Episode 108
Product Manager em Copenhague, Dinamarca, com Gabriel Gomes - Processos Seletivos Lentos #108
O Gabriel Gomes volta ao TPA Podcast, e desta vez abordando a experiência de morar e trabalhar em Copenhague com a família. E ele compartilha sobre as complexidades de mudar para um novo país com um animal de estimação, além de discutir as diferenças culturais que encontrou ao trabalhar na Dinamarca.
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Gabriel Gomes
Formado em análise de sistemas e pós graduado em design de serviços, começou a carreira como desenvolvedor e logo migrou para a área de produtos após passar um período estudando nos Estados Unidos. Acumula 7 anos de experiência trabalhando com gerenciamento de produtos, teve passagem por empresas de telecomunicações, consultoria de estratégia e design e atualmente é Product Manager na SumUp em Copenhagen, na Dinamarca.
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Palavras-chave:
- Product Manager no Exterior
- Product Manager na Dinamarca
- Morando na Dinamarca
- Morando em Copenhague
- Mudando para Europa com Cachorro
- Processos Seletivos para Europa
Por Gabriel Rubens ❤️
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Transcript
Fala pessoal, bem-vindos novamente ao TPA Podcast, aqui o Gabriel Rubens e de volta
Speaker:o Gabriel Gomes, que já fez o episódio falando sobre como que é ser Product Manager, né,
Speaker:e também falou um pouco sobre Product Owners.
Speaker:E hoje a gente vai fazer a continuação, lá naquele episódio eu já comentei que
Speaker:ele estava morando em Copenhagen e hoje a gente vai falar sobre isso, como que é trabalhar
Speaker:e morar em Copenhagen com a família, né?
Speaker:Tu não foi sozinho, então isso torna a experiência diferente. Tudo bem?
Speaker:Tudo bem, cara. Pô, legal estar aqui de novo.
Speaker:É, pois é, vamos lá. Já estou, agora a gente completou um ano morando aqui,
Speaker:então acho que é bom que tem um pouco mais de experiência acumulada aí pra tentar dividir com a galera e tem esse lance de,
Speaker:mudar com a família também, né, que faz toda a diferença, assim como eu ouvi de outras pessoas aí nos outros episódios,
Speaker:que quem teve filho aqui na Europa e tal, a gente, no caso, o nosso filho nasceu no Brasil,
Speaker:mas aí tem um processo de mudança que é um pouco mais complexo, o cachorro,
Speaker:todo o pacote que vem junto aí de mudança, não é só tomar a decisão de pegar um avião
Speaker:e tem bastante coisa que vem depois desse.
Speaker:Tô animado, vamos lá, trocar uma ideia.
Speaker:Vamos embora, vamos embora. Cara, eu não sabia que tinha cachorro também, né?
Speaker:Pelo podcast eu comecei a descobrir o quão complexo é mudar com animais, dependendo do lugar, mais complexo do que a própria pessoa.
Speaker:É, tem regras específicas de vacina que você precisa dar a X tempo antes de você trazer o animal.
Speaker:Muda também de acordo, qualquer forma que o animal vem, se ele vai vir num voo conectado com uma pessoa que também está voando com ele,
Speaker:ou tem o caso, por exemplo, como foi o caso do meu cachorro, quando o animal vem disparteado como cagaviva,
Speaker:aí tem trâmite diferente pra saída no Brasil, tem uma empresa que apoiou esse processo
Speaker:e aí aqui todo o trâmite de alfândega, putz cara, é de fato bem mais complexo do que a mudança de uma pessoa
Speaker:E a Dinamarca é um país que tem bastante regras específicas para animais e tal.
Speaker:Precisa ter seguro pra cachorro, vixi, são várias coisas.
Speaker:Então, vamos pro primeiro passo que é sobre morar fora. Como que surgiu essa ideia, né?
Speaker:Acho que vale falar também que eu já te conhecia desde Santos, né?
Speaker:E tu também conhece o Gabriel Lima e o Vinícius, né?
Speaker:Eu não sabia que tu conhecia o Gabriel Lima, a gente tava conversando agora antes de começar,
Speaker:que tu conheceu ele também indo pra São Paulo.
Speaker:Então, a gente já sabia do Vinícius morando fora, né? Ele foi primeiro que eu, então já ouvi um pouco dele, assim, e tu também.
Speaker:E tu tá um ano aí, então voltando lá, da onde que partiu essa ideia?
Speaker:E aí depois eu queria saber até porque a Dinamarca, porque acho que tu tem menos brasileiros aí, né?
Speaker:É, acho que sim. Então vamos lá. Acho que a vontade de mudar, de vir pra Europa, na real, é uma curiosidade que eu sempre tive desde muito novo.
Speaker:Assim, meu pai, ele tem dois primos que se mudaram novos assim, e hoje moram na Suíça,
Speaker:estão lá há vários anos e tal, e eu me lembro quando eu era criança, essa foi a
Speaker:primeira, sei lá, devia ter uns 12 anos, foi a primeira vez que cogitou, passou pela
Speaker:minha cabeça assim, a possibilidade de vir para a Europa, foi quando eu conheci um desses
Speaker:primos do meu pai, que estava no Brasil, mas aí, tipo, isso ficou na minha cabeça,
Speaker:ainda existia todo um caminho assim, em inglês e tal, muita coisa que precisava acontecer ainda antes, sabe?
Speaker:Quando eu tinha 19 anos, eu fiz um intercâmbio para os Estados Unidos, foi um programa do governo,
Speaker:e fui para estudar inglês para os Estados Unidos, né? Então, tive esse tempo legal, assim, de universidade lá,
Speaker:Mas, ainda assim, era uma experiência no sentido de poxa, tô aqui aprendendo inglês, tô estudando tecnologia,
Speaker:mas não fui pra lá pra morar lá.
Speaker:Eu sabia que teria que voltar, era uma coisa de encontrar e tal.
Speaker:Beleza.
Speaker:Depois que eu voltei para o Brasil, fui trabalhar, estava trabalhando na área de tecnologia.
Speaker:Um outro evento que me passou pela cabeça essa possibilidade foi quando eu estava trabalhando numa empresa alemã,
Speaker:e no primeiro ano, todo funcionário dessa empresa alemã, eu trabalhava na unidade de São Paulo, do Brasil,
Speaker:a gente passava por um curso, três semanas na Alemanha para meio que ter uma imersão assim na cultura da empresa e tal.
Speaker:E esse momento de imersão, existem outras pessoas da empresa também que vão lá de diversas outras partes do mundo.
Speaker:E eu um dia conversei, assim, tive uma conversa com um cara que na época,
Speaker:sei lá, acho que ele tinha uns 23, 24 anos,
Speaker:tinha acabado de entrar na empresa e a gente conversou bastante, assim,
Speaker:sobre como era morar na Europa, as diferenças, assim, sabe, de educação,
Speaker:de qualidade de vida, toda a parte de ele estava no momento da vida enquanto jovem,
Speaker:que tinha acabado de terminar um mestrado, mas, pô, tinha feito um mestrado sem gastar um tostão,
Speaker:sabe, tudo pago pelo governo e ele recebendo pra isso, e ele estava numa posição ali entrando no
Speaker:mercado de trabalho e aí eu fiquei com aquilo na cabeça, né, que cara que legal, toda essa,
Speaker:estrutura diferente, sem contar na segurança e tal, para estudo. Fiquei com aquilo. Minha,
Speaker:esposa também tinha essa vontade, a gente conversava sobre isso, ela já tem a cidadania
Speaker:europeia por conta da família e ela tinha essa vontade também, sabe? Só que a gente
Speaker:pensava, quem sabe um dia a gente vai, né? Vamos começar a fazer isso e tal. E, cara,
Speaker:que muito por conta do LinkedIn assim, recebia também, além de ter essa essa ideia um pouco mais longe, eu recebia muito
Speaker:contato de de recrutador assim, de pessoas mais sobretudo da Alemanha assim, às vezes também de Portugal e tal.
Speaker:Perguntando se eu tinha interesse sobre vagas, isso tudo antes da guerra e tal, era um outro contexto que que o
Speaker:nosso mercado tava e às vezes eu fazia, sabe, os processos seletivos, mas ainda sem colocar muita muita força nisso, sabe?
Speaker:Conversava assim com algumas empresas, tudo meio preliminar, sabe? Já sabendo que
Speaker:pô, vai chegar uma hora que eu vou virar chave e beleza, né? Uma hora vai aconteceu.
Speaker:E isso aconteceu, na real, essa virada de chave aconteceu pra gente,
Speaker:então é uma coisa, né, a gente enquanto casal já queria, já tinha essa vontade.
Speaker:Essa virada de chave aconteceu, na verdade, pra mim no momento da pandemia mesmo no Brasil.
Speaker:Eu passei por uma segunda rodada de layoffs que teve na minha empresa,
Speaker:eu também fui nessa rodada e aí aquilo pra mim foi o ponto chave, assim, sabe,
Speaker:de começar a colocar mais foco nas entrevistas,
Speaker:de começar a me preparar melhor para os processos que eu estava fazendo e tal.
Speaker:E aí, passei mais, acho que uns oito meses, mais ou menos assim, ainda no Brasil.
Speaker:E aí, até que finalmente surgiu a oportunidade de vir para a Dinamarca.
Speaker:E aí, deu certo. O trampo rolou. E aí, a gente veio para cá em março do ano passado.
Speaker:Então, foi mais ou menos isso, assim, sabe? Eu acho que fui mordido por esse bichinho lá atrás, ao longo da vida profissional,
Speaker:se desenvolvendo, tendo contato, às vezes, com... fazendo projeto em inglês e tal,
Speaker:ficava na cabeça essa coisa de, putz, será que a gente pode ir, né?
Speaker:Será que a gente vai e tal?
Speaker:E aí, cara, enquanto família, a gente decidiu junto, foi mais uma questão de acontecer
Speaker:o trampo, receber a proposta, e aí a gente veio pra cá.
Speaker:E aí você tinha falado também sobre Dinamarca, o porquê da Dinamarca.
Speaker:Na real, assim, não estava nos nossos planos iniciais. O nosso plano inicial era ir para Portugal, assim, porque a gente depois que decidiu...
Speaker:Tu falou comigo, né?
Speaker:Eu tô lembrando agora de ter algum converso contigo, uns dois, três anos atrás sobre Portugal.
Speaker:Exatamente, porque esse era o nosso plano A, né? Então, eu já tinha falado contigo, falava com outras pessoas que estavam aqui e tal.
Speaker:Então a ideia era a gente vir pra cá, ir pra Portugal, fazer um teste, alugar um imóvel por alguns 6, 8 meses
Speaker:pra ter esse tempo de fazer o teste e aí na Europa conseguir um emprego.
Speaker:Então quando surgiu essa oportunidade de fazer o processo pra Dinamarca,
Speaker:eu já tinha ouvido falar que era um lugar muito bom pra criança, um lugar que tinha qualidade de vida bem alta,
Speaker:Gosto bastante de bicicleta e tal, e aqui é uma coisa bem forte também para o povo,
Speaker:então eu sabia, conhecia por esses pontos, mas foi só quando eu entrei no processo seletivo mesmo
Speaker:que eu comecei a me aprofundar, ver que aqui era um lugar bem estruturado,
Speaker:que poderia fazer sentido para a gente.
Speaker:E aí a gente veio meio que...
Speaker:Pô, foi um lugar que casou, a oportunidade de trabalho apareceu, e aí a gente veio.
Speaker:Então, assim, não foi uma coisa tão planejada assim de vir para a Dinamarca.
Speaker:E o que a gente vê, né, da Dinamarca é sempre muito sobre isso,
Speaker:sobre o bem-estar social, sobre a organização, mas eu acho que isso deve ter outro lado, que é o imposto.
Speaker:É, é. Tudo isso realmente é muito bom, assim, segurança, educação,
Speaker:infraestrutura, transporte.
Speaker:O transporte é uma coisa incrível, tanto no sentido de você ter ciclovia para tudo quanto é lado,
Speaker:como a qualidade do transporte ser boa, ser bem integrado, sabe?
Speaker:Geralmente você tem uma, duas, às vezes três opções de modais diferentes para você escolher para chegar no mesmo lugar, sabe?
Speaker:Desde a cidade... tem um canal que passa pela cidade e você pode pegar um barco e pagar da mesma forma que você paga um ônibus, sabe?
Speaker:Então, tudo isso é muito legal, mas de fato vem com um custo alto,
Speaker:assim, uma carga tributária que no teu salário,
Speaker:o imposto que você é cobrado é de acordo com o teu salário, assim, então, se você ganhar mais, você vai também ter mais imposto, né,
Speaker:e aí as pessoas, pra ter, vamos dizer assim, uma equalização no acesso aos serviços tipo moradia, educação,
Speaker:Existem alguns auxílios do governo que são pensados para também, às vezes, a pessoa que não tem um salário tão alto.
Speaker:Conseguir ter o mesmo estilo de vida e acesso à mesma escola, sabe, o mesmo transporte, então é isso, assim,
Speaker:eles tentam ter esse cuidado de quem pode pagar um pouco mais de imposto paga, porque tem um retorno,
Speaker:E aí quem precisa de um pouco mais de assistência, recebe assistência através de alguns auxílios sociais.
Speaker:E eu acho que é parecido um pouco isso com Portugal também, né?
Speaker:Sim, sim, eu acho que sim. Eu não sei se no mesmo nível daí,
Speaker:porque o pessoal fala que os países nórdicos, ele tem um retorno muito maior do imposto que tu paga, né?
Speaker:Isso aqui eu acho muito difícil comparar, mas eu sei que quem tem família gosta bastante de Portugal.
Speaker:O pessoal sempre reclama da carga tributária, principalmente quem é solteiro, mas quando você tem família diminui um pouco.
Speaker:Mas claro, ter filhos é caro, é bem caro, então não é para ter filho para pagar menos imposto, como às vezes eu vejo algumas pessoas brincando, né.
Speaker:Mas a galera fala que tem um retorno porque a educação pública que o pessoal fala que é boa.
Speaker:Novamente, o que falo só porque eu não tenho experiência própria, né?
Speaker:Sim.
Speaker:É, aqui de fato é muito bom. Meu filho tá numa escola, que é uma escola pública, só que a gente paga até ele completar, se não me engano, 5 anos
Speaker:e a gente paga porque eu tô nessa faixa salarial que eu não sou elegível ao auxílio de educação.
Speaker:Na real, a gente até ganha um auxílio bem pequeno por conta da minha esposa, que ela é cidadã europeia,
Speaker:mas é uma coisa tipo assim, sei lá, 10% do valor, é bem simbólico assim,
Speaker:e isso é uma coisa que também vai acumulando conforme...
Speaker:Quanto tempo que a gente tá aqui na Europa, então tipo, a gente tá aqui há só um ano,
Speaker:então a gente ganha X porcentagem, aí a gente vai ficando mais tempo aqui,
Speaker:e aí esse auxílio vai aumentar um pouco mais, entendeu?
Speaker:Mas daqui a um, dois anos, a gente já para de pagar totalmente e aí, tipo, dos cinco anos até o resto da vida, não gasta um tostão com escola.
Speaker:A menos que...
Speaker:Tem gente que opta por colocar, por exemplo, o filho no ensino médio,
Speaker:ah, quer estudar numa escola internacional, que aí é uma escola que não fala dinamarquês,
Speaker:fala só inglês ou até outras línguas dependendo da escola.
Speaker:E aí, essa é uma opção dos pais, que tem pai que também quer fazer isso.
Speaker:E aí, pode colocar nessa escola e ir pagando.
Speaker:Eu vou voltar nesse ponto mais sobre estilo de vida daqui a pouco,
Speaker:porque acho que tem mais coisa pra gente falar que tu comentou aí sobre qualidade, transporte, etc.
Speaker:Só que eu queria voltar primeiro na entrevista. Tu mencionou, tu teve o lay-off e aí foi quando tu começou
Speaker:a procurar mais essas vagas fora certo sim quantas entrevistas tu fez cara tipo tu fez várias ou eles só te chamaram na dinamarca para ir,
Speaker:Na real, eu devo ter feito, sei lá, depois dessa fase assim, eu devo ter feito uns 3 ou 4 processos seletivos.
Speaker:E uma coisa que eu já tinha muito ouvido falar por pessoas que passaram por um processo,
Speaker:mas é que todos os processos eram muito longos, muito demorados, as etapas dentro do processo.
Speaker:Então se você tem uma ideia, o meu processo acho que dessa mapa deve ter levado uns 4, talvez 5 meses até.
Speaker:Porque foram várias etapas conversa com uma pessoa e faz que não sei o que a gente pode falar no detalhe.
Speaker:Mas mas foi isso assim eu fiz uns acho que uns quatro processos e o da Samar que foi o que deu certo também quando eu já estava mais no final
Speaker:assim do processo dessa mapa eu decidi focar até para,
Speaker:sabe diminuir também a eventual frustração e aí eu e aí acabou dando certo assim aqui nessa mapa e aí eu saí dos outros processos
Speaker:seletivos que eu estava mas foi demorado foi foi tenso assim no sentido de ficar,
Speaker:aguardando entre uma etapa e a outra expectativa e preparação e tal.
Speaker:Mas tu quando tua empresa vai contratar alguém que tá aí na dinamarca mesmo
Speaker:também demora tanto assim ou é só pra você? Não, eu acho que eu acho que é um
Speaker:pouco mais rápido desde que eu tô aqui assim a gente contratou uma pessoa desenvolvedora foi metade eu acho desse tempo que demorou
Speaker:Ainda foi um pouco, vamos dizer assim, longo, mas foi metade do tempo, sabe, que natural, né?
Speaker:No processo envolvia, sabe, um monte de coisa, de patrocínio de visto, de a família se mudar e se planejar e tal.
Speaker:Então, por um lado, eu acho que foi até bom, assim, pra gente, sabe, ir se preparando pra essa ideia, sabe, sobre a mudança,
Speaker:Tudo que eu falei de trâmites que eu tinha que organizar do meu cachorro, ele teve que operar e não sei o que.
Speaker:Então, teve um lado bom também, mas sim, costuma ser mais rápido quando a pessoa já tá aqui perdida.
Speaker:Entendi, faz sentido até pra, como tu falou, despreparar e também se quiser desistir, né?
Speaker:E você precisa ter garantias maiores pra trazer alguém.
Speaker:E como que foi o processo? Isso, então o processo começou com um screening, assim, tipo uma entrevista rápida com a hiring manager, que é a minha atual chefe.
Speaker:Então, foi um processo que eu fui, por uma indicação, e aí eu comecei o processo dessa forma.
Speaker:Fiz essa, tipo, pra ter um fit inicial, assim, sobre as minhas experiências e tal.
Speaker:O que eu já fiz, o porquê que eu tava pensando em me mudar, e aí eu comecei a falar com...
Speaker:Acho que a segunda etapa foi eu falar com uma outra pessoa, que era, se eu não me engano, como se fosse um par,
Speaker:ele era um Senior Product Manager de outro time,
Speaker:não era meu par, mas uma pessoa que teria uma atuação relativamente parecida,
Speaker:com a minha, no time pro qual eu precisava entrar.
Speaker:E aí também foi uma pessoa que tinha uma trajetória profissional assim mais técnica que a de produto hoje,
Speaker:mas também tinha um histórico assim mais técnico que nem o meu, então foi legal nesse sentido.
Speaker:Depois eu tive uma outra etapa que foi conversar com o líder aqui da minha unidade de negócio, que é a minha tribo,
Speaker:tive essa etapa de conversar com ele acho que foi a terceira etapa e aí tudo isso
Speaker:também foi conversa não teve até então não teve nenhum case preparação e tal,
Speaker:então essa foi a terceira etapa depois eu fiz um case aí eu fiz esse case recebi um case tive uma semana para preparar ele e aí fiz o apresentei o
Speaker:o que é para a minha para a minha líder e também para esse outro para essa outra
Speaker:pessoa que é o líder da tribo.
Speaker:Então fiz esse esse case e aí cara depois do case.
Speaker:Eu acho que ainda tive mais uma última conversa assim mas para tipo alinhamentos
Speaker:finais assim beleza deu certo o case e aí entra mais numa fase de você
Speaker:conhecer o time sabe tipo valores culturais a essa última etapa que tem também na Samar que é uma uma prática como assim de outras empresas uma
Speaker:entrevista que é a última mesmo que é de fit cultural que chama de Barreiser.
Speaker:Essa entrevista Barreiser é tipo assim é uma pessoa um líder de uma outra que não é a qual eu trabalho hoje, é uma pessoa bem mais sênior, tipo, level de VP.
Speaker:Ele faz uma entrevista comigo pra garantir que no sentido de cultura e entrega, tipo, meu perfil,
Speaker:eu sou uma pessoa que vai ser bar-raiser pra essa mapa.
Speaker:Então, tipo, pensa que as pessoas... Elevar a barra, sim. Exatamente.
Speaker:Elevar o nível da empresa.
Speaker:É, e garantir que a gente contrate sempre pessoas que, pensa que esse barrazer era uma pessoa que não participou em momento nenhum do meu processo,
Speaker:um cara de uma outra tribo, então ele é uma pessoa que tem um olhar, vamos dizer assim, mais neutro no processo.
Speaker:E aí conversando eu com ele assim, ele fez uma avaliação de que, pô, se as coisas que eu priorizava, sabe, situações hipotéticas assim de trampo,
Speaker:fazia sentido com o que era a expectativa dessa mapa, assim, essa foi, acho que, uma das entrevistas mais tensas, assim, que eu já fiz
Speaker:em questão de preparação, sabe, se você joga no Google Bar Razer Interview, tem uma porrada de coisa, por exemplo, acho que a Amazon, que é conhecida por fazer esse processo e tal
Speaker:um monte, sabe, aquelas perguntas difíceis, assim, que você precisa tirar lá do fundo a resposta e...
Speaker:Perguntas técnicas?
Speaker:Não técnicas, perguntas mais hipotéticas de situações, como você enquanto gerente de produto reagiria.
Speaker:E também meio que através de exemplos, criando cenários e aí sempre pedindo para que eu ilustrasse isso que eu entendia como o caminho
Speaker:ou como uma forma de entender o processo.
Speaker:Coisas que eu tenha feito até então, sabe, que contribui pra isso, sabe, o porquê que eu penso dessa forma.
Speaker:Entendi. E disso tudo, teve... principalmente na parte técnica, primeiro, teve alguma coisa que tu sentiu
Speaker:que era diferente do que tu fazia no Brasil ou, em geral, era parecido com as outras vagas pra produto?
Speaker:Cara, eu senti na real que não teve muita diferença assim não, era bem parecido na real em processo de produto, sabe?
Speaker:Uma coisa que eu senti que foi muito legal assim foi a troca no case em si, sabe?
Speaker:O case que eu tava apresentando, as perguntas que me fizeram foram perguntas super relevantes
Speaker:e aí eu meio que estruturei o case num mirror board e teve interação dessas pessoas comigo ali no case
Speaker:então não teve diferença no sentido de conteúdo do case que era esperado era relativamente parecido com o case de gerente de produto no Brasil,
Speaker:Mas eu acho que teve uma interação muito boa, foi conduzido de uma forma bem legal,
Speaker:que me deixou tranquilo assim, sabe, na apresentação do case.
Speaker:Tá, e tudo em inglês, né? Tu já sentia confortável pra fazer isso, depois daquele intercâmbio no passado?
Speaker:É, assim, eu me sentia confortável pra fazer entrevista em inglês,
Speaker:pra apresentar o case em inglês e tal, mas é aquilo, né?
Speaker:Eu não tava usando, eu tava trabalhando numa consultoria e só fazendo projeto pro Brasil, sabe, no último ano.
Speaker:Então eu não tinha a fluência, assim, sabe, o conforto e tal que você atinge depois de um tempo, sabe?
Speaker:Mas eu tive a sorte também que a minha chefe é brasileira, então as entrevistas que eu fiz só com ela foi em português.
Speaker:E aí foi isso, sabe? Então isso ajudou bastante, mas só um ponto que assim que eu entrei na empresa,
Speaker:eu vim trabalhando assim desde então, e trabalho até hoje, sabe?
Speaker:Tipo, em comunicação em inglês, em, sabe, como você de fato estrutura as suas ideias assim,
Speaker:que pra mim como produtor é uma coisa super importante.
Speaker:Mas no começo do processo, o importante foi passar a mensagem e aí se deu pra fazer.
Speaker:Hum, é interessante. Então a tua chefe aí, ela é brasileira?
Speaker:É, a minha chefe é brasileira. Também em Copenhague? Também em Copenhague, é.
Speaker:Ah, isso já ajudou um pouco, né? Deixou um pouco mais tranquilo.
Speaker:Nossa, muito, muito cara. Ajuda muito, principalmente pra gente identificar esses pontos de melhoria
Speaker:para mim de carreira e tal, então isso ajuda bastante.
Speaker:Music.
Speaker:Passar agora para o momento de decidir mudar porque teve pelo menos uma resposta positiva tu teve né e aí tem que planejar com esposa, filho, aí tem,
Speaker:patch, então como que foi isso?
Speaker:É cara, foi assim, a gente eu recebia a resposta positiva de tipo, eu ia começar na empresa, acho que isso foi em novembro, e aí existia uma necessidade da
Speaker:empresa de eu começar rápido assim, tipo, antes de o visto ser aprovado, residência e tal, então,
Speaker:eu comecei, eu entrei na empresa trabalhando remoto em dezembro, e só me mudei para cá em março, eu,
Speaker:Eu recebi, vamos dizer assim, a carta de residência de aprovação, acho que foi, sei lá, no começo de final de janeiro, eu acho, começo de fevereiro, e aí foi isso, assim, foi tudo bem rápido, na real, porque o ponto é uma coisa, beleza, comecei a trabalhar, eu assinei um contrato com a empresa, que eu fui contratado pela empresa do Brasil,
Speaker:para, enquanto o processo de vista estava acontecendo, eu poder trabalhar, já poder contribuir com o time.
Speaker:E aí, assim que eu comecei oficialmente na empresa, a gente começou, né, os trâmites.
Speaker:Tive que fazer a operação do meu cachorro, da vacina pra poder viajar.
Speaker:Você começa a vender tudo dentro da casa e você entrega o imóvel que você tá morando.
Speaker:E aí eu tive mais ou menos esses três meses aí, que foi três meses e meio.
Speaker:Do momento que eu recebi a resposta positiva, até finalmente vir.
Speaker:Teve um ponto que, se eu tivesse a cidadania europeia, poderia ter sido mais rápido,
Speaker:que é a parte de receber o visto de residência, sabe?
Speaker:Se você é cidadão, você pode até vir pra cá com visto de turista,
Speaker:chegar aqui no... como chama assim, a parte de... como se fosse um cartório.
Speaker:E aí você dá a entrada, você é cidadão europeu, tem um contrato de trabalho, vem morar aqui.
Speaker:Eu precisei fazer isso lá do Brasil, então em dezembro a gente começou esse processo.
Speaker:A Dinamarca tem um escritório que cuida desse tipo de processo prático pra Dinamarca, Noruega, Suécia, que fica no Rio de Janeiro.
Speaker:Rio de Janeiro, aí eu fui lá no no Rio de Janeiro nesse,
Speaker:escritório, fiz biometria, fiz a partir do meu filho, se entrega algumas documentações e tal e aí depois de algumas
Speaker:semanas eu recebi a a resposta positiva. Então foram uns três meses e meio aí tenso assim de de correria, sabe? Vender tudo,
Speaker:deixar tudo organizado e tal e depois quando chega aqui tem a que é montar a vida aqui. Cara, qual que é a sensação da casa esvaziar, né?
Speaker:Tu falou que tem que vender tudo aí e tu tá ainda nessa expectativa, se vai ou não vai, né?
Speaker:Porque você tem que esperar chegar a aprovação desse cartório, vamos dizer.
Speaker:É. Ah, cara, é uma sensação engraçada assim, sabe? Tipo, acho que vai começando a se tornar realidade, sabe?
Speaker:As coisas pra você comprar, minha casa vai ficando vazia, você vai vendendo as coisas e tal. e tal.
Speaker:Por um lado é bom de tipo, você começa a fazer as coisas antes e não deixar tudo pra última hora, né?
Speaker:Porque aí você não tem o que fazer com as coisas, aí tem que ficar dando, arrumando gente pra levar e tal.
Speaker:Então, por esse lado é bom, mas dá aquela sensação de, putz, é agora, né?
Speaker:Realidade e agora que a gente tá se mudando mesmo. Então, acho que a expectativa só vai aumentando conforme as coisas vão...
Speaker:Você vai se desfazendo de tudo no Brasil.
Speaker:E agora pensando na tua chegada aí, na parte do trabalho, eu queria saber como foi teu processo de on-board com o time,
Speaker:como que tu começou o trabalho em si.
Speaker:Novamente, é um contexto diferente, tu tá em outro país, agora tu não tem tua chef só pra falar inglês,
Speaker:inglês quando foi na entrevista e agora é hora de começar o trabalho em inglês e provar o trabalho
Speaker:nessas primeiras semanas também. Como que foi isso? Eu acho que uma coisa me ajudou que foi ter
Speaker:começado lá do Brasil então começar a conhecer o time de casa sabe participar das cerimônias do
Speaker:time e tal isso eu acho que foi uma coisa que me ajudou não fez eu chegar aqui com a sensação de
Speaker:conhecer as pessoas por um outro lado 70 80 por cento do meu time não trabalha aqui em Copenhague
Speaker:o nosso o time técnico quase todo na Ucrânia então a galera não tá presencialmente no escritório.
Speaker:Sabe então ainda teve isso de a diferença foi que eu comecei a trabalhar no mesmo horário no
Speaker:horário praticamente uma hora só de diferença que ele sabe agora é teve o
Speaker:lance de desenvolver desvoltura assim no inglês sabe de se sentir mais confortável ou menos confortável sabe com apresentar as coisas e com conduzir
Speaker:facilitar reunião e tal então tipo isso foi uma jornada que acho que está sendo
Speaker:ainda até hoje assim já melhorou bastante mas é quando você chega aqui que realmente as coisas mudam assim sabe então tive esse tempo de ajuda aí
Speaker:Mas na prática, ao vivo, foi quando as coisas começaram que eu cheguei aqui.
Speaker:A gente dá sorte de ter pessoas distribuídas, tem gente que tá em Berlim, tem gente que tá na Ucrânia,
Speaker:tem gente que tá na Polônia, então isso é uma coisa que a gente lida normalmente, do time distribuído.
Speaker:E tu lembra o que foi a primeira coisa que tu teve que começar a fazer?
Speaker:Duas coisas, né? O processo de on-board, tipo, tu passou aquelas, sei lá, primeiros dias aprendendo sobre a empresa, etc.
Speaker:Ou tu já caiu direto com o teu time pra trabalhar com eles?
Speaker:É, eu comecei a fazer on-boarding, tipo, falando com as pessoas, conhecendo sobre as áreas da empresa e tal.
Speaker:Só que eu entrei no meio de um projeto já que, tipo, tava pegando fogo, assim, sabe?
Speaker:Tava indo pra produção, uma migração que a gente tava fazendo, sabe, a minha área de negócio ela vem de uma aquisição de uma outra empresa e tal
Speaker:e a gente tava no momento de descontinuar esse outro produto e todo mundo passar a usar o nosso produto da SumUp mesmo.
Speaker:Então foi meio que chegar no olho do furacão assim, cara, acho que foi real, assim, foi muito de...
Speaker:Acho que por um lado foi legal que eu já consegui ajudar o time, consegui tocar algumas coisas,
Speaker:identificar alguns gaps onde eu poderia ajudar, porque a minha chefe, antes de eu chegar,
Speaker:ela estava fazendo um trabalho de dois pianos, e aí eu cheguei junto com um outro gerente de produto,
Speaker:e aí a gente chegou e começou a tocar essas frentes separadas, sabe?
Speaker:Então já cheguei naquela de precisar fazer ao vivo assim e precisar já começar a ajudar o time, sabe.
Speaker:Tem a complexidade que é um produto financeiro que eu trabalho, eu trabalho com produtos de invoices.
Speaker:Então, cara, tem muita coisa específica assim de regulação, de compliance, regras específicas por países
Speaker:que por mais que eu quisesse, cara, ler tudo nas primeiras duas semanas, não adianta, na prática eu não ia aprender as coisas, sabe?
Speaker:Precisava de um tempo mesmo pra tocar, mas, cara, também tive muita ajuda aqui do time,
Speaker:tenho muita sorte assim de trabalhar com um engineering manager que é muito bom também,
Speaker:tenho muito tempo de empresa, então também tive bastante ajuda nesse sentido.
Speaker:Que legal. E como que é trabalhar com esse time internacional aí?
Speaker:O que você sentiu diferente, mesmo remotamente, de cultura de trabalho?
Speaker:É, cara, acho que principalmente remotamente é o nosso ponto assim que é desafiador, porque a gente,
Speaker:como eu falei, a maior parte do time tá na Ucrânia e desde que começou a guerra a gente não viu os caras presencialmente, assim,
Speaker:Eles não puderam sair do país estão lá até hoje porque isso acontecia assim alguns off sides e aí de vez em quando todo mundo se encontrava em um país.
Speaker:Só que todo o time que está na Ucrânia está lá desde que a guerra começou sabe.
Speaker:Então o desafiador para a gente é ter esses momentos fora de trabalho fora de alguma reunião que a gente consiga se se conectar assim sabe.
Speaker:É uma coisa que eu vejo muito que você fala, às vezes, nos episódios de fazer happy hour com o time
Speaker:ou tem aquela semana que todo mundo se encontra pro off-site, aí almoça junto e tal.
Speaker:Nesse sentido, é mais difícil de se conectar com essas pessoas.
Speaker:Além disso, tem as diferenças culturais, né, que cada pessoa de lugares tem forma de trabalho diferente.
Speaker:Então, tudo isso entra na conta. Mas eu acho que uma coisa que eu senti muito na SunMap, cara, é que tem gente de todo lugar do mundo,
Speaker:com culturas muito diferentes e times muito diversos, então acho que todo mundo tá nessa,
Speaker:E aí acaba, eu acho, conseguindo criar um balanço legal e um respeito muito bacana.
Speaker:Mas pensando na galera da Ucrânia, né, Slávicos, acho que a gente tem talvez menos contato no Brasil, assim, o que tu sentiu de mais diferença trabalhando com eles ou nada?
Speaker:Ah cara, eu acho que a diferença do pessoal da Ucrânia pra gente do Brasil é que eles são muito mais direto ao ponto, assim, sabe, são muito mais pragmáticos e não tem muito o que a gente tem no Brasil, sabe, de
Speaker:aqueles 5, 10 minutos antes da reunião, conversar e pô, e aí, como é que estão as coisas e não sei o quê.
Speaker:Eu acho que essa é a principal diferença, assim, pra gente.
Speaker:Que é uma coisa que, por exemplo, no meu time, quando eu entrei, tinha uma pessoa da França também.
Speaker:Então, tipo, a gente se conectava bastante por isso, que era mais parecido nesse sentido, sabe?
Speaker:Só que é aquilo, é diferente inicialmente, sabe? Conforme você vai trabalhando mais tempo com as pessoas,
Speaker:você vai criando um pouco mais de afinidade, você vai criando algumas interações sociais
Speaker:que melhoram, assim, sabe, eu acho que, pro time.
Speaker:Mas continua sendo diferente, assim, como um todo.
Speaker:Cada galera tem umas características diferentes, assim, sabe.
Speaker:E aí a gente vai lidando com elas.
Speaker:O time vai meio que criando uma unidade assim sabe as coisas que fazem sentido para o time ou que não fazem sentido para o time.
Speaker:E a gente procura sempre estar todo mês discutindo assim essas coisas sabe para criar o nosso jeito de trabalhar.
Speaker:E só eles sentem essa diferença assim ou todo mundo não no Brasil sentiu.
Speaker:Eu acho que só cara eu acho que só porque hoje no meu time como eu falei, a maior parte do pessoal de lá, então acho que a principal diferença que eu vejo é com o time de lá.
Speaker:E tecnicamente, como tu se sente aí na empresa comparando com o que tu via no mercado brasileiro?
Speaker:Eu não sei se tu consegue falar pelo mercado daí também, tu já foi para alguns eventos? eventos. Tchau!
Speaker:É, cara, eu acho que tem uma diferença que eu senti assim na SumUp, eu acho que é muita maturidade assim na SumUp de tecnologia, sabe?
Speaker:Muita discussão de processos ou discussões de projetos assim, que são bem, muito bem estruturadas, sabe?
Speaker:E eu vejo muita gente boa, muita gente que faz um trabalho excepcional no sentido de documentação, de processos bem definidos
Speaker:e pessoas responsáveis pelas coisas com uma certa estrutura que até então eu não tinha visto.
Speaker:Então isso pra mim foi uma coisa que foi bem diferente, assim, que eu tive que correr atrás bastante, assim, sabe?
Speaker:Acho que a gente de produto tinha muito essa, assim...
Speaker:Eu tinha muito isso, assim, né, do Brasil, de que tava sempre apagando incêndio e, sabe, putz, reunião pra caramba e não sei o que e tal.
Speaker:A principal coisa que eu tive que me adaptar aqui também foi, sabe, eu conseguir ter tempo também, sabe,
Speaker:pra gerar documentação, pra preparar melhor as coisas que a gente tá fazendo, sabe,
Speaker:e aí eu acho que isso acaba... é aquele lance de tipo, eleva um pouco assim, eu acho, a barra da gente, sabe,
Speaker:pra... putz, tá todo mundo fazendo... você sente que, caraca, tá todo mundo um nível acima, assim,
Speaker:Você precisa meio que correr atrás, assim.
Speaker:E eu senti bastante isso, assim, na SumUp, sabe? Muita coisa que é, como eu falei, de processo, de documentação
Speaker:e uma exigência técnica assim bem grande, bem grande.
Speaker:Isso é bom, não dá para relaxar, quando a gente está no momento, ainda no começo, é uma sensação meio ruim,
Speaker:tu acha que está sempre atrás, mas ao mesmo tempo é legal porque, principalmente para quem quer crescer na carreira
Speaker:tecnicamente, acho que é sempre bom quando tu está em volta de um grupo que tu acha que tu tem ainda muito para aprender,
Speaker:com eles assim, diferente.
Speaker:Exato. Eu achei excelente isso, cara. Ficava muito assim na minha cabeça, sabe, com esse lance da área de produto, assim.
Speaker:Você vê gente discutindo em meetup, aí apresentando case e não sei o que lá. Só que acho que na prática, assim, o dia a dia da coisa é um pouco diferente, sabe.
Speaker:E às vezes eu sentia que eu tava progredindo na carreira, mas o aprendizado não tava seguindo tanto nessa linha assim, sabe?
Speaker:E aí aqui foi um momento de conseguir dar dois passos pra trás, assim, identificar alguns pontos que eu precisava trabalhar nesses pontos, sabe?
Speaker:Pra aí sim entrar numa progressão diferente, sabe?
Speaker:E pra mim, na real, cara, também foi muito bom, porque eu não tava trabalhando diretamente com um time de produto,
Speaker:tipo, time de tecnologia, sabe, ter vários devs no time e tal, já tinha, sei lá, quase três anos.
Speaker:Eu trabalhei em consultoria antes, então eu tava sentindo muita falta disso, sabe?
Speaker:Teve esse momento também de eu voltar pra um dia a dia de tecnologia e discussões mais
Speaker:aprofundadas tecnicamente, entendeu?
Speaker:Então teve um pouco disso também. Costoria é legal porque tem várias coisas diferentes, né?
Speaker:Então tu se põe em vários contextos, mas empresa de produtos tem...
Speaker:Acho que tem uma diferença de todo mundo tá alinhado na mesma coisa que costoria nem sempre tá.
Speaker:Eu entendo isso, eu senti também quando eu fiquei um tempo na gostoria e depois fui para produto.
Speaker:E não dizendo qual é o melhor ou o pior, porque na real eu gosto dos dois, mas,
Speaker:a sensação de estar a empresa inteira com a mesma meta é muito mais legal de trabalhar,
Speaker:muito mais fácil às vezes de falar com as pessoas.
Speaker:É, eu penso de uma forma parecida, mas eu tenho para mim que o que eu gosto mesmo é
Speaker:de trabalhar na empresa, é uma coisa que com consultoria às vezes eu ficava um pouco frustrado
Speaker:que era com a falta de conseguir dar continuidade com os projetos, a falta de ter um espaço para,
Speaker:tomar decisões e mudar caminhos ao longo do projeto porque às vezes uma coisa que foi vendida
Speaker:a gente precisava entregar alguma coisa no final do projeto e aí acho que você tem menos espaço
Speaker:para essas pivotadas assim, enquanto você está fazendo produto dentro da empresa,
Speaker:eu acho que você tem muito mais gestão e capacidade de impactar nessas coisas, sabe,
Speaker:mudança de direção e tal.
Speaker:Isso é uma coisa que eu gosto mais, que olhando para trás acontece com bastante frequência.
Speaker:E sobre a cidade agora, novamente tu mudou nesse contexto com tua família inteira, né,
Speaker:E acho que o mais legal é que já passou um ano aí então já conseguiu viver todas as diferenças de estações temperatura.
Speaker:Então como está sendo morar em Copenhague com o que tu esperava durante aquele período estava pesquisando.
Speaker:E na realidade o cara eu.
Speaker:Agora que eu posso falar que já passou o inverno a gente está tendo dia de sol quase todo dia.
Speaker:Mas acho que a gente se adaptou bem aqui, a gente conseguiu encontrar um lugar bacana pra morar
Speaker:eu moro a 18 minutos de bike do meu escritório, é super perto, é um lugar bem localizado
Speaker:então acho que a gente deu sorte nesse sentido, é bem difícil de encontrar apartamento
Speaker:tem gente que fica, sabe, pesquisando por muito tempo e tal, a gente conseguiu dar uma sorte e achar um lugar legal.
Speaker:Então, nesse sentido de moradia, a gente tá bem, é lógico que paga-se por isso, né, paga muito caro assim,
Speaker:pra poder morar mais perto da cidade. Eu nem sei se eu faria a mesma coisa hoje, se eu fosse escolher,
Speaker:Talvez eu iria morar num lugar um pouco mais longe pra gastar um pouco menos com o aluguel.
Speaker:Então, enfim, é um dos aprendizados, né. Eu tô preso no lugar, já falei no outro episódio, mas eu tô preso no lugar porque
Speaker:quando eu cheguei era muito caro e foi por um tempo, mas aí os preços estouraram que eu tô num preço,
Speaker:agora, vai aumentar agora, então agora eu já vou poder, já vou ter coragem de começar a olhar outro lugar,
Speaker:um pouco mais longe, mas talvez tu vai sentir isso se os preços continuarem aumentando dessa forma, que
Speaker:É muito caro, mas daqui a dois anos, três anos, tudo em volta já subiu, mas tipo, talvez pela sensação de querer ficar mais próximo do centro, mais próximo das coisas no começo, né?
Speaker:Exato, foi isso que a gente queria, porque o pensamento foi, a gente não conhece muito bem a cidade.
Speaker:A minha esposa também, ela veio sem um trampo fixo, então a gente queria ficar perto da cidade pra ela ter mais possibilidade de se movimentar pra tudo quanto é lugar.
Speaker:Tanto ela como eu também no trabalho, com mais proximidade, entendeu?
Speaker:E aí o nosso pensamento foi esse, primeiro vamos ficar num lugar mais perto
Speaker:e aí depois, agora daqui pra frente, quem sabe a gente pode avaliar pra um lugar mais longe.
Speaker:Mas enfim, essa foi na parte de moradia que a gente teve esse acerto, vamos dizer.
Speaker:Do outro lado de clima, cara, o inverno de fato foi bem complicado, assim, o inverno aqui é bem escuro,
Speaker:é muito tempo cinza, tempo de chuva, poucas horas de luz no dia e tal, e é aquilo, né?
Speaker:Você já faz pouca coisa assim fora de casa, no inverno você faz menos ainda.
Speaker:E aí foi uma adaptação que a gente precisou passar, sabe?
Speaker:Foi o primeiro ano, foi complicado e tal, mas a gente sobreviveu, sabe?
Speaker:Trabalhava e tentei procurar manter uma cadência que a cadência que eu tenho até hoje,
Speaker:de ir três vezes por semana pro escritório, sabe?
Speaker:Isso é uma coisa boa pra mim, a minha esposa também trabalhou legal no final do ano, assim,
Speaker:então isso pra gente foi complicado, foi difícil o inverno, sabe, porque eu tenho
Speaker:filho também, meu filho não vai mais em parquinho assim quando tava no inverno, né.
Speaker:Porque é frio demais e tal, mas é aquilo também, todo dia ia pra escola e aí a galera
Speaker:fala muito aqui de não existe tempo ruim só existe a roupa ruim a galera os
Speaker:chineses alemão fala isso e é isso você aprende a tá cara tá na chuva tem que
Speaker:sair de bike e você vai de bike na chuva mesmo e paciência criança vai para a
Speaker:escola todas as crianças não sei se já viu aquele macacão do corpo inteiro assim,
Speaker:e aí vão para a escola com esse macacão e é isso assim você vai se adaptando
Speaker:assim os prós olhando pra trás assim os prós eles são melhores assim do que os
Speaker:contras sabe então é a adaptação que você passa por ela e e vai uma hora você
Speaker:chega. Mas o que tu conseguiu fazer no inverno? Dava ainda pra sair? Tinha alguma coisa que tu conseguia fazer com teu filho?
Speaker:Sabe algum programa assim pra ele existir? Porque na escola deve ter né? Na escola
Speaker:Eu acho que eles já estão adaptados para isso, então eles não vão parar de ter educação física pelo inverno, mas tu conseguia também?
Speaker:A gente fazia algumas coisas mais em lugar fechado, aqui tem como se fosse um parque de criança, que é um lugar fechado, que a gente ia.
Speaker:Uma coisa que o pessoal faz muito aqui em Copenhague, ainda mais família que tem filho, é comprar o Saison Péza,
Speaker:um ingresso que você compra que te dá direito a ir no lugar
Speaker:ilimitadamente pelo ano inteiro.
Speaker:E aí a gente tem o Season Pass do zoológico, então a gente pode ir sempre no zoológico de graça,
Speaker:só paga se consumir alguma coisa lá dentro.
Speaker:Tem o Tívoli, que é como se fosse um parque de diversão aqui em Copenhague, a gente também tem o Season Pass.
Speaker:Então é isso, a gente enquanto pais vai criando essas atividades que mesmo com o inverno a gente faz assim.
Speaker:Tem também aqui piscinas públicas que são fechadas, então no inverno fica com aquecimento e tal.
Speaker:Você até paga um valor, que você pode pagar ou num valor assim no dia assim pra usar,
Speaker:ou você pode também comprar o Saison Pé, sabe.
Speaker:Então também teve dia que a gente foi e tal. E tirando isso, é encontro com os amigos assim,
Speaker:alguns amigos brasileiros que a gente já fez na casa dos amigos.
Speaker:Outro dia os amigos vêm na nossa casa e tal.
Speaker:E é isso assim. Foram esses tipos de atividades que a gente fez.
Speaker:Legal e cara que dá pra fazer aí no geral tirando o inverno.
Speaker:Tu falou muito de bicicleta né. Até tu falou que vai trabalhar de bicicleta então dá pra ver que,
Speaker:tu comentou também no começo que tem bastante ciclovia. Mas no geral, o que são os maiores atrativos da cidade?
Speaker:Cara, eu acho que é um atrativo não só da cidade, assim, mas do estilo de trabalho dinamarquês
Speaker:é que tem um grande balanço, assim, sabe, entre vida pessoal e vida profissional.
Speaker:Eu também vejo a galera... falou bastante disso, assim, de outros países nos episódios, né.
Speaker:E eu acho que é muito parecido, assim, cara.
Speaker:Dão quatro horas da tarde e todo mundo precisa pegar filho na escola, precisa buscar e é isso assim, o dia acaba assim, sabe?
Speaker:E não tem aquela pressão que a gente tem no Brasil sobre ficar até mais tarde.
Speaker:É estranho você ficar até mais tarde, sabe? No escritório trabalhando e tal.
Speaker:Então isso é uma coisa assim, normal pra Dinamarca, sabe? Outro ponto é a gente já falou a gente falou de bike de transporte.
Speaker:Isso é muito bom assim muito segurança a sinalização nas ciclovias entendeu.
Speaker:Até se você não tiver a sua bike você tem acesso a um valor super acessível você conseguir assinar,
Speaker:como se fosse uma empresa que você tenha a sua bike ali todo mês e aí a manutenção inclusa sabe tudo pensado,
Speaker:pra que as pessoas andem mais de bike assim sabe, você conversa com dinamarquês é muito comum que durante a semana de segunda a sexta, por mais que as vezes algumas pessoas tem carro, segunda a sexta ninguém usa carro assim sabe, pra trabalhar, pra escola e tal,
Speaker:É, bike ou ônibus ou trem, entendeu? Tem uma coisa aqui que é muito bom de transporte, cara, que é...
Speaker:Eu não sei se eu falei disso, mas é a integração de um transporte com o outro, sabe?
Speaker:Você facilmente conseguir...
Speaker:Cara, você tá andando de bike, você não paga pra você levar sua bike no trem,
Speaker:tem bastante espaço pra deixar as bikes no trem, sabe?
Speaker:Aí no metrô tem os horários que são os quais que você pode entrar com o bike, entendeu?
Speaker:Então existe esse cuidado assim, sabe, pra ter não só a estrutura de ter os modais,
Speaker:mas que eles sejam adaptados assim, sabe, pra você conseguir fazer as coisas.
Speaker:E aí é aquilo, né, bike, quem gosta de bike também, muita gente não só usa como
Speaker:um transporte assim, sabe, mas também, sabe, pra treinar, pra andar de bike em grupo e tal.
Speaker:Muita gente fazendo isso então isso é uma coisa que você vê bastante aqui agora que
Speaker:o tempo vai ficando bom né primavera verão tal a galera assim depois do trabalho assim
Speaker:às vezes faz alguma atividade na semana que vem o pessoal do meu trabalho vai se encontrar
Speaker:para jogar tênis sabe é tipo tênis mas é aquele pedro sabe com aquela raquete de
Speaker:Sim, isso é uma febre aqui também.
Speaker:Minha equipe da Espanha joga isso toda semana também.
Speaker:É, então é isso assim, acho que são essas coisas mais ou menos que estão envolvidas.
Speaker:Mas é bem massa cara, acho que a gente passou esse primeiro ano assim e conseguindo se estabelecer bem.
Speaker:E o que tu tá achando difícil em morar aí?
Speaker:Normalmente esse ano... tu falou do inverno, beleza, o inverno eu já imaginava, mas eu fiquei até surpreso, assim, não surpreso, né, porque se o país tem um inverno tão frio, ele tem estrutura, então, beleza, mas isso ajuda, mas o que mais, assim, é difícil dessa vida de imigrante aí na Dinamarca?
Speaker:Cara, acho que a principal dificuldade, principalmente pra gente que tem filho, é a falta de uma rede de apoio, assim, sabe?
Speaker:Por mais que agora a gente já tem amigos e consegue ter um pouco mais, não é a mesma coisa que a gente tinha no Brasil, sabe?
Speaker:Você precisa de alguma ajuda, de família e tal, você sempre tem isso, sabe?
Speaker:Então, eu acho que essa é a principal dificuldade que eu vejo de morar fora, assim, sabe?
Speaker:Você tá distante da tua família, da tua rede de apoio, seja ela amigos ou família.
Speaker:E aí é meio que você e o teu parceiro ou a tua parceira tem que dar um jeito de fazer
Speaker:as coisas assim, sabe.
Speaker:Na prática fica mais difícil assim, às vezes, geralmente, né, você vai sair muito
Speaker:menos, que é o que acontece com a gente, sabe.
Speaker:Então, você tem, acho que, menos tempo, vamos dizer assim, de fazer algumas coisas
Speaker:porque você precisa se adaptar mas é aquilo vai construindo
Speaker:também uma rede de apoio nova e aí quem sabe vai amenizando um pouco mas essa eu acho que é a principal principal dificuldade
Speaker:assim a falta de uma rede de apoio e tu acha fácil fazer amizade aí com os dinamarqueses.
Speaker:Não cara não é que é bem difícil.
Speaker:Uma coisa que eu já tinha ouvido falar assim e eu senti bastante.
Speaker:Primeiro que tem um pouco de dinamarquês na Samap, 95% das pessoas que estão no escritório da Samap não são dinamarqueses, então começa por aí assim.
Speaker:Segundo que, por mais que às vezes quando tem dinamarquês, é aquilo né cara, a galera morou aqui a vida inteira, eles têm os amigos deles, eles já têm a vida deles e são um povo naturalmente mais fechado,
Speaker:então é um pouco mais difícil, sabe, de você furar essa bolha.
Speaker:De criar, de ter amizade com alguém. Acho que até rola, mas demora, demanda um pouco mais de insistência.
Speaker:E a tendência do que eu vejo é todo mundo que é de fora acabar fazendo mais amizade com quem também é de fora,
Speaker:sabe, que tá numa caminhada parecida.
Speaker:Tuas amizades aí são mais com os brasileiros ou teve mais alguém de fora aí que tu conseguiu?
Speaker:Cara, mais com brasileiros assim e também algumas outras pessoas do trabalho.
Speaker:No meu trabalho também tem português, tem uma pessoa do Egito que é bastante amigo assim,
Speaker:um espanhol que também é muito amigo.
Speaker:Então minhas amizades são praticamente todas ou brasileiro ou é gente de fora assim.
Speaker:Sim, amizade é uma das coisas mais complicadas morando fora assim, ainda mais com família, né.
Speaker:Porque quando você está sozinho, você consegue ir para qualquer rolê aleatório e ajuda.
Speaker:Mas com família você tem algumas limitações e prioridades diferentes.
Speaker:É um monte de vida diferente.
Speaker:Cara, mais uma coisa que eu lembrei é que a gente falou de dificuldades.
Speaker:Um ponto que eu passei por um pouco de perrengue aqui foi para entender um pouco mais do sistema de imposto.
Speaker:Sabe o que que de imposto é cobrado na tua folha salarial tal eu por exemplo o
Speaker:que aconteceu comigo por um detalhe eu deveria ter me cadastrado no sistema de
Speaker:imposto daqui pra eu ter o meu cartão de imposto não fiz esse cadastro e aí por
Speaker:três meses eu fiquei sendo taxado na alíquota máxima de imposto 55% do meu
Speaker:salário bruto então o normal deveria ser 38 imagina se acabou de se mudar se
Speaker:acabou de dar uma entrada altíssima num apartamento e ainda passar por três meses.
Speaker:Sendo taxado no imposto alto. Cara, até resolver isso, até eu entender qual foi o problema que tinha sido feito,
Speaker:então teve muito, sabe, ir de volta, e aí falava com o pessoal do SCAT,
Speaker:que é o órgão aqui de imposto, e aí da minha empresa, até entender onde que estava errado,
Speaker:isso foi difícil, assim, sabe? Então é uma coisa que eu indico bastante pra galera,
Speaker:Cara, lê ao máximo sobre os detalhes e essas nuances de imposto, o que você precisa se cadastrar, se você é cidadão europeu, o que você precisa fazer
Speaker:Porque acho que o melhor caminho é conversar com pessoas que já passaram por isso
Speaker:Porque essas pessoas, naturalmente que nem eu, vão ter passado por alguns probleminhas assim, sabe
Speaker:Então isso é uma coisa pra se atentar, porque pode ser bem complicado e não só no salário, como também na hora de declarar o imposto de renda, né, vamos dizer assim.
Speaker:Então, também tem que ter toda essa atenção a esse detalhe, porque se imagina que,
Speaker:pra mim, pô, eu vivi dez anos no Brasil, quase dez anos no Brasil, trabalhando, declarando imposto,
Speaker:do jeito que era no Brasil, sabe, uma coisa mais ou menos automatizada, chegou aqui e as coisas são diferentes.
Speaker:E aí você, em um ano, aprender tudo que você aprendeu no Brasil em vários outros anos,
Speaker:Não é tão rápido, então acho que vale a galera se atentar a esse detalhe.
Speaker:Mas tu conseguiu reembolso disso? Eu consegui.
Speaker:O que eles fazem é que à medida que identificaram isso que foi taxado errado,
Speaker:eles ainda dentro do ano ou quando fechar o ciclo de imposto você vai receber uma restituição muito grande ou que foi o meu caso
Speaker:eu tive desconto de imposto em outros três ou quatro meses.
Speaker:Então eles vão vamos dizer assim dando uma amenizada no imposto que te cobra, porque cobrou muito lá atrás.
Speaker:E essa é uma coisa importante mesmo, porque eu conheço algumas pessoas que esqueceram também de fazer um cadastro aqui, que é...
Speaker:Dependendo da profissão, você tem um desconto gigante, que é tu fixa o teu imposto em 20%, não lembro, beleza.
Speaker:Mas quem quiser pode pesquisar por residente não habitual, que é como eles chamam aqui.
Speaker:Só que se tu passar do prazo, acabou, sabe. E esse desconto vale por alguns anos.
Speaker:E pô, tu pode ter pessoas pagando 40% de imposto porque não fez isso, sabe.
Speaker:E é uma coisa que tu tem que fazer quando chega.
Speaker:É legal quando algumas empresas têm algum guiazinho, né? A minha acho que tinha.
Speaker:Eu acho que isso tava lá, não sei, mas como tem vários brasileiros na empresa, me deram um toque antes.
Speaker:Mas pra quem não tem, é bom sempre procurar grupos, sei lá, e perguntar quais são as
Speaker:primeiras coisas que tem que saber sobre imposto, pagamento.
Speaker:É, eu também, a minha empresa também não tinha esse conhecimento, porque eu fui a primeira
Speaker:pessoa que eles, não residente, não cidadão europeu, que eles patrocinaram o visto pra
Speaker:vim pra cá então teve muita coisa que meio que eu aprendi comigo assim fazendo sabe aí agora sim
Speaker:sei lá três meses atrás o que eu fiz eu escrevi um guia assim sabe sobre como foi esse processo
Speaker:pra mim o que fazer o que não fazer pra ajudar lá na frente se alguém for passar por um processo
Speaker:parecido assim, mas como eu fui o primeiro não tinha muito como alguém me ajudasse.
Speaker:Cara, tu não quer compartilhar esse guia não? Sei lá, no LinkedIn, por exemplo.
Speaker:É, uma boa, uma boa. Posso compartilhar.
Speaker:Ah, sim. Então vai estar no teu LinkedIn e eu coloco o link na newsletter quando o episódio sair
Speaker:também sobre esse guia.
Speaker:Acho que é útil. O problema é, as pessoas tem que usar como um guia e pesquisar
Speaker:porque ele fica desatualizado às vezes, né?
Speaker:Principalmente de ano pra ano. É, eu preciso atualizar ele porque meio que fiz, tipo, deixando
Speaker:confluência da empresa, pensando para uma pessoa que é dessa mapa assim sabe então eu preciso dar uma atualizada nele para ele ficar mais genérico.
Speaker:É legal mas se tu fizer até lá vai estar na newsletter. Olha aí nos comentários que vai estar o link.
Speaker:Cara então é isso. Valeu. Segundo episódio ficou felizão. Sempre legal ter pessoas que não trabalhou junto mas a gente já se conhecia lá de Santos tem os amigos em comum,
Speaker:também, pegou muito fretado junto aí naquela Vida Santo São Paulo. Que loucura, né?
Speaker:Vida bandida, entrando todo dia na Caixa Preta e saindo depois de duas horas e meia lá em São Paulo.
Speaker:Cinco horas de trânsito. É foda, cara. Mas, pô, valeu demais pelo convite. É sempre muito bacana, assim, trocar ideia.
Speaker:A gente vê os amigos que começaram também numa caminhada parecida assim lá atrás e
Speaker:Hoje a gente vai ainda até hoje mantendo esse contato do jeito que dá e enfim espero que seja legal assim que ajude outras pessoas que estão participando
Speaker:estão pensando e entrar nessa jornada e que vale a pena.
Speaker:Sim a gente se conheceu quando tu me deu carona. Tu falou que conheceu o Gabriel Lima no Blá Blá Car que ele te levou.
Speaker:Acho que a gente se conheceu quando tu me deu carona de Praia Grande para Santos.
Speaker:É porque eu fui dar aula de Scrum. É isso aí.
Speaker:12 anos atrás? 10 anos atrás? Na FATEC PG, se foi dar um curso de Scrum.
Speaker:Tu falou, tá voltando pra Santos?
Speaker:Pô, também tô e me deu uma carona pra lá, é, pode crer.
Speaker:Pô, faz tempo, hein?
Speaker:Faz tempo, faz tempo.
Speaker:Mas e onde o pessoal te encontra, né? Se eles quiserem ver, quando tu postar lá esse guia aí
Speaker:sobre o que fazer quando chegar, onde o pessoal pode te encontrar?
Speaker:LinkedIn, cara. No LinkedIn, Gabriel Gomes. Depois eu te passo o link, mas é só me adicionar também.
Speaker:Eu também uso o Twitter, é o Gabriel Gomes, depois eu te passo e, cara, tô à disposição aí.
Speaker:Quem quiser mandar mensagem, trocar ideia, tô sempre por aí.
Speaker:Tá, eu tenho os dois, então vão estar todos os links aqui na descrição.
Speaker:E aí, Gabriel, brigadão novamente.
Speaker:Cara, bom te ver e certeza que a gente se encontra pessoalmente aí em algum momento, né?
Speaker:Sempre viajando, então quando estiver próximo daí eu te dou um toque.
Speaker:E mano, vamos marcar mais episódios, vamos ver se a gente faz um ou outro, eu, tu, Gabriel, Lima e o Vinícius também, né?
Speaker:Se eles aparecerem no horário, porque como tu falou, tu já conhece o Vinícius antes de mim, né? Vocês já eram amigos antes.
Speaker:Eu já sei, não, o Vinícius tá me devendo um churrasco, acho que já deve ter uns 4 anos só, pra você ter uma ideia, então é enrolado.
Speaker:Mas vamos marcar sim, cara, tô à disposição. Trocar ideia é sempre engraçado, no mínimo.
Speaker:Cara, esses episódios com eles, tipo, a gente grava 3 horas e 50 minutos vai pro ar, porque a gente começa a falar de trabalho antigo,
Speaker:eles citam nome de pessoa, não sei o que, eu falo, galera, calma, vocês vão ficar com vergonha depois do que vai pro ar, mas é sempre legal.
Speaker:Então demorou, cara, até mais, vai lá aproveitar, né. Acho que pra gente que tem o inverno, pra você principalmente,
Speaker:mais puxado. Primavera, eu já falei para algumas pessoas, mesmo em Portugal a primavera
Speaker:para mim se torna um dos melhores meses, porque é muito temperatura baixa e o dia cinza que
Speaker:tu vê uma flor, uma cor diferente na rua, uma sensação maravilhosa. Então vai lá
Speaker:aproveitar e até a próxima.
Speaker:Fechado, até a próxima Gabriel. Valeu demais cara, um abraço.