Isso eu não lembro. Eu até falei, esse cara é chatão, ele chega e fala, e aí, macho, beleza?

Speaker:

Isso é um só dos detalhes. E o Evandro até falou, vai chamar do que? De fêmea?

Speaker:

Eu falei, pô, pode chamar, pode falar, e aí, beleza? Lembro dessa frase teórica que eu fiquei puto com o Evandro.

Speaker:

Macho é uma gíria do Nordeste pra cara.

Speaker:

Não, não, não.

Speaker:

Não era, mas cara, é o que assistia a vídeo.

Speaker:

Não, cara, não quero achar tudo de mágico. Dá pra cortar aqui, ó. Fala aí, eu tô curioso.

Speaker:

Não, beleza, vamos falar o nome.

Speaker:

Não lembro de onde ele trabalhava, era o... Ele tinha um nome estranho.

Speaker:

Era o cara da religião lá de... Não, esse era outro, esse era outro.

Speaker:

Ah, eu tava pensando nesse. Esse é o daí? Era aquele cara que vivia perto.

Speaker:

Falando de uma forma prejudarativa sobre mulher, sabe?

Speaker:

É esse mesmo! É esse cara aí! É por isso que esse aí macho me incomodava! É esse, é esse!

Speaker:

Cara, vamos deixar... Ele falava muita besteira! Vamos deixar tudo aí!

Speaker:

Bons tempos, né? Tá fartante!

Speaker:

Sim, sim, sim, sim! Durou o quê? Um ano?

Speaker:

Durou um ano só, né? Um ano, acho que...

Speaker:

Um ano, um ano, indo pro escritório? Foi. Dia 12 de março começou o lockdown.

Speaker:

Um pouquinho mais de um ano. Ah, ok. Isso foi algo que fez a gente mudar na marra também, amadurecer na marra, né?

Speaker:

A pandemia, ser imigrante.

Speaker:

Foi. Pois é.

Speaker:

É, né? Mas não só isso. Até falando em pandemia, eu vou entrar na doença.

Speaker:

Quando a gente tomou... Putz, entrar nesses assuntos, aí, sensação,

Speaker:

o podcast vai ser desmonetizado, sabe? O episódio que eu falo de...

Speaker:

A gente não fala o nome agora. Eu tava na palavra vacina, então eu não vou falar... É, não, é sério.

Speaker:

Quando a gente tomou pica? Quando eles não vacinam, tipo, falar essas paradas, porque eles…

Speaker:

Por causa do problema com o fake news, sabe.

Speaker:

Então eles despiorizam qualquer pessoa que fala desses assuntos quando não é um especialista, sabe. Então tem canais de médio…

Speaker:

Mas enfim, mas teve… tem umas coisas de ser imigrante, né.

Speaker:

Que aí, relacionado à doença, é… Quando eu cheguei, eu tive um momento que eu fiquei com a garganta inflamada.

Speaker:

E tipo, era uma coisa muito comum no Brasil, né. Ficar com a garganta inflamada, ficar mal, tomar um Besentacil, né.

Speaker:

Marota, aquela antiga ainda que doía.

Speaker:

E aqui eu tive, teve um dia que eu fiquei mal. E aí foi um dia que eu falei, caramba, que merda.

Speaker:

Eu era novo no trabalho ainda, os primeiros três meses.

Speaker:

E aí tava ruim de levantar da cama, né. Então eu ia ligar pro Uber, mas dá aquela tontura quando você levanta.

Speaker:

E aí aquele dia deu um pouco de medo. Tipo, mais a sensação de, cara, se alguma coisa acontecer aqui, né.

Speaker:

Eu não sei o que eu faço.

Speaker:

É, não, tu vai falar com quem tu trabalha, mas é estranho, né?

Speaker:

Agora, novo, a gente tem uma conexão forte. E aí tem o Thiago.

Speaker:

É, aí teve o Thiago. O Thiago mandou uma vez, que a gente foi no jantar, que ele falou que teve...

Speaker:

Teve nas vacinas, né?

Speaker:

Que a gente teve. Tu falou que... que começou a ser calafrio.

Speaker:

Isso foi a palavra, eu achei... Eu fiquei muito mal mesmo.

Speaker:

É, todo mundo riu, né? Porque a gente tinha passado, mas eu fiquei, cara, mas é verdade, é meio trágico, né?

Speaker:

Eu tive todos os sintomas, eu lembro de tentar ir na cozinha tomar paracetamol e eu quase caí, cara.

Speaker:

Foi bem brabo.

Speaker:

Mas depois tomei o paracetamol e dormi de boa. A gente vai viajar pra fora, também pode acontecer, lógico que a gente tá morando aqui, tem mais tempo pra dar merda.

Speaker:

Uma vez que eu fui pra Praga, na época do Cateaca, meu olho inflamou, cara. Nossa, foi horrível.

Speaker:

Mas se você vai num lugar diferente e comer uma comida lá pra experimentar, aí é uma coisa bem diferente.

Speaker:

Todo mundo já deve ter uma mesma experiência.

Speaker:

O estômago dá uma zoadinha de viagem, pra mim, é normal.

Speaker:

Porque eu gosto mais de tentar comer as coisas diferentes. Nunca muito ruim, sabe, tipo de ficar mal.

Speaker:

Mas por que tem gosto, Gabriel?

Speaker:

Cara, às vezes sim. Vamos fazer isso e você prejudica todos ou só a tia, Sérgio?

Speaker:

Às vezes sim, mas hoje em dia não mais, porque eu vou com a Vitória, então se eu for viajar sozinho, sim, eu prefiro, eu fico em hostel mesmo, tanto faz, né?

Speaker:

Mas não, eu nunca fiquei mauzão assim de dar PT no banheiro, foi mais tipo do estômago incomodar, nunca, ainda bem, porque imagina.

Speaker:

Mas falar em rostas é outro assunto que daria também, né? Minhas experiências com rostas são 880.

Speaker:

Falando nisso... Não, deixa, deixa.

Speaker:

Não, agora começou, fala. Não, é que é aleatória também.

Speaker:

Ah, o que que é aleatória? Eu fui pra Lisboa esse final de semana pra curtir um festival lá.

Speaker:

E eu fiquei bêbado e comprei passagem pra Barcelona, cara. Agora eu tenho passagem pra Barcelona pra ir lá.

Speaker:

É, que bom. Mas enfim... Quando? Ah, mas eu não podia gastar, né?

Speaker:

Eu tava com o dinheiro certinho, mas agora... Pra setembro. Quando? Que eu vou pra Barcelona em setembro.

Speaker:

Dia 1 a dia 4 de setembro. Não, eu votar do dia 11 ao dia 15.

Speaker:

Eu vou sozinho, mas o lado bom é a primeira viagem sozinho, nunca fiz. Sério? Sim.

Speaker:

É importante. Cara, é legal, hein? Acho que uma das mais legais sozinha foi porque o Thiago vacilou.

Speaker:

O Thiago é mais alguém. Salamanca. Salamanca, sim.

Speaker:

Não, você avisou em cima da hora, era pra enviar o teu carro, né?

Speaker:

Não avisei em cima da hora. Era, era, mas não avisei em cima da hora.

Speaker:

Galera, vou ou não vou? Se vocês quiserem eu vou comprar em cima da hora.

Speaker:

Pô, e pra mim, cara, foi irado. E essa viagem foi das melhores, assim, pra mim, de conhecer a maior galera lá, então...

Speaker:

Esse ano eu fui pra Roma sozinha. Como é que foi pra ti?

Speaker:

Foi incrível. Sério? Pô, todo mundo fala isso, né? Eu fui pro meu aniversário, né, eu fiz anos lá de 5 de janeiro, e daí eu peguei e fui

Speaker:

pra Roma, fiquei lá acho que seis dias.

Speaker:

Nossa, eu fiz tudo. Fiz tudo que eu queria. Porque sozinha é muito mais fácil, você toma a decisão, é mais rápido.

Speaker:

Quero fazer isso. Vou e faço, assim, sabe?

Speaker:

Sim.

Speaker:

Parece que tem um negócio meio...

Speaker:

Não, fala aí. Não, eu ia falar que... O Gabriel falou pra não falar isso, né?

Speaker:

Vai ficar no óculos, vai embora.

Speaker:

Não, cara, tem um negócio meio filosófico de viajar sozinho, né?

Speaker:

Todo mundo, quando viaja sozinho, assim, depois de uma grande mudança,

Speaker:

Eu tinha receio de me sentir sozinho, de...

Speaker:

E essa parte é legal, cara. Mas essa ideia, cara, eu acho que é uma das coisas que eu aprendi bastante nesse tempo, né?

Speaker:

E aí eu sei que tem várias camadas, pra falar que eu sou tímido eu posso ser injusto, porque é muito tímido, né?

Speaker:

Eu não sou travado, mas eu tenho... Antes que o Ivando fale, sempre tímido, né?

Speaker:

Sempre, sempre. Sempre, isso. Eu sou travadão, mas enfim.

Speaker:

Mas é, tipo, eu tenho muito desse pensamento na cabeça, né? Cara, eu tô deslocado.

Speaker:

Pô, as pessoas tão vendo que eu tô deslocado. Tinha, né? Hoje, menos.

Speaker:

E eu acho que parar de viajar sozinho, é isso, cara.

Speaker:

Tipo, de tu se acostumar e se sentir bem com você mesmo. Tu tá num bar sozinho.

Speaker:

E, cara, aí chega um momento que você se sente bem, sabe? Tipo, pô, ontem eu tava num bar, no Mirajaz,

Speaker:

tinha um cara sozinho.

Speaker:

Tinha um cara e tinha uma mulher, os dois sozinhos. E, pô, eles estavam sorrindo.

Speaker:

Não um pro outro, sozinho mesmo.

Speaker:

Tomando, olhando pro pôr do sol, sabe? E teve uma hora que eu olhei pros dois, não, eu não tava flertando.

Speaker:

Tipo, eles tavam em lados diferentes, os dois.

Speaker:

Deveriam, tava os dois na mesma vibe.

Speaker:

E eu achei mó legal aquilo, sabe? Eu lembro de um momento, eu olhava assim

Speaker:

eu vi a mulher lá meio feliz, meio que sozinha, né.

Speaker:

Feliz, olhando pro pôr do sol, com os tapas… Não, não. Não se diz ser álcool.

Speaker:

Não, cara, não é! Aí que tá, isso que eu tô falando. E o cara tinha chegado, ele também não tava bêbado.

Speaker:

O que eu tô falando, tipo, eles estavam curtindo a parada, sabe?

Speaker:

Eu tava com amigos, mas eles estavam sozinhos e curtindo.

Speaker:

Eu não acho que nenhum dos dois tava preocupado porque estavam sozinhos, né?

Speaker:

Eu acho que essa coisa legal de viajar sozinho, que no começo sim, mas tipo, é...

Speaker:

Cara, eu vou estar deslocado, e daí?

Speaker:

Cara, ninguém liga pra ti, a não ser você mesmo, assim, num bom sentido, nisso, né?

Speaker:

Ninguém tá nem aí, cara, se tu tá deslocado.

Speaker:

Tu acha mesmo que alguém vai sair na rua, pô, olha, ó, mandar mensagem no WhatsApp pro áudio,

Speaker:

ó, tem um cara deslocado aqui no bar, vou mandar uma foto, tipo...

Speaker:

Dizem que tem uma galera que tira a foto de quem tá sozinho, né? E vira meme, né?

Speaker:

É, vira meme, solidão, ô... Ah, eu não tô nem aí.

Speaker:

Eu não tô nem aí, não é não.

Speaker:

Mas é legal. Tiago, vocês estão falando que ele vai virar meme?

Speaker:

Não, não. Eu vou até ficar em rosto, porque ajuda bastante pra conhecer gente e se enturmar e tal.

Speaker:

Vai ser uma experiência legal. Faz tempo que eu tava querendo tomar essa atitude, né?

Speaker:

Aí eu precisei beber um pouco. Aí comprei.

Speaker:

O Tiago, eu já, falando em bebida, eu já salvei ele de mensagem com a trajadora.

Speaker:

Bom, ok. Eu já salvei ele de mandar mensagem.

Speaker:

Eu peguei o celular da mão dele, quando ele falou, vou mandar uma mensagem pra tal pessoa.

Speaker:

Ele tava... eu tive foto nesse dia.

Speaker:

Ah, eu tirei foto, eu falei, você não vai lembrar disso, mas você um dia vai ser grato.

Speaker:

E no outro dia eu te... eu contei pra ti, te contei no café.

Speaker:

Isso foi... não no outro dia, dois dias depois, que era na segunda.

Speaker:

Isso foi no sábado à noite, na segunda, no trabalho, eu te contei o que aconteceu.

Speaker:

E aí tu falou, pô...

Speaker:

Tu ficou meio assim, reflexivo, falou, pô, obrigado. Porque eu falei, o que tu ia mandar e pra quem?

Speaker:

A gente tava na guerra. Eu não lembro, não adoera.

Speaker:

Cara, Farfetch'd...

Speaker:

Enfim, eu não vou falar. Eu não vou falar, aí talvez já seria demais. Exposed! Exposed!

Speaker:

Não, não, se eu não falar nomes... Não tem sentido. Ah, eu acho que eu lembrei agora. Enfim. Comece com S.

Speaker:

Não sei, não sei o nome. Não sei quem é, mas não sei o nome.

Speaker:

Mas enfim, Voltando aqui, eu acho que isso é outra coisa também, de morar sozinho no começo, que é se acostumar, né.

Speaker:

Eu falei pra vocês, eu dei vários rolês com o Thiago, quando ele falava que ia e não ia, no comecinho.

Speaker:

E cara, tô zoando, tô zoando. Mas, cara, quando isso acontecia, eu tinha na cabeça, porque se fosse no Brasil, eu ficaria mais de boa, sabe, falar, beleza, acabou.

Speaker:

E aqui, eu falava, tipo, se eu quero ir num lugar, eu vou, independente do que aconteceu, sabe.

Speaker:

Em minha defesa, todos aqui casaram, eu sou o único solitário.

Speaker:

É o único ainda aí, né? Contando história. Mulheres, mulheres, mulheres que estão assistindo.

Speaker:

Ó, é tiago.delcarlo, Instagram. Manda lá, manda lá. Vou deixar na descrição.

Speaker:

Ajuda, ajuda nós. Pô, Barcelona, a gente foi pra Madrid.

Speaker:

Agora vai pra Barcelona, continuação de Madri lá né mas a gente não acreditou nada você é o grupo aqui é o grupo eu sempre vou eu,

Speaker:

sempre vou quando eu compro depois que eu vou te comprar a ideia é embebedar o Tiago e arrancar Pelo que ele tem.

Speaker:

Comprar pra todo mundo, né?

Speaker:

Ai. Mas vamos continuar esse papo então dessas experiências de morar fora.

Speaker:

A gente falou agora de... a gente foi misturando vários assuntos, né?

Speaker:

Mas acho que a gente entrou num legal que é dessa de...

Speaker:

De viagem sozinho, né? Porque eu acho que isso representa muito...

Speaker:

Quem vem em casal é diferente. O sozinho é de não ter a família só, né?

Speaker:

Só não, porque é coisa gigante. Mas por que veio solteiro como...

Speaker:

Acho que só eu e tu, né, Tiago? A gente veio num voo de casados.

Speaker:

Pois é. Não, o Evandro também. Ele chegou... Ele casou depois, né, Evandro?

Speaker:

Isso. Isso, é. Não, mas veio...

Speaker:

Mas já veio, né?

Speaker:

Já veio com compromisso. Já nos contatinhos. Tá complicando o cara.

Speaker:

Tá complicando o cara. Exato. Mas isso. Eu vim sozinho. Não veio sozinho.

Speaker:

Eu vim sozinho. Não em coração. Fisicamente eu vim sozinho.

Speaker:

Esse cabelo de eu sozinho, sim, sim. Mas é diferente, era muito diferente, tipo, o Evandro era mais de boa

Speaker:

e a gente saía pra uns rolês aleatórios, né, Thiago? Acho que isso muda, tipo, a situação do Evandro não é a mesma.

Speaker:

Mas eu não sei se vocês concordam, mas esse papo de morar sozinho, não sei se eu posso trazer ele de novo. Manda, manda.

Speaker:

É que você, é como o Gabriel disse, alguns já vieram em casal, mas uma coisa que eu senti, talvez seja até um dos motivos do Gabriel me zoar,

Speaker:

É que quando você fica muito tempo morando sozinho, você acaba acostumando a ficar sozinho.

Speaker:

Eu passei a sair menos agora que eu moro sozinho do que quando eu não morava, sabe?

Speaker:

É curioso isso, parece que eu comecei a gostar e a acostumar mais só com a minha companhia, sabe?

Speaker:

Aí eu acabo, às vezes, ficando muito caseiro, mais caseiro do que eu gostaria, até.

Speaker:

Você casou com você mesmo? Isso.

Speaker:

Tô zoando. Mas, cara, eu acho que não pra mim. Pra mim foi o contrário. Até a pandemia, né?

Speaker:

Acho que no período que tava aí eu saía muito mais.

Speaker:

Até a pandemia eu saía bastante. Foi quando a gente viajou e fez as coisas.

Speaker:

É, mas acho que eu saía mais que você, até. Porque tu volta e meia não ia.

Speaker:

Não sei a situação agora, mas eu, cara, qualquer pessoa que falar, se fosse em algum lugar, um rolê que eu curtia,

Speaker:

mas qualquer pessoa que falasse, vamos fazer tal coisa? Bora.

Speaker:

Tipo, vamos fazer tal coisa? Bora, sabe. Então eu entrei num modo que provavelmente em poucos meses eu saí mais que a minha vida inteira.

Speaker:

E eu acho que isso foi legal também, foi bem diferente do que, não sei se eu estaria fazendo a mesma coisa no Brasil, por exemplo, sabe.

Speaker:

Eu acho que a cidade que a gente mora aqui facilita, você consegue fazer muita coisa a pé, é seguro.

Speaker:

Na casa que eu estava antes do apartamento era tudo no raio de um quilômetro, né?

Speaker:

Tipo, sei lá, dois talvez.

Speaker:

Talvez isso ajudava também, né?

Speaker:

Pegar o elevador e eu tava no centro já.

Speaker:

Se você estiver com disposição suficiente hoje em dia, desça a farinha de maranjo.

Speaker:

Mas cara, eu queria entrar no assunto agora, voltando a isso aqui com o Evandro,

Speaker:

queria saber qual é, porque tem uma galera que vem, tipo o casal, mas vem só uma pessoa.

Speaker:

E teve alguns no meu trabalho que foram assim, né? E tipo, a pessoa sofreu um pouquinho nesse começo, né?

Speaker:

Acho que foi pra ti, Evandro, porque eu e o Check tava saindo mais, mas tu era um pouco mais caseiro.

Speaker:

Mas você não era mais caseiro que a gente.

Speaker:

Eu ainda sou, na verdade. Mas é porque eu acho que depende muito, é como vocês estavam falando.

Speaker:

Eu nunca tive isso muito de sair direto.

Speaker:

Até era uma preocupação que as pessoas ficavam colocando de Ah, mas você vai ficar sozinho.

Speaker:

Eu já estava namorando, enfim. Mas vai ficar sozinho lá, como é que vai ser para conhecer outras pessoas.

Speaker:

E eu não me importo muito, na verdade.

Speaker:

Que nem o Thiago falou, de acostumei com a minha presença, gosto da minha própria companhia.

Speaker:

E eu gosto muito da minha própria companhia, se for pra ficar no final de semana inteiro dentro de casa vendo filme ou fazendo alguma outra coisa,

Speaker:

não vou sentir que foi um final de semana perdido, sabe? Eu não ligo muito mesmo.

Speaker:

Mas tipo, da questão de vir pra cá no começo, eu fiquei acho que uns seis meses sozinho, namorando à distância no caso,

Speaker:

Isso aí acho que já é um pouco diferente mesmo, porque eu tava o quê, sei lá, um ano,

Speaker:

Eu tinha começado a namorar fazia um ano e depois já mudei pra cá, então tava nessa, como é que vai ser, namorando à distância

Speaker:

Tipo, se vai dar certo ou não vai, acabou porque deu certo,

Speaker:

Mas é uma é uma dúvida assim né é diferente também o processo,

Speaker:

mas acho que de ficar sozinho não tive muito muito problema foi bem tranquilo mesmo.

Speaker:

Tu não mudou do Brasil pra cá.

Speaker:

Eu acho que não porque eu não era muito de rolezeiro mesmo assim de ficar.

Speaker:

Agora eu acho que até falando da experiência daqui como que nem vocês estavam falando eu morava no interior lá,

Speaker:

que a gente já falou também no outro episódio que a gente não tinha muita coisa

Speaker:

para fazer em junho de aí ou você ia numa praça ou no shopping.

Speaker:

Ou é no shopping ou você vai num parque. Então não tinha parkour.

Speaker:

A Natal Batec tem parkour. Não é aleatório não.

Speaker:

E é tipo aqui e aqui eu vou em muito lugar. Só de ir na Ribeira lá eu já estou feliz. Obrigado.

Speaker:

Nada a ver pera ai cara, por que você não pode não ter parkour?

Speaker:

Eu não tenho parkour eu não consigo eu não posso ter parkour o que é isso?

Speaker:

Vocês não conhecem o parkour que eu falei o parkour de plantão o parkour de plantão

Speaker:

falei no vulgar um meme eu não conheço.

Speaker:

Eu confundi Ai, cara! Que surpresa! Mas eu tô ligado nesse meme aí, o Gabriel vai deixar na descrição.

Speaker:

Eu tô ligado e eu lembro também.

Speaker:

Ai, caraca!

Speaker:

Mas enfim, até perdi o que a gente tava falando. Eu tava falando disso aí mesmo, que era...

Speaker:

Isso aí mesmo! Isso aí, é, do Parkour. Não, sério, eu tava falando só pra complementar, pra fechar.

Speaker:

Eu acho que até saio muito mais aqui mas porque dá vontade de sair de estar num lugar diferente que é turístico digamos assim o porto é muito turístico não tinha nada para turistar lá em Jundiaí então aqui eu vou na Ribeira lá e eu vou quantas vezes for e para mim é muito foda lá.

Speaker:

E as vezes só para dar uma volta e ir na praia também, quando que eu ia na praia lá no Brasil, eram 3 horas de casa, aqui eu pego o metro e vou ali, então, acho que eu passeio e aproveito muito mais, mas só que eu não ligo de ficar em casa também.

Speaker:

Apesar de eu ser caseiro também, igual o Evander, eu saio muito mais aqui, no sentido

Speaker:

mesmo que sair sozinho, dar uma volta, etc, do que no Brasil.

Speaker:

Isso é uma grande vantagem, porque eu acho que o acesso ao turismo, acesso à cultura

Speaker:

aqui é muito mais fácil.

Speaker:

Pois é, isso, tipo, às vezes, sei lá, quer conhecer algum barzinho diferente, um restaurante diferente.

Speaker:

Além de ter o fato de você ir comer alguma coisa de cultura diferente, né?

Speaker:

Tipo, a comida portuguesa hoje, ou qualquer outra coisa da Europa, tem essa facilidade.

Speaker:

Então, pelo menos o meu rolê, acho que o que mais motiva sair é pra comer, pra comer alguma coisa num lugar diferente.

Speaker:

E isso acho que tem muita variedade aqui para fazer.

Speaker:

Lógico que no Brasil também tinha mas principalmente para quem mora em São Paulo acho que deve ter muita opção lá.

Speaker:

Tem mas acho que pelo menos a distância aqui é menor para mim.

Speaker:

Então essa é uma diferença morando mas também porque é o lugar que eu moro.

Speaker:

Então é muito mais fácil de andar 10 15 minutos assim máximo tu ir num lugar legal pensando em restaurantes etc.

Speaker:

Mas eu sinto que, não só em Portugal, acho que na Europa como em geral, não sei se é impressão minha,

Speaker:

mas acho que é um pouco o que o Jorge falou, dessa questão de desacelerar um pouco,

Speaker:

que é que o pessoal aproveita mais o horário livre, né?

Speaker:

Mesmo durante a semana, você vê muita gente em restaurante, muita gente em bar,

Speaker:

muita gente indo ver o pôr do sol, coisa que é difícil, né? Pelo menos em São Paulo, é sempre correria, é sempre...

Speaker:

Mesmo no happy hour, é só um dia específico da semana, Aqui eu vejo o pessoal aproveitando mais o tempo livre.

Speaker:

Acho que em questão de bar, eu acho que eu via mais em São Paulo, de pós-trabalho, tinha uma galera que ficava até no bar pra esperar passar o trânsito, Happy Hour, eu acho que mais São Paulo.

Speaker:

Agora, restaurantes, eu tenho a impressão que mais aqui, mas também eu acho que isso pode ser até porque a minha estilo de vida mudou, né?

Speaker:

Eu vou mais em restaurantes do que eu fazia. Eu tenho mais curiosidade de fazer umas coisas diferentes

Speaker:

do que quando eu estava no Brasil.

Speaker:

Por exemplo, você acha que se você voltasse para o Brasil por algum motivo você ia se adaptar de novo àquele estilo de vida mais acelerado

Speaker:

ou você ia tentar levar com você isso e se adaptar de alguma forma?

Speaker:

Boa pergunta, cara. Eu tenho muito essa curiosidade. Eu não consigo te responder objetivamente, porque eu nunca fui no Brasil ainda, né?

Speaker:

Provavelmente esse ano, mas eu não fui ainda e tenho curiosidade até de saber como que

Speaker:

vai ser passar o ano. Você não foi ainda pro Brasil? Não.

Speaker:

Não, não, não. Caraca. É, então não sei.

Speaker:

Eu acho que algumas coisas que você muda, é difícil voltar atrás, né?

Speaker:

Talvez a noção de distância vai ter que se adaptar de novo, isso não tem jeito,

Speaker:

Mas não sei, cara, eu acho que aqui a segurança traz mais possibilidades de dar um rolê

Speaker:

à noite, de andar, de ficar numa praça até tarde, assim, tipo, esse fim de semana mesmo

Speaker:

de tu falar, pelo menos na cidade menor, tu conseguir ir em parque diferente no mesmo

Speaker:

dia, depois conseguir emendar em um restaurante, tudo próximo, não sei, tô só divagando

Speaker:

porque eu realmente não sei qual que é a resposta.

Speaker:

Contras, né?

Speaker:

Mas o que o Thiago falou sobre desacelerar, acho que foi algo que mudou pra todo mundo.

Speaker:

Pelo menos quando eu trabalhava na empresa, era muita correria, sempre atrasado, projeta loucura.

Speaker:

E até os processos do governo mesmo, sabe?

Speaker:

Tipo, você tem que receber uma carta na sua casa com a senha pra você acessar...

Speaker:

Sai das finanças, sabe?

Speaker:

É, mas aí já é um pouco ultrapassado. Não, mas assim, é muito lento. Muito lento. Pra mim foi muito lento, muito lento.

Speaker:

Até hoje eu ainda acho um pouco, não que eu seja, acho que eu desacelerei, mas ainda algumas coisas é muito devagar.

Speaker:

Não sei se é Portugal, eu acho que é um pouco Portugal, não sei, alguns outros países talvez sejam mais rápidas, não sei.

Speaker:

Eu acho que isso é uma das coisas mais comum do podcast, que é as pessoas falam mesmo, e não 100%.

Speaker:

Teve gente que falou assim, o ritmo era bem acelerado, era consultoria, era muita pressão, vários projetos ao mesmo tempo.

Speaker:

Mas, pô, eu diria que se eu tivesse que falar qual que é o top do podcast de morar fora, é um, segurança, dois, o ritmo.

Speaker:

Não só o ritmo, mas é de tu conseguir desligar melhor do trabalho, conseguir tirar férias sem ter que ficar justificando.

Speaker:

São coisas que vêm voltando e claro que a gente vai ouvindo não é que todo mundo vai ser assim

Speaker:

mas eu não consigo negar que é uma das coisas que eu mais ouço.

Speaker:

Tipo total e para mim mesmo.

Speaker:

Mas mesmo eu sei que tem essa diferença da quebra mas durante o trabalho tem,

Speaker:

diferentes níveis de essa quebra ou de relação pessoal durante o horário de trabalho e fora do horário de trabalho.

Speaker:

Tipo, já ouvi falar isso, acho que você também entrevistou alguém da Dinamarca, se não me engano,

Speaker:

que lá que realmente é uma coisa drástica, assim.

Speaker:

Acho que até nem gosta muito de ter uma relação um pouquinho pessoal, assim,

Speaker:

que não seja profissional, né, durante o trabalho, que é pra separar mesmo.

Speaker:

E eu acho que a gente tem até um certo ponto disso aqui. Talvez não é com todo mundo, não é toda gente que dá essa liberdade ou essa abertura

Speaker:

pra você conversar sobre como é que foi seu final de semana enquanto está ali na Daily, por exemplo.

Speaker:

E eu acho que tem, pelo menos a minha equipe atual tem isso.

Speaker:

Tem uma abertura para a gente se descontrair durante o horário de trabalho,

Speaker:

para não ficar ali, robozão, só pensando no código e só pensando em negócios da empresa.

Speaker:

Porque acho que ajuda também, às vezes você está pacado no código e quer distrair um pouco,

Speaker:

porque depois a resposta vem, né?

Speaker:

E não tem essa necessidade de, ah, não, peraí, você quer saber sobre a minha família?

Speaker:

Não, mas estamos trabalhando aqui. Isso é depois do horário de trabalho.

Speaker:

Acho que tem que ter um pouco de equilíbrio e eu, pelo menos, não sinto muito isso aqui.

Speaker:

Não sei se é o caso de vocês, mas eu já ouvi falar, não conheço se é boato,

Speaker:

de que em outros países é muito mais rígido.

Speaker:

Eu também não, cara. Hoje na minha equipa não tem nenhum português ou brasileiro.

Speaker:

A mota toda é... eu tô numa equipe bem menor agora.

Speaker:

Teve umas transições aí na empresa, agora eu tô numa equipe bem menor.

Speaker:

E a maioria do pessoal é ou é da Irlanda ou é de...

Speaker:

Aliás, é da Irlanda e a PO é da Polônia.

Speaker:

Mas na época da Farfetch, pô, pra mim era... Eu via a mesma coisa, sabe? Tipo assim, de...

Speaker:

Ah, sei lá, no meio da daily o pessoal emenda algum assunto nada a ver, assim, pessoal, ou até antes.

Speaker:

No café o pessoal compartilhava da vida e tal.

Speaker:

Ah, tudo bem que depois, às vezes rolava um happy hour bem rápido ou outro.

Speaker:

Mas, é, realmente, cara, o pessoal é mais... mas aqui é mais aberto a compartilhar da vida pessoal.

Speaker:

Na tua nova não, mas na anterior sim. Era mais portugueses e brasileiros.

Speaker:

Não, eu estou falando especificamente da minha experiência em Portugal.

Speaker:

Hoje, minha experiência aqui de trabalho de Portugal, já não sei se eu posso falar que é em Portugal.

Speaker:

E nessa outra é diferente? Cara, não, não é, não é diferente, eu notei que os irlandeses, por falar uma seta assim na...

Speaker:

Os irlandeses que você trabalha.

Speaker:

É, o que eu tive contato, assim, né, que estão à minha volta, e dois, algumas pessoas do Reino Unido, né, Som.

Speaker:

Me pareceu igual, sabe? Tinha o ritmo de trabalho, não, mas de compartilhada, vida.

Speaker:

No início era até difícil, cara, porque o sotaque da Irlanda é complicado, né?

Speaker:

De você pegar ainda mais as pessoas que moram mais no interior e tal.

Speaker:

É bem complicado até você se acostumar.

Speaker:

Então, às vezes, a gente estava trabalhando e, do nada, estava eu e mais duas pessoas na qual...

Speaker:

Esse da Irlanda e o outro do Reino Unido, de Londres. Então era o sotaque de Londres, mas o sotaque do interior da Irlanda.

Speaker:

Então, do nada eles mudavam de assunto, começavam a falar de vacina e tal,

Speaker:

de não sei o que, isso pra mim é meio complicado. Só que normal, cara, o pessoal compartilha da vida e tal, espontaneamente.

Speaker:

Sabe, espontaneamente o pessoal solta o que fez no final de semana, se tem planos no final de semana.

Speaker:

A Gil também pode dar a visão da Espanha, né Gil? A mota da sua equipa, né?

Speaker:

Eu mudei de empresa recentemente e eu não tô tendo, eu tô tendo mais, posso dizer,

Speaker:

não está sendo tão leve como era na empresa que nós trabalhávamos.

Speaker:

Em relação ao ritmo de trabalho, tá bem puxado assim. Claro que todos os dias, normalmente às 18 horas eu consigo parar de trabalhar,

Speaker:

mas em alguns momentos eu preciso, por exemplo, para estimativas, por exemplo,

Speaker:

na Farfetch eu lembro que nós estimávamos em sprint, um sprint, dois sprints.

Speaker:

Na empresa que eu trabalho atualmente, a gente estima, tipo, dois dias e às vezes ainda é muito, sabe?

Speaker:

Bem pouco, eu não consigo falar, eu vou levar um sprint. Não, é um dia, dois dias, quatro horas, sabe?

Speaker:

Porque o ritmo de trabalho é mais acelerado. Eu não sei se é todas as empresas da Espanha,

Speaker:

que atualmente servem para empresas da Espanha, mas eu notei uma grande diferença para o ritmo de Portugal.

Speaker:

E na minha, agora, né, eu tô numa empresa da Holanda, mas minha equipe inteira fica na Galícia, na Espanha, né, na Galícia.

Speaker:

Não inteira, boa parte da equipe, boa parte da equipe fica em Londres, no Reino Unido.

Speaker:

Eu acho que o ritmo é parecido também, não é tão acelerado como era assim no Brasil, não.

Speaker:

Continua a mesma coisa, as pessoas são parecidas também, acho que a gente fala bastante do trabalho, da vida pessoal.

Speaker:

Acho que menos do que no Brasil, mas acho que ainda é parecido.

Speaker:

E eu acho que muda muito quando tem... e isso que é uma coisa, né?

Speaker:

Porque a gente tá todo mundo remoto, mas cada quáter, né? Cada trimestre a gente se junta pra fazer o planejamento, assim.

Speaker:

Passam três dias juntos. Mas na minha empresa mesmo, eu tive uma atividade de grupo, a semana inteira a gente ficou na Espanha, sabe, todo mundo da empresa.

Speaker:

E aí é na hora que eu acho meio parecido mesmo, passar uma semana num lugar, perto da praia, na Espanha, em Bayona, com a galera, todo mundo num lugar que era um camping.

Speaker:

Então, trabalhava, primeiros dias a gente trabalhava, nos outros dias era livre, né, tipo,

Speaker:

quinta, sexta, sábado e domingo eu era livre, mas terça quase trabalhando.

Speaker:

Mas, pô, foi bem legal, eu achei que eu me senti mais próximo do que nunca, assim, com a galera, sabe, de...

Speaker:

De, se eu não tivesse falando inglês, eu estaria bem tranquilo com pessoas da Holanda, da Espanha,

Speaker:

Na Espanha tem muita gente da América Latina, então tem lá, caramba, faltou agora o país Venezuela, do Equador, sabe?

Speaker:

Eu me senti muito tranquilo com todo mundo, tipo, não sei, acho que foi uma experiência diferente.

Speaker:

Não sei se você concorda, mas às vezes pode ser uma questão de cultura e gestão da empresa, não muito do país.

Speaker:

É, eu sei que é porque a minha empresa é muito tranquila no geral, mas na parte da galera de Londres, eu sei que a minha área é tranquila, é uma empresa gigante, e eu sei que tem algumas áreas que a galera não quer muito, tá, então...

Speaker:

É, mas acho que a sua prova é que também tu tem lugares e lugares, né, em qualquer país.

Speaker:

Quando a empresa vai crescendo assim, cada equipe é praticamente uma empresa.

Speaker:

Então, cada área assim é uma empresa, sabe?

Speaker:

A minha área, o cliente que eu fico, que é de Londres, é uma grande empresa do setor de energia, petróleo.

Speaker:

Ela, sim, ela é gigante. A Fafet já era grande, né? A gente trabalhava em áreas diferentes, a gente tinha experiência tão diferente, né?

Speaker:

Que era maluco, quando a gente parava pra conversar com a minha organização de equipe, tipo, trabalho.

Speaker:

Cara, eu apostaria que a gente travava em empresas diferentes.

Speaker:

Apesar de que a cultura normal é a mesma coisa, né. Mas a dinâmica de grupo muda porque são muitas pessoas.

Speaker:

E acho que a mesma coisa pra mim, tipo, eu tô numa área, minha empresa mesmo é bem legal

Speaker:

e no cliente que eu tô, eu tô numa área também que é sensacional, assim.

Speaker:

Quanto mais chefes existem acima de você, maiores são as empresas que existem dentro da empresa.

Speaker:

Então acho que acaba tendo isso também.

Speaker:

Tá, eu queria voltar. Em algum momento alguém falou sobre a língua, né?

Speaker:

E eu queria saber como foi pra vocês, porque... Eu queria saber se todo mundo tá trabalhando em inglês agora, né?

Speaker:

Evandro, como que tá pra ti? Evandro e André. Não.

Speaker:

Não. Português. Português. Português ou português? No meu caso, apesar de continuar na Farfetch, que é em Portugal,

Speaker:

estou tendo que usar muito mais o inglês agora,

Speaker:

porque teve uma reestruturação na área que eu trabalho, e agora a gente tem muito contato com pessoas da Índia e do Reino Unido,

Speaker:

e China também, às vezes.

Speaker:

E como está sendo, Thiago?

Speaker:

Para mim está sendo bom. No começo sempre deu aquele fio na barriga,

Speaker:

de já saber inglês, mas acho que é natural.

Speaker:

E agora, para mim, as reuniões, as apresentações, é mais do mesmo, no sentido de eu perder aquela vergonha,

Speaker:

perder o receio, o medo.

Speaker:

E isso tanto no casual, tipo, quando eu saio, quanto no trabalho, então tá bem gostoso.

Speaker:

Foi uma evolução bem boa para mim, né? E acho que pra maioria, que no Brasil a gente não usa inglês, basicamente.

Speaker:

É, cara, eu acho que essa é uma das vantagens de você imigrar pra Europa, né?

Speaker:

Você acaba ouvindo muitos sotaques de... não nativos de inglês, sabe?

Speaker:

Às vezes no Brasil você fica se cobrando muito pra ter aquela pronúncia perfeita.

Speaker:

E aqui quando você começa a ouvir, pô peraí, eu tô ouvindo um cara da França, tá falando com um maior sotaque, mas tá todo mundo percebendo o que ele tá falando, tem um cara da Rússia, com sotaque também, no final todo mundo se entende, sabe?

Speaker:

Então eu acho que é uma coisa que me ajudou também a me deixar mais desinibido assim, sabe, de me expressar mais.

Speaker:

E eu notei também que, às vezes, no início, quando eu tentava me expressar, eu tentava

Speaker:

meio que traduzir coisas em português de direto, assim, sabe, pau.

Speaker:

E por mais que a pronúncia estava ok, as palavras estavam ok, mas o pessoal demorava

Speaker:

um pouco para entender o que eu estava querendo dizer, porque não era, digamos assim, a

Speaker:

a frase que eles esperavam para aquela situação, sabe?

Speaker:

E aí o que eu fiz? Eu comecei... Não sei se eu comentei isso no outro, mas eu comecei a anotar, tipo assim,

Speaker:

ah, quando eu estou fazendo, sei lá, quando eu estou fazendo um deploy

Speaker:

e quero fazer, sei lá, mover um arquivo daqui para cá, eu falo assim, entendeu?

Speaker:

Comecei a escrever essas coisas e me ajudou bastante.

Speaker:

E aí eu só repito aquilo. Aí teve uma segunda coisa que eu reparei também.

Speaker:

Ah, beleza, hoje eu trabalho com muitas pessoas que são nativas do inglês.

Speaker:

Falei, ah, pô, vou, né, falar exatamente como elas estão falando, só que a gente se esquece que,

Speaker:

eles também podem cometer erros, tipo, gramaticais, na anagrafia e tal, falar as coisas erradas ou então uma...

Speaker:

Uma gíria local deles lá, então tem muito isso também, né, de tomar cuidado com essas coisas.

Speaker:

Principalmente o meu antigo manager, ele falava muita expressão, assim, de...

Speaker:

Muito, assim, ele abreviava coisas, mensagens, falando, cara, o que é isso daqui?

Speaker:

É, sim, sim, essa eu tenho um, mas eu não tinha, mas essa é uma das que eu tô tendo na empresa nova com o pessoal do...

Speaker:

E essa coisa de você trocar, eu falava muito, ah, that's nice, that's nice, that's nice.

Speaker:

Aí eu fiquei, aí teve um amigo da equipe de...

Speaker:

Ele fica em Londres e falou, pô, você me lembra um personagem de uma série que...

Speaker:

Puta, agora eu esqueci, que era um cara que sempre falava that's nice, só que pra situações,

Speaker:

horrendas assim, sabe?

Speaker:

Depois eu vou ver se eu consigo pegar essa série de novo, mas é isso, cara, acho que

Speaker:

é uma vantagem, sabe, de você ouvir outras pessoas não nativas falando inglês meio

Speaker:

que te encoraja, sabe?

Speaker:

Gil, pra ti também tem que ser inglês, né? É, no meu caso sim, eu trabalho já com... só falar inglês desde 2012, 13 acho.

Speaker:

Depois que eu fiz intercâmbio pra Inglaterra eu voltei e o meu objetivo era trabalhar em uma empresa que falava inglês.

Speaker:

E daí deu certo que em Campinas tinha uma empresa e lá eles trabalhavam com projetos internacionais.

Speaker:

Então, desde aquela época, eu já trabalho com o inglês diariamente, com projetos internacionais.

Speaker:

Mas, quando eu decidi sair do Brasil, o meu objetivo era ir para um país que falava inglês.

Speaker:

Então, eu pesquisei bastante, eu fiz várias entrevistas vazadas para isso e acabou que não deu certo.

Speaker:

E Portugal deu certo. Então, eu fiquei meio chateada.

Speaker:

Puts, parece que eu falo português, nem estava nos meus planos e tal.

Speaker:

Na época que eu estava fazendo entrevista na Fairfax, eles falaram,

Speaker:

a língua oficial da Farfetch é o inglês, pode vir, tipo, vai ser tranquilo.

Speaker:

Calhou que eu vim pra Farfetch, e daí tinha um britânico na minha equipa, que era o Kea.

Speaker:

Então a gente tinha que continuar a falar inglês, então eu tive sorte, assim, de dentro da Farfetch,

Speaker:

eu também passei todo o meu período lá a falar inglês.

Speaker:

E é bem engraçado que eu lembro que o Peter, que é o rapaz que fala inglês.

Speaker:

Ele não estava perto e nós falávamos português.

Speaker:

E daí ele se aproximava e nós fazíamos o switch para o inglês para incluí-lo.

Speaker:

E hoje acontece a mesma coisa, hoje tem uma equipa, ela só tem espanhóis e eles só falam espanhol e da hora que eu chego eles fazem o switch

Speaker:

para o inglês para me incluir, percebe?

Speaker:

Atualmente eu estou a fazer aula de espanhol para aprender e para me...

Speaker:

Para interagir melhor com eles, mas eu percebo isso agora.

Speaker:

Mas a tua empresa é de Barcelona, não é? É, ela fica em Barcelona.

Speaker:

E eu tenho um amigo também que é de lá, que inclusive trabalhou na Fairfax,

Speaker:

na parte front-end, e depois foi pra lá.

Speaker:

E é também em Barcelona, só que ele mudou pra lá, né? E ele fala muito dessa diferença que tem, porque são três linguagens, na verdade, né?

Speaker:

Tipo, eles tão falando lá entre eles, em catalão. Catalão. Aí você não entende bolufas, né?

Speaker:

Aí, na hora que tá falando espanhol, dá pra pegar algumas coisas.

Speaker:

Só que eles estão falando espanhol aí mete catalão no meio e troca e depois muda para inglês e fica assim.

Speaker:

É uma confusão não sei se também acontece lá mas só que é bem bem ele está fazendo inclusive aula de catalão e espanhol.

Speaker:

No meu galego mas é mais próximo do português mas mas eles também não falam galego tipo eles sempre dizem mas eles não falam

Speaker:

mas eles jogam algumas palavras no meio as vezes é que a Catalunha tem mesmo aquela rixa. Galicia também.

Speaker:

Tipo tanto assim tipo uma menina postou uma foto uma da do escritório do porto e aí colocou lá tipo

Speaker:

coro em espanha na tag né e aí o cara olhou assim né tipo não

Speaker:

Galícia. Curunha barra Galícia, falou. Procura aí. Então tem a mesma coisa. Ele também tem essa... Muito forte lá.

Speaker:

Eu acho que a Espanha toda é essa coisa... Bairrista, regionalista.

Speaker:

Tem um do meu time que já falou que não liga.

Speaker:

Tem outro que fala, tem um que falou. Não brinquei.

Speaker:

Não, ele não é. Eles falam, isso é coisa de Madrid, com frequência lá.

Speaker:

Eu não sei como foi pra vocês, depois que eu vim pra cá e interagir com pessoas que falam outras línguas, que falam mais línguas,

Speaker:

hoje eu trabalho pra Espanha e eu fico bem decepcionada por nós não termos tido um bom ensino de espanhol.

Speaker:

Nós não conseguimos falar com os nossos irmãos, percebe? Não pela Espanha, mas eu penso isso porque todo mundo tá em volta do Brasil.

Speaker:

Exato, é mais pela América Latina.

Speaker:

Eu conheci o cara venezuelano da empresa, nunca tinha visto ele, mas eu fiquei com a sensação também.

Speaker:

Ele sabia algumas palavras em português, né?

Speaker:

E eu fiquei meio que, puts, mano, não sei nada assim. O que eu sei é de brincar com Duolingo e de, às vezes, eu assistir um pouco mais.

Speaker:

Mas teria sido bem legal ter tido um pouquinho na escola, né?

Speaker:

Que dava pra falar um portunhol com ele mesmo.

Speaker:

Sim, eu conheci uma rapariga da Suíça, né? Que ela fala o sueco, o francês, o alemão e o italiano, percebe?

Speaker:

É ridículo. Não tenho cérebro pra isso. Eu acho que se eu aprender mais dois idiomas, acho que não consigo mais falar.

Speaker:

Eu tô aprendendo português.

Speaker:

Tô quase lá. Gil, deixa eu deixar claro pra quem não conhece Portugal,

Speaker:

ela não ofendeu a mulher da Suécia, né?

Speaker:

A menina e a rapariga. Menina e rapariga. No começo eu me assustei.

Speaker:

Acho que é um ponto importante de comentar Que é tipo, nós reaprender o português.

Speaker:

No Brasil nós passamos um bocado por isso quando nós vamos em outros estados, no Rio de Janeiro tem algumas ilhas que a gente não percebe, quando a gente vai pro Nordeste.

Speaker:

Mas eu acho que, pelo menos pra mim, essa cena de...

Speaker:

Em Portugal se fala português. E quando nós chegamos aqui, nós temos recebido como, vocês falam português brasileiro?

Speaker:

Não, vocês falam brasileiro.

Speaker:

É, vocês falam brasileiro, eles nem falam português, verdade. Vocês falam brasileiro.

Speaker:

E essa foi interessante, foi interessante, aqueles primeiros seis meses.

Speaker:

Eu acho que reaprender é uma palavra muito forte, porque eu acho que o idioma é uma palavra, uma palavra,

Speaker:

é uma coisa viva, né? E um idioma num país como o Brasil, que é gigante.

Speaker:

Então, com certeza, a coisa ia tomar outros rumos, com muita influência de...

Speaker:

Sei lá, teve colonização, teve muito italiano em São Paulo, pessoas de vários lugares,

Speaker:

e não tem como segurar isso.

Speaker:

E acabou que a gente fala mesmo com... Diferente. Aqui em Portugal, às vezes, você meio que consegue perceber um pouco essa diferença.

Speaker:

Até no sotaque mesmo, muito ao sul, né?

Speaker:

Tem algumas coisas que eles falam, e aqui ao norte não falam e tal.

Speaker:

Aí você vai para o Brasil, essa coisa é amplificada, vezes sei lá quanto, sabe?

Speaker:

Mas eu acho que a diferença é que nós não consideramos outra língua, percebe?

Speaker:

Sim, sim. É, não é a mesma coisa, eu acho que a gente tem várias diferenças, mas acho que a diferença com aqui fica maior.

Speaker:

Tipo, como trabalhar em São Paulo, eu trabalho com gente de muitos lugares, você percebe muito a gíria, a linguagem formal,

Speaker:

de outro metro você pega, você entende o que alguém falou, mas acho que não é o mesmo nível do que Brasil e Portugal.

Speaker:

E principalmente que a gente não tem contato nenhum, né, isso é até meio triste de certa forma, sei lá.

Speaker:

Acho que seria mais legal ter mais séries no Netflix, por exemplo, pra acostumar.

Speaker:

Do mesmo jeito que eu falo do espanhol, mas acho que é muito questão de costume mesmo,

Speaker:

que a gente não tem isso contrário.

Speaker:

Não, é pra falar da série da Netflix. Como é que é o nome?

Speaker:

Rabo de Peixe?

Speaker:

Ou Rabo de Peixe. Mar Branco, uma coisa assim. No Brasil é Mar Branco, aqui é Rabo de Peixe.

Speaker:

Ah, ok. É a mesma série.

Speaker:

Aqui é dublado, sim. E dublado. Dublado em português do Brasil?

Speaker:

Tem essa dublagem em português do Brasil? Não!

Speaker:

Tipo, a Netflix tá ouvindo aqui, pô, Deus do céu. Mas, então, dublado. Você vê o trailer passando.

Speaker:

Você vê a boca mexendo e falando no quarto. Será que precisa mesmo?

Speaker:

Pô, com certeza, cara. Com certeza precisa, cara. Porque não dividiu, não dividiu.

Speaker:

E até essa proximidade, entendeu?

Speaker:

É, mas não sei.

Speaker:

Só legendinhas, sabe? Só meter uma legendinha. Ah, mas não sei. Imagina você dando uma entrevista pra SIC, sei lá.

Speaker:

Pra TV, que é a TV daqui de Portugal. E aparecendo legenda embaixo com o que você tá falando.

Speaker:

Ia ficar meio assim, não ia? Eu ia ficar meio assim.

Speaker:

Pô, tô falando português, ué. E aí, ter que dublar o deles.

Speaker:

Tipo, é questão de adaptar o ouvido, né. Da mesma forma que a gente veio aqui, e eles estão acostumados a ver novela.

Speaker:

Nós, a questão é adaptar o ouvido.

Speaker:

Essas coisas eu acho que afastam mais do que aproximam.

Speaker:

Mas olha, algo que eu... mais pra complementar. Tem vários livros, por exemplo, tem O Senhor dos Anéis que tá escrito em inglês britânico e em inglês americano.

Speaker:

Então, é traduzido do inglês britânico, que foi escrito originalmente em inglês britânico,

Speaker:

mas eu consigo encontrar a versão em inglês americano. E tem vários outros livros, tem as duas versões.

Speaker:

Eu não sei, eu sou muito mais por aproximar a parada. Eu sou muito mais por aproximar,

Speaker:

que acho que seria até mais fácil para a gente...

Speaker:

É, teve aquela, como chama? O acordo ortográfico. Toda a ortografia.

Speaker:

O acordo ortográfico. Mas o acordo ortográfico não... É, isso.

Speaker:

Eu não diria aproximar de ter que mudar a língua. O acordo ortográfico eu nem sou, sei lá...

Speaker:

Uma troca cultural, assim. É, isso, eu falo na troca cultural de...

Speaker:

Tipo, do espanhol, de que a gente entenda mais. Cara, eu lembro de uma coisa até, falando nisso, que um...

Speaker:

Um dos caras falaram sobre como eles ouvem rock de todos os falantes espanhol.

Speaker:

A gente tava falando sobre música lá, sabe.

Speaker:

E aí eu falei, pô, no Brasil a gente não tem essa.

Speaker:

Pelo menos eu nunca ouvi rock de nenhum... em espanhol, sabe.

Speaker:

Tipo, mas eles têm essa, eles ouvem de vários países. falar lá tem uma cena forte na Argentina tem banda de não sei aonde que eles ouvem,

Speaker:

e tava nessa conversa aí eu fiquei meio deslocado.

Speaker:

Pois é, eu ia falar, eu também ouço. Eu ouço os metal medicinais.

Speaker:

Não, você ouve mas isso é uma exceção, sacou? Não é tu tá na conversa e eles conhecem todas as bandas.

Speaker:

Eu sei, eu sei. Então, por isso que eu falo assim que eu acho legal, é meio difícil no começo mas

Speaker:

acho que tipo acaba aproximando de certa forma.

Speaker:

Mas deixa eu trazer outra, a gente falou muito no inglês, eu queria lembrar de uma coisa

Speaker:

Porque a gente comenta muito e eu também falo isso de que é adaptação, mas também tem feedback ruim.

Speaker:

Não sei se vocês já receberam assim, e eu já recebi pelo inglês, um comentário na real, assim, de que o meu sotaque é difícil de entender.

Speaker:

Tipo, o cara falou pra cada sotaque novo é difícil e hoje o que eu tenho mais dificuldade é o teu, sabe?

Speaker:

Tipo, o time todo discordou, né, porque o time é de outro país, esse cara é nativo, o time todo discordou na hora sim,

Speaker:

Mas eu acho que tu tem que estar preparado para essas paradas também.

Speaker:

Eu sei de outro cara, já tinha me contado que tinha recebido uma vez.

Speaker:

E eu fiquei surpreso, falei, pô, todo mundo é sempre tão legal, né.

Speaker:

E aí, aconteceu comigo, esse ano.

Speaker:

Tipo, primeira vez que alguém falou. O cara falou, olha, o teu sotaque pra mim é o mais difícil de entender no time.

Speaker:

Então, às vezes, eu não entendo 100%.

Speaker:

Eu até estranhei quando você falou isso. Mas depois eu lembrei que a maior parte da minha equipe é da Irlanda.

Speaker:

E todo mundo reclamou do sotaque da Irlanda. Então acho que essa coisa de sotaque ele soa mais de boa assim, sabe?

Speaker:

Nunca reclamaram do meu, de outras pessoas que eu vejo que tem um sotaque fortíssimo, assim.

Speaker:

Mas, fortíssimo não é um termo ruim, sabe? Mas, é...

Speaker:

Consegue se comunicar, se expressar, e eles não...

Speaker:

Às vezes demora um pouco, pede pra repetir e tal, é... Eu já notei isso também, que...

Speaker:

Tem uma pessoa específica que vira e mexe e pede pra repetir as coisas, sabe?

Speaker:

Sim, então. Mas eu não digo isso de um modo ruim, eu digo isso como se está preparado.

Speaker:

Eu ouvi, eu entendi, e eu falei, cara, me avisa o que você não entende, porque aí eu vou entender.

Speaker:

Até que eu erro, sabou? Tem a questão do costume também, da pessoa acostumar com o teu sotaque, por exemplo.

Speaker:

Exato. É a segunda parte disso.

Speaker:

Tem um outro desenvolvedor na minha equipa, que a gente trabalha direto assim,

Speaker:

então a gente está sempre se comunicando, ligando e tal.

Speaker:

E ele nem me pergunta, nem pede pra eu repetir, sabe? porque eu acho que ele já se acostumou, então ele só ignora, só finge que entendeu.

Speaker:

É, então.

Speaker:

Mas é isso, então, eu só queria falar, essa mesma pessoa, depois de três meses, me deu um feedback positivo e falou que eu tinha melhorado bastante a pronúncia.

Speaker:

E realmente, depois que eu vi isso, eu comecei a fazer aula de novo.

Speaker:

Você sabe o que eu acho também, cara? Eu acho que a pronúncia certamente tem um fator decisivo aí, mas eu acho que as frases que a gente usa em situações que não cabem, sabe?

Speaker:

Que não é esperado usar aquela frase numa situação X. E elas acabam demorando um pouco.

Speaker:

Eu acho que no meu caso é a pronúncia mesmo, né? E ele falou que eu melhorei e a minha resposta foi

Speaker:

é difícil saber se eu melhorei ou se tu é acostumado, tá ligado?

Speaker:

Ele até falou que era, né? Cara, no fim das contas, o que vale é ser entendido, então.

Speaker:

Sim, sim, sim. Mas eu acho importante falar isso porque, tipo, é bom estar preparado, tá ligado?

Speaker:

Na hora que eu ouvi, eu não curti, mas eu parei e falei cara.

Speaker:

Quando não entender, me avisa, que aí tu me ajuda a melhorar.

Speaker:

E aí ele me avisou, ele deu uns toques, ele falou exatamente o que que era,

Speaker:

qualquer tipo de frase, e é os famosos...

Speaker:

Eu tô um pouco radical com isso, porque, na minha opinião, você já tá falando numa língua que não é a sua língua nativa.

Speaker:

Sim, sim, sim.

Speaker:

E o sotaque, ele é natural. A gente não pode ter vergonha ao tentar esconder o sotaque.

Speaker:

Não é o sotaque, cara, é a pronúncia, é isso que eu tô dizendo, não é o sotaque.

Speaker:

Socorro? É a pronúncia. É diferente. É que muita gente cobra um inglês sem sotaque, mas aí...

Speaker:

Não, acho que isso não. Acho que isso não, porque no meu time os sotaques são bem fortes mesmo.

Speaker:

Então acho que não é isso. Acho que a pronúncia mesmo, e eu acho um ponto justo.

Speaker:

Eu não gostei de como o cara falou, mas eu achei válido, tá ligado?

Speaker:

Eu falei, eu vou tirar. Até na hora eu fiquei meio puto, eu falei com ele mesmo.

Speaker:

Eu falei, vou pegar essa parte aqui dessa informação, sabe, que tu falou, que talvez é a pronúncia,

Speaker:

e por favor me avisa quando for, e beleza.

Speaker:

Tipo, acho que foi até bom, porque pelo menos eu entendi, mas o que eu quero dizer é que é bom falar sobre isso, porque tem que estar preparado, tem que estar preparado para melhorar, né.

Speaker:

Tipo, não pode ouvir um comentário negativo, né, e travar, e falar, putz, e agora, o que aconteceu, ninguém me entende, não, beleza.

Speaker:

Mas eu acho que vale também, você dar um feedback pra ele, de que ele tem que melhorar, como ele dá feedback.

Speaker:

Assim, isso gerou toda uma conversa, gerou um anão a um anosso e isso foi resolvido

Speaker:

assim bem tranquilamente.

Speaker:

O cara ficou, ele se entendeu e falou, não desculpa, eu entendo que você tá falando

Speaker:

outra língua e eu não e etc. Então entrou toda essa conversa.

Speaker:

Mas o que eu quero dizer é, você tem que estar preparado e adaptar e não parar, ele

Speaker:

foi saber. Porque a gente tá falando assim, às vezes é difícil entender pessoas de tal país,

Speaker:

Difícil de entender, se alguém já trabalhou com escocês, sabe que o começo é difícil, com as vezes com o indiano também.

Speaker:

Teve um na minha equipe, ele era novo e os primeiros dias era um pouco mais difícil, sabe?

Speaker:

O problema foi só como o cara falou, mas sim, a gente vai ter dificuldade, vai ter do outro lado, vai ter gente que vai tá assim, pô, não tá acostumado com o brasileiro, né?

Speaker:

Porque esse cara até falou, a gente tem um sotaque muito particular, não é o nosso sotaque, é isso que ele falou várias vezes, não tô falando do sotaque, é como vocês pronunciam algumas...

Speaker:

Alguns sons de dificuldade de pronunciar, isso às vezes me deixa meio confuso, sabe?

Speaker:

E cara, beleza, ok, dos dois lados isso, né, então, como que eu melhoro, não pra ser perfeito,

Speaker:

que eu acho difícil, eu aprendi inglês muito tarde, mas como que eu melhoro ao ponto de estar satisfatório.

Speaker:

E digo mais, mesma coisa de feedback, eu tô fazendo feedback, né, que é uma das paradas, com i no final,

Speaker:

Eu tô fazendo um podcast pra minha empresa, em inglês.

Speaker:

Depois de ouvir essa eu tipo, falei...

Speaker:

Tô nem aí, vambora, vou gravar a parada. Então tá tudo certo.

Speaker:

Sim, sim, sim. Não, é, eu normalmente não me abalo, eu fiquei muito puso na hora,

Speaker:

porque como o cara falou e não na frente, eu falo de outras pessoas,

Speaker:

mas tipo, tem que ir pra frente.

Speaker:

É cara, eu achei isso engraçado esse seu relato aí, porque eu tinha uma outra impressão, assim, pessoal de UK e da Irlanda,

Speaker:

que eu notei que eles são muito políticos, assim, sabe, de...

Speaker:

Eles são, eles são. de dar um feedback assim, ainda mais assim em grupo e tal, eles meio que dão uma volta assim e aí chega até o ponto, sabe?

Speaker:

Fala como, nossa, você fez um ótimo trabalho e tal, e tal, você quer dizer que vai...

Speaker:

Sim, não, eles são, e eu vi a diferença disso trabalhando com alguns holandeses e mais o pessoal de Londres e ficou claro pra mim a diferença, sabe?

Speaker:

Tipo, eu achei que eles eram mais direto assim, mas agora eu comecei a ver que eles não são tanto como...

Speaker:

Não sei, pelo menos eu tinha a impressão que eram.

Speaker:

É, pelo menos o pessoal da minha equipe, eu tenho... Da minha equipe e das outras, né, as pessoas que interagem,

Speaker:

com exceção de algumas pessoas e de uma área específica.

Speaker:

Eu tenho curtido bastante, cara, assim, de trabalhar com o pessoal lá da Irlanda e UK.

Speaker:

Eu já fui pra... a empresa fica em Galway, eu já fui pra lá duas vezes e Galway é sensacional, cara, é...

Speaker:

É o oposto de Dublin, nos dois sentidos, no sentido geográfico, que fica na outra ponta da Irlanda.

Speaker:

E tudo bem que eu só estive em Dublin por algumas horas, que a gente teve que voltar e tal.

Speaker:

A gente resolveu ficar em Dublin para almoçar e tal.

Speaker:

Mas você já sente aquele choque de cidade grande, com prédios enormes, o pessoal com pressa.

Speaker:

E aí a gente já desceu do autocarro, do ônibus, já passou um cara de bicicleta doido

Speaker:

e o outro cara xingando ele. Eu falei, meu Deus do céu, cara.

Speaker:

É clima mesmo de cidade grande, Dublin.

Speaker:

Sim. E só pra fechar essa, mas cara, tu falou, acho engraçado que o pessoal é legal,

Speaker:

mas ele também é, isso foi uma coisa específica, sabe? Eu gosto até, o cara que trabalhou comigo, eu até gosto dele, mas foi uma parada específica.

Speaker:

Até gosto dele. Sem ressentimentos, no hard feelings. Mas enfim, galera, eu acho que dá

Speaker:

pra gente fechar, acho que dá pra fazer mais outros ainda, a gente não passou por outros

Speaker:

tópicos como as perrengues, coisas mais legais. Sim, sim, sim. Acho que a gente podia fazer

Speaker:

um de turismo, né? Só de turismo. Olha, o Thiago leu minha mente, é isso mesmo. Eu

Speaker:

Espera a minha viagem para eu ter os perrengues sozinho.

Speaker:

Sim, sim. Esses aí eu acho que eu tenho sumo.

Speaker:

Tem sumo. Então fica combinado que o próximo... Tem algumas aqui, né?

Speaker:

Tipo, perrengue de morar fora, quais as coisas mais legais, o que a gente sente mais falta do Brasil.

Speaker:

Mas acho que cada um desses dá um episódio inteiro. Porque, primeiro, a gente não fica no tema

Speaker:

e eu acho isso legal.

Speaker:

Então a gente vai começar falando de uma coisa como foi esse e depois vai viajar,

Speaker:

para viajar na maionese, mas acho que isso é uma experiência de ter uma conversa normal sobre morar fora.

Speaker:

Bora fechar aqui, depois a gente marca os próximos. Tem vários assuntos ainda que a gente não conseguiu nem passar da nossa lista.

Speaker:

Ela cresce mais do que a gente fala nos episódios, mas legal.

Speaker:

Tiago, vamos ficar então com a tua ideia de falar só sobre viagens no próximo, porque a gente entrou naquele assunto de viajar sozinho.

Speaker:

A gente já comentou, né, que morar fora ajudou a gente a viajar mais, né,

Speaker:

pra continuar, isso virou até um hobby.

Speaker:

Então anotem aí as coisas legais e os perrengues.

Speaker:

Eu sei que tem uma galera aí que sempre que viaja tem piriri.

Speaker:

Então a gente vai... Não vou falar aqui, né? Tem uns stories aí. Te denunciou.

Speaker:

Te denunciou. Os stories interessantes. Foca sempre na volta de viagem.

Speaker:

Falei, como foi? Aí começa, começa e eu fico esperando pelo momento. Tô chegando, sim.

Speaker:

É, tipo, sempre, né? Mas, pô, brigadão novamente, muito bom, acho que faz tempo que a gente não se encontra, né?

Speaker:

Vamos marcar.

Speaker:

Bora, vamos lá. A gente disse que tá longe. Vai ter pão de queijo.

Speaker:

Depois da pandemia a gente se vê.

Speaker:

A gente disse que tá longe, né? A gente tá mais de 20 minutos um do outro.

Speaker:

Eu e o meu bando a gente mora mais perto. Deve dar uns 5 minutos.

Speaker:

5? Eu tô esperando um convite do Gabriel pra jogar fazer um board game aí, uma noite de board game.

Speaker:

Bora! Seria bom. Na casa anterior não dava, eu acabei de me mudar.

Speaker:

A casa, a casa, eu sei da casa aqui, é só marcar.

Speaker:

Então bora. É...

Speaker:

Tá, acabando aqui eu vou olhar, acho que semana que vem eu não consigo, mas daqui

Speaker:

a talvez duas semanas... É, a gente marca.

Speaker:

Não, daqui a duas semanas. Vou puxar a conversa agora. Peraí, peraí.

Speaker:

Só quem organiza a parada sou eu, e vocês daqui a duas semanas.

Speaker:

Eu vou pra um casamento no Brasil, eu volto dia 19. É coisa rápida.

Speaker:

Então vai ter dois board games. Não vamos ficar esperando não.

Speaker:

Tá, tá combinado. Não, é sério, porque senão a gente fica nessa da hora.

Speaker:

Não vou viajar, depois eu vou tomar um banho. É muita agenda para conciliar.

Speaker:

É muita agenda. É verdade, é verdade.

Speaker:

Quem for, for. E a gente combina.

Speaker:

Galera, brigadão. Para quem estiver ouvindo não esquece de seguir, compartilhar

Speaker:

e fazer todas essas paradas que todo mundo sabe mas 70% não faz que a gente está seguindo aí no Spotify ou no YouTube.

Speaker:

Porque a gente vai ter mais, eu quero fazer mais essas conversas essas mais soltas, além dos episódios padrões, de vez em quando eu quero ter esse episódio

Speaker:

dessa forma.

Speaker:

E se vocês tiverem mais dúvidas sobre esses tópicos mais off, mais fora do que eu faço

Speaker:

normalmente, que dá pra esse grupo aqui de especialista responder, manda no comentário,

Speaker:

manda pra mim, vou também ter o pessoal mandando no link de e-mail, pode mandar que aí isso

Speaker:

já me dá mais ideias para os próximos.

Speaker:

Galera, brigadão e até o board game.

Speaker:

Um abraço, um beijo, tchau, tchau!

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