Episode 107
Technical Program Manager em Turim, Itália, com Vinícius Pereira - Trabalhando na Amazon #107
Voltamos para Turim para bater um papo com o Vinicius Pereira, que é Program Manager na Amazon, e trabalha remoto da Itália. E nessa conversa ele vai nos contar sobre o seu trabalho remoto para os Estados Unidos, como é trabalhar com os americanos, e sobre morar na Itália.
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Vinícius Pereira
Sou doutor em Computação, trabalho com agilidade, já fui dev, tech lead... mas isso tudo são meros detalhes. O que importa mesmo é: sou uma pessoa mais lógica do que emocional no meu dia-a-dia, doido pelas minhas cachorras, apaixonado pela Lu. Gosto de viajar, ler, jogar, Rick & Morty e Lego.
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Palavras-chave:
- Technical Program Manager
- Morando em Turim
- Trabalho remoto para os Estados Unidos
- Trabalho na Europa
- Trabalho na Amazon
Por Gabriel Rubens ❤️
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Transcript
Fala pessoal, bem-vindos ao TPA Podcast, aqui novamente o Gabriel Rubens e hoje com o Vinícius
Speaker:Pereira, que vai contar para a gente sobre como que é morar em Turim e trabalhar como
Speaker:Program Manager na Amazon, mas remotamente.
Speaker:Não é isso Vinícius? É isso aí.
Speaker:Bom dia, boa tarde, boa noite, não sei que horas você vai ouvir esse negócio, mas bom
Speaker:Bom dia pra todo mundo, boa tarde.
Speaker:E vamos conversar a continuação daquele papo que você já teve um papo com a minha esposa, com a Luana.
Speaker:Vamos ver agora mais uma opinião sobre Turim. É isso, então quem quiser tem o papo também com a Luana Farinasco, que a gente conversou também sobre a mudança dela,
Speaker:de vocês dois na verdade, pra Turim, e ela contou sobre as impressões dos primeiros meses ali trabalhando com a empresa italiana mesmo,
Speaker:trabalhando 100% italiano. Então, hoje vai ser outro papo para complementar,
Speaker:mas agora no ponto de vista do Vinícius.
Speaker:Para começar o papo, seria legal começar falando o que você faz.
Speaker:Eu sei que você é Program Manager.
Speaker:Ou Technical Program Manager na Amazon, mas para deixar mais claro, concretizar o que é o seu dia a dia,
Speaker:e também falar um pouquinho de quem é você, e aí a gente dá uma introdução antes de começar o papo.
Speaker:Não, beleza. Vinícius, como você mesmo mencionou, eu sou formado em Ciência da Computação,
Speaker:pela UFSCar, de São Carlos, isso foi em 2008, depois eu fiz mestrado também na UFSCar
Speaker:em Engenharia de Software, foi em 2012, e depois eu fiz doutorado pela USP de São Carlos, ICMC,
Speaker:também Engenharia de Software, foi em 2017.
Speaker:Aí a ideia era trabalhar academicamente, ser professor. Eu acabei mudando de ideia.
Speaker:Acabei vindo para o mercado de trabalho em si, comecei como desenvolvedor.
Speaker:Back-end sempre foi mais o meu forte. Sabia uma coisinha ou outra de front.
Speaker:Nunca me considerei, nem fui full stack.
Speaker:Mas trabalhei com Java, com Ruby, com Node.js, depois um pouquinho com Python,
Speaker:mas muita parte foi com Java e com Spring Boot.
Speaker:A desenvolvedor back-end, cheguei a ser um líder técnico do time da empresa que a gente trabalhava,
Speaker:cheguei a ser chapter leader de teste, mas aí depois acabei entrando em agilidade,
Speaker:e fui Scrum Master, Agile Coach, Business Agile Coach trabalhei desde empresa pequena até grandes bancos no Brasil
Speaker:e consultoria, passei por consultoria também.
Speaker:Depois eu fui tech advisor numa consultoria e, finalmente, no final de 2020, eu entrei na AWS Professional Services,
Speaker:que é a consultoria da AWS, da Amazon, que migra os clientes deles para as nuvens.
Speaker:Lá eu entrei como engagement manager, que é um gerente de projeto,
Speaker:mas que também tem bastante foco em interagir com o cliente nesse caso, com o cliente que está contratando a consultoria.
Speaker:Ajudei a fazer a parte da migração de um banco para a nuvem.
Speaker:Parte, porque é gigantesco e continua até hoje.
Speaker:Aí depois, já dentro da Amazon, dentro da AWS Professional Services,
Speaker:eu fiz uma transferência interna.
Speaker:Fui para a Amazon Devices. Basicamente, o mais conhecido da Amazon Devices
Speaker:são os dispositivos da Echo.
Speaker:Mas na Amazon Devices, eu não trabalho com a Echo, eu trabalho com outro dispositivo, que é o Wiro.
Speaker:EERO, que até onde eu sei não vende no Brasil, mas tem pessoas que conhecem.
Speaker:É um roteador de uma startup que em 2019 foi adquirida pela Amazon.
Speaker:E lá eu comecei a trabalhar como Technical Program Manager,
Speaker:que também é um gerente de projetos, mas a diferença, dependendo de quem faz a definição,
Speaker:mas vamos dizer que é um gerente de projeto que inclui projetos dentro.
Speaker:Então, gerente de vários projetos ou de projetão.
Speaker:Mas a ideia, no dia a dia, é...
Speaker:Passar a visão estratégica, passar a visão executiva, fazer o cronograma disso
Speaker:ajudar no planejamento, ajudar na execução dos times que estão envolvidos
Speaker:mas dando essa visão do projeto como um todo então uma equipe de um setor, às vezes de outro país, vai fazer uma parte desse projeto
Speaker:que tem dependências com uma equipe que às vezes também é de outro país, não necessariamente,
Speaker:e os projetos têm que conversar Eu não sou responsável pelo projeto dessa equipe,
Speaker:eu não sou responsável pelo projeto da outra equipe, mas eu sou responsável por ajudar no planejamento
Speaker:e traçar o panorama do projeto que inclui esses projetos.
Speaker:É muito projeto no meio, mas isso que teoricamente é um programa,
Speaker:dependendo de onde está.
Speaker:O programa pode ser desde esse projetão, com vários projetos,
Speaker:pode ser uma área, pode ser uma organização, mas que inclui todas essas funcionalidades ou projetos
Speaker:que serão entregues para o cliente final.
Speaker:Agora, deixa eu te perguntar sobre a Amazon, e aí já sabendo que existem várias limitações
Speaker:do que tu pode falar sobre o processo, então tu pode falar de forma mais geral.
Speaker:Eu só queria saber qual que foi a diferença que tu sentiu de quando tu entrou nas outras
Speaker:empresas para a Amazon na questão das entrevistas.
Speaker:E aí pensando muito, porque muito da cultura da Amazon são de empresas dos Estados Unidos,
Speaker:certo? E eu vejo algumas pessoas falando que a forma que você avalia nas entrevistas muda um pouco,
Speaker:e como a gente responde.
Speaker:E aí, até usando como experiência outros episódios do podcast que já teve pessoas
Speaker:que foram para os Estados Unidos e também para a Europa, eles conversam, sentiram algumas diferenciazinhas.
Speaker:Como que foi para ti?
Speaker:Sim, acho que a principal diferença é ser mais objetivo, que o jeito que você dá a
Speaker:a resposta você não pode contar toda a história de como aconteceu um problema
Speaker:toda a história de como aquilo resolveu é tentar ser o mais direto possível
Speaker:esse é o problema, então você vai contar a história mas uma forma bem resumida
Speaker:tipo uma frase, esse é o problema, isso tinha que ser feito então o que tinha que ser feito, o que você fez disso, porque não necessariamente é a mesma coisa
Speaker:às vezes você fez só uma parte dessa tarefa que tinha que ser feito,
Speaker:mas eles querem saber essa parte, eles querem saber o que você fez, por que que eles têm que te contratar,
Speaker:e qual foi o resultado disso, porque como já aconteceu não é um resultado esperado, é um resultado real
Speaker:claro que você não vai contar o financeiro, se teve um... ah, isso aumentou X milhões, evitou um prejuízo de X milhões
Speaker:isso evitou uma multa, você não vai entrar nesses detalhes, porque também é sigilo da outra empresa onde você passou,
Speaker:mas é contar, de uma forma bem resumida isso era o cenário, tinha essa tarefa pra fazer, essa coisa pra ser feita
Speaker:eu fiz essa parte, ou tudo, e esse foi o resultado Então eles não entram...
Speaker:Na entrevista que eu fiz, é claro que se você for fazer uma entrevista para engenheiro de software eles vão entrar nisso, mas eles não entram no detalhe
Speaker:Ah, resolva tal coisa com o algoritmo X,
Speaker:No meu caso não chegou nesse ponto Mas as entrevistas eram bem diretas, eu lembro que eu fiz uma entrevista no Brasil para uma outra empresa
Speaker:Que a minha entrevista foi 3 horas batendo papo com o CTO,
Speaker:Era uma empresa menor, não era uma startup, porque já era uns 10 ou 12 anos de empresa
Speaker:mas ainda assim era uma empresa pequena, que tinha esse clima de startup, vamos dizer,
Speaker:eu fiquei três horas conversando de tudo, de coisa técnica até coisa pessoal com o CTO
Speaker:ele gostou de mim e me contratou eu fui para uma outra empresa que eu fiz entrevista que eu fiquei tomando café com o CEO da empresa
Speaker:ele também ficou conversando comigo, então era um negócio...
Speaker:Eles estavam, obviamente, testando a gente, fazendo perguntas e tal mas você via que era claramente um ambiente mais informal,
Speaker:ali era bem direto, bem objetivo As pessoas eram simpáticas, não estou falando que era extremamente formal, o pessoal também perguntava as coisas para você
Speaker:Mas tem aquele tempo de entrevistas, tem que entender que eles também têm outras entrevistas
Speaker:Tiveram outras entrevistas antes da sua, eles vão fazer outras depois de você
Speaker:Então eles fazem tudo naquele tempo certinho para não te desgastar como não desgastar a pessoa que está fazendo a entrevista.
Speaker:E a gente, são duas rodadas de entrevista, uma rodada é uma rodada bem curta
Speaker:e já te define se você passa para uma próxima fase ou não,
Speaker:A segunda rodada são várias entrevistas, pelo menos quando a gente estava,
Speaker:no começo da pandemia, né, porque eu falei do final de 2020 Eram várias entrevistas no mesmo dia, então era meio que, ó, reserva
Speaker:Esse dia seu, 5, 6 horas só para fazer entrevista
Speaker:Você não ficava necessariamente 5, 6 horas direto fazendo entrevista, mas você fazia meia hora, 40 minutos de entrevista com uma pessoa,
Speaker:tinha um pequeno intervalo, daí já tinha meia hora, 40 minutos de entrevista com uma outra pessoa.
Speaker:E foram, sei lá, umas 5 entrevistas, não necessariamente com 5 pessoas, porque às vezes tinha mais gente,
Speaker:Mas várias, passando para tentar encurtar tudo isso,
Speaker:Não sei se antes da pandemia isso era separado em vários dias, não lembro como que era, não cheguei a me informar, ou se me contaram eu não lembro,
Speaker:mas tem toda essa parte de ser bem direto nas suas respostas.
Speaker:Para confirmar contigo também, o que eu já ouvi algumas vezes, que o teu impacto,
Speaker:é muito importante você falar do teu impacto, você comentou assim por cima, mas eu queria saber se é isso mesmo,
Speaker:você precisa dar muito mais claramente qual que foi a tua atuação nesse cenário que você está falando,
Speaker:mais do que em forma geral.
Speaker:Eu lembro muito, não só de entrevista, mas de, como eu falei que eu comecei na parte acadêmica,
Speaker:Na parte acadêmica, quando a gente escrevia um artigo,
Speaker:geralmente quando a gente vai escrever, não sei se ainda é assim no Brasil,
Speaker:mas quando eu fiz a parte acadêmica lá em 2008, depois em 2012, 2017,
Speaker:a gente tinha...
Speaker:A hora que a gente escrevia em português era a pesquisa foi feita,
Speaker:a gente traduzia isso para o inglês da mesma forma, na mesma voz ativa, voz passiva, essas coisas.
Speaker:E o meu orientador falava que a gente tinha que assumir, Quando jogava para inglês, você tinha que assumir a autoria, então não era pesquisa foi feita,
Speaker:foi eu fiz, o meu grupo de pesquisa fez essa pesquisa, a minha parte foi essa.
Speaker:E na parte das entrevistas, com a Amazon, com a empresa americana,
Speaker:eles querem saber o que você fez.
Speaker:Não importa o que aconteceu na empresa, qual era o cenário, a equipe fez várias coisas.
Speaker:Beleza, legal, mas a gente não está contratando a equipe, a gente não está contratando a empresa,
Speaker:A gente quer saber o que você fez, qual foi a sua ação, qual foi o resultado da sua ação,
Speaker:e eles vão analisar não só o seu comportamento na entrevista,
Speaker:como a segurança da sua resposta, mas o que você fez no seu passado, esse é o seu background.
Speaker:E agora passando para a parte de trabalho, né, porque ela influenciou o como você foi para a Itália,
Speaker:que é trabalhando remoto para a mesma empresa de quando você trabalhava no Brasil.
Speaker:Quando tu entrou na Amazon no Brasil, tu já trabalhava pra fora ou era a Amazon do Brasil mesmo?
Speaker:Era a Amazon do Brasil, o meu chefe era de fora, mas era a Amazon do Brasil.
Speaker:E a gente trabalhava em um projeto no Brasil. Ao trabalhar no projeto do Brasil, como a migração era migração para a nuvem,
Speaker:a gente envolvia várias pessoas.
Speaker:Porque dependendo do tema, a gente tinha um especialista em uma outra localização.
Speaker:Então, era no Brasil, mas tinha muito inglês envolvido.
Speaker:Tinha muito português também, porque não necessariamente a gente está conversando com o cliente brasileiro, ele sabe o inglês.
Speaker:Mas já tinha inglês desde o começo, as entrevistas foram em inglês também,
Speaker:mas eu ainda trabalhava pro Brasil.
Speaker:Aí, quando eu fiz a mudança interna de emprego, não de país,
Speaker:quando eu fiz a mudança interna, que eu saí da Professional Services e fui pra Amazon Devices,
Speaker:eu ainda estava no Brasil, eu ainda era funcionário da Amazon Brasil,
Speaker:mas o meu chefe era de fora e eu trabalhava pra empresa de fora.
Speaker:Pra Amazon de fora.
Speaker:E depois, quando eu fiz a transferência para a Itália, o meu chefe também é de fora,
Speaker:meu chefe não mudou, continua sendo o mesmo de quando eu estava no Brasil, mas agora eu
Speaker:sou um funcionário da Amazon Itália.
Speaker:Trabalhando para a Amazon Estados Unidos, né, que era o que tu começou depois.
Speaker:E agora, eu queria saber, depois eu vou entrar nessa transferência, mas a primeira coisa é, por que a Itália?
Speaker:Eu sei que quem já ouviu o episódio com a Lua não vai ficar repetitivo isso, eu não,
Speaker:No começo não tinha um lugar, eu acho que a Luana comentou isso, e eu brincava com ela que cada semana ela queria ir para um lugar diferente, a gente queria vir para a Europa.
Speaker:Eu já morei aqui na Itália, não em Turim, foi em Milão, quando eu fiz o meu doutorado, eu vim pelo Ciências Sem Fronteiras.
Speaker:Aí, cada semana ela trocava a lona, queria ir muito pra Londres, mas nenhuma dessas mudanças ela viu um...
Speaker:Um canal no YouTube, de coisas que eu sei, se não me engano, da Priscila e a Priscila estava mostrando a cidade de Turim,
Speaker:ela sabia que eu já tinha morado na Itália, que eu gosto da Itália se eu pudesse eu voltaria, mas a gente ainda não estava analisando a Itália em si,
Speaker:aí ela falou, ah, eu gostei da cidade, do jeito dela, né falou, ah, meu coração bateu mais forte e tudo mais
Speaker:e aí eu falei, não, beleza, você tem certeza?
Speaker:Porque eu já falei pro pessoal que eu quero ir pra Europa, mas eu ainda não falei aonde,
Speaker:então a gente tem que ver aonde a gente vai, porque eu não posso pedir uma transferência para um lugar e depois falar
Speaker:ah, não, resolvi morar em outro,
Speaker:aí foi quando a gente bateu o martelo, que a gente viu a cidade por vídeo e tudo
Speaker:viu que a cidade era muito pet friendly, a gente tem três cachorros então isso ia ajudar a gente bastante, que a gente poderia ir basicamente em qualquer lugar com o cachorro,
Speaker:aqui é meio que o contrário, não te garanto que toda a Itália é assim, mas aqui em Turim é meio que o contrário do Brasil,
Speaker:Se você não pode entrar com o cachorro, em algum lugar tem uma placa avisando, se não tem nada avisando, você pode entrar com o cachorro,
Speaker:Isso inclui restaurante, principalmente na parte de fora do restaurante, mas inclui restaurante, supermercado,
Speaker:Que é onde mais a gente já entrou?
Speaker:A gente já entrou... agora me fugiu Mas acho que tirando igreja, a gente pode entrar em todo lugar.
Speaker:Passear com. Eu já vi cachorro pequeno em museu também não vi grande mas já vi cachorro pequeno.
Speaker:Isso que eu ia perguntar, museu também? Porque dá um pouco de medo do cachorro fazer suas necessidades.
Speaker:Pequeno eu vi, mas grande a minha Golden por exemplo eu nunca vi, a Border também eu nunca vi, mas pequeno eu já vi.
Speaker:Mas você pode ir aos parques, tem quase todo parque aqui nessa cidade, tem uma área fechada no parque para você deixar o cachorro solto.
Speaker:Mas é claro que você pode deixar o cachorro solto também na parte aberta e quase todo lugar,
Speaker:não todo estabelecimento, mas em quase todo quarteirão, um dos estabelecimentos coloca uma água para o cachorro do lado de fora
Speaker:para qualquer cachorro passar, tomar água e se refrescar.
Speaker:Eu vou no supermercado com a cachorra, vou na farmácia com a cachorra,
Speaker:sempre tem alguém que pergunta se pode dar um petisco para os cachorros, eles gostam bastante.
Speaker:Então, isso ajudou a gente a escolher a cidade. Tá bom, então legal.
Speaker:Agora a gente chegou na decisão, né?
Speaker:E aí, pra operacionalizar essa decisão, isso depende do seu trabalho, né?
Speaker:Como que tu conseguiu fazer essa transferência, curtindo a mesma empresa, isso...
Speaker:É, assim... Acho que isso é sensacional, né? De forma extremamente resumida, eu conversei com o meu chefe, falando que eu queria vir
Speaker:pra Europa, mas eu ainda não tinha cidade.
Speaker:Eu comentei que eu queria vir para a Europa e se isso poderia ser um problema.
Speaker:Para continuar na mesma parte da Amazon que eu estava a Amazon por estar no mundo todo eu poderia aplicar para uma outra vaga, num outro país
Speaker:se eu sou aprovado, que daí tem todo o processo interno,
Speaker:e tem vaga que ajuda na mudança, tem vaga que não ajuda, depende do tipo da vaga,
Speaker:mas eu perguntei se eu conseguiria continuar na onde eu estou, trabalhando com a mesma coisa,
Speaker:só mudando de país e aí no final deu certo, sem nenhum problema,
Speaker:passou por várias partes da etapa de transferência interna, mas o meu chefe correu atrás muito disso,
Speaker:e a partir do momento que eu falei essa cidade, pronto, acabou, ficou mais fácil para ele fazer o processo
Speaker:porque daí ele sabia o quão difícil seria, porque dependendo do país é mais fácil ou mais difícil,
Speaker:e no final das contas acabou dando tudo certo, mas como foi uma opção minha, foi eu quero mudar,
Speaker:Nesse ponto, a Amazon não ajuda com... não dá nenhuma ajuda de custo.
Speaker:Se é uma vaga interna, pode ser que dê, pode ser que não. Mas como fui eu que pedi, foi nenhuma ajuda.
Speaker:Pra não falar que não deu nenhuma ajuda, a ajuda que eles me deram foi uma ajuda de consultoria pra fazer a parte fiscal.
Speaker:Daí eu faço a saída definitiva do Brasil e o meu primeiro imposto de renda no país novo.
Speaker:No caso, aqui na Itália.
Speaker:Mas essa é a única ajuda que eles deram.
Speaker:Que já foi muita ajuda considerando que eu quero mudar de país, o que vocês podem fazer por mim.
Speaker:Sim, sim, sim, total.
Speaker:E agora que você está falando da Amazon, do teu chefe, que te ajudou nesse processo,
Speaker:porque acho que seria muito simples falar não, porque você vira, do ponto dele.
Speaker:Queria saber como é trabalhar com a galera dos Estados Unidos agora.
Speaker:Tu falou que começou na Amazon trabalhando com parte da pessoa de fora, parte do Brasil,
Speaker:Então isso é uma coisa, mas depois tu muda para trabalhar totalmente com a galera de fora.
Speaker:E são todas essas pessoas dos Estados Unidos mesmo ou são vários países como?
Speaker:A grande maioria dos Estados Unidos, a grande maioria é lá do lado de São Francisco.
Speaker:Nessa área que eu estou.
Speaker:Antes de ir para a Amazon Devices, na Professional Services, eu já tive contato com várias pessoas de fora.
Speaker:Por causa desse esquema da consultoria e de, às vezes, precisar de um especialista.
Speaker:Então, um especialista de mainframe, um especialista de analytics.
Speaker:Tinha gente que era do Brasil, tinha gente que era de fora.
Speaker:Então, eu tive contato com pessoas do... Acho que de todos os continentes, literalmente.
Speaker:E depois, quando eu fui para a Amazon Devices, a maioria é de São Francisco.
Speaker:A maioria é americano.
Speaker:Mas tem também pessoas de outros países que agora moram nos Estados Unidos.
Speaker:Tem indiano, tem alemão morando lá nos Estados Unidos, que faz parte da equipe, brasileiro também.
Speaker:E eu acho que a parte do Brasil é que está mais crescendo, assim, nos últimos anos.
Speaker:E tem uma equipe aqui na Europa, que no caso, a grande maioria do pessoal da equipe fica na Alemanha.
Speaker:Mas essa equipe da Alemanha também tem gente de vários países.
Speaker:Tem espanhol, tem ucraniano, tem gente francês.
Speaker:Mas o foco principal, o local principal da equipe é na Alemanha.
Speaker:Então teve dois momentos aí, se eu entendi direito. Um, tu trabalhava com o pessoal, mais de dois, né?
Speaker:Um mais Brasil e Estados Unidos e depois o segundo é mais Estados Unidos e Alemanha
Speaker:ou primeiro teve esse momento com a galera dos Estados Unidos e depois...
Speaker:Por causa de fuso horário, na época era de 4 a 5 horas dependia do horário de verão ou não.
Speaker:Quando eu estava no Brasil de 4 a 5 horas com os Estados Unidos por causa desse fuso horário eu ficava mais com o pessoal do Brasil e dos Estados Unidos,
Speaker:um pouco com o da Alemanha mas não muito.
Speaker:E agora, por causa do fuso horário que eu estou, eu fico muito com o pessoal da Alemanha,
Speaker:e um pouco com o Brasil e com os Estados Unidos.
Speaker:Então vamos dividir em duas partes, ou até para misturar, eu queria saber da parte de cultura de trabalho.
Speaker:Quando tu fala de como que é a entrevista e o foco que a gente tem que dar, eu acho
Speaker:que já começa a mostrar um pouquinho da cultura, de como que é o local, a Amazon
Speaker:sendo dos Estados Unidos e tendo a grande maioria das pessoas lá, acho que isso influencia
Speaker:bastante em como que a empresa é.
Speaker:Como que é trabalhar com a galera dos Estados Unidos? O que você sentiu diferente, dado que muitos brasileiros hoje querem trabalhar remotamente para os Estados Unidos, principalmente porque o salário é muito maior, né?
Speaker:Então, o que você sentiu diferente?
Speaker:Se pensar em termos de salário, a melhor coisa é se trabalhar para os Estados Unidos ou para alguém da Europa continuar morando no Brasil, se for possível.
Speaker:Mas dependendo, as empresas grandes também, em geral, elas têm a empresa aberta no Brasil, então nesse caso você vai acabar recebendo em real mesmo.
Speaker:Mas os americanos eu tinha muita ideia de americano de filme e série de TV.
Speaker:Então era bem aquele estereótipo de americano que a gente vê...
Speaker:É o cara vestido de armadura dando tiro com o raio pela mão ou jogando escudo.
Speaker:Mas não, mas é tipo...
Speaker:Desde pessoas sempre de terno e gravatas, se a gente pensar em Wall Street.
Speaker:Sendo que no geral eles também acabam se vestindo do jeito que a gente tá, principalmente se eles estão trabalhando de casa
Speaker:Até de tipo... Meu, eles sabem tudo de tudo,
Speaker:Eles sabem muito da parte que eles trabalham, sim, com certeza Mas às vezes algumas coisas, principalmente da gente que é de área de agilidade,
Speaker:Eu tinha a impressão que eles dominavam completamente a agilidade Tem muita gente que sabe a parte ágil e a gente acaba tendo aquelas discussões, não no mau sentido, mas, tipo, tem isso, tem aquilo, aquela troca de ideia
Speaker:Mas também tem gente que não, porque o trabalho dele, ele sabe muito o desenvolvimento do software, o desenvolvimento do hardware
Speaker:Ou ele sabe muito uma parte X de produto e como as melhores métricas de satisfação do cliente
Speaker:mas ele não tem o conhecimento que eu achava, que eu julgava, que todo mundo deveria ter.
Speaker:Por ser Estados Unidos, agilidade, nasceu em 2001 e tudo mais.
Speaker:Mas é que acaba sendo, no fim das contas, essa parte conhecimento é mais...
Speaker:Eu montei o estereótipo baseado no filme ou na série que eu consumo, assim como eles têm o estereótipo de brasileiro que todo mundo samba, ou todo mundo joga bola.
Speaker:Não é a mesma coisa. Mas era isso, pra mim era todo mundo, sei lá, o Barney, do How I Met Your Mother, sempre todo mundo de terninho e tudo mais.
Speaker:Mas não, eles são bem no dia a dia assim, bem parecidos com a gente, mas eles também são bem, pelo menos nessa parte onde eu tô, eles são bem preocupados com a nossa vida, no sentido de balancear o profissional com o pessoal.
Speaker:Então, quando eu estava no Brasil, quando eu estou agora na Itália,
Speaker:tipo, ah, mas essa reunião agora pra você é 9 da noite, por que você está nessa reunião?
Speaker:Vai, sai, vai dormir, vai jantar, porque agora está muito tarde pra você estar nessa reunião.
Speaker:Claro que existem exceções, tem aquela reunião que é especial por um motivo X,
Speaker:ou então eu estou de plantão fazendo alguma coisa,
Speaker:mas no meu caso eu não tenho plantão, mas eu poderia ser um desenvolvedor e poderia estar de plantão,
Speaker:mas no dia-a-dia eles são bem preocupados do tipo já deu o seu horário você não deveria estar trabalhando,
Speaker:então vai, desliga, vai curtir sua vida, vai ler, vai sair, vai fazer alguma coisa.
Speaker:Porque tem essa parte do brasileiro que o brasileiro é muito workaholic mesmo que você não se considere workaholic, provavelmente você já ficou uns 10 minutinhos a mais
Speaker:que esses 10 minutinhos virou uma hora.
Speaker:E aqui eles evitam isso ao máximo Não só nos Estados Unidos, quanto aqui na Europa também.
Speaker:É interessante, interessante. É, acho que falar do workaholic, né. É...
Speaker:Acho que a gente não percebe que é. Acho que essa é a diferença.
Speaker:Tu só começa a perceber quando tu tem contato com o mundo diferente, né.
Speaker:Porque acho que, pra gente, pelo menos onde eu cresci, eu trabalhei.
Speaker:Que não era tão ruim, mas tipo, é só natural que a gente trabalha mais.
Speaker:Dá aquele gás a mais todo dia. e às vezes desnecessário, não tem muito porquê, né.
Speaker:Agora, questão de gestão de pessoas, relacionamento com você e teu chefe,
Speaker:você sentiu que teve alguma mudança do como que era no Brasil?
Speaker:Só um detalhe, que eu, ainda falando desse negócio que a gente é workaholic e tudo mais,
Speaker:aconteceu recentemente com a Luana,
Speaker:e nesse emprego que ela comentou que ela começou e tudo mais,
Speaker:ela ainda tá lá, tá trabalhando desde janeiro, Ela teve um dia que ela respondeu um e-mail do cliente no final de semana.
Speaker:Eu não lembro se foi sábado, se foi domingo, talvez até tenha sido sexta-noite,
Speaker:mas foi já final de semana, sexta-noite é final de semana.
Speaker:Aí depois deram, não deram uma bronca nela, mas comentaram, mas não é horário de trabalho, não responde o cliente.
Speaker:Aí, esse final de semana, passado aí, que a gente tá conversando agora, ela também, o cliente mandou um e-mail falando que tal sistema tá fora do ar, mas também não era nada crítico, mas tal sistema tá fora do ar.
Speaker:Ela pensou em resolver, ela falou, ai vou ver se eu consigo resolver aqui.
Speaker:Aí ela mandou mensagem pra um cara que trabalha com ela, falou, você viu o e-mail do cliente X?
Speaker:Ele falou, é sábado à tarde. Não, eu não vi. É tipo segunda-feira, eu vou ver. Não tem nada.
Speaker:E esse daí que falaram pra ela não responde pro final de semana,
Speaker:um colega nosso aqui, que a gente contou pros nossos amigos,
Speaker:nosso amigo ele contou para um cliente dele italiano e o italiano falou que olha não vou
Speaker:te falar que todo mundo é assim mas em geral na nossa visão isso é falta de organização,
Speaker:e se você tá respondendo o cliente ou se você tá fazendo um trabalho seu no final de semana ou
Speaker:mesmo durante a semana mas à noite é porque você não é organizado se você for organizado você faz.
Speaker:E pra gente não é muito que a gente é mal organizado, talvez seja, mas também a gente
Speaker:tem muito do tipo, eu tenho que fazer isso pra me destacar, ou eu tenho que fazer isso
Speaker:pra agradar o meu chefe, o meu cliente, e eles já é meio que, não, eu vou fazer no
Speaker:horário de trabalho, não tem que fazer agora, 9 horas da noite, eu posso fazer amanhã de Muito obrigado.
Speaker:Sim, sim. Acho que isso exemplifica bem, né? Dizendo que a empresa dela é italiana, que ela trabalha aí em Turim mesmo,
Speaker:Aproveita e se inscreve no canal!
Speaker:Então exemplifica bem o que tu tá falando.
Speaker:E agora com o teu chefe, relacionamento mesmo com o teu chefe, colegas de trabalho,
Speaker:essa forma de ser mais direto que eles cobraram de ter na entrevista também se reflete no dia a dia de trabalho?
Speaker:Sim, eu demorei um tempo pra aprender a escrever um relatório do jeito que eles querem escrever.
Speaker:É bem do tipo, ah, aconteceu isso e tal coisa, não sei quem, fulano falou não sei o que, não, é isso, isso e isso,
Speaker:Então demorou um tempo pra eu conseguir escrever as coisas do jeito que eles gostariam
Speaker:Eu sabia a informação, sabia o que tinha que pôr, mas eu não conseguia escrever do jeito que eles queriam,
Speaker:Mas de boa, minha relação com meu chefe, hoje eu já é sossegado nessa parte da escrita
Speaker:A relação com o meu chefe é bem sossegada, bem, vamos falar, quase de amizade,
Speaker:A gente tem muita reunião one-on-one que acaba virando tipo conversa de boteco.
Speaker:A gente começa a conversar de várias outras coisas, a gente conversa o que tem que conversar,
Speaker:Mas é tipo, tem tempo sobrando, tem alguma coisa que você tem que entregar agora,
Speaker:No meu caso, a minha reunião é tipo seis da tarde pra mim geralmente ele fala, se você quiser sair para ir fazer as coisas que você tem que fazer
Speaker:porque não é para você trabalhar mais, por hoje, se quiser sair, sai senão eu ainda tenho 10 minutos antes da próxima reunião
Speaker:se quiser continuar conversando, a gente continua,
Speaker:e tem hora que a gente está conversando de videogame tem hora que a gente está conversando de filme para assistir
Speaker:ou então ele foi para o Brasil para visitar ele e outras pessoas visitar o pessoal que trabalha lá no Brasil
Speaker:fazer todo um evento lá da empresa com eles e aí ele foi depois do evento ele foi por isso foi acho
Speaker:que em Florianópolis ele foi para o Rio de Janeiro para ver um jogo de futebol depois ele estava me
Speaker:como foi assistir o jogo de futebol no Rio de Janeiro.
Speaker:Ele foi ver o Fla-Flu da final do Carioca.
Speaker:Então a relação com o chefe é bem assim, a gente conversa da carreira,
Speaker:próximos passos, o que tem que fazer, mas depois de relatório,
Speaker:o que está faltando, se precisa de ajuda, onde ele pode me ajudar.
Speaker:Muitas vezes ele pergunta onde ele pode me ajudar nas coisas que eu quero fazer para melhorar a nossa área,
Speaker:e depois é futebol ou outras coisas do gênero.
Speaker:Ainda sobre a parte da cultura, eu tive outro episódio agora com a Anne Glink
Speaker:que ela estava comentando sobre a Alemanha,
Speaker:ela estava falando sobre a cultura alemã, que para ela era um pouco mais difícil de trabalhar,
Speaker:porque o pessoal é um pouco mais fechado,
Speaker:e ela contou que sentia que mesmo os estrangeiros na Alemanha acabam se tornando um pouco mais dessa forma,
Speaker:porque isso vai fazendo parte de ti, o lugar que você mora.
Speaker:Então, eu queria saber se você vê, apesar de a sua equipe da Alemanha ser multinacional,
Speaker:são pessoas de vários países,
Speaker:se tu sente diferença entre a forma que eles trabalham e a forma que os americanos trabalham
Speaker:ou se por estar na Amazon, eles são muito parecidos.
Speaker:Eu acho que eles acabam sendo parecidos, muito por causa do processo em si da Amazon.
Speaker:Mas... Tô pensando no que você me falou da parte mesmo pessoa sendo de fora, a pessoa tá lá na Alemanha, pega o jeito da Alemanha.
Speaker:Porque pensando aqui, eu trabalho com pouca gente da Alemanha, apesar de trabalhar com o pessoal da Alemanha,
Speaker:Mas tem um time que é inteiro alemão, ou quase inteiro alemão,
Speaker:Mas como eu tô ajudando mais em um projeto, eu tenho mais contato com esse outro time
Speaker:Que tem, como eu falei, da Ucrânia, da França, da Espanha Tem até um americano que veio pra Europa também,
Speaker:mas da alemão ao alemão são os dois gerentes, um de cada equipe,
Speaker:e pelo menos conversando online, por vídeo ou por mensagem remoto eles não são tão fechados, claro que eles não são os brasileiros, mas eles não são tão fechados,
Speaker:até brinquei que outro dia eu fiz o alemão da risada, não posso comentar o contexto, mas eu fiz o alemão da risada
Speaker:E eu falei, nossa, foi incrível, fiz um alemão rir.
Speaker:Mas eles em geral não são de morrer de rir ou de ficar contando casos igual a gente.
Speaker:Os americanos também não.
Speaker:Mas eles... não vejo eles fechados em relação ao trabalho em si.
Speaker:Nunca conversei de videogame, de série, de jogo de futebol, igual falei que eu converso com o meu chefe, Hum...
Speaker:Com ninguém, não vou te falar nem com o pessoal da Alemanha, mas mesmo com outros americanos
Speaker:eu nunca conversei sobre isso. Já conversei sobre Baseball com outro americano, mas é o esporte deles
Speaker:mas um americano falando de um esporte que teoricamente os americanos não se importam.
Speaker:Foi só com o meu chefe mesmo. Com o pessoal da Alemanha eu já conversei de futebol
Speaker:falam de principalmente de Champions League mas assim não nada do tipo passou o horário
Speaker:vamos conversar ou a gente está com um tempo livre agora vamos conversar nada disso é
Speaker:sempre do trabalho em si a gente faz uma brincadeira uma piada ou outra mas deu o horário da
Speaker:reunião acaba que vai fazer outra coisa mas talvez pelo fato de não ir para o escritório
Speaker:eu não sinto tanto, se eles são fechados ou não. Quando eu morei aqui por causa do
Speaker:doutorado, demorou um bom tempo, não sei precisar quantos meses, mas demorou um bom
Speaker:tempo para os italianos me chamarem para fazer alguma coisa. A gente sempre almoçava junto,
Speaker:porque estava na faculdade, então você chegou lá de manhã, saia para almoçar, continua
Speaker:a tarde, mas para fazer alguma coisa à noite ou para fazer alguma coisa no final de semana
Speaker:demorou um tempo, mas demorou meses, mas eu não vou lembrar e falar que demorou seis meses.
Speaker:Mas demorou um bom tempo, eles falaram, a gente vai se encontrar no sábado no lago XPTO,
Speaker:vamos lá que a gente vai levar umas coisas para comer, a gente fica lá, demorou um tempo.
Speaker:Não sei agora na Alemanha, com o pessoal da Alemanha, talvez se eu estivesse lá eu ia sentir mais.
Speaker:E na cultura de trabalho mesmo, como tu falou da questão de ser, da galera no geral, né,
Speaker:tipo, respeitar mais a vida pessoal, e tanto a Luana sentiu isso aí na Itália, tu acha
Speaker:que os dois são a mesma coisa, ou tu sente alguma diferença entre eles, de algum deles
Speaker:ser um pouco mais workaholic?
Speaker:É mais opinião pessoal, assim, eu tenho a impressão pessoal que o americano é um pouco mais,
Speaker:Mas nada comparado com a gente.
Speaker:E o pessoal da Europa em si é mais preocupado ainda com o horário.
Speaker:Mas os dois são muito preocupados com o horário se a gente comparar com a gente.
Speaker:Isso é engraçado porque se tu me perguntar da minha impressão sobre a cultura, eu acharia isso...
Speaker:Agora eu sei que não, mas se você me perguntasse há 5 anos atrás,
Speaker:Eu acharia que o pessoal dos Estados Unidos seria muito workaholic.
Speaker:E aí talvez seja em tech, mas tudo bem. Mas eu taxaria dessa forma.
Speaker:E eu colocaria aqui o alemão também.
Speaker:Porque eu sei que o público precisa de países mais ricos, sabe.
Speaker:Eu sempre teria isso em mente.
Speaker:Mas talvez da parte do americano é a nossa impressão de filme.
Speaker:Porque às vezes talvez a Nova York.
Speaker:Por causa principalmente daquela visão de Wall Street. ou Hollywood, no caso Los Angeles, por causa de Hollywood, talvez seja, não sei.
Speaker:Talvez por ser Big Tech, ou talvez simplesmente por ser Tech, é diferente.
Speaker:Talvez é a parte, simplesmente a parte onde eu tô, as outras partes são mais ortoahólicas, não sei.
Speaker:É, não, não, não, dá uma pesquisa.
Speaker:Agora, se for pro lado da Alemanha, é engraçado que a gente vê o regionalismo brasileiro,
Speaker:que a gente acaba vendo em escala de países na Europa, porque dimensionalmente um monte de países da Europa entra dentro do Brasil e ainda sobra espaço.
Speaker:Mas é tipo, ah, sei lá, o paulista acha que só ele trabalha e tudo o resto é vagabundo ou preguiçoso.
Speaker:Carioca vive na praia, o pessoal do Nordeste é não sei o que lá, o pessoal do Sul é não sei o que, e assim vai.
Speaker:Aqui é sempre o alemão acha que o italiano não faz nada para trabalhar.
Speaker:O italiano acha que o espanhol não trabalha ou o português não trabalha.
Speaker:O italiano mesmo, nem da Itália, fala que o norte trabalha, o sul não trabalha.
Speaker:Então tem essas coisas também. Mas no fim das contas, se você for ver,
Speaker:eu vou falar que nenhum trabalha tanto quanto o brasileiro, mas que no sentido de o brasileiro trabalha mais do que as oito horas por dia.
Speaker:Boa. O que eu vejo às vezes é que o nível de produtividade nossa é baixo,
Speaker:isso não sei por que, não vou me aprofundar porque eu não sei por quê,
Speaker:mas eu já vi algumas matérias falando sobre esse nível de produtividade de cada país,
Speaker:assim, nosso é relativamente baixo.
Speaker:Talvez por isso? Não sei. Porque quando eu conheço com muita gente tecnicamente em TI,
Speaker:o pessoal sempre fala que quando vai para fora, a maioria se sente no mesmo nível.
Speaker:Quando você tá numa dessas Big Tech, às vezes tem coisas específicas, né,
Speaker:que o pessoal já tá trabalhando há mais tempo, lá na empresa mesmo, mas quando a gente fala de conhecimento técnico
Speaker:e também a tua experiência, né, falando sobre agilidade, que tu não sentiu nada,
Speaker:nada tão diferente do que tu via no Brasil, né.
Speaker:Eu tenho a impressão, assim, que em algumas pessoas,
Speaker:não é nem, tipo, generalizado, é o americano, é o alemão,
Speaker:mas eu tenho a impressão que eu vejo mais pessoas com o perfil, sei lá, perfil Wi
Speaker:que a pessoa manja muito daquilo com o americano, com...
Speaker:Vamos colocar o europeu, porque como eu falei no time lá tem várias pessoas de vários países,
Speaker:tem mais gente que sabe mais de um assunto, não necessariamente com a mesma profundidade
Speaker:mas sabe mais de um assunto.
Speaker:E no Brasil a gente tem o cara que sabe do assunto, mas tenta te ajudar com qualquer coisa.
Speaker:Tipo o T e o Y, né? O perfil profissional que tu fala.
Speaker:Sim, mas no Brasil às vezes mesmo você não sabendo, também não é todo brasileiro que é assim,
Speaker:mas é mais fácil você achar que tipo, eu não sei o que você sabe,
Speaker:Mas eu posso tentar discutir com você para ver se a gente acha uma solução.
Speaker:Mas não é generalizando, o americano é só desse jeito, o europeu é só desse jeito, mas é a impressão que eu tenho.
Speaker:Eu pego uns caras, para conversar, uns caras americanos que eles manjam o detalhe do detalhe do detalhe do detalhe do detalhe, mas é naquela área.
Speaker:E o brasileiro, o brasileiro não sabe o detalhe do detalhe do detalhe, ele sabe só o primeiro nível de detalhe, mas ele vai te ajudar com outras coisas.
Speaker:O europeu também, mas o brasileiro, nesse sentido, parece, a impressão que eu tenho, que é mais.
Speaker:Mas ao mesmo tempo o brasileiro trabalha além do horário. E não necessariamente isso é bem visto. Sim.
Speaker:Sim, sim. Cara, e com essa galera toda que tu trabalha e desde que tu falou,
Speaker:desde do Brasil ainda tu falou que já trabalhava um pouco em inglês.
Speaker:E cara, como que é pra ti esse trabalho em inglês? A Amazon foi a primeira vez que tu trabalhou tanto tempo em inglês.
Speaker:E como que tu se sentia, aproximadamente no começo, porque agora deve estar natural,
Speaker:depois de um tempo não tem mais erro.
Speaker:Mas tu chegou a ter aquele choque no começo ou ainda tem hoje em dia?
Speaker:Choque não, mas erro tem. Mas eu sou muito sossegado no sentido que eu não me preocupo muito com a gramática em si.
Speaker:Eu sei que, claro que eu não quero falar, vamos falar em português, eu não quero falar um a gente vamos, ou um nós vai.
Speaker:Mas é uma outra língua que eu tô falando. Eu sei que se fosse um estrangeiro falando com a gente e falar um a gente vamos, a gente vai entender o que ele tá falando.
Speaker:Então eu parto do princípio que se eu fiz algum erro gramatical, mas eu tô passando a ideia certa, a pessoa vai me entender.
Speaker:Então eu sou bem relaxado quanto a isso, então acho que isso me ajuda a falar.
Speaker:Não tenho receio de falar alguma coisa errada.
Speaker:Ainda hoje, às vezes eu me pego comentando erros em inglês, mas o...
Speaker:Para fazer a entrevista na Amazon, eu fiz uma aula de inglês, mas era basicamente conversação.
Speaker:E era claro que o professor falava que eu falava tal coisa errada, que a regra disso era essa e essa,
Speaker:ou então que eu estava errando muito tal coisa, então vamos conversar um pouco sobre as regras, fazer exercício,
Speaker:essa só coisa que você faz exercício na sua casa e depois você me fala se você teve dificuldade ou não.
Speaker:Mas o foco da minha aula com ele era conversar.
Speaker:E a gente conversava, até brinquei com ele, que a gente tinha que criar um podcast de conversas randômicas
Speaker:que a gente começava falando de regra gramatical do verbo to be, por exemplo, não era do verbo to be,
Speaker:mas regra gramatical do verbo to be.
Speaker:A gente passava por Neymar, falava de Revolução Francesa, não sei como do Neymar a gente pulou para a Revolução Francesa.
Speaker:Aí de repente a gente tá falando de algum jogo e no final a gente tá falando de filosofia.
Speaker:Então era um negócio que não tinha nexo nenhum, que a pessoa que tava do lado falava
Speaker:como que eles tão falando isso? Mas era de falar, pra desenrolar pra falar.
Speaker:Mas eu ainda me...
Speaker:Naquela época ele me pegava falando isso, hoje eu ainda me pego falando algumas coisas no mesmo sentido,
Speaker:Que é do tipo, eu vou falar a Luana e você, então a Luana e o Gabriel, e aí eu acabo
Speaker:conjugando o verbo com o Gabriel, não com eles.
Speaker:Ou com nós. Eu acabo, como eu falei a Luana e o Gabriel, eu fico com o Gabriel na cabeça,
Speaker:eu conjugo o verbo na terceira pessoa do singular. Eu fazia aí muito isso no presente e no passado,
Speaker:hoje eu faço poucas vezes com o passado, então eu vejo que algumas vezes eu falo no was, mas era,
Speaker:para falar were. Eu me corrijo na hora, eu já falo de novo falando were para a pessoa, mas ainda
Speaker:não cometo esses erros. Não cometo tanto erro mais na escrita, às vezes até para a escrita,
Speaker:eu já sei dar a rebuscada em inglês ou a versão executiva do inglês, mas para falar eu ainda
Speaker:cometo alguns desses erros. E não fiz aula antes dessas aulas de conversação, não fiz aula em inglês
Speaker:escola pública, aprendi muito jogando, então eu sabia ler e sabia ouvir, mas não sabia escrever certinho.
Speaker:Isso foi ao longo do tempo, isso foi com corretor, desde o corretor do Word até corretor do Google Translate,
Speaker:mas falar, falar, falar mesmo, só essas aulas de conversação e depois a hora de entrevista na cara e na coragem,
Speaker:e depois começar a trabalhar.
Speaker:Mas o começo, tu achou difícil ou quando tu começou a trabalhar tu já tinha o nível
Speaker:pra conseguir trocar ideia com as pessoas?
Speaker:Eu tinha cara de pau, nível aí é outra história. Eu tinha cara de pau pra falar, mas é aquele negócio que eu...
Speaker:Era difícil eu ter vergonha em português, mesmo assim, eu acabei de entrar na empresa
Speaker:Eu já ficava um pouco quieto para entender o processo da empresa, para entender do que eles estão falando.
Speaker:Às vezes o pessoal começa a falar algum jargão que você ainda não sabe como funciona,
Speaker:então em português já tinha do começo de ficar um pouco mais quieto.
Speaker:Em inglês foi a mesma coisa, então muita sigla, muita palavra que eu ainda não conhecia,
Speaker:apesar de estar fazendo aula de conversação, era migração para a nuvem, então tinha
Speaker:sigla, tinha termos que você falava, que desgraça é essa?
Speaker:No começo era um pouco mais quieto para aprender isso, mas ao mesmo tempo, desde o começo, tinha que falar.
Speaker:Então, eu tive sorte de ter um brasileiro na minha equipe, nesse projeto de imigração,
Speaker:o resto era tudo estrangeiro.
Speaker:Não necessariamente inglês, era a primeira língua de todos também, mas na hora de conversar
Speaker:todo mundo tinha que ser em inglês.
Speaker:E desde as primeiras reuniões, a gente tinha que fazer a tradução.
Speaker:Em loco na reunião, que era tipo o cara XPTO especialista nisso, ele falou em inglês uma pergunta
Speaker:o cara do cliente às vezes não sabia inglês ou não entendeu perfeitamente, a gente tinha que traduzir,
Speaker:em alguns cenários e traduzir a resposta. Em alguns cenários eu não sabia o que o cara falou
Speaker:não por não entender, mas por não saber a parte técnica do que diabos ele tava falando,
Speaker:Então ter um brasileiro na equipe pra me ajudar principalmente na parte técnica ajudou bastante,
Speaker:mas desde o dia 1 era ter que falar inglês e ter que se virar.
Speaker:Claro que no começo é aquele inglês um pouco mais inseguro, mesmo com cara de pau, falando um pouquinho errado, um pouquinho mais devagar, um pouquinho mais travado.
Speaker:Agora é um pouco mais solto, um pouco mais fluído, mas eu consigo pegar que eu tô falando alguma coisa errada.
Speaker:E já o italiano? Tu estudou aí um tempo, então tu chegou na Itália, já falou italiano ou também teve que aprender?
Speaker:Já passando aí para a parte de morar em Turem, vamos sair do trabalho e vamos para a vida na Itália.
Speaker:Quando eu cheguei para morar agora estava enferrujado porque de sair daqui que foi em 2014 até voltar em 2022 eu não falei com ninguém.
Speaker:Para não falar que eu não falei com ninguém um cara italiano da faculdade ele entrou e eu mandei mensagem para ele no LinkedIn antes de saber que eu vinha para a Itália.
Speaker:Eu mandei mensagem para ele no LinkedIn porque ele postou alguma coisa de agilidade
Speaker:Daí eu mandei mensagem pra gente conversar, a gente conversou em inglês, aí ele perguntou se eu ainda lembrava italiano, eu falei uma coisa ou outra,
Speaker:Mas fora isso eu não falei nada, nada, nada com ninguém, então eu tava enferrujado, daí eu falava, eu sabia falar isso, eu sabia
Speaker:Será que é tal coisa? Será que é tal coisa? Então eu fui desenferrujando e fui indo,
Speaker:A primeira vez que eu vim, como eu não tinha contato nenhum com a língua, esse eu fiz aula mesmo, eu fiz um pouco mais de seis meses de aula,
Speaker:de livro 1, aprendendo tudo de italiano.
Speaker:Era aula... É difícil fazer isso. Quando você já sabe um pouco, voltar para a aula do começo é difícil, não?
Speaker:Foi. Mas era aula particular duas vezes por semana.
Speaker:E fazendo exercício, e era bem tipo o básico do básico, com verbos no presente, os auxiliares,
Speaker:depois no passado. O italiano tem 300 tipos de passado.
Speaker:Que também é parecido com português no sentido que tem 300 opções e a gente usa uma ou duas.
Speaker:Também foi aprendendo futuro e tudo mais mas usar na Itália em si era mais quando estava na rua né
Speaker:porque na faculdade por ter pessoas também de vários países era acabava acabava sendo em inglês,
Speaker:Ah, mas o aeromóvel...
Speaker:Eu não sei te falar o quão ruim era o meu inglês naquela época, não sei precisar, mas era o que dava.
Speaker:Eu sentava do lado de um chinês, eu não te garanto que ele entendia o que eu falava e que eu entendia o que ele falava e que ele entendia o que eu falava.
Speaker:Mas fora de lá, na rua, para comer, era italiano e eu acabei me virando bem.
Speaker:E é aquilo lá, no começo tudo travado, no começo quando eu fui fazer o doutorado esse um ano,
Speaker:eu fiquei quase um mês com a mala pronta, sem desfazer minha mala, porque eu achava que a qualquer momento eu ia voltar para o Brasil,
Speaker:mas depois de um tempo já estava mais sossegado, e é aquilo lá eu nunca tive vergonha de falar errado, então estou falando errado, dane-se, a pessoa tenta me entender, me corrigir, não tem nenhum problema se me corrigir
Speaker:Eu lembro de um caso que foi que eu precisava de um cadeado, eu não lembro pra que eu precisava de um cadeado, mas eu queria um cadeado.
Speaker:E eu falei, acho que loqueto, deixa eu ver como que fala a palavra direito, porque até hoje eu esqueço, sempre que vou contar essa história eu esqueço, deixa eu abrir o translate aqui.
Speaker:Mas a palavra era com o e eu falei com o, é com um e eu falei com o, e a pessoa falava que não entendia.
Speaker:Eu não me conformava que a pessoa não entendia. É só a diferença de um o para um o.
Speaker:E aí a pessoa não entendia, não entendia, não entendia e...
Speaker:E eu falava pra ela, não, mas não é possível, é isso, eu comecei a fazer mímica pra pessoa, pra pessoa tentar entender o que que eu tava falando.
Speaker:Isso quando tu estudava?
Speaker:Isso, quando eu estudava. Ah, porque agora a gente abriria um translator, né?
Speaker:Era loqueto, só que eu tava falando loqueto, então eu queria um loqueto.
Speaker:Eu tava, sei lá, talvez com o locker na cabeça. Eu queria um loqueto, um loqueto, a pessoa, não, não tem, não tem, não tem, não tem.
Speaker:Daí eu comecei a tentar fazer mímica de cadeado, eu não sou bom nessa parte de mímica, tentando fazer uma mímica de um cadeado.
Speaker:Aí eu bati o olho e eu vi o cadeado. Eu falei, é aquilo ali.
Speaker:Aí ele olhou e falou, ah, um loqueta. Eu falei, é a mesma coisa, amigo.
Speaker:Loqueta, loqueta, é a mesma coisa. Você tá de brincadeira comigo.
Speaker:Mas até hoje, meu chefe me corrige de alguma coisa, ou ele fala, não tá errado,
Speaker:mas a gente, aqui, americano, ou pelo menos americano, costa-oeste,
Speaker:em geral, fala dessa outra forma.
Speaker:Não tá errado, mas se você quer ser mais natural, fala dessa outra forma.
Speaker:Ele vira e mexe comigo italiano não nem tanto mas a luz chega do trabalho e fala
Speaker:eles falam muito tal palavra eles falam muito desse jeito e aí a gente vai pegando.
Speaker:Mas então hoje está tranquilo né. Para viver aí para conversar se vira se vira bem.
Speaker:Agora vem o pessoal pessoal que a gente alugou o Airbnb quando a gente chegou aqui,
Speaker:e eles já vieram aqui em casa comer e a gente já foi na casa deles comer.
Speaker:Eles viraram colegas e é italiano e a gente se vira e aí é legal ver que na primeira vez a Lu falava em português,
Speaker:e agora na segunda vez a Lu já estava falando em italiano com eles e é bem legal.
Speaker:Essa do loqueto loqueto me lembra... no Canadá isso acontecia também, eu lembro que estava eu e mais quatro estudantes
Speaker:tentando comprar uma passagem de trem para uma cidade que, sei lá, olhando em português
Speaker:eu falaria Ottawa, certo?
Speaker:E a gente tinha um brasileiro, italiano, espanhol...
Speaker:E colombianos no grupo, e todo mundo tentando falar, sabe? E foi a mesma coisa que você tá falando, eu tava inconformado, tipo,
Speaker:eu não ia comprar, eu não ia, eu só tava com eles, né, e aí todo mundo falando,
Speaker:e chegou uma hora que eu tentei falar também, e aí não ia.
Speaker:Aí eu fiquei esperando mostrar aquela placa, né, que mostra o horário dos trens, que era a estação,
Speaker:e aí eu falei, the second one, a segunda.
Speaker:Aí o cara, ah, Ottawa.
Speaker:Eu falei, cara, tipo, pô, Ottawa, Ottawa não tá tão longe, né?
Speaker:Sei lá, na minha cabeça.
Speaker:Só que hoje, explicando português pra estrangeiros, eu já entendo o cara, sabe?
Speaker:Porque eu já me peguei também com algumas palavras que a diferença de pronúncia de uma sílaba pequena, sabe?
Speaker:E aí eu não conseguia, até quando a pessoa falou, eu fiquei, pô, des...
Speaker:E aí eu já comecei a falar agora, talvez eu entenda o cara que...
Speaker:Não sei, acho que se tu tiver muitos estrangeiros que tu fala o tempo inteiro, tu acostuma, né, mas...
Speaker:Não, aqui tem palavras que dependendo de como você fala...
Speaker:Aqui é do jeito que você...
Speaker:Depois que você aprende o alfabeto, e como ler o alfabeto, o jeito que você escuta... o italiano é fácil, no sentido que o que você escuta, você escreve.
Speaker:Tipo, dá um exemplo em português, que em português, por exemplo, se você fala ZÁ, no meio da palavra tem um ZÁ,
Speaker:Esse A pode ser S, pode ser Z.
Speaker:Sá pode ser dois S, pode ser um C de Ilha. Sim, sim, só um saco.
Speaker:Explica, porém pergunta na real, é um saco. Aqui do jeito que fala, escreve.
Speaker:Você tem que aprender que o CI não é CI, é um TI.
Speaker:Mas depois que você aprende isso, você escutou, é assim que escreve.
Speaker:Então isso é fácil. Em inglês também tem palavra que você come a letra,
Speaker:você não fala aquela letra, e assim vai. É, o ora-ó.
Speaker:Então esse ponto é fácil. E aí depois você acaba entendendo que, tipo,
Speaker:ah, realmente, se eu falar desse jeito é uma coisa, se eu falar desse outro jeito é outra coisa.
Speaker:Mas no caso do loqueto e do loqueto, não existe loqueto.
Speaker:Só existe loqueto. Então se a pessoa tá vendo que você é estrangeiro, dá pra ela pegar.
Speaker:Então, no dia, o que eu pensei foi isso.
Speaker:Eu falei, cara, tipo, sei lá, tem aqui, Mississauga, sei lá, não lembro como pronunciar,
Speaker:tem aqui, sei lá, Montreal, tem vários nomes, eu fiquei com isso na cabeça.
Speaker:Eu falei, não tem nada que se parece com o nome Ottawa, sabe?
Speaker:Mas, sei lá, já me peguei do outro lado, Eu cheguei do outro lado, por isso que às vezes eu penso que é difícil, mas eu te
Speaker:tendo, porque no dia eu fiquei, não eu, todos nós, a gente ficou todo mundo revoltado que
Speaker:a gente perdeu, sei lá, 5 minutos numa fila gigante e falaram a mesma coisa, não tem
Speaker:nada que parece com esse nome que a gente tá falando, sabe, então esse era o mais próximo.
Speaker:Mas, enfim, língua à parte, cara, como que tá sendo morar na Itália?
Speaker:Tu já falou um pouco da parte das doguinhas, que é pet friendly, o país que é muito
Speaker:fácil você andar nos locais, tem água na rua, isso eu já acho top demais, você pode
Speaker:andar com as cachorrinhas e vai ter água na rua, mas no geral, como tá sendo morar
Speaker:na Itália, dito que vocês foram pelo vídeo que a Lona gostou bastante, vendo no YouTube,
Speaker:já conhecia, mas no geral, está atendendo as expectativas ou não?
Speaker:A gente gosta bastante, a gente não pensa em mudar de cidade, a gente gosta de estar aqui e pronto.
Speaker:A gente pensa em comprar alguma coisa aqui, uma casa, um apartamento aqui.
Speaker:Já reclamado de Milão?
Speaker:Porque a galera de Turim tem reclamado de Milão, já reclamo.
Speaker:A gente sabe que em Milão não tem nada pra fazer.
Speaker:Eu já dei o centro, tirando o centro não tem nada para fazer, mas a gente já tá em Italiana, Turim é a melhor parte que tem
Speaker:O italiano adora onde ele tá, geralmente a cidade natal dele, como a nossa cidade natal é fora daqui, a gente adotou Turim,
Speaker:Então Turim é a melhor cidade que tem, pronto, acabou. Então nesse sentido a gente já é bem italiano
Speaker:Mas atende bem a nossa expectativa, a gente gosta bastante de morar aqui, a gente se sente seguro.
Speaker:Não é 100% incrível, você não vê sujeira na rua, você não vê... a pessoa morando... tem, tem pichação, mas eu vim de São Paulo, então comparado com São Paulo,
Speaker:é lindo, bonito, maravilhoso, tudo perfeito, quase nada de problema. Eles atendem bem de comida, parte alimentar, parte de segurança
Speaker:Vou te falar que Milão é melhor em parte de locomoção, as duas são planas, mas Milão tem mais transporte público.
Speaker:E acho que complementando o que você está falando, eu também acho que tem bastante coisa para fazer, mas realmente precisa de carro, né?
Speaker:Eu acho que Milão facilita isso se tu for viajar e estiver só com transporte público, tem bastante transporte...
Speaker:O metrô, o metrô acho que ajuda bastante. Tem ônibus também, mas não chega a pegar ônibus lá,
Speaker:mas eu consegui fazer quase tudo com o metrô.
Speaker:Mas aí você tem a opção, como eu fui aí, que a gente se encontrou semana passada,
Speaker:a opção de alugar carro aí já facilita muito.
Speaker:Então, você tem carteira de motorista na rua mesmo, como tem em vários lugares, dá para você pegar.
Speaker:E não é tão grande como Milão, eu diria, e aí você confirma, mas acho que não é tão grande como Milão,
Speaker:Então com o aluguel de carro dá pra fazer muita coisa aí ao redor.
Speaker:Olha a parte de tamanho da cidade de habitante Milão tem mais.
Speaker:Sim tem pelo menos 500 mil pessoas a mais eu acho.
Speaker:Mas assim de ter de área da cidade é maior mas eu não acho que é tão maior assim.
Speaker:Mas Milão tem cinco linhas de metrô que é uma só.
Speaker:E Milão tem muito mais opção de transporte. Principalmente se você não tá no centro tem aqui também tem o ônibus e tem o bonde igual Milão mas não tem mais opções eu lembro que não tinha
Speaker:no horário noturno para quando não tinha. Não sei se ainda tem para quando acabava algumas linhas de metrô e você podia ligar para a van para passar lá para te pegar e era tudo com o mesmo bilhete.
Speaker:Mas a Milão tem muita coisa que é no centro, ou bem próximo do centro, então você ainda também consegue ir a pé.
Speaker:Aqui tem bastante coisa no centro, tipo o Palácio Real, o Palácio Madama, que a gente passou lá, o Museu Egípcio.
Speaker:Mas aqui tem 13 residências reais, e dessas 13, eu acho que 4 estão no centro, ou bem próximo do centro, as outras são em cidades ao redor.
Speaker:E essas cidades ao redor, em uma que a gente foi, uns 40, 50 minutos de ônibus.
Speaker:Uns 40, 50 minutos de ônibus. Estava chovendo bastante, não sei se...
Speaker:Menos de meia hora não vai ser nesse caso.
Speaker:Então, para ir e para voltar, consome tempo da sua viagem, se a sua viagem for curta.
Speaker:As outras cidades são a mesma coisa, você consegue ir de ônibus, consegue ir de transporte público, mas comece seu tempo.
Speaker:Se você se registrar para fazer o aluguel de carro que se aluguel de carro que a gente fez em Turim tem Milão tem várias cidades da Itália.
Speaker:Você tem que se registrar e ver se eles aceitam pelo fato de você ser turista.
Speaker:Não te garanto que vão negar não te garanto que vão aceitar mas você pode tentar,
Speaker:porque funciona com a carteira do Brasil a carteira de motorista do Brasil.
Speaker:Ou se não tem um serviço normal. Esse é tipo um que você pega com o aplicativo.
Speaker:Você pode alugar um carro mas o normal sempre funciona.
Speaker:Sim, você pode alugar o carro na localiza da vida, que tem aqui com outro nome e várias outras opções,
Speaker:mas esse carro que você tá falando é aquele que a gente paga por minuto e você pega na rua e devolve na rua.
Speaker:Tem o limite da cidade, que nem quando a gente foi na outra cidade não poderia devolver na outra cidade,
Speaker:só no limite de Torino, no caso, mas facilita bastante a locomoção.
Speaker:Aquela aquela não sei se eu posso chamar aquilo Alpes que a gente dá pra ver da tua casa mesmo que tem,
Speaker:não necessariamente o gelado sim não necessariamente são os alpes suíços,
Speaker:porque tem também os alpes suíços mas aqui também tem divisão com a França tem um outro nome não é simplesmente alpes franceses mas tem outro nome
Speaker:mas tem várias a Torino é o Piemonte é cercado por montanha,
Speaker:mas dá pra ver de Milão porque eu não lembro de ver nenhum nada Eu achei aquela vista bem impressionante e eu não lembro de ver em Milão sendo que eu já fui lá várias vezes.
Speaker:Bom, do centro não, da parte mais ao norte, talvez, mas eu acho que não, não vou te
Speaker:dar certeza, mas é...
Speaker:Mas fora de Milão, né? Eu moro aqui de Milão, mas eu morei em Lambrate. Lambrate é nordeste.
Speaker:Então, pelo que eu lembro, não dá. Não dá. Ah, tá.
Speaker:Porque eu já vi, mas isso era aproximando da Suíça. Sabe como?
Speaker:Sim. Talvez se você for mais pra cima.
Speaker:Lá pro lado do Como, Varese. Dá. Mas acho que em Milão, pelo que eu lembro, não.
Speaker:Se der, é um negócio bem longe.
Speaker:É, eu não vi, mas eu achei impressionante que em Turim você consegue ver, né?
Speaker:Da própria cidade. Se você estiver em qualquer lugar mais alto, você consegue ver ali em volta
Speaker:aqueles montes gelados e é uma vista bem impressionante.
Speaker:Eu achei bem legal. Eu passei e eu não lembrava de ter visto isso da outra vez.
Speaker:Realmente não vi não sei se eu não fui em nenhum lugar tão alto porque não cheguei na mole Antônio Antônio Eliana.
Speaker:Mas eu não lembro de ter visto aquilo não. Não sei se tem que ver como tal.
Speaker:Se tiver nublado não dá para ver nada mas se você for no no Lingoto aqui que é um dos bairros de Turim,
Speaker:que tem um centro comercial é um shopping vai ficar assim no teto dele tem a pista de teste
Speaker:que a Fiat usava para testar os carros que hoje você pode caminhar lá e lá do teto dela que vai
Speaker:vamos falar 5 6 andares não é um negócio muito alto mas o teto dela como a cidade é baixa a
Speaker:plana e não tem prédios muito altos, então do teto dele você consegue ver...
Speaker:Todas as montanhas vamos dizer assim do lado francês e talvez os Alpes suíços
Speaker:não vou te garantir a partir de que momento começa os Alpes suíços,
Speaker:mas toda a parte francesa o Monte Branco o Mont Blanc você consegue ver e outras montanhas com outros nomes você consegue ver.
Speaker:Claro que o dia tem que estar claro ou pouco nublado muito nublado você já não vai ver.
Speaker:E outra coisa que vale que tu comentou bastante é a história da unificação italiana.
Speaker:A Itália teve a única unificação tardia.
Speaker:A unificação tardia então é muita parte da história a parte de Turim que o pessoal até brinca que a capital é Turim.
Speaker:A primeira capital foi Turim.
Speaker:Primeira capital da Itália do reino italiano foi Turim. A segunda capital foi Florença.
Speaker:Eu não lembro se teve uma outra capital pelo que eu acho pelo que eu lembro não.
Speaker:E a terceira e última foi Roma, que a parte da região de Roma foi um dos últimos lugares a ser conquistado para formar o reino.
Speaker:O reino da Itália é de 1861, a região de Roma é de 1870, então tem esse nove anos de intervalo.
Speaker:Mas mesmo antes, que era a região do domínio da família Savoia, que antes era o reino da Sardenha,
Speaker:Apesar da Sardenha ser a ilha, não a região do Piemonte, mas fazia parte, era o reino da Sardenha,
Speaker:tinha o Ducado, o Condado, o pessoal de Savoia, o Piemonte englobava parte da França,
Speaker:mas não desde o começo, mas por muito tempo Turim já era a capital desse Condado, Ducado, o reino da Sardenha,
Speaker:e depois virou a primeira capital do reino da Itália.
Speaker:E por causa disso tem muita coisa aqui, né? Tem muito Palácio Real, que eu comentei que tem as 13 residências reais.
Speaker:Todo o patriarca da família tinha o seu castelo, o seu palácio,
Speaker:daí vinha o filho dele, o sobrinho dele, dependendo do que acontecia nas guerras,
Speaker:assumia, fazia o seu palácio, então tem vários palácios.
Speaker:Aqui no centro tem o palácio onde o Vitória Emanuel II foi o primeiro rei da Itália,
Speaker:foi ele que unificou a Itália junto com o Garibaldi, que é muito conhecido no Brasil,
Speaker:principalmente por causa das novelas na Globo,
Speaker:mas junto com o Garibaldi eles unificaram o Brasil, o Brasil, a Itália, mas o Vitório Emanuel II, ele nasceu aqui em Turim,
Speaker:então tem o palácio onde ele nasceu, o palácio não foi construído por ele ou pelo pai dele, foi um descendente que construiu.
Speaker:E tem o Palácio Real onde o pai dele governou, o último rei da Sardenha antes da unificação,
Speaker:E aí quando o Vitória Emanuel fundou a Itália, virou rei da Itália, ele construiu outro castelo
Speaker:que fica numa outra cidade, que é meia hora de ônibus, ou mais rápido se você for de carro.
Speaker:Então cada um tem o seu castelo, o seu palácio, sua residência real.
Speaker:Tem muito disso da história, de como foi fundado, várias guerras na região,
Speaker:várias batalhas de unificação, vários tratados também que aconteceram por aqui.
Speaker:Aqui foi invadido por Napoleão, então antes de a Itália surgir.
Speaker:Assim como a família real portuguesa fugiu para o Brasil, a família de Savoia fugiu daqui para fugir do Napoleão também,
Speaker:não foram para o Brasil nesse caso, mas fugiram, depois retornaram.
Speaker:Então tem tudo isso no Museu do Ressurgimento, que é o Museu contando a Unificação, todo o processo de Unificação,
Speaker:como coisas para visitar, como se fosse Roma, mas Roma fala do Império Romano,
Speaker:Aqui fala do surgimento do reino italiano a República da Itália que é o que existe hoje é depois da Segunda Guerra.
Speaker:E a brincadeira que você comentou é que tem um vamos dizer como se fosse aquelas musiquinha que hoje em dia
Speaker:a gente canta muito em futebol para zoar o outro time.
Speaker:Aqui tem do torineses o ano romano que é Roma é uma província e Torino é a capital.
Speaker:Clássico, né? Todo o país.
Speaker:Tem as suas. E agora eu queria saber, pensando agora na história,
Speaker:eu queria saber, voltar para a parte de moradia aí, mas eu queria saber do que você acha do custo-benefício e do custo de vida.
Speaker:Você acha a vida na Itália... É assim, claro que para ti difere um pouco, porque você está com a sua empresa mesmo,
Speaker:alocada ainda nos Estados Unidos e você trabalha remotamente daí.
Speaker:Mas no geral, como que é o custo de vida aí? se tu acha que ele é muito elevado, ainda mais no teu caso que tu tem pets, né, três cachorrinhas,
Speaker:então isso muda um pouco.
Speaker:E eu queria saber também se existe, como tem em vários outros países que tentam trazer imigrantes, incentivos fiscais ainda mais, pensando na área de TI.
Speaker:Assim, de forma geral, a minha opinião, observação que eu tenho,
Speaker:é que o custo de vida, pelo menos aqui na Europa, ele é muito relativo ao país.
Speaker:Então, Portugal paga menos do que Alemanha, mas o custo de vida em Portugal é menor do que o custo de vida na Alemanha.
Speaker:Claro que existem exceções para toda regra, e claro que também seria perfeito você trabalhar para uma empresa da Alemanha e morar em Portugal.
Speaker:E o contrário seria ruim, trabalhar para uma empresa portuguesa e morar na Alemanha.
Speaker:Mas eu pensando em dinheiro, não em conversão de moeda, pra comparar com o Brasil, eu consigo fazer mais coisas,
Speaker:comprar mais coisas, ou ter uma vida com mais possibilidades e sobrar mais dinheiro morando aqui do que no Brasil.
Speaker:As coisas são mais fáceis de comprar, digamos assim, vai desde um superfluo como o último
Speaker:modelo do celular mais top que tem enquanto comida no supermercado.
Speaker:É claro que se você começar a comparar do tipo conversão, você vai pagar um euro numa banana, isso é seis reais, é um absurdo,
Speaker:mas também não adianta esse tipo de conversão.
Speaker:Mas eu acho que o custo de vida aqui, na Itália pelo menos, a gente consegue fazer mais coisa com o dinheiro.
Speaker:Mesmo você tendo um outro trabalho que não seja o trabalho da Amazon,
Speaker:você consegue, com o salário mínimo, não existe um salário mínimo definido igual tem no Brasil,
Speaker:mas com o que seria mais ou menos o que em geral o pessoal ganha, você consegue ter uma vida boa,
Speaker:não uma vida de luxo, não uma vida de riqueza, mas você consegue ter uma vida boa, coisa que no Brasil
Speaker:com salário mínimo, você tem que se esforçar muito para continuar a vida. Então, nessa parte eu acho que é bem sossegado.
Speaker:A parte de incentivo tem, principalmente se você é jovem, no sentido, aqui para eles é jovem quem tem menos de 35 anos,
Speaker:Com menos de 35 anos, se você ainda, geralmente a pessoa está pensando em vir para a Itália, a pessoa já está pensando na cidadania também,
Speaker:Então se você tiver a cidadania, mesmo se você vier para cá para fazer a cidadania, mas você conseguiu a cidadania,
Speaker:cidadania. Se você tem a cidadania e tem menos de 35 anos, você tem facilidade desde conta no banco
Speaker:sem taxa até aí pegar empréstimo mais barato. Mas você também, mesmo não tendo 35 anos, no meu
Speaker:caso, no caso da Luana, o fato de você vir para a Itália e você conseguir provar que você tá
Speaker:vindo para a Itália por causa do emprego, você não precisa necessariamente vir para cá já com
Speaker:mas ter o emprego bem próximo da sua mudança, você consegue aplicar, não lembro se a Lu comentou,
Speaker:aplicar para ter um desconto no imposto e é 70% de redução no imposto.
Speaker:Por cinco anos, renova mais cinco anos, mas aí é só 50% de redução, se você comprar um imóvel ou se.
Speaker:Você tiver filho. E basicamente os requisitos para isso é não ter morado na Itália nos últimos dois,
Speaker:anos, vir para cá para trabalhar na Itália, mas não adianta você vir, ficar seis meses e depois
Speaker:arrumar um emprego e pedir a redução, tem que ser ou já vir com emprego ou já arrumar um emprego
Speaker:próximo da mudança, para justificar a mudança, digamos assim.
Speaker:E você tem que se comprometer a ficar dois anos. Porque se você for embora antes desses dois anos,
Speaker:o que você teve de redução de imposto, você vai ter que devolver.
Speaker:É arrasado. É, mas dá para você ficar dois anos aqui, dessessegar o tempo, passar rápido, gente.
Speaker:Dá para vir aqui, ficar dois anos e ver se você gostou ou não.
Speaker:Sim, sim. E cara, com tudo isso, hoje, tu falou que está gostando bastante, né?
Speaker:Então... E tu já comentou também, não pensa em mudar, então nem vou perguntar isso, mas...
Speaker:Tem alguma coisa que você sente falta do Brasil hoje, nesse um ano aí, certo?
Speaker:Ah só uma coisa você falou das doguinhas de custo é caro isso é muito caro.
Speaker:Geralmente quem tem cachorro tem um não importa se é pequeno ou pequeno ou pequeno ou grande geralmente eles têm um.
Speaker:Mas aqui o custo é alto eu não vou dizer nem da ração da comida em si.
Speaker:Inclusive eu vi muito desses de salsicha. Eu vi demais.
Speaker:Fiquei na cabeça será que é algum alguma moda aqui porque eu vi muitos deles aí em Torino tem bastante eu não sei sinceramente
Speaker:se é uma moda e aquele salsicha espeludinho também tem bastante né que eu tenho pelo longo e pelo curto geralmente a gente vê muito pelo curto
Speaker:no Brasil não sei para quem não sabe eu tenho uma Golden uma borda e uma West a West é aquela cachorrinha do Wig da
Speaker:propaganda do Wig no Brasil eu via pouco em São Carlos eu acho que eu era o
Speaker:era o único que tinha ela dessa raça. Em São Paulo tinha alguns, mas era pouco.
Speaker:Aqui tem bastante. Não igual salsicha, mas comparando com o que eu vi no Brasil tem bastante.
Speaker:Mas pelo fato de ter três cachorros, às vezes a gente tem que deixar na creche,
Speaker:principalmente se a gente vai viajar para um outro país, não dá para levar elas.
Speaker:E o custo de deixar numa creche é caro demais, muito caro. No Brasil a creche é melhor e mais barata.
Speaker:Mesmo sendo em São Paulo o capital a creche é melhor e é mais barata que é muito caro.
Speaker:Então se você for um doido com três cachorros a sua vida vai ser um pouco cara,
Speaker:mas com um cachorro é mais sossegado.
Speaker:Agora da outra parte que você perguntou qual foi?
Speaker:De que tem alguma coisa que você ainda sente falta do Brasil ou tu se adaptou completamente mudou e a vida aí é mais que suficiente.
Speaker:Olha no dia a dia eu vou te falar que não sinto falta.
Speaker:Eu gosto muito da comida daqui, então eu não sinto falta de comida.
Speaker:É difícil ter um arroz e feijão, mas...
Speaker:Não sinto falta, carne assim é mais caro, então é sempre no quente que a gente come carne,
Speaker:mas eu gosto muito da comida italiana, então me adaptei bem nesse ponto, não sinto falta de nada
Speaker:a Lu sentia às vezes bastante falta da comida da região dela, né, a Lu é do Amapá,
Speaker:ela fala que ela quer comer, não era pata no tucupi, nem macaxi, era uma outra comida, mas ela sempre fala que ela sente falta
Speaker:tipo um mangu, sei lá, um nome assim.
Speaker:Maniçoba.
Speaker:Maniçoba. Isso, Maniçoba.
Speaker:Provavelmente nunca vai achar aqui.
Speaker:Eu nunca tinha ouvido falar, então... Mas ela sente falta dessa parte,
Speaker:mas ela também gosta bastante da comida que tem aqui.
Speaker:A família em si faz falta, mas também ao mesmo tempo os meus pais vieram logo que a gente se mudou.
Speaker:Que a gente veio em março, eles vieram em maio e agora eles estão aqui de novo, em maio.
Speaker:Meus irmãos eu já não vejo tanto mesmo, eles ainda não vieram pra cá família da Lu também não veio ainda
Speaker:Vem agora o irmão dela no mês que vem.
Speaker:Mas a gente conversa bastante, mesmo quando a gente estava no... a Lu principalmente, por ser de Macapá,
Speaker:ela morou bastante tempo em São Paulo, não era sempre que se via, mas mesmo eu também morando em São Paulo,
Speaker:não era sempre que eu via todo mundo de São Carlos, que é uma distância bem menor do que ir para Macapá.
Speaker:Então, acho que o fato de morar em São Paulo ajudou um pouco nessa parte de distância.
Speaker:Claro que a gente sempre podia ir uma vez por mês, ou pegar um carro e ir para São Carlos,
Speaker:nesse sentido mais fácil do que vir para a Europa mas eu acho que já não pega tanto e a vida também
Speaker:com WhatsApp é muito mais fácil de ligar e conversar assim mas de comida de dia a dia de.
Speaker:Amizade a gente tem gente que acaba se não fala mais outros você fala não necessariamente você
Speaker:não fala mais não tem mais amizade tem um colega meu da segunda série nem segundo colegial tem um
Speaker:a segunda série que é o meu amigo mais antigo o Joãozinho, Joãozinho que hoje ele tem um ano mais
Speaker:velho do que eu então ele tem 38 ele é mais baixo do que eu por isso que é Joãozinho, mas o Joãozinho
Speaker:tem dois filhos médico formado e eu ainda chamo de Joãozinho, mas às vezes a gente fica mais de um
Speaker:ano sem conversar mas quando a gente conversa é a mesma coisa que sempre foi, outros você não
Speaker:conversa mais porque não tem mais o contato do trabalho ou porque já ficou longe e tudo mais,
Speaker:amizade acaba fazendo aqui amigo italiano amigo brasileiro então de dia a dia diria que não tem
Speaker:nada assim de que eu sinto realmente falta tipo eu queria estar no Brasil por causa disso. Às vezes eu
Speaker:sinto falta da creche das cachorras porque eu vejo que nesse ponto as cachorras não nem só pelo preço
Speaker:mas eu vejo que as cachorras elas tinham uma vida na creche a vida delas era melhor na creche em
Speaker:tranquilidade com a gente aqui é melhor mas na creche era mais era um negócio extremamente
Speaker:voltado para o cachorro aqui é mais tem um espaço a pessoa gosta mas o cachorro fica
Speaker:brincando, não tem atividade.
Speaker:Entendi, cara, então antes de fechar eu queria deixar espaço pra ti, se quiser deixar alguma mensagem final
Speaker:ou se tiver mais alguma coisa que faltou falar, se quiser também deixar teus links, eu sei que as Doguinhas tem o Instagram dela
Speaker:então se quiser deixar também, fica à vontade.
Speaker:O Instagram das Doguinhas é muito mais movimentado que o meu, talvez hoje em dia até mais movimentado que o da Luana
Speaker:Mas linkedin depois eu posso passar o link para pôr na descrição mas é VIN começo do meu nome VIN Pereira joga lá no linkedin
Speaker:no barra do linkedin que você já me acha porque jogar VIN e isso Pereira vai começar a aparecer vários Instagram das Cachorras é muito mais movimento
Speaker:Se quiser ver mais coisa de Turin é mais das cachorras do que no meu da Luana,
Speaker:mas é BKM que é Bela Kit Milka então BKM Underline Dogs também você vai ver foto da nossa lá passeando pela cidade
Speaker:passeando com as cachorras e talvez tenha mais alguma coisa
Speaker:para falar que a gente está esquecendo de comentar aqui.
Speaker:Bom visite Turin muitos brasileiros não conhecem Eu não estou ganhando dinheiro ainda da região do Piemonte ou da cidade de Torino.
Speaker:Talvez eu deva começar a ganhar. O Ana também.
Speaker:Porque todo mundo vem pra cá contar a história da Itália e o que aconteceu aqui.
Speaker:O Gabriel tá de prova.
Speaker:Mas tem bastante coisa pra fazer aqui, principalmente se você gosta de visitar museu, castelo.
Speaker:É uma cidade bem arborizada, bem gostosa de andar.
Speaker:Venha com tempo se você for visitar vários castelos por causa dessa parte de transporte público que a gente comentou.
Speaker:Mas não é uma cidade muito conhecida, pelo menos no Brasil. Brasileiro conhece Roma, Milão, Veneza, talvez Florença, mas Turim não é uma cidade...
Speaker:Turim é só um time.
Speaker:E olhe lá, né? E olhe lá, porque eu acho que depois que o Cristiano Ronaldo saiu, deve ter gente que também não conhece.
Speaker:A gente tem um amigo brasileiro que veio pra cá por causa do Cristiano Ronaldo, eu brinco com ele que quando ele chegou, foi a temporada que o Cristiano Ronaldo foi pro Manchester United, então o Cristiano Ronaldo fugiu dele.
Speaker:Mas aqui tem bastante coisa pra fazer e é legal, e é um lugar muito visitado por italiano, principalmente, pelo menos é o que eu vejo, muito italiano passeando aqui.
Speaker:E também tem estrangeiro, mas claro que não igual Roma ou igual Milão, mas tem que visitar.
Speaker:Não igual Porto, por exemplo.
Speaker:Tipo, quando a gente andava, poucas vezes eu ouvi estrangeiros, o quanto eu ouço em Porto,
Speaker:E eu achei isso curioso, enquanto em Milão, é claro.
Speaker:Uma retratação que o Gabriel está devendo, uma retratação no episódio da Luana, ele fala que ele conhecia um monte de coisa em Milão,
Speaker:mas ele estava aqui, ele falou que tudo que ele lembrava, que ele achava que era de Milão era daqui, de Turim.
Speaker:É, eu tinha viajado há cinco anos atrás, última vez, e aí eu achava vários, os museus que eu tinha ido, né, tipo as casas,
Speaker:dos reis, sei lá, ducos, etc, eu achava que tinha sido Milão.
Speaker:Então, sim, de fato, Turim tem bastante coisa pra fazer, então fica aqui a retratação pública.
Speaker:Que eu falei errado, a gente foi nos lugares, né, tipo o Museu Egípcio, a Venaria Real, etc. Régia de Venária.
Speaker:Fala de novo o nome? Régia de Venária. Régia de Venária, então eu achei que era Milão e era em Turim, então sim, Turim tem bastante coisa pra fazer.
Speaker:Música Então, cara, brigadão não só pelo episódio, os dois episódios, o teu e o Coluana, pela recepção, mostrar os lugares, acho que fez uma experiência muito boa.
Speaker:E legal também que a gente grava o episódio e deixa para mais pessoas aprenderem sobre como que é o trabalho remoto, um pouco do trabalho na Amazon,
Speaker:trabalho com culturas diferentes dos Estados Unidos, da Alemanha, e também um pouco da cultura italiana,
Speaker:que de fato Turim tem bastante coisa, se alguém quiser aprender mais sobre a unificação italiana, que é uma parte importante da história dele,
Speaker:acho que Turim é o lugar correto para ir.
Speaker:Mas os dois tem comida muito boa, eu comi bem demais aí.
Speaker:Carbonara você gostou também? Sim, na Itália o carbonara que tu indicou lá.
Speaker:Depois vou procurar o nome e deixar aqui, deixar na newsletter os lugares, é a pizza mais legal que eu já comi na Itália.
Speaker:Não foi, não estou falando da Itália inteira, que eu não visitei em Talintê, mas eu já visitei muitas regiões aqui
Speaker:e é difícil achar um lugar que não tem comida boa.
Speaker:Sim, sim, isso é, isso é. Acho que o croissant, pra mim, o cara come croissant todos os dias.
Speaker:Eu vi você comendo croissant no dia que você foi embora, que eu falei para em tal lugar, depois eu passei com a cachorra e eu vi você lá.
Speaker:Tu viu a gente lá?
Speaker:Ah, sim, a gente estava lá comendo e era bom também.
Speaker:Enfim, então acho que vale bastante a pena visitar e quem for morar também Fica aí o relato, dois relatos já.
Speaker:Então, novamente, muito obrigado. Quando estiver no Porto, avisa.
Speaker:Aí quando estiver na Itália, novamente, porque eu vou.
Speaker:Tem muito mais coisas para visitar.
Speaker:Eu te aviso. E galera, essas coisas que eu tô falando extra de lugar que eu comi e gostei da pizza...
Speaker:Ah, eu ia falar do regionalismo, né? Porque eu fui comer a pizza, era pizza napolitana.
Speaker:E era um lugarzinho pequeno de família, né? Então era final da noite já, era quase meia-noite já, então só tava família lá.
Speaker:A gente comeu e aí o pessoal não fala inglês, né? Então a gente foi meio português, meio inglês ali.
Speaker:E eles viram que a gente gostava e ficaram muito felizes. Eu vi um cara só falava inglês, aí o outro pedindo...
Speaker:Como que eu falo que a pizza é napolitana pra eles em inglês, sabe?
Speaker:Tipo, o orgulho deles, a gente tem que falar, não, tem que falar que a gente é de Nápoles.
Speaker:Então dá pra ver como o pessoal aí, né, não só de Turim, mas até de Nápoles, eles são muito...
Speaker:Gente, eu lembrei que eu fui, faz tempo, quando eu vim morar pra estudar, eu fui pra Veneza,
Speaker:e Veneza é caro, né, pra você dormir em Veneza, pra você ficar num hotel lá.
Speaker:Aí eu fiquei numa outra cidade, que é a estação antes, é o mesmo trem, mas você para na estação antes,
Speaker:e duas estações antes, porque na verdade uma estação antes é de carga para os navios
Speaker:mas é um negócio tipo sete minutos antes da estação final.
Speaker:Aí nessa estação, eu não lembro o que é, é tipo a linha do do do trem em cima da linha do trem no mapa é uma cidade, embaixo é outra cidade
Speaker:então é mestre e margueira ou margueira e mestre eu não lembro qual das duas que eu fiquei, mas eu fiquei próximo da estação.
Speaker:E não era Airbnb, mas era já uma casa de dois andares, que um casal de senhores, um casal de idosos,
Speaker:eles reformaram a casa, então uma parte era deles, onde eles moravam, a outra eram quartos para alugar,
Speaker:e eles faziam o café da manhã para as pessoas.
Speaker:Então eu lembro de entrar lá e eles apertarem a bochecha, falando,
Speaker:Ai, como você é bonita, você veio do Brasil, nossa, que bonitinha.
Speaker:Então, eu não ia falar, mas o que aconteceu no meu.
Speaker:A mulher veio, a velhinha, a nona, veio pegar no meu cabelo.
Speaker:Soltou um mamamia.
Speaker:Foi engraçado, foi engraçado.
Speaker:Era fim do dia, eu tava cansado, porque tipo, né, voo, trem.
Speaker:E eu tinha trabalhado, então, enfim, tava cansado, mas...
Speaker:E tava tudo fechado, né, então a gente achou aquele lugar.
Speaker:Por sorte, a gente descobriu que era um dos melhores lugares pelo TripAdvisor, né.
Speaker:O pessoal falando pizza local, tradicional, de Napoli.
Speaker:E tipo, esse ambiente da família aí vindo falar com a gente.
Speaker:E a galera fazendo o maior esforço para falar em inglês, porque queriam explicar onde era a pizza, sabe?
Speaker:Foi bem legal mesmo, então... E foi legal porque...
Speaker:Eu...
Speaker:O pessoal estava me perguntando, alguns amigos, sobre a viagem.
Speaker:Eu falei que os melhores lugares são longe do centro. No geral, o pessoal é legal aí, assim.
Speaker:Tive poucos problemas, mas...
Speaker:Longe dos centros, foram os restaurantes mais legais, que o pessoal era mais atencioso e vinha conversar, porque não tem tanta gente.
Speaker:Fica uma experiência melhor. Mas, claro, é mais difícil de achar.
Speaker:Mas como eu disse, vou deixar o link para esse lugar, porque eu não lembro o nome, não é newsletter.
Speaker:Então, quem estiver ouvindo, clica aí no link da descrição dos primeiros que vocês vão descobrir.
Speaker:Talvez coloque até uma foto.
Speaker:Estou com falta do cara de sono lá, com pizza gigante. Tinha que ter foto da mulher mexendo no seu cabelo.
Speaker:Pô, é... Tinha que ter filmado isso. Mas foi de surpresa, eu estava distraído comendo.
Speaker:Aí eu vi que a mulher se aproximou, achei que ela ia falar alguma coisa.
Speaker:Cara, brigadão mesmo pelo episódio e a gente se fala aí. Até a próxima!
Speaker:Eu que agradeço. Muito obrigado! E de novo, se alguém precisar de alguma coisa, só manda mensagem.